Liturgia do Domingo — 03.07.2011
Terço do Rosário: Mistérios Gloriosos (clique aqui...)
(Caríssimos, após meditar as leituras deste dia, rezem o Terço ao Vivo - Mistérios Gloriosos - com os Freis Agostinianos do Seminário Santa Mônica e se preferir, clique aqui para baixar o Santo Rosário e gravar no seu celular, MP3 ou CD e rezar onde desejar)
ATENÇÃO: Para complementar os estudos da Liturgia dos Domingos - visite as páginas Homilias e Sermões e Roteiro Homilético - pois elas contém um estudo detalhado das Leituras do Domingo, posicionando-as no tempo, indicando as origens das palavras e das idéias implícitas nos textos bíblicos. Ideal para Catequistas, Ministros da Palavra, Líderes de Grupo de Estudo Bíblico e Leigos interessados em conhecer e praticar a Palavra de Deus.
— São Pedro e São Paulo Apóstolos
Hoje a Igreja do mundo inteiro celebra a santidade de vida de São Pedro e São Paulo apóstolos. Estes santos são considerados "os cabeças dos apóstolos" por terem sido os principais líderes da Igreja Cristã Primitiva, tanto por sua fé e pregação, como pelo ardor e zelo missionários.
Pedro, que tinha como primeiro nome Simão, era natural de Betsaida, irmão do Apóstolo André. Pescador, foi chamado pelo próprio Jesus e, deixando tudo, seguiu ao Mestre, estando presente nos momentos mais importantes da vida do Senhor, que lhe deu o nome de Pedro. Em princípio, fraco na fé, chegou a negar Jesus durante o processo que culminaria em Sua morte por crucifixão. O próprio Senhor o confirmou na fé após Sua ressurreição (da qual o apóstolo foi testemunha), tornando-o intrépido pregador do Evangelho através da descida do Espírito Santo de Deus, no Dia de Pentecostes, o que o tornou líder da primeira comunidade. Pregou no Dia de Pentecostes e selou seu apostolado com o próprio sangue, pois foi martirizado em uma das perseguições aos cristãos, sendo crucificado de cabeça para baixo a seu próprio pedido, por não se julgar digno de morrer como seu Senhor, Jesus Cristo.
Escreveu duas Epístolas e, provavelmente, foi a fonte de informações para que São Marcos escrevesse seu Evangelho.
Paulo, cujo nome antes da conversão era Saulo ou Saul, era natural de Tarso. Recebeu educação esmerada "aos pés de Gamaliel", um dos grandes mestres da Lei na época. Tornou-se fariseu zeloso, a ponto de perseguir e aprisionar os cristãos, sendo responsável pela morte de muitos deles.
Converteu-se à fé cristã no caminho de Damasco, quando o próprio Senhor Ressuscitado lhe apareceu e o chamou para o apostolado. Recebeu o batismo do Espírito Santo e preparou-se para o ministério. Tornou-se um grande missionário e doutrinador, fundando muitas comunidades. De perseguidor passou a perseguido, sofreu muito pela fé e foi coroado com o martírio, sofrendo morte por decapitação.
Escreveu treze Epístolas e ficou conhecido como o "Apóstolo dos gentios".
São Pedro e São Paulo, rogai por nós!
— São Tomé
Pertenceu ao grupo dos doze apóstolos. O Senhor o chamou dentro de sua realidade, com suas fraquezas e até com suas crises de fé.
Nosso Senhor Jesus revelou a nós coisas maravilhosas através de São Tomé:
"Tomé lhe disse: 'Senhor, nós nem sabemos para onde vais, como poderíamos saber o caminho?' Jesus lhe disse: Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vai ao Pai a não ser por mim" (Jo 14,6).
Tomé nunca teve medo de expor a realidade de sua fé e de sua razão, que queria saber cada vez mais e melhor. Quando Jesus apareceu aos apóstolos ao ressuscitar, Tomé não estava ali, e aí encontramos seu testemunho: "Oito dias depois, os discípulos encontravam-se reunidos na casa, e Tomé estava com eles. Estando as portas fechadas, Jesus entrou, pôs-se no meio deles e disse: “A paz esteja convosco”. Depois disse a Tomé: “Põe o teu dedo aqui e olha as minhas mãos. Estende a tua mão e coloca-a no meu lado e não sejas incrédulo, mas crê!” Tomé respondeu: “Meu Senhor e meu Deus!” (Jo 20,26-28).
O Papa São Gregório Magno meditando essa realidade de São Tomé diz: "A incredulidade de Tomé não foi um acaso, mas prevista nos planos de Deus. O discípulo, que, duvidando da Ressurreição do Mestre, pôs as mãos nas chagas do mesmo, curou com isso a ferida da nossa incredulidade".
Segundo a Tradição, Tomé teria ido, depois de Pentecostes, evangelizar pelo Oriente e Índia onde morreu martirizado, ou seja, morreu por amor, testemunhando a sua fé.
São Tomé, rogai por nós!
SOLENIDADE DE SÃO PEDRO E SÃO PAULO / DIA DO PAPA — ANO A
(Verde, Glória, Creio – I Semana do Saltério)
"SÃO PEDRO E SÃO PAULO — APÓSTOLOS"
Ambientação:
Sejam bem-vindos amados irmãos e irmãs! Celebramos hoje a Solenidade dos Apóstolos são Pedro e são Paulo, as duas colunas da fé católica. Pedro toma a dianteira da profissão de fé apostólica e recebe a cátedra da unidade da Igreja; Paulo leva a fé aos confins do mundo e estende a Igreja a todos os povos. Estas duas missões se condensam no ministério do Papa, cujo dia hoje celebramos. Por isso, rezamos de modo especial pelo Santo Padre o Papa Bento XVI, que se assenta na "cátedra" de Pedro, mas também percorre, com espírito paulino, o mundo, visitando seus irmãos e confirmando-os na fé. Que o óbolo de São Pedro seja nossa contribuição, por meio das coletas de hoje, para a missão da Igreja no mundo inteiro. A celebração de hoje é antiquíssima; foi inscrita no Santoral romano muito antes da festa do Natal. No século IV já se celebravam três missas, uma em São Pedro no Vaticano, outra em São Paulo fora dos muros, a terceira nas caracumbas de São Sebastião, onde provavelmente estiveram escondidos por algum tempo os corpos dos dois apóstolos. Entoemos cânticos jubilosos ao Senhor!
ATENÇÃO: VEJA NO FINAL DO FOLHETO TRANSCRITO ABAIXO, OS COMENTÁRIOS DO EVANGLEHO COM SUGESTÕES PARA A HOMILIA DESTE DOMINGO. VEJA TAMBÉM NAS PÁGINAS "HOMILIAS E SERMÕES" E "ROTEIRO HOMILÉTICO" OUTRAS SUGESTÕES E COMENTÁRIO EXEGÉTICO COM ESTUDOS COMPLETOS DA LITURGIA DESTE DOMINGO.
• SÃO PAULO • 3 DE JULHO DE 2011 • ANO 35 • Lt. 05 • Nº 41 •A
SOLENIDADE DE SÃO PEDRO E SÃO PAULO - DIA DO PAPA
Anim. Celebramos hoje a Solenidade dos Apóstolos são Pedro e são Paulo, as duas colunas da fé católica. Pedro toma a dianteira da profissão de fé apostólica e recebe a cátedra da unidade da Igreja; Paulo leva a fé aos confins do mundo e estende a Igreja a todos os povos. Estas duas missões se condensam no ministério do Papa, cujo dia hoje celebramos. Por isso, rezamos de modo especial pelo Santo Padre o Papa Bento XVI, que se assenta na “cátedra” de Pedro, mas também percorre, com espírito paulino, o mundo, visitando seus irmãos e confirmando-os na fé. Que o óbolo de São Pedro seja nossa contribuição, por meio das coletas de hoje, para a missão da Igreja no mundo inteiro.
1. ACOLHIDA (Fx 16)
Canta, meu povo! Canta o louvor de teu Deus! Que se fez homem e por nós morreu, que ressuscitou pelo amor dos seus!
1. Somos a nação santa e o povo eleito, um sacerdócio real. Deus nos chamou das trevas à sua luz, sua luz imortal.
2. Nós somos transportados da morte à vida, pelo amor dos irmãos. Vamos amar até nossos inimigos, é a lei do cristão!
3. Senhor Jesus, já não sou mais eu que vivo, Tu vives em mim. O meu desejo é um dia ver tua face, na glória sem fim.
2. SAUDAÇÃO
P. Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
T. Amém.
P. O Deus da esperança, que nos cumula de toda alegria e paz em nossa fé, pela ação do Espírito Santo, esteja convosco.
T. Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo.
3. ATO PENITENCIAL
P. Irmãos e irmãs, reconheçamos as nossas culpas para celebrarmos dignamente os santos mistérios.
(Silêncio)
P. Confessemos os nossos pecados:
T. Confesso a Deus todo-poderoso e a vós, irmãos e irmãs, que pequei muitas vezes por pensamentos e palavras, atos e omissões, por minha culpa, minha tão grande culpa. E peço à Virgem Maria, aos anjos e santos e a vós, irmãos e irmãs, que rogueis por mim a Deus, nosso Senhor.
P. Deus todo-poderoso tenha compaixão de nós, perdoe os nossos pecados e nos conduza à vida eterna.
T. Amém.
P. Senhor, tende piedade de nós.
T. Senhor, tende piedade de nós.
P. Cristo, tende piedade de nós.
T. Cristo, tende piedade de nós.
P. Senhor, tende piedade de nós.
T. Senhor, tende piedade de nós.
4. GLÓRIA (preferencialmente cantado)
P. Glória a Deus nas alturas, T. e paz na terra aos homens por Ele amados. / Senhor Deus, Rei dos céus, Deus Pai todo-poderoso. / nós vos louvamos, nós vos bendizemos, / nós vos adoramos, nós vos glorificamos, / nós vos damos graças por vossa imensa glória. / Senhor Jesus Cristo, Filho Unigênito, / Senhor Deus, Cordeiro de Deus, Filho de Deus Pai. / Vós que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós. /Vós que tirais o pecado do mundo, acolhei a nossa súplica. / Vós que estais à direita do Pai, tende piedade de nós. / Só vós sois o Santo, só vós, o Senhor, / só vós o Altíssimo, Jesus Cristo, / com o Espírito Santo, na glória de Deus Pai. Amém.
5. ORAÇÃO
P. Oremos (silêncio): Ó Deus, que hoje nos concedeis a alegria de festejar São Pedro e São Paulo, concedei à vossa Igreja seguir os ensinamentos destes Apóstolos que nos deram as primícias da fé. Por N.S.J.C.
T. Amém.
Anim. Ouçamos com piedade e devoção a leituras de hoje, a fim de celebrarmos a festa de são Pedro e são Paulo, buscando fortalecer nossa fé e nossa missão.
6. PRIMEIRA LEITURA (At 12, 1-11)
Leitura dos Atos dos Apóstolos.
Naqueles dias, 1o rei Herodes prendeu alguns membros da Igreja, para torturá-los. 2Mandou matar à espada Tiago, irmão de João. 3E, vendo que isso agradava aos judeus, mandou também prender a Pedro. Eram os dias dos pães ázimos. 4Depois de prender Pedro, Herodes colocou-o na prisão, guardado por quatro grupos de soldados, com quatro soldados cada um. Herodes tinha a intenção de apresentá-lo ao povo, depois da festa da Páscoa. 5Enquanto Pedro era mantido na prisão, a Igreja rezava continuamente a Deus por ele. 6Herodes estava para apresentá-lo. Naquela mesma noite, Pedro dormia entre dois soldados, preso com duas correntes; e os guardas vigiavam a porta da prisão. 7Eis que apareceu o anjo do Senhor e uma luz iluminou a cela. O anjo tocou o ombro de Pedro, acordou-o e disse: “Levanta-te depressa!” As correntes caíram-lhe das mãos. 8O anjo continuou: “Coloca o cinto e calça tuas sandálias!” Pedro obedeceu e o anjo lhe disse: “Põe tua capa e vem comigo!” 9Pedro acompanhou-o, e não sabia que era realidade o que estava acontecendo por meio do anjo, pois pensava que aquilo era uma visão. 10Depois de passarem pela primeira e segunda guarda, chegaram ao portão de ferro que dava para a cidade. O portão abriu-se sozinho. Eles saíram, caminharam por uma rua e logo depois o anjo o deixou. 11Então Pedro caiu em si e disse: “Agora sei, de fato, que o Senhor enviou o seu anjo para me libertar do poder de Herodes e de tudo o que o povo judeu esperava!”
— Palavra do Senhor.
T. Graças a Deus.
7. SALMO RESPONSORIAL Sl 33(34) (Fx 17)
De todos os temores me livrou o Senhor Deus. (Bis)
1. Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo, seu louvor estará sempre em minha boca. Minha alma se gloria no Senhor; que ouçam os humildes e se alegrem!
2. Comigo engrandecei ao Senhor Deus, exaltemos todos juntos o seu nome! Todas as vezes que o busquei, ele me ouviu, e de todos os temores me livrou.
3. Contemplai a sua face e alegrai-vos, e vosso rosto não se cubra de vergonha! Este infeliz gritou a Deus, e foi ouvido, e o Senhor o libertou de toda angústia.
4. O anjo do Senhor vem acampar ao redor dos que o temem, e os salva. Provai e vede quão suave é o Senhor! Feliz o homem que tem nele o seu refúgio!
8. SEGUNDA LEITURA (2Tm 4, 6-8.17-18)
Leitura da Segunda Carta de São Paulo a Timóteo
Caríssimo: 6Quanto a mim, eu já estou para ser derramado em sacrifício; aproxima-se o momento de minha partida. 7Combati o bom combate, completei a corrida, guardei a fé. 8Agora está reservada para mim a coroa da justiça, que o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos que esperam com amor a sua manifestação gloriosa. 17Mas o Senhor esteve a meu lado e me deu forças, ele fez com que a mensagem fosse anunciada por mim integralmente, e ouvida por todas as nações; e eu fui libertado da boca do leão. 18O Senhor me libertará de todo mal e me salvará para o seu Reino celeste. A ele a glória, pelos séculos dos séculos! Amém.
— Palavra do Senhor.
T. Graças a Deus.
9. ACLAMAÇÃO AO EVANGELHO (Fx 18)
Aleluia, aleluia, aleluia, aleluia, Aleluia, aleluia, aleluia, aleluia. (bis)
Tu és Pedro e sobre esta pedra eu irei construir minha Igreja; e as portas do inferno não irão derrotá-la.
10. EVANGELHO (Mt 16,13-19)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.
P. Naquele tempo, 13Jesus foi à região de Cesaréia de Filipe e ali perguntou aos seus discípulos: “Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?” 14Eles responderam: “Alguns dizem que é João Batista; outros que é Elias; outros ainda, que é Jeremias ou algum dos profetas”. 15Então Jesus lhes perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?” 16Simão Pedro respondeu: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo”. 17Respondendo, Jesus lhe disse: “Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi um ser humano que te revelou isso, mas o meu Pai que está no céu. 18Por isso eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e o poder do inferno nunca poderá vencê-la. 19Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que tu ligares na terra será ligado nos céus; tudo o que tu desligares na terra será desligado nos céus”.
— Palavra da Salvação.
T. Glória a vós, Senhor.
11. HOMILIA
(VER SUGESTÕES DE HOMILIA MAIS ABAIXO NA SEÇÃO COMENTÁRIOS DO EVANGELHO)
12. PROFISSÃO DE FÉ
P. Creio em Deus Pai todo-poderoso / T. criador do céu e da terra,/ e em Jesus Cristo seu único Filho, nosso Senhor, / que foi concebido pelo poder do Espírito Santo; /nasceu da Virgem Maria;/ padeceu sob Pôncio Pilatos, / foi crucificado, morto e sepultado. / Desceu à mansão dos mortos; /ressuscitou ao terceiro dia, / subiu aos céus; / está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso, / donde há de vir a julgar os vivos e os mortos. / Creio no Espírito Santo; / na Santa Igreja Católica; / na comunhão dos santos; / na remissão dos pecados; / na ressurreição da carne; / na vida eterna.
13. ORAÇÃO DOS FIÉIS
P. Irmãos e Irmãs, nesta solenidade dos apóstolos Pedro e Paulo, pedras fundamentais da Igreja, elevemos ao Pai os nossos pedidos, rezando juntos:
T. Ajudai-nos, Senhor, a professar nossa fé em Cristo.
1. Pai Santo, fortalecei o Papa Bento XVI na sua missão de Pastor universal da Igreja de Cristo.
2. Abençoai a Igreja que está no Brasil e iluminai sua missão em comunhão com o sucessor de Pedro.
3. Renovai nossas paróquias, para que sejam ecos da voz de Cristo, o Bom Pastor.
4. Ajudai-nos a assumir nossa missão hoje com a ousadia do espírito paulino.
5. Fazei-nos sal da terra e luz do mundo, como os apóstolos Pedro e Paulo.
(Outras preces comunitárias)
P. Tudo isso vos pedimos, ó Pai, por Cristo, nosso Senhor.
T. Amém.
14. APRESENTAÇÃO DAS OFERENDAS (Fx 19)
Quem nos separará? Quem vai nos separar do amor de Cristo? Quem nos separará? Se ele é por nós, quem será, quem será contra nós? Quem vai nos separar do amor de Cristo quem será?
1. Nem a espada, ou perigo, nem os erros do meu irmão, nenhuma das criaturas nem a condenação.
2. Nem a vida, nem a morte, a tristeza ou aflição, nem o passado, nem o presente, o futuro, nem opressão.
3. Nem as alturas, nem os abismos, nem tampouco a perseguição. Nem a angústia, a dor ou a fome, nem a tribulação.
15. ORAÇÃO SOBRE AS OFERENDAS
P. Orai, irmãos e irmãs...
T. Receba o Senhor por tuas mãos este sacrifício, para glória do seu nome, para nosso bem e de toda a santa Igreja.
P. Ó Deus, que a oração de vossos Apóstolos acompanhe as oferendas que vos apresentamos para serem consagradas, e nos alcance celebrarmos este sacrifício com o coração voltado para vós. Por Cristo, nosso Senhor.
T. Amém.
16. ORAÇÃO EUCARÍSTICA III - (Pref. MR, p. 608)
P. O Senhor esteja convosco.
T. Ele está no meio de nós.
P. Corações ao alto.
T. O nosso coração está em Deus.
P. Demos graças ao Senhor, nosso Deus.
T. É nosso dever e nossa salvação.
P. Na verdade, é justo e necessário, é nosso dever e salvação dar-vos graças, sempre e em todo o lugar, Senhor, Pai Santo, Deus eterno e todo-poderoso, por Cristo, Senhor nosso. Hoje, vós nos concedeis a alegria de festejar os Apóstolos São Pedro e São Paulo. Pedro, o primeiro a proclamar a fé, fundou a Igreja primitiva sobre a herança de Israel. Paulo, mestre e doutor das nações, anunciou-lhes o Evangelho da Salvação. Por diferentes meios, os dois congregaram a única família de Cristo e, unidos pela coroa do martírio, recebem hoje, por toda a terra, igual veneração. Por essa razão, os anjos celebram a vossa grandeza, os santos proclamam vossa glória. Concedei-nos também a nós associar-nos aos seus louvores, cantando (dizendo) a uma só voz…
Santo, santo, santo...
CP. Na verdade, vós sois santo, ó Deus do universo, e tudo o que criastes proclama o vosso louvor, porque, por Jesus Cristo, vosso Filho e Senhor nosso, e pela força do Espírito Santo, dais vida e santidade a todas as coisas e não cessais de reunir o vosso povo, para que vos ofereça em toda parte, do nascer ao pôr-do-sol, um sacrifício perfeito.
T. Santificai e reuni o vosso povo!
CC. Por isso, nós vos suplicamos: santificai pelo Espírito Santo as oferendas que vos apresentamos para serem consagradas, a fim de que se tornem o Corpo e V o Sangue de Jesus Cristo, vosso Filho e Senhor nosso, que nos mandou celebrar este mistério.
T. Santificai nossa oferenda, ó Senhor!
Na noite em que ia ser entregue, ele tomou o pão, deu graças, e o partiu e deu a seus discípulos, dizendo:
TOMAI, TODOS, E COMEI: ISTO É O MEU CORPO, QUE SERÁ ENTREGUE POR VÓS.
Do mesmo modo, ao fim da ceia, ele tomou o cálice em suas mãos, deu graças novamente, e o deu a seus discípulos, dizendo:
TOMAI, TODOS, E BEBEI: ESTE É O CÁLICE DO MEU SANGUE, O SANGUE DA NOVA E ETERNA ALIANÇA, QUE SERÁ DERRAMADO POR VÓS E POR TODOS PARA REMISSÃO DOS PECADOS. FAZEI ISTO EM MEMÓRIA DE MIM.
Eis o mistério da fé!
T. Anunciamos, Senhor, a vossa morte e proclamamos a vossa ressurreição. Vinde, Senhor Jesus!
CC. Celebrando agora, ó Pai, a memória do vosso Filho, da sua paixão que nos salva, da sua gloriosa ressurreição e da sua ascensão ao céu, e enquanto esperamos a sua nova vinda, nós vos oferecemos em ação de graças este sacrifício de vida e santidade.
T. Recebei, ó Senhor, a nossa oferta!
Olhai com bondade a oferenda da vossa Igreja, reconhecei o sacrifício que nos reconcilia convosco e concedei que, alimentando-nos com o Corpo e o Sangue do vosso Filho, sejamos repletos do Espírito Santo e nos tornemos em Cristo um só corpo e um só espírito.
T. Fazei de nós um só corpo e um só espírito!
1C. Que ele faça de nós uma oferenda perfeita para alcançarmos a vida eterna com os vossos santos: a Virgem Maria, Mãe de Deus, os vossos Apóstolos e Mártires, São Paulo, patrono da nossa Arquidiocese, N. e todos os santos, que não cessam de interceder por nós na vossa presença.
T. Fazei de nós uma perfeita oferenda!
2C. E agora, nós vos suplicamos, ó Pai, que este sacrifício da nossa reconciliação estenda a paz e a salvação ao mundo inteiro. Confirmai na fé e na caridade a vossa Igreja, enquanto caminha neste mundo: o vosso servo o Papa Bento, o nosso bispo Odilo, com os Bispos do mundo inteiro, o clero e todo o povo que conquistastes.
T. Lembrai-vos, ó Pai, da vossa Igreja!
Atendei às preces da vossa família, que está aqui, na vossa presença. Reuni em vós, Pai de misericórdia, todos os vossos filhos e filhas dispersos pelo mundo inteiro.
T. Lembrai-vos, ó Pai, dos vossos filhos!
3C. Acolhei com bondade no vosso reino os nossos irmãos e irmãs que partiram desta vida e todos os que morreram na vossa amizade. Unidos a eles, esperamos também nós saciar-nos eternamente da vossa glória, por Cristo, Senhor nosso.
T. A todos saciai com vossa glória!
Por ele dais ao mundo todo bem e toda graça.
CP ou CC. Por Cristo, com Cristo e em Cristo, a vós, Deus Pai todo-poderoso, na unidade do Espírito Santo, toda a honra e toda a glória, agora e para sempre.
T. Amém.
17. RITO DA COMUNHÃO
P. Rezemos com amor e confiança a oração que o Senhor nos ensinou:
T. Pai nosso ...
P. Livrai-nos de todos os males, ó Pai, e dai-nos hoje a vossa paz. Ajudados pela vossa misericórdia, sejamos sempre livres do pecado e protegidos de todos os perigos, enquanto, vivendo a esperança, aguardamos a vinda do Cristo Salvador.
T. Vosso é o reino, o poder e a glória para sempre!
P. Senhor Jesus Cristo, dissestes aos vossos Apóstolos: Eu vos deixo a paz, eu vos dou a minha paz. Não olheis os nossos pecados, mas a fé que anima a vossa Igreja; dai-lhe, segundo o vosso desejo, a paz e a unidade. Vós que sois Deus, com o Pai e o Espírito Santo.
T. Amém.
P. A paz do Senhor esteja sempre convosco.
T. O amor de Cristo nos uniu.
P. Irmãos e irmãs, saudai-vos em Cristo Jesus.
T. Cordeiro de Deus ...
P. Felizes os convidados para a Ceia do Senhor. Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.
T. Senhor, eu não sou digno(a) de que entreis em minha morada, mas dizei uma palavra e serei salvo(a).
18. CANTO DE COMUNHÃO (Fx21)
Toda a Igreja unida celebra a memória pascal do Cordeiro irmanada com Pedro e com Paulo, que seguiram a Cristo por primeiro!
1. Publicai em toda terra os prodígios do Senhor: reuniu seu povo amado para o canto do louvor.
2. Bendizei, louvai por Pedro, pela fé que professou: essa fé é a rocha firme da Igreja do Senhor.
3. Bendizei, louvai por Paulo, pelo empenho na missão: o seu zelo do Evangelho leva ao mundo a salvação.
4.Alegrai-vos neste dia que o martírio iluminou: o triunfo destes santos nos confirme no amor.
19. ORAÇÃO APÓS A COMUNHÃO
P. Oremos (silêncio): Concedei-nos, ó Deus, por esta Eucaristia, viver de tal modo na vossa Igreja que, perseverando na fração do pão e na doutrina dos apóstolos, e enraizados no vosso amor, sejamos um só coração e uma só alma. Por Cristo, nosso Senhor.
T. Amém.
20. ORAÇÃO AO NOSSO PATRONO
T. Ó São Paulo, /Patrono de nossa Arquidiocese, /discípulo e missionário de Jesus Cristo:/ ensina-nos a acolher a Palavra de Deus / e abre nossos olhos à verdade do Evangelho./ Conduze-nos ao encontro com Jesus, / contagia-nos com a fé que te animou/ e infunde em nós coragem e ardor missionário, / para testemunharmos a todos / que Deus habita esta Cidade imensa /e tem amor pelo seu povo! /Intercede por nós e pela Igreja de São Paulo, / ó santo apóstolo de Jesus Cristo! Amém
21. BÊNÇÃO E DESPEDIDA MR, p. 527
P. O Senhor esteja convosco.
T. Ele está no meio de nós.
P. Abençoe-vos o Deus todo-poderoso, que vos deu por fundamento aquela fé proclamada pelo Apóstolo Pedro e sobre a qual se edifica toda a Igreja.
T. Amém.
P. Ele, que vos instruiu pela incansável pregação de S. Paulo, vos ensine a conquistar também novos irmãos e irmãs para o Cristo.
T. Amém.
P. Que a autoridade de Pedro e a pregação de Paulo vos levem à pátria celeste, onde chegaram gloriosamente um pela cruz e outro pela espada.
T. Amém.
P. Abençoe-vos o Deus todo-poderoso, Pai e Filho V e Espírito Santo.
T. Amém.
P. Ide em paz e que o Senhor vos acompanhe.
T. Graças a Deus.
22. CANTO FINAL (Fx 22-VC 621)
Aleluia, aleluia! Tu és Pedro, aleluia! Aleluia, aleluia! Tu és Pedro, aleluia!
1. És a rocha viva Cristo te escolheu. Quando Simão Pedro disse: “Eu te darei do meu Reino as chaves – eis a minha Igreja, Sobre esta pedra edificarei!”
2. Cristo Salvador, a pedra angular, que ampara tudo, pois é Homem-Deus, escolheu a Pedro pra sustentar como rocha viva o edifício seu.
Músicas: CD Festas Litúrgicas II (Ed. Paulus )
Cantos e Orações Ed. Vozes
LEITURAS DA SEMANA: de 4 a 10 Julho de 2011
2ª-: Gn 28, 10-22ª; Sl 90 (91), 1-2. 3-4. 14-15ab (R/. cf. 2b); Mt 9, 18-26
3ª-: Gn 32, 23-33 (Hebr 22-32); Sl 16 (17), 1. 2-3. 6-7. 8b e 15 (R/. 15a); Mt 9, 32-38
4ª-: Gn 41, 55-57; 42, 5-7a.17-24ª; Sl 32 (33), 2-3. 10-11. 18-19 (R/. 22); Mt 10, 1-7
5ª-: Gn 44, 18-21.23b-29; 45, 1-5; Sl 104 (105), 16-17. 18-19. 20-21 (R/. 5a); Mt 10, 7-15
6ª-: Gn 46, 1-7.28-30; Sl 36 (37), 3-4. 18-19. 27-28. 39-40 (R/. 39a); Mt 10, 16-23
Sab-: Gn 49, 29-32; 50, 15-26ª; Sl 104 (105), 1-2. 3-4. 6-7 (R/. cf. Sl 68 [69], 33); Mt 10, 24-33
Dom.15º DTC Is 55, 10-11; Sl 64 (65), 10abcd. 11. 12-13. 14 (R/. Lc 8, 8); Rm 8, 18-23; Mt 13, 1-23
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. Festa de São Pedro e São Paulo
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
A Festa de São Pedro e São Paulo, celebrada nesse domingo, confirma a autenticidade da Igreja instituída por Jesus. Todos se orgulham e ficam felizes quando falamos de uma Igreja Santa, mas as fisionomias mudam quando a referência é a instituição, essa parte institucional, que representa o lado humano da Igreja, sempre duramente criticada, não só pelos que não comungam da sua doutrina, como infelizmente até por alguns de seus membros. Jesus não edificou a sua igreja sobre homens especiais, dotados de super-poderes, mas sobre Pedro, pescador da Galiléia, que representa bem os homens de todos os tempos da história da Igreja, pela sua fragilidade, pelos seus enganos, pelas decisões erradas, o apóstolo Pedro, com suas palavras e gestos, consegue arrebatar o leitor da Sagrada Escritura, nele tem-se em um determinado momento um testemunho belíssimo, e em outro, uma incoerência total , como quando Jesus anuncia-lhes a paixão e a morte, e o apóstolo quer convence-lo do contrário, sendo chamado de Satanás.
Provavelmente muita gente pensa que após pentecostes o nosso apóstolo criou juízo e transformou-se em modelo de santidade e perfeição, mas basta ver o seu relacionamento conturbado com o apóstolo São Paulo, por causa de divergências e desentendimentos, pensamentos contrários em relação à doutrina. A ação da graça de Deus e do Espírito Santo em nossa vida, não anula aquilo que é humano, assim é também com a Igreja, não existem duas igrejas, uma humana e outra divina, que competem entre si para ver quem é mais poderosa, mas uma só igreja, edificada sobre homens como Pedro, a quem o Senhor promete dar as chaves do céu, palavras que mostram a confiança que Jesus deposita no apóstolo.
Certamente não entregamos a chave da nossa casa para qualquer pessoa, mas tem de ser alguém de nossa plena confiança. O amor verdadeiro sempre confia e ajuda o outro a crescer, assim é Deus em relação ao homem, desde os primórdios da história da Salvação, na aliança com homens como Abraão, apenas ele promete e do homem apenas exige uma coisa: a fé! Como nos afirma a carta aos Hebreus, Jesus é o autor e o consumidor da nossa fé.
Os atributos humanos de Jesus sempre foram e serão exaltados pelos homens de todos os tempos, até mesmo pelos não crentes. Ele é apontado como excelência em liderança, comunicação, educação, psicologia, terapeuta, pedagogia. A sua inteligência e raciocínio, o seu modo de agir e de ensinar, demonstrando uma sabedoria insuperável, encanta e fascina aos homens de todos os tempos, ao longo da História.
João Batista, Elias, Jeremias ou algum dos profetas, eram celebridades entre o povo de Israel, ao confundir Jesus com esses personagens, o povo estava manifestando na verdade o inegável reconhecimento do seu poder e da sua sabedoria, porém, Pedro, iluminado pela fé, vê muito além de todos esses atributos humanos, para ele Jesus é o Filho de Deus! Pedro não havia chegado a essa conclusão por causa das promessas ou de alguma evidência histórica, mas sim pela sua experiência com Cristo. Da mesma forma a Vida de Paulo é toda transformada pela Força Operante da Graça de Deus, diferente de Pedro, Paulo tem cultura e formação e uma profunda convicção religiosa, que o coloca como um Zeloso Fariseu, além disso, tem poder e influência entre os Romanos sendo um cidadão do Império, com um título comprado pelo Pai, conhece a cultura grega. Enfim, já estava com a sua vida traçada, e esse projeto de Vida não incluía a “Virada” que aconteceu em sua vida a partir da experiência com Jesus.É este apóstolo, abortivo, como ele mesmo se define, o primeiro a atender o mandato missionário deixado por Jesus, “Evangelizai a todas as nações....”
Professar a fé em Jesus Cristo não é apenas ser seu admirador ou fã, mas sim aceitar o discipulado que o seu chamado nos traz, aprendendo de Jesus, todos e cada um dos seus ensinamentos, moldando-nos e configurando-nos a ele, transformando a própria vida em um evangelho vivo. A Fé reconhece em Jesus nosso Deus e Senhor e isso não é fruto do esforço humano, mas dom do próprio Deus que se revela, assim é com Pedro, assim é com o apóstolo Paulo, e assim é também com todos nós...
A Fé não é ponto de chegada, mas sim de partida, ela nos faz vislumbrar um caminho novo a ser percorrido, exatamente nas pegadas de Jesus, colocando-nos disponíveis e perseverantes, aceitando todos os riscos que a mesma nos implica. E por fim, podemos dizer que a fé também não é comodismo, tranqüilidade, solução mágica para problemas humanos, ou conquistas impossíveis.
É na fé que percebemos a ação de Deus em nossa vida como Pedro, no relato da primeira leitura, que foi liberto de maneira prodigiosa da prisão por um anjo do Senhor.
A primeira leitura traz uma rica reflexão a partir de um fato histórico, alguém libertou Pedro da prisão, e o fez sob o poder e a proteção divina, quantas vezes estamos em uma situação complicada e aparece alguém que nos ajuda. Um anjo andou á frente do povo de Deus conduzindo-o para longe da escravidão do Egito, esse anjo enviado por Deus era Moisés e Deus agiu na escuridão da noite mostrando-nos que quando por causa da nossa fragilidade, não conseguimos enxergar o que vem pela frente, o próprio Deus toma á nossa frente, conduzindo-nos à libertação.
A verdadeira fé nos leva a esse reconhecimento “agora sei que Deus enviou-me o seu anjo que me libertou dos meus inimigos”, também Paulo, no final da sua jornada reconhece que o Senhor nunca o abandonou, mas esteve ao seu lado em todos os momentos, mesmo nos mais difíceis. A fidelidade da fé nos dá sempre essa certeza, de que o Senhor caminha conosco, vem daí a afirmação de Jesus de que “as portas do inferno não prevalecerão sobre a igreja”.
José da Cruz é diácono permanente da
Paróquia Nossa S. Consolata-Votorantim/SP
e-mail: cruzsm@uol.com.br
2. Confissão de Pedro
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por José Raimundo Oliva - e disponibilizado no Portal Paulinas)
Esta narrativa da "confissão de Pedro" se completa e encontra seu sentido pleno com a narrativa seguinte sobre o primeiro "anúncio da paixão", com o diálogo conflitivo entre Jesus e Pedro. Estas narrativas são encontradas nos três evangelhos sinóticos, Marcos, Mateus, e Lucas, porém com destaques próprios em cada um destes evangelistas. Marcos, que é o primeiro dos evangelhos canônicos a ser escrito, situa a passagem narrada no momento em que Jesus encerra seu ministério entre os gentios da Galiléia e das regiões vizinhas, iniciando o caminho para Jerusalém, em ambiente de exclusividade judaica, onde se dará o confronto final com os chefes de Israel.
Marcos se preocupa em mostrar que Jesus rejeita o título messiânico, indicativo de ambição e poder, afirmando-se como o simples e humilde humano, cheio do amor de Deus e comunicador deste amor que dura para sempre. Um sinal de seu despojamento é a sua vulnerabilidade à morte programada pelos chefes do Templo e das sinagogas. Lucas, por sua vez, despreocupa-se com a situação temporal e geográfica do episódio narrado, colocando-o em um momento de oração de Jesus, e conclui sua narrativa, como Marcos, registrando a rejeição sumária de Jesus ao título messiânico.
No texto de Mateus, acima, encontramos duas de suas características dominantes. Mateus acentua a dimensão messiânica de Jesus e já apresenta sinais da instituição eclesial nascente. Mateus escreve na década de 80, quando os discípulos de Jesus oriundos do judaísmo estavam sendo expulsos das sinagogas que até então freqüentavam. Mateus pretende convencer estes discípulos de que em Jesus se realizavam suas esperanças messiânicas moldadas sob a antiga tradição de Israel. Daí o acentuado caráter messiânico atribuído a Jesus por Mateus.
Os cristãos, afastados das sinagogas, começam a estruturar-se em uma instituição religiosa própria, na qual a figura de referência é Pedro, já martirizado em Roma. Embora no Segundo Testamento se perceba conflitos entre Pedro e Paulo (cf. Gl 2,11-14), a liturgia os reúne em uma só festa. Pedro é lembrado pelo seu testemunho corajoso diante da perseguição e Paulo, por seu empenho missionário em territórios da diáspora judaica.
Oração
Pai, consolida minha fé, a exemplo do apóstolo Pedro que, em meio às provações, soube dar, com o seu martírio, testemunho consumado de adesão a Jesus.
3. FÉ E MISSÃO
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).
A missão de liderança confiada a Pedro exigiu dele uma explicitação de sua fé. Antes de assumir o papel de guia da comunidade, foi preciso deixar claro seu pensamento a respeito de Jesus, de forma a prevenir futuros desvios.
Se tivesse Jesus na conta de um messias puramente humano, correria o risco de transformar a comunidade numa espécie de grupo guerrilheiro, disposto a impor o Reino de Deus a ferro e fogo. A violência seria o caminho escolhido para fazer o Reino acontecer.
Se o considerasse um dos antigos profetas reencarnados, transformaria a Boa-Nova do Reino numa proclamação apocalíptica do fim do mundo, impondo medo e terror. De fato, pensava-se que, no final dos tempos, muitos profetas do passado haveriam de reaparecer.
Se a fé de Pedro fosse imprecisa, não sabendo bem a quem havia confiado a sua vida, correria o risco de proclamar uma mensagem insossa, e levar a comunidade a ser como um sal que perdeu seu sabor, ou uma luz posta no lugar indevido.
Só depois que Pedro professou sua fé em Jesus, como o “Messias, o Filho do Deus vivo”, foi-lhe confiada a tarefa de ser “pedra” sobre a qual seria construída a comunidade dos discípulos: a sua Igreja.
Entre muitos percalços, esse apóstolo deu provas de sua adesão a Jesus, selando o seu testemunho com a própria vida, demonstração suprema de sua fé. Portanto, sua missão foi levada até o fim.
Oração
Pai, consolida minha fé, a exemplo do apóstolo Pedro que, em meio às provações, soube dar, com o seu martírio, testemunho consumado de adesão a Jesus.
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