quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Evangelho: Marcos (Mc 8, 22-26)

O cego ficou curado

Naquele tempo, 22Jesus e seus discípulos chegaram a Betsaida. Algumas pessoas trouxeram-lhe um cego e pediram a Jesus que tocasse nele. 23Jesus pegou o cego pela mão, levou-o para fora do povoado, cuspiu nos olhos dele, colocou as mãos sobre ele, e perguntou: "Estás vendo alguma coisa?" 24O homem levantou os olhos e disse: "Estou vendo os homens. Eles parecem árvores que andam". 25Então Jesus colocou de novo as mãos sobre os olhos dele e ele passou a enxergar claramente. Ficou curado, e enxergava todas as coisas com nitidez. 26Jesus mandou o homem ir para casa e lhe disse: "Não entres no povoado!" Palavra da Salvação!

Leitura paralela: Mt 9, 27-31; 20,29-34; Lc 18,38-43

Comentário do Evangelho

Visão recobrada

A cura do cego teve uma função simbólica na formação dos discípulos. Jesus estava para lhes revelar coisas muito importantes, que exigiriam grande lucidez para serem compreendidas e assimiladas. A cegueira espiritual poderia levá-los a não entender as palavras do Mestre, ou a deturpá-las. A experiência do cego correspondia à experiência que os discípulos também deveriam fazer.

Jesus acolheu a súplica dos que conduziam o cego, pedindo-lhe que o tocasse. Este foi levado para um lugar afastado. Ao cabo de um verdadeiro ritual, Jesus restituiu-lhe a visão, de forma que o homem começou a ver bem todas as coisas, mesmo de longe.

Aos discípulos faltava esta visão perfeita, pois eram ainda incapazes de captar a exata impostação do convite de Jesus para segui-lo. A compreensão que tinham do messianismo não se adequava àquela de Jesus. Esperavam que o Mestre se manifestasse como messias rei, cheio de glória e de poder. Nem de longe podiam imaginar o quanto o projeto de Jesus se distanciava deste modelo messiânico.

Os olhos dos discípulos deveriam ser abertos por Jesus assim como o foram os olhos do cego. Continuar a caminhar como cegos seria uma imprudência. Suas vidas corriam o risco de terminar numa frustrante decepção. [O EVANGELHO NOSSO DE CADA DIA, Pe. Jaldimir Vitório, ©Paulinas, 1997]

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