quinta-feira, 15 de abril de 2010

Quarta-feira, dia 14 de Abril de 2010

Quarta-feira da 2ª semana da Páscoa


Hoje a Igreja celebra :
S. Pedro Gonçalves Telmo, confessor, +1246

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Santo Gregório Nazianzo :
Vir à luz


Evangelho segundo S. João 3,16-21.

Tanto amou Deus o mundo, que lhe entregou o seu Filho Unigénito, a fim de que todo o que nele crê não se perca, mas tenha a vida eterna. De facto, Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por Ele. Quem nele crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado, por não crer no Filho Unigénito de Deus. E a condenação está nisto: a Luz veio ao mundo, e os homens preferiram as trevas à Luz, porque as suas obras eram más. De facto, quem pratica o mal odeia a Luz e não se aproxima da Luz para que as suas acções não sejam desmascaradas. Mas quem pratica a verdade aproxima-se da Luz, de modo a tornar-se claro que os seus actos são feitos segundo Deus.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Santo Gregório Nazianzo (330-390), bispo e Doutor da Igreja
Hino 32; PG 37, 511-512

Vir à luz


Nós Te bem dizemos, Pai da Luz,
Cristo, Verbo de Deus, Esplendor do Pai,
Luz da Luz, e fonte de Luz,
Espírito de fogo, sopro do Filho e do Pai

Trindade Santa, Luz indivisa,
Tu dissipaste as trevas para criar
Um mundo luminoso, de ordem e beleza,
Feito à Tua semelhança.

De razão e de sabedoria iluminaste o homem,
Iluminaste-o com o selo da Tua Imagem,
De modo que, na Tua luz, veja a luz (Sl 36,10),
E todo ele se torne luz.

Fizeste brilhar no céu inúmeras estrelas,
Ordenaste ao dia e à noite
que se entendessem e partilhassem o tempo
Alternadamente, pacificamente.

A noite põe termo ao trabalho do corpo cansado,
O dia chama às obras que Te agradam,
Ensina-nos a fugir das trevas, a apressar-nos
Para esse dia que não terá ocaso.

Terça-feira, dia 13 de Abril de 2010

Terça-feira da 2ª semana da Páscoa


Hoje a Igreja celebra :
S. Martinho I, papa, +656, Santo Hermenegildo, rei visigótico, mártir, +585

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Santa Teresa Benedita da Cruz [Edith Stein] :
«Não sabes de onde vem nem para onde vai»


Evangelho segundo S. João 3,7-15.

Não te admires por Eu te ter dito: 'Vós tendes de nascer do Alto.' O vento sopra onde quer e tu ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem nem para onde vai. Assim acontece com todo aquele que nasceu do Espírito.» Nicodemos interveio e disse-lhe: «Como pode ser isso?» Jesus respondeu-lhe: «Tu és mestre em Israel e não sabes estas coisas? Em verdade, em verdade te digo: nós falamos do que sabemos e damos testemunho do que vimos, mas vós não aceitais o nosso testemunho. Se vos falei das coisas da terra e não credes, como é que haveis de crer quando vos falar das coisas do Céu? Pois ninguém subiu ao Céu a não ser aquele que desceu do Céu, o Filho do Homem. Assim como Moisés ergueu a serpente no deserto, assim também é necessário que o Filho do Homem seja erguido ao alto, a fim de que todo o que nele crê tenha a vida eterna.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Santa Teresa Benedita da Cruz [Edith Stein] (1891-1942), carmelita, mártir, co-padroeira da Europa
Poesia Pentecostes 1942 (a partir da trad. Malgré la nuit, Ad solem 2002, p. 121)

«Não sabes de onde vem nem para onde vai»


Quem és, suave luz que me sacias
E que iluminas as trevas do meu coração?
Guias-me como a mão de uma mãe,
e se me soltasses
não mais poderia dar um só passo.
És o espaço
que envolve o meu ser e me protege.
Longe de Ti, naufragaria no abismo do nada
de onde me tiraste para me criar para a luz.
Tu, mais próximo de mim
do que eu própria,
mais intimo do que as profundezas da minha alma,
e contudo incompreensível e inefável,
para além de qualquer nome,
Espírito Santo, Amor Eterno!

Não és Tu o doce maná
que do coração do Filho
transborda para o meu,
o alimento dos anjos e dos bem-aventurados?
Aquele que Se elevou da morte à vida
também me despertou do sono da morte para uma vida nova.
E, dia após dia,
continua a dar-me uma nova vida,
de que um dia a plenitude me inundará por completo,
vida procedente da Tua vida, sim, Tu mesmo,
Espírito Santo, Vida Eterna!


Segunda-feira, dia 12 de Abril de 2010

Segunda-feira da 2ª semana da Páscoa


Hoje a Igreja celebra :
S. Victor de Braga, mártir, +300, Beato Lourenço Mendes, religioso, séc. XIII, Santa Teresa de Jesus Fernandez Solar, religiosa, +1920

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Homilia atribuída a Santo Hipólito de Roma :
Renascer pela água e o Espírito Santo


Evangelho segundo S. João 3,1-8.

Entre os fariseus havia um homem chamado Nicodemos, um chefe dos judeus. Veio ter com Jesus de noite e disse-lhe: «Rabi, nós sabemos que Tu vieste da parte de Deus, como Mestre, porque ninguém pode realizar os sinais portentosos que Tu fazes, se Deus não estiver com ele.» Em resposta, Jesus declarou-lhe: «Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer do Alto não pode ver o Reino de Deus.» Perguntou-lhe Nicodemos: «Como pode um homem nascer, sendo velho? Porventura poderá entrar no ventre de sua mãe outra vez, e nascer?» Jesus respondeu-lhe: «Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus. Aquilo que nasce da carne é carne, e aquilo que nasce do Espírito é espírito. Não te admires por Eu te ter dito: 'Vós tendes de nascer do Alto.' O vento sopra onde quer e tu ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem nem para onde vai. Assim acontece com todo aquele que nasceu do Espírito.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Homilia atribuída a Santo Hipólito de Roma (?-c. 235), presbítero e mártir
Homilia para a Festa da Epifania, sobre a «Sagrada Teofania»; PG 10, 854-862 (a partir da trad. Orval)

Renascer pela água e o Espírito Santo


Prestai-me atenção, peço-vos. Desejo remontar à fonte da vida e trazer à luz a fonte dos remédios. O Pai da imortalidade enviou ao mundo o Seu Filho imortal, o Seu Verbo. Este veio ao homem para o lavar na água e no Espírito, engendrou-o de novo para a incorruptibilidade da alma e do corpo, infundindo em nós o Espírito de vida e cobrindo-nos por completo com uma armadura imperecível. Assim, pois, se o homem foi mortal, também será divinizado; e, se foi divinizado pela água e o Espírito Santo, após o renascimento na água, será também herdeiro do céu depois da ressurreição dos mortos.

Acorrei, todas as nações, à imortalidade do baptismo. [...] Esta é a água que participa do Espírito, que rega o paraíso, que dessedenta a terra, que faz crescer as plantas, que gera o seres vivos, em suma, que gera o homem para a vida fazendo-o renascer. Foi nela que Cristo foi baptizado, foi sobre ela que desceu o Espírito Santo sob a forma de pomba. [...]

Aquele que entra com fé no banho da regeneração rejeita a veste da escravatura e reveste-se da adopção. Este sai do baptismo brilhante como o sol, radiante de justiça. Mais ainda, sai dele filho de Deus e co-herdeiro de Cristo, a Quem são devidos a glória e o poder, bem como ao Espírito Santo, bom e vivificante, agora e por todos os séculos. Ámen.

Domingo, dia 11 de Abril de 2010

2º Domingo da Páscoa (Divina Misericórdia) - Ano C


Segundo Domingo do Tempo Pascal, Domingo da Misericórdia (semana II do saltério)
Hoje a Igreja celebra : Nossa Senhora dos Prazeres,
Santo Estanislau, bispo, mártir, +1097, Beata Elena Guerra, virgem, +1914

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Gregório de Narek :
«Recebei o Espírito Santo»


Evangelho segundo S. João 20,19-31.

Ao anoitecer daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas as portas do lugar onde os discípulos se encontravam, com medo das autoridades judaicas, veio Jesus, pôs-se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco!» Dito isto, mostrou-lhes as mãos e o peito. Os discípulos encheram-se de alegria por verem o Senhor. E Ele voltou a dizer-lhes: «A paz seja convosco! Assim como o Pai me enviou, também Eu vos envio a vós.» Em seguida, soprou sobre eles e disse-lhes: «Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados, ficarão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ficarão retidos.» Tomé, um dos Doze, a quem chamavam o Gémeo, não estava com eles quando Jesus veio. Diziam-lhe os outros discípulos: «Vimos o Senhor!» Mas ele respondeu-lhes: «Se eu não vir o sinal dos pregos nas suas mãos e não meter o meu dedo nesse sinal dos pregos e a minha mão no seu peito, não acredito.» Oito dias depois, estavam os discípulos outra vez dentro de casa e Tomé com eles. Estando as portas fechadas, Jesus veio, pôs-se no meio deles e disse: «A paz seja convosco!» Depois, disse a Tomé: «Olha as minhas mãos: chega cá o teu dedo! Estende a tua mão e põe-na no meu peito. E não sejas incrédulo, mas fiel.» Tomé respondeu-lhe: «Meu Senhor e meu Deus!» Disse-lhe Jesus: «Porque me viste, acreditaste. Felizes os que crêem sem terem visto». Muitos outros sinais miraculosos realizou ainda Jesus, na presença dos seus discípulos, que não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram escritos para acreditardes que Jesus é o Messias, o Filho de Deus, e, acreditando, terdes a vida nele.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Gregório de Narek (c. 944-c. 1010), monge e poeta arménio
Livro das orações, nº 33 (a partir da trad. SC 78, p. 206)

«Recebei o Espírito Santo»


Omnipotente, Benfeitor, Amigo dos homens, Deus de todos,
Criador dos seres visíveis e invisíveis,
Tu que salvas e fortaleces,
Tu que curas e pacificas,
Espírito poderoso do Pai [...],
Tu participas no mesmo trono e na mesma glória,
e na acção criadora do Pai [...].
Por meio de Ti nos foi revelada
a trindade das Pessoas, na unidade da natureza da Divindade;
e Tu és uma destas Pessoas,
Tu, o Incompreensível. [...]

Moisés Te proclamou Espírito de Deus (Gn 1, 2):
a Ti, que planavas sobre as águas,
com protecção envolvente, temível e cheia de solicitude;
Tu abriste as asas como sinal de auxílio compadecido aos recém-nascidos,
revelando-nos assim o mistério da fonte baptismal. [...]
Tu criaste, ó Omnipotente, enquanto Senhor,
todas as naturezas de tudo quanto existe,
todos os seres a partir do nada.
Por Ti se renovam pela ressurreição
todos os seres por Ti criados,
nesse momento que é o último dia da vida nesta terra
e o primeiro dia da vida na Terra dos Vivos.

Aquele que tem a mesma natureza que Tu,
Aquele que é consubstancial ao Pai, o Filho Unigénito,
obedeceu-Te, na nossa natureza, como a Seu Pai,
unindo a Sua vontade à Tua.
Ele Te anunciou como Deus verdadeiro,
igual e consubstancial a Seu Pai omnipotente [...]
e calou aqueles que a Ti resistiam,
esses que combatiam Deus (cf Mt 12, 28),
perdoando embora àqueles que se Lhe opunham.

Ele é o Justo e o Imaculado, o Salvador de todos,
que foi entregue por causa dos nossos pecados,
e que ressuscitou para nossa justificação (Rom 4, 25).
A Ele a glória por Ti,
e a Ti o louvor pelo Pai omnipotente,
pelos séculos dos séculos,
Ámen.

6ª-FEIRA NA OITAVA DA PÁSCOA


Hoje a Igreja celebra : Beata Celestina Faron, mártir, 1944, Santa Cacilda, princesa moura, eremita, +1007

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São Gregório Magno : Simão Pedro subiu à barca e puxou a rede para terra


Evangelho segundo S. João 21,1-14.

Algum tempo depois, Jesus apareceu outra vez aos discípulos, junto ao lago de Tiberíades, e manifestou-se deste modo: estavam juntos Simão Pedro, Tomé, a quem chamavam o Gémeo, Natanael, de Caná da Galileia, os filhos de Zebedeu e outros dois discípulos. Disse-lhes Simão Pedro: «Vou pescar.» Eles responderam-lhe: «Nós também vamos contigo.» Saíram e subiram para o barco, mas naquela noite não apanharam nada. Ao romper do dia, Jesus apresentou-se na margem, mas os discípulos não sabiam que era Ele. Jesus disse-lhes, então: «Rapazes, tendes alguma coisa para comer?» Eles responderam-lhe: «Não.» Disse-lhes Ele: «Lançai a rede para o lado direito do barco e haveis de encontrar.» Lançaram-na e, devido à grande quantidade de peixes, já não tinham forças para a arrastar. Então, o discípulo que Jesus amava disse a Pedro: «É o Senhor!» Simão Pedro, ao ouvir que era o Senhor, apertou a capa, porque estava sem mais roupa, e lançou-se à água. Os outros discípulos vieram no barco, puxando a rede com os peixes; com efeito, não estavam longe da terra, mas apenas a uns noventa metros. Ao saltarem para terra, viram umas brasas preparadas com peixe em cima e pão. Jesus disse-lhes: «Trazei dos peixes que apanhastes agora.» Simão Pedro subiu à barca e puxou a rede para terra, cheia de peixes grandes: cento e cinquenta e três. E, apesar de serem tantos, a rede não se rompeu. Disse-lhes Jesus: «Vinde almoçar.» E nenhum dos discípulos se atrevia a perguntar-lhe: «Quem és Tu?», porque bem sabiam que era o Senhor. Jesus aproximou-se, tomou o pão e deu-lho, fazendo o mesmo com o peixe. Esta já foi a terceira vez que Jesus apareceu aos seus discípulos, depois de ter ressuscitado dos mortos.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

São Gregório Magno (c. 540-604), Papa e Doutor da Igreja
Homilias sobre o Evangelho, nº 24 (a partir da trad. Le Barroux rev.)

Simão Pedro subiu à barca e puxou a rede para terra


Depois de terem apanhado tantos peixes grandes, «Simão Pedro subiu à barca e puxou a rede para terra.» Tereis compreendido por que motivo foi Pedro quem puxou a rede para terra; com efeito, foi a ele que foi confiada a Santa Igreja, foi a ele que foi pessoalmente dito: «Filho de João, tu amas-Me? Apascenta os meus cordeiros.» Assim, aquilo que foi claramente enunciado em palavras foi primeiramente significado pela acção.

É o pregador da Igreja que nos separa das correntes deste mundo; é, pois, necessário que Pedro puxe para terra a rede cheia de peixes. Foi ele quem puxou os peixes para a terra firme da margem, porque foi ele que dá a conhecer aos fiéis, pela sua santa pregação, a imutabilidade da pátria eterna. E fê-lo, quer pelas suas palavras, quer pelas suas epístolas; e continua a fazê-lo todos os dias, pelos seus milagres. Sempre que nos conduz ao amor do repouso eterno, sempre que nos distancia do tumulto das coisas deste mundo, nós somos os peixes apanhados nas redes da fé, que ele puxa para a margem.

Quinta-feira, dia 08 de Abril de 2010

5ª-FEIRA NA OITAVA DA PÁSCOA


Hoje a Igreja celebra : Santa Júlia Billiart, virgem, fundadora, +1816

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Santo António de Lisboa : «Tocai-Me e olhai»


Evangelho segundo S. Lucas 24,35-48.

E eles contaram o que lhes tinha acontecido pelo caminho e como Jesus se lhes dera a conhecer, ao partir o pão. Enquanto isto diziam, Jesus apresentou-se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco!» Dominados pelo espanto e cheios de temor, julgavam ver um espírito. Disse-lhes, então: «Porque estais perturbados e porque surgem tais dúvidas nos vossos corações? Vede as minhas mãos e os meus pés: sou Eu mesmo. Tocai-me e olhai que um espírito não tem carne nem ossos, como verificais que Eu tenho.» Dizendo isto, mostrou-lhes as mãos e os pés. E como, na sua alegria, não queriam acreditar de assombrados que estavam, Ele perguntou-lhes: «Tendes aí alguma coisa que se coma?» Deram-lhe um bocado de peixe assado; e, tomando-o, comeu diante deles. Depois, disse-lhes: «Estas foram as palavras que vos disse, quando ainda estava convosco: que era necessário que se cumprisse tudo quanto a meu respeito está escrito em Moisés, nos Profetas e nos Salmos.» Abriu-lhes então o entendimento para compreenderem as Escrituras e disse-lhes: «Assim está escrito que o Messias havia de sofrer e ressuscitar dentre os mortos, ao terceiro dia; que havia de ser anunciada, em seu nome, a conversão para o perdão dos pecados a todos os povos, começando por Jerusalém. Vós sois as testemunhas destas coisas.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Santo António de Lisboa (c. 1195-1231), franciscano, Doutor da Igreja
Sermões para o domingo e as festas dos santos (a partir da trad. Eds. Franciscaines 1944, p. 139)

«Tocai-Me e olhai»


«Vede as Minhas mãos e os Meus pés: sou Eu mesmo». A meu ver, são quatro as razões pelas quais o Senhor mostra o lado, as mãos e os pés aos apóstolos. Em primeiro lugar, para mostrar que tinha ressuscitado verdadeiramente e afastar qualquer espécie de dúvida do nosso espírito. Em segundo lugar, para que «a pomba», ou seja, a Igreja ou a alma fiel, fizesse o ninho nas Suas chagas como «nos recessos dos rochedos» (Ct 2, 14) e aí encontrasse abrigo contra o gavião que a espreita. Em terceiro lugar, para imprimir no nosso coração, quais insígnias, as marcas da Sua Paixão. Em quarto lugar, para nos advertir e nos pedir que tivéssemos piedade Dele e não O trespassássemos de novo com os cravos dos nossos pecados.

Ele mostra-nos as mãos e os pés: «Eis as mãos que vos formaram», diz-nos (cf Sl 118, 73): vede os cravos que as trespassaram. Eis o Meu coração, onde nascestes, vós, os fiéis, vós, a Minha Igreja, como Eva nasceu do lado de Adão: vede a lança que o abriu, a fim de que vos fosse aberta a porta do Paraíso, que o Querubim de fogo mantinha encerrada. O sangue que correu do Meu lado afastou este anjo, embotou-lhe a espada: a água extinguiu o fogo (cf Jo 19, 34). [...] Escutai com atenção, ouvi estas palavras, e tereis paz em vós.


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EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Sexta-feira, dia 09 de Abril de 2010

6ª-FEIRA NA OITAVA DA PÁSCOA


Hoje a Igreja celebra : Beata Celestina Faron, mártir, 1944, Santa Cacilda, princesa moura, eremita, +1007

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São Gregório Magno : Simão Pedro subiu à barca e puxou a rede para terra


Evangelho segundo S. João 21,1-14.

Algum tempo depois, Jesus apareceu outra vez aos discípulos, junto ao lago de Tiberíades, e manifestou-se deste modo: estavam juntos Simão Pedro, Tomé, a quem chamavam o Gémeo, Natanael, de Caná da Galileia, os filhos de Zebedeu e outros dois discípulos. Disse-lhes Simão Pedro: «Vou pescar.» Eles responderam-lhe: «Nós também vamos contigo.» Saíram e subiram para o barco, mas naquela noite não apanharam nada. Ao romper do dia, Jesus apresentou-se na margem, mas os discípulos não sabiam que era Ele. Jesus disse-lhes, então: «Rapazes, tendes alguma coisa para comer?» Eles responderam-lhe: «Não.» Disse-lhes Ele: «Lançai a rede para o lado direito do barco e haveis de encontrar.» Lançaram-na e, devido à grande quantidade de peixes, já não tinham forças para a arrastar. Então, o discípulo que Jesus amava disse a Pedro: «É o Senhor!» Simão Pedro, ao ouvir que era o Senhor, apertou a capa, porque estava sem mais roupa, e lançou-se à água. Os outros discípulos vieram no barco, puxando a rede com os peixes; com efeito, não estavam longe da terra, mas apenas a uns noventa metros. Ao saltarem para terra, viram umas brasas preparadas com peixe em cima e pão. Jesus disse-lhes: «Trazei dos peixes que apanhastes agora.» Simão Pedro subiu à barca e puxou a rede para terra, cheia de peixes grandes: cento e cinquenta e três. E, apesar de serem tantos, a rede não se rompeu. Disse-lhes Jesus: «Vinde almoçar.» E nenhum dos discípulos se atrevia a perguntar-lhe: «Quem és Tu?», porque bem sabiam que era o Senhor. Jesus aproximou-se, tomou o pão e deu-lho, fazendo o mesmo com o peixe. Esta já foi a terceira vez que Jesus apareceu aos seus discípulos, depois de ter ressuscitado dos mortos.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

São Gregório Magno (c. 540-604), Papa e Doutor da Igreja
Homilias sobre o Evangelho, nº 24 (a partir da trad. Le Barroux rev.)

Simão Pedro subiu à barca e puxou a rede para terra


Depois de terem apanhado tantos peixes grandes, «Simão Pedro subiu à barca e puxou a rede para terra.» Tereis compreendido por que motivo foi Pedro quem puxou a rede para terra; com efeito, foi a ele que foi confiada a Santa Igreja, foi a ele que foi pessoalmente dito: «Filho de João, tu amas-Me? Apascenta os meus cordeiros.» Assim, aquilo que foi claramente enunciado em palavras foi primeiramente significado pela acção.

É o pregador da Igreja que nos separa das correntes deste mundo; é, pois, necessário que Pedro puxe para terra a rede cheia de peixes. Foi ele quem puxou os peixes para a terra firme da margem, porque foi ele que dá a conhecer aos fiéis, pela sua santa pregação, a imutabilidade da pátria eterna. E fê-lo, quer pelas suas palavras, quer pelas suas epístolas; e continua a fazê-lo todos os dias, pelos seus milagres. Sempre que nos conduz ao amor do repouso eterno, sempre que nos distancia do tumulto das coisas deste mundo, nós somos os peixes apanhados nas redes da fé, que ele puxa para a margem.