quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Quinta-feira, 25 de novembro de 2010

34º do Tempo Comum (Ano “C”), 2ª Semana do Saltério (Livro III), cor Litúrgica Verde

Hoje: Dia Internacional do Doador de Sangue, dia Internacional da Eliminação da Violência contra a Mulher e dia da Ação de Graças.

Santos: Alberto de Lovaina (bispo), Alexandre de Corinto (mártir), Bieuzy da Bretanha (mártir) , Colmano de Cloyne (bispo), Crescenciano de Roma (mártir), Crisógono de Aquiléia (mártir), Eanfleda de Whitby (viúva, monja), Felicíssimo de Perúgia (mártir), Firmina de Amelia (virgem, mártir), Flora e Maria (virgens e mártires), Inácio Delgado e Companheiros (mártires) , Leopardino de Vivaris (abade, mártir), Marino de Maurienne (monge, mártir), Mateus Alonso de Lenciñana e José Fernández de Ventosa (presbíteros, mártires), Porciano de Miranda (abade), Protásio de Milão (bispo), Romano de Le Mans (bispo), Bálsamo de Cava (abade, bem-aventurado), Conrado de Frisach (dominicano, bem-aventurado), Pedro Dumoulinborie (mártir, bem-aventurado), Maria Ana Sala (religiosa Marcelina, bem-aventurada)

Antífona: O Senhor fala de paz a seu povo e a seus amigos e a todos os que se voltam para ele. (Sl 84,9)

Oração: Levantai, ó Deus, o ânimo dos vossos filhos e filhas, para que, aproveitando melhor as vossas graças, obtenham de vossa paternal bondade mais poderosos auxílios. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Leitura: Apocalipse (Ap 18, 1-2.21-23; 19,1-3.9a)
A grande cidade nunca mais será encontrada

Eu, João, 18,1vi outro anjo descendo do céu. Tinha grande poder, e a terra ficou toda iluminada com a sua glória. 2Ele gritou com voz poderosa: "Caiu! Caiu Babilônia, a grande! Tornou-se morada de demônios, abrigo de todos os espíritos maus, abrigo de aves impuras e nojentas.

21Nessa hora, um anjo poderoso levantou uma pedra do tamanho de uma grande pedra de moinho e atirou-a ao mar, dizendo: "Com esta força será lançada Babilônia, a Grande Cidade, e nunca mais será encontrada. 22E o canto de harpistas e músicos, de flautistas e tocadores de trombeta, em ti nunca mais se ouvirá; e nenhum artista de arte alguma em ti jamais se encontrará; e o canto do moinho em ti nunca mais se ouvirá; 23e a luz da lâmpada em ti nunca mais brilhará; e a voz do esposo e da esposa em ti nunca mais se ouvirá, porque os teus comerciantes eram os grandes da terra, e com magia tu enfeitiçaste todas as nações.

19,1 Depois disso, ouvi um forte rumor, de uma grande multidão no céu, que clamava: "Aleluia! A salvação, a glória e o poder pertencem a nosso Deus, 2porque seus julgamentos são verdadeiros e justos. Sim, Deus julgou a grande prostituta que corrompeu a terra com sua prostituição, e vingou nela o sangue dos seus servos". 3E repetiram: "Aleluia! A fumaça dela fica subindo para toda a eternidade!" 9aE um anjo me disse: "Escreve: Felizes são os convidados para o banquete das núpcias do Cordeiro". Palavra do Senhor!

Comentando a Leitura

Caiu babilônia, a grande!

Mensagem de esperança sempre válida. O tempo do Apocalipse é tempo da ausência, da noite, tempo em que não é possível ver Cristo e tocá-lo; a essa noite seguirá, porém, a alegria de sua vinda. Babilônia é o símbolo da corrupção introduzida no mundo pelo pecado. Ela cairá. O Senhor do tempo pronunciará sua sentença: "Nunca mais!". A cidade do encantamento, do engano, dos falsos valores, cidade fundada exclusivamente nos bens materiais, no culto do dinheiro, no poder, no sexo, cidade do pecado (v. 2), será precipitada e não mais será encontrada. De tantos povos, potências, domínios, não restam mais que silenciosos montões. Surge, ao contrário, a cidade santa, o mundo novo. Todo o espaço do universo se enche progressivamente da glória do Filho do homem. O mundo redimido é convidado a uma assembleia sem divisões e dilaceramentos, à festa do amor. Nossas assembleias litúrgicas desejariam ser disso uma modesta antecipação e uma promessa. [Missal Cotidiano, Paulinas]

Salmo Responsorial: 99 (100), 2.3.4.5 (R/.Ap 19,9a)
São bem-aventurados os que foram convidados
para a ceia nupcial das bodas do cordeiro!

2Aclamai o Senhor, ó terra inteira, servi ao Senhor com alegria, ide a ele cantando jubilosos!

3Sabei que o Senhor, só ele, é Deus, Ele mesmo nos fez, e somos seus, nós somos seu povo e seu rebanho.

4Entrai por suas portas dando graças, e em seus átrios com hinos de louvor; dai-lhe graças, seu nome bendizei!

5Sim, é bom o Senhor e nosso Deus, sua bondade perdura para sempre, seu amor é fiel eternamente!

Evangelho: Lucas (Lc 21, 20-28)
Jerusalém será pisada pelos infiéis

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 20"Quando virdes Jerusalém cercada de exércitos, ficai sabendo que a sua destruição está próxima. 21Então, os que estiverem na Judéia, devem fugir para as montanhas; os que estiverem no meio da cidade, devem afastar-se; os que estiverem no campo, não entrem na cidade. 22Pois esses dias são de vingança, para que se cumpra tudo o que dizem as Escrituras.23lnfeíizes das mulheres grávidas e daquelas que estiverem amamentando naqueles dias, pois haverá uma grande calamidade na terra e ira contra este povo.

24Serão mortos pela espada e levados presos para todas as nações, e Jerusalém será pisada pelos infiéis, até que o tempo dos pagãos se complete.

25Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas. Na terra, as nações ficarão angustiadas, com pavor do barulho do mar e das ondas. 26Os homens vão desmaiar de medo, só em pensar no que vai acontecer ao mundo, porque as forças do céu serão abaladas. 27Então eles verão o Filho do Homem, vindo numa nuvem com grande poder e glória. 28Quando estas coisas começarem a acontecer, levantai-vos e erguei a cabeça, porque a vossa libertação está próxima". Palavra da Salvação!

Leituras paralelas: Mt 24, 15-22; Mc 13, 14-20; Mt 24, 29-44; Mc 13, 24-37

Comentando o Evangelho

Levantem a cabeça!

Na Bíblia, a destruição de certas cidades é apresentada como lição para a humanidade. A ruína de Sodoma e Gomorra simboliza o fim da maldade humana. A queda da Samaria representa o castigo da cidade que trocou Deus pelos ídolos e se deixou contaminar pela injustiça. A queda de Nínive e da Babilônia foram celebradas como o fim de impérios prepotentes, cuja ação nefasta foi causa de sofrimento e morte para muitos povos.


A devastação de Jerusalém foi, também, marcada de simbolismo. Cidade de grande evocação teológica – lugar da habitação de Deus no meio de seu povo – converteu-se em cidade assassina dos profetas, surda aos apelos dos enviados. Para os cristãos, caracterizou-se como cidade assassina do Filho de Deus, o qual tentou, inutilmente, chamá-la à conversão. Tendo perdido sua razão de ser, só lhe restava ser votada à destruição.


Ao mesmo tempo em que fala dessa destruição, Jesus abre o coração dos discípulos para a esperança. Por um lado, fala-se em grandes calamidades no país: flagelos, morte, exílio, ruína. Por outro, alude-se ao Filho do Homem “vindo sobre as nuvens, com grande poder e glória”. O fim de Jerusalém corresponde ao início de uma realidade nova, à libertação que se aproxima.


Portanto, os discípulos têm motivos para se conservarem esperançosos, banindo todo temor. A proximidade da libertação é motivo de alegria!
[O EVANGELHO NOSSO DE CADA DIA, Ano C, ©Paulinas, 1996]

Para Sua Reflexão:

O assédio e a destruição do templo de Jerusalém não se confundem com o fim do mundo ou da história. O plano de Deus continua em frente e, precisamente, a cidade e o templo em ruínas serão a oportunidade para que as nações estrangeiras, que não conheciam a Deus, o conheçam e se submetam a ele. Os acontecimentos cósmicos como que Lucas descreve esta passagem sobre a vinda do Filho do Homem não devem ser tomados em sentido literal, pois evocam uma maneira de pensar típica da literatura apocalíptica e servem para estabelecer a diferença entre esta primeira manifestação ou Encarnação de Jesus, submetida à natureza e limitação humanas e sua segunda vinda em todo poder e glória como Dono e Senhor do tempo, da história e do mundo. Aos discípulos cumpre estar mais e pensar que a vinda de Jesus tem como finalidade específica a libertação de toda a criação. Esta é a essência da esperança escatológica da primitiva comunidade e é também nossa esperança. [Novo Testamento, Edição de Estudos, Ave-Maria]]

Santa Catarina de Alexandria

Pedro Bargelline, no livro “Mille Santi Del Giorno” diz: “entre as santas que levam o nome de Catarina, a mais conhecida na literatura é Catarina de Sena; a mais célebre na história da espiritualidade é Catarina de Gênova; porém, a mais venerada universalmente, tanto pelo Ocidente quanto pelo Oriente é Santa Catarina de Alexandria”.

Nascida em Alexandria no Egito, foi virgem ilustre e não somente por nobreza de nascimento, formosura, riqueza, mas também por um grau de ciência incomum. Era filha do Rei Costus do Egito. Um dia sua mãe apresentou-a a um eremita. Vendo ele a graça e a inteligência de Catarina resolveu ensinar a ela tudo sobre a vida cristã. Assim ela renunciou as riquezas e a vida de conforto que vivia e resolveu oferecer-se a Cristo e gastar sua fortuna ajudando aos pobres e necessitados. Sua mãe sempre esteve do seu lado, apoiando e incentivando a que ela prosseguisse na sua vida devotada a Cristo.

Durante toda sua vida dedicou-se com especial zelo à prática da virtude e da virgindade. Fiel a Cristo, amou-O como verdadeiro esposo. Soube por isso resistir ao afago e a brutalidade do imperador Maxentius que, tendo ido à Alexandria exigia que também ela oferecesse sacrifícios aos deuses.

Narra-se que apenas com 18 anos ela animava os cristãos e assim falou ao imperador:

“Por que queres perder esta multidão com o culto aos deuses? Aprende a conhecer a Deus, criador do mundo e ao seu único filho Jesus Cristo, que com a cruz livrou a humanidade do inferno.”

O imperador, impressionado pela coragem e formosura de Catarina convocou retóricos e filósofos para fazer mudar as ideias da jovem, mas aconteceu o contrário: a eloquência da Santa convenceu de erros os próprios filósofos que se converteram ao cristianismo.

Derrotado em seus intentos o Imperador vingou-se, decretando a prisão de Catarina e, conta-se, durante o período em que permaneceu encarcerada foi nutrida milagrosamente por uma pomba e visitada por Jesus e pelos Anjos.


O imperador ordenou então que a jovem fosse dilacerada por uma roda munida de lâminas cortantes e ferros pontiagudos. Esta roda, porém, ao contato com o corpo da santa, despedaçou-se tendo seus pedaços atingido e esmagado alguns pagãos, ficando a virgem preservada do suplício. Após várias torturas, Catarina foi enfim decapitada.

A história diz que o corpo da Santa foi levado pelos anjos ao Monte Sinai onde, de fato, já antes do ano 1000 foi construído um famoso mosteiro. Neste mosteiro os monges acumularam uma rica biblioteca contendo preciosos códigos entre os quais, no século passado, foi encontrado um código do século IV escrito em grego contendo o antigo e novo testamentos, e que passou à história com o nome de Código Sinaítico, conservado no Museu de Londres.

Uma parte das relíquias da Santa foi levada por volta do ano 1000 a um convento Beneditino na França e se tornaram famosas pelo alto poder taumatúrgico.

As fontes literárias que documentam a vida e o culto da Santa estão na língua grega e remontam o século VI.

Sabe-se ainda por outra fonte que os anjos transladaram seus restos mortais, logo após seu martírio, para um sepulcro no monte onde Moisés tinha recebido as tábuas da Lei e onde atualmente se localiza o famoso mosteiro de Santa Catarina. Erguido no tempo do imperador Justiniano. Talvez, para preservá-las dos invasores árabes é que alguns séculos depois da morte algumas importantes relíquias da santa foram levadas para Mosteiro do Sinai. Com efeito, a primitiva denominação do Mosteiro era outra e o esquife da mártir não se encontra debaixo do altar-mor e no meio da Igreja mas no coro, à direita.

Outras fontes ainda revelam que durante 200 anos depois de sua morte, o seu corpo intacto foi escondido pelos cristãos até o dia em que o imperador Justiniano edificou um enorme mosteiro na Montanha do Sinai, no Egito onde o colocou. Isto ocorreu no ano 307 depois de Cristo.

Em louvor à Santa Catarina foram erguidos numerosos templos em toda a Europa; Literatura e arte andaram à porfia em celebrar os louvores e imortalizar a figura da Santa, símbolo de rara pureza, de singular beleza, de preclaro saber e de graça.

http://www.ecclesia.com.br/sinaxe/catarina_alexandria.htm (site católico ortodoxo)

Sorrindo dissipamos as trevas da tristeza. (Frei Anselmo Fracasso)

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