segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Pe. Marcelo José Vieira Júnior, foi ao Vaticano

Pe. Marcelo José Vieira Júnior, foi ao Vaticano

Pe. Marcelo foi ao Vaticano falar com o Papa Bento XVI

14:27 Postado por Diocese de Luziania

No dia 12 de Novembro o reitor do Santuário de Santo Antônio, em Santo Antônio do Descoberto-GO, Pe. Marcelo José Vieira Júnior, foi ao Vaticano acompanhando o bispo diocesano, Dom Afonso Fioreze, na Visita Ad Limina Apostolorum.

De fato, conforme afirmou o jornal local, O Descoberto, o municipio de Santo Antônio do Descoberto atravessaou os portões de Bronze do Vaticano e foi às mãos do Papa Bento através das mãos do Padre Marcelo.

Pe. Marcelo ficou hospedado no Pontifício Colégio Pio Brasileiro e Dom Afonso Fioreze ficou hospedado na residencia do Papa, no Vaticano. Pe. Marcelo, com "jeitinho brasileiro", teve praticamente acesso livre dentro do Vaticano. Passou pelas ruas e pelo comércio de Roma, além, obviamente, de conhecer os principais pontos turisticos da cidade eterna.

Em Roma Pe. Marcelo reencontrou velhos amigos da epóca do seminário e fez novas amizades com bispos e sacerdotes ilustres no Vaticano. Nas celebrações litúrgicas, sobretudo na celebração da criação dos 24 novos cardeais, Pe. Marcelo concelebrou e ajudou na distribuição da sagrada comunhão dentro da Basilica São Pedro e São Paulo.

Pe. Marcelo cumpriu o que prometeu aos seus paroquianos, os levou até o Santo Padre, através de sua s assinaturas. Em entrevista exclusiva com ao blog, Pe. Marcelo disse que ao encontrar frente a frente com o Papa Bento XVI a emoção foi tanta que as palavras pareciam fugir, "foi uma experiência impar", completou. Mas como o Papa Bento já havia lido os relatórios das paróquias, inclusive a de Santo Antônio, o Papa tomou a iniciativa da conversa com Pe. Marcelo e disse: "Então o senhor é o famoso Padre de Santo Antônio, o Pe. Marcelo?". Pe. Marcelo respondeu: "Sim, Sua Santidade, mas não vim aqui sozinho, trouxe o meu povo comigo." O Papa perguntou: "Onde está?". Pe. Marcelo respondeu: " Está aqui, Sua Santidade, eles escreveram uma mnsagem e assinaram. Prometi que entregaria em suas mãos".

Papa Bento abriu o livro de assinaturas, leu a mesansagem e conferiu as assinaturas. Em seguida se delongou na conversa com Pe. Marcelo e quis saber mais a Paróquia de Santo Antônio do Descoberto.

O Papa Bento ficou sensibilizado com o sofrimento das crianças de Santo Antonio e quis compartilhar um pouco do que tem com elas, fez uma doação pessoal de R$ 10 mil para ajudar na compra da mobilha da nova creche paroquial, cuja construção está sendo concluída no bairro Parque XI, junto à Igreja Nossa Senhora de Fátima.

O Santo Padre ainda conferiu a bênção apostólica a todos os fieis da Paróquia, acompanhada de indulgência plenária para todos que articiparem da missa, em estado de graça e renas intenções do Papa alcancem esta graça.


O Papa Bento XVI disse ao Padre Marcelo para dizer ao povo que continuasse perseverante e que não desanimasse diante das dificudades. O Papa se alegrou em saber da fé do povo de Santo Antônio do Descoberto e teve grande afeto por este povo ao receber as assinaturas.

Ao regressar a sua paróquia, Pe. Marcelo contou ao povo a sua experiência no Vaticano e disse que nunca esperava se encontrar um dia com o Papa. Pe. Marcelo reproduziu as fotos tiradas pela imprensa do Vaticano e distribuiu aos fieis de Santo Antônio.

SAIBA MAIS
Jornal- O Descoberto (Dezembro de 2010 - Ano XV Nº 176). Contato: odescoberto@yahoo.com.br

Padre fica com fama de pacificador em Santo Antônio do Descoberto


Os problemas ainda estão longe se resolver.
Mas os ânimos estão um pouco mais serenados.

O padre Marcelo José Vieira Júnior, da paróquia de Santo Antônio do Descoberto (GO), se tornou conhecido em todo país ao acolher na igreja, no começo da semana, manifestantes e fiéis que estavam envolvidos em um confronto com a Polícia Militar.

“Ninguém vai bater no meu povo, não! pode entrar!”, disse o padre, na ocasião, ao abrir as portas da igreja. O repórter Rafael Mônaco acompanhou os acontecimentos.



A confusão começou por causa de queixas da população sobre a falta de investimentos da prefeitura. As críticas englobam a ponte da cidade, que ruiu, a falta de asfalto em alguns locais e, também, o hospital superlotado, que gera demora no atendimento.

A população explodiu de raiva. O prefeito, da cidade de 60 mi habitantes que 40 quilômetros distante de Brasília, diz que está de mãos atadas. “O povo tem razão de reclamar. Mas eu herdei uma dívida de R$ 34 milhões e tenho R$ 1 milhão por mês para investir, resolver os problemas do município”, afirmou o prefeito eleito, David Leite.

'Guerra'

“Quando eu passei por aqui eu via balas. cê via barulho. vrum, vrum! bombas!”, conta o padre Marcelo José Vieira Júnior. "Eu nunca vi uma guerra! Eu sou padre de cidade de interior. Eu só via uma guerra. Muitos tiros!”, acrescentou ele.

Os problemas estão longe se resolver. Mas os ânimos estão um pouco mais serenados. O homem que evitou aquilo que poderia ter sido um conflito muito mais sério pode, enfim, se dedicar a uma de suas muitas atividades de rotina.

O padre Marcelo Vieira também é especialista na restauração de imagens sacras, como a Santa Luzia Barroca. Aos 33 anos, Padre Marcelo nem liga se alguém acha que ele é um jovem de hábitos ultrapassados. "Já não é muito modernismo! O meu povo quer um padre de batina. Se o meu povo quer um padre de batina, eles vão ter um padre de batina", disse ele.

Respeito

Perguntado porque o povo obedece o padre, e não ouve o prefeito ou a polícia, o padre afirmou que a população o respeita. "Eu não sei se obedecem, mas respeitam, amam o padre que têm. Pode ter a multidão que for. Se eu chamar o povo, eles vêm. Multidão desesperada foi o que ele viu no dia da confusão. E só tinha gente conhecida. Tinha pessoas que frequentam o apostolado da oração, tinha ministro da eucaristia, tinha meninos coroinhas correndo. Então era o povo da igreja, pessoas de bem, não era bandido não!", disse.

Confusão

O padre Marcelo Vieira lembrou que, no dia da confusão, encontrou muita gente conhecida. “Mas quando eu vi que a igreja não cabia mais gente, e o povo ficando de fora, e os tiros, bombas, eu me coloquei na frente. Se vão atirar, então vão atirar primeiro no padre”, disse ele.

O padre saiu para o pátio da igreja. “Falei: olha, ninguém vai atirar no meu povo. Todos pra fora! E fui empurrando a polícia pra saírem, saírem e me respeitarem. Esse solo é santo! É o terreno da igreja!. Depois, quando eu saí à frente, que os policiais ameaçavam atirar em mim, eu confesso que, aquela hora, eu tive um pouquinho de medo, sabe?", afirmou.

Lugar do prefeito?

O padre ficou com fama de pacificador. Mas, quer tirá-lo do sério? Pergunte se ele quer o lugar do prefeito. “Não pretendo ser candidato. E me sinto ofendido quando me fazem essa pergunta! Ao vigário, o que é do vigário: as orações, a igreja, o rebanho. Eu serei aqui tão somente o padre de uma igrejinha do interior. Estou feliz assim”, concluiu.

Um lugarejo em pé de guerra. Um padre ilhado na casa paroquial.

“Quando eu passei por aqui eu via balas. Você via barulho, bombas”, conta o padre Marcelo José Vieira Júnior.

Estampidos e perplexidade. “Eu nunca vi uma guerra. Eu sou padre de cidade de interior. Eu só via uma guerra. Muitos tiros”.

Foi, então, que o vigário tomou a decisão: correu para dar abrigo ao povo. O repórter Rafael Mônaco acompanhou. O padre chama a comunidade para ir para a igreja. O padre abre a igreja.

“Ninguém vai bater no meu povo, não! Pode entrar!”, chamou o padre.

O que o levou a fazer isso? E por que a cidade de 60 mil habitantes entrou em convulsão?

Colada no Distrito Federal, a goiana Santo Antônio do Descoberto fica a apenas 40 km de Brasília. Mas é como se ficasse noutro planeta, longe do dinheiro e do conforto.

A ponte ruiu, o asfalto sumiu. O hospital é superlotação e demora.

“É o dia todo no hospital para conseguir um mal atendimento”, declara uma mulher.

A população explodiu de raiva. O prefeito diz que está de mãos atadas.

“O povo tem razão em reclamar. Só que eu assumi dívida de mais de R$34 milhões e tenho R$1 milhão por mês para conseguir saldar toda essa dívida e tocar o município”, afirma o prefeito David Leite.

Os problemas ainda estão longe se resolver. Mas os ânimos estão um pouco mais serenados.

Em volta da igrejinha onde as pessoas se refugiaram está tudo aparentemente muito tranquilo.

O homem que evitou aquilo que poderia ter sido um conflito muito mais sério pôde, enfim, se dedicar a uma de suas muitas atividades de rotina.

Um especialista na restauração de imagens sacras, como a Santa Luzia Barroca. Aos 33 anos, Padre Marcelo nem liga se alguém acha que ele é um jovem de hábitos ultrapassados.

Fantástico - O senhor usa batina, né? Quase não se usa mais...

Padre Marcelo - Já não é muito modernismo! O meu povo quer um padre de batina. Se o meu povo quer um padre de batina, eles vão ter um padre de batina.

Basta uma voltinha para constatar a ascendência do padre sobre os fiéis.

Fantástico – Agora, o que a gente ouviu por aí é que o povo aqui não obedece nem o prefeito nem a polícia, mas o padre eles obedecem.

Padre Marcelo - Graças a Deus. Eu não sei se obedecem, mas respeitam, amam o padre que têm. Pode ter a multidão que for. Se eu chamar o povo, eles vêm.

Multidão desesperada foi o que ele viu no dia da confusão. E só tinha gente conhecida.

Tinha meninos coroinhas correndo... Então, era o povo da igreja, pessoas de bem, não era bandido, não!

A polícia parecia confusa. Bateu num homem de muletas. Em vez de prender ou autuar, espancou e chutou. Mo meio do tumulto, o padre apareceu.

“Então, a minha iniciativa é a igreja. Vou abrir a igreja e todo mundo entra, porque a polícia não vai entrar na igreja. E se entrar vai ter que passar por cima do padre”, relata o Padre.

Foi, então, que ele abriu a igreja fundada em 1765, cujas paredes grossas já protegeram muita gente ao longo de quase três séculos.

“Quando os índios vinham atacar os garimpeiros, os colonizadores, eles se escondiam, se refugiavam dentro dessa igreja”, ensina o Padre.

Foi o que fizeram os manifestantes esta semana.

“Mas quando eu vi que a igreja não cabia mais gente, e o povo ficando de fora, os tiros, bombas, eu me coloquei na frente. Se vão atirar, então vão atirar primeiro no padre”, conta.

O padre saiu para o pátio da igreja.

“Falei: ‘olha, ninguém vai atirar no meu povo. Todos pra fora!’. E fui empurrando a polícia pra saírem, saírem e me respeitarem. Esse solo é santo!”.

Negociou o fim do conflito com o comandante da operação. Mas não deixou de conter os fiéis mais exaltados.

Padre Marcelo - Depredar patrimônio público, agredir ou jogar qualquer coisa nos policiais, isso eu não permito também. Foi quando eu trouxe alguns manifestantes pra dentro.

Fantástico - O senhor deu um pito neles também?

Padre Marcelo – Sim, claro! Dos dois lados.

Fantástico - Quem venceu? A fé ou a coragem?

Padre Marcelo - Depois, quando eu saí à frente, que os policiais ameaçavam atirar em mim, eu confesso que, naquela hora, eu tive um pouquinho de medo, sabe?

Fantástico - Tremeu a batina?

Padre Marcelo - Tremeu! Bastante. Mas eu fiquei muito confiante. Eu sabia que eles respeitariam o sacerdote. Porque lá no meio dos policiais, metade eu os conheço. Parte deles vem à missa.

Fantástico - Os policiais?

Padre Marcelo - Sim. E são meninos bons!

O padre ficou com fama de pacificador. Mas quer tirá-lo do sério? Pergunte se ele quer o lugar do prefeito. “Não, não pretendo ser candidato. E me sinto ofendido quando me fazem essa pergunta!”, responde o padre.

E insiste, ao vigário, o que é do vigário: as orações, a igreja, o rebanho. Eu serei aqui tão somente o padre de uma igrejinha do interior. Estou feliz assim”, conclui.

Profeta desastrado


Profeta desastrado

Dom Aloísio Roque Oppermann, Arcebispo de Uberaba (MG)

Tendo contactos periódicos com acadêmicos de várias Faculdades, descobri que, além dos bons Professores, existem nas escolas superiores aqueles que praticam um apostolado ao inverso. São evangelizadores ao contrário. Procuram extinguir a fé, sob a alegação de espírito aberto. Dando uma de modernos, exigem que os alunos façam resumos de livros de escritores decididamente ateus, como Crick, Hawkings, Marx, Freud. São apóstolos do ateísmo. Jamais vi esses mestres da dúvida, mandarem ler “A linguagem de Deus” de Francis Collins, ou “A fé e a razão” de João Paulo II, ou “Jesus de Nazaré” de Joseph Ratzinger. Quando os alunos são forçados a ler a cartilha agnóstica, podem não concordar com seus ditos. Como não há quem lhes explique a verdade, sobra no seu espírito uma ponta de dúvida que, muitas vezes, se traduz em esfriamento da fé. Concordo que os próceres da vida sem Deus, tenham a liberdade de existir, e continuem fazendo o esforço árduo de provar que o Criador não existe.

Entre eles, especialmente os mais abertos – eles existem – apareceram algumas dúvidas. As grandes profecias do ateísmo, sombrias, falharam. Feuerbach previu a “morte da religião”. Os dez milhões de romeiros, que frequentam Aparecida anualmente, o desmentem. Freud, Marx e Nietzche, com absoluta certeza prognosticaram a “substituição da religião” e a “morte de Deus”. Os milhões e milhões de jovens nas Jornadas Mundiais que se reúnem nos encontros internacionais, nem tomam conhecimento da profecia. As tragédias do século XX, sim, fizeram morrer o socialismo ateu. Este parecia ter fôlego de gato, mas estertorou em asfixia mortal. Na Rússia houve uma inversão do “ópio do povo” atribuído à religião. Agora é o marxismo que é acusado de ser droga para enganar o povo. O “Catecismo da Igreja Católica”, vendeu vários milhões de exemplares, num mundo que se dizia farto de religião. E pode-se crer na presunção dos arautos da vitória da “ciência”, que vaticinaram a regressão irreversível da fé, diante dos funerais do Papa João Paulo II? Nunca mais multidões se reunirão em tão grande número. “O profeta que fala com presunção, não o temais” (Dt 18, 22). Todos recomendam aos ateus profetas, mais cautela. Agora, se quiserem dialogar, estamos abertos. [CNBB]

A necessidade da fé

Evangelho do Dia: Marcos (Mc 4, 35-41)

Quem é este a quem até o vento e o mar obedecem?

35Naquele dia, ao cair da tarde, Jesus disse a seus discípulos: “Vamos para a outra margem!” 36Eles despediram a multidão e levaram Jesus consigo, assim como estava na barca. Havia ainda outras barcas com ele. 37Começou a soprar uma ventania muito forte e as ondas se lançavam dentro da barca, de modo que a barca já começava a se encher.


38Jesus estava na parte de trás, dormindo sobre um travesseiro. Os discípulos o acordaram e disseram: “Mestre, estamos perecendo e tu não te importas?” 39Ele se levantou e ordenou ao vento e ao mar: “Silêncio! Cala-te!” O ventou cessou e houve uma grande calmaria. 40Então Jesus perguntou aos discípulos: “Por que sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?” 41Eles sentiram um grande medo e diziam uns aos outros: “Quem é este, a quem até o vento e o mar obedecem?” Palavra da Salvação!

Leituras paralelas recomendadas: Mt 8,23-27; Lc 8,22-25

Comentário do Evangelho

A necessidade da fé

Pouco a pouco, os discípulos foram firmando sua fé em Jesus. Nele depositavam plena confiança. Seu Mestre era veraz no que falava e fazia; não era um impostor. Seu modo de falar do Reino de Deus revelava sua superioridade em relação a todos os demais mestres, pois pregava com autoridade. Seu jeito de falar de Deus revelava que ele estava tão próximo de Deus, como jamais alguém estivera. Os discípulos consideravam-no o Messias esperado.

Entretanto, os momentos de provação e dificuldade é que testam a solidez da fé. Nem sempre os discípulos foram capazes de superar as perseguições, sem negar sua fé no Senhor. Quando sobrevinham tempestades, fraquejavam.

Então era preciso ter cautela para evitar precipitações. A presença de Jesus junto aos seus discípulos em dificuldade estava sempre garantida. Mesmo quando parecia não ter mais jeito, a não ser morrer, lá estava ele, numa forma de presença discreta, mas atenta e ativa, para socorrer a comunidade em apuros, e salvá-la.

A salvação dependia disto: reconhecer a presença do Senhor e recorrer à sua ajuda. De fato, ele estava mais próximo do que os discípulos podiam imaginar. Donde a necessidade premente da fé. O Senhor protege a comunidade das investidas do mal. Os discípulos, por estarem em suas mãos, não têm por que temer seus adversários. [O EVANGELHO DO DIA, Ano “A”. Jaldemir Vitório. ©Paulinas, 1997]

Esperava a cidade que tem Deus mesmo por arquiteto e construtor

Leitura: Hebreus (Hb 11, 1-2.8-19)

A importância de confiar totalmente em Deus

Irmãos, 1a fé é um modo de já possuir o que ainda se espera, a convicção acerca de realidades que não se veem. 2Foi a fé que valeu aos antepassados um bom testemunho. 8Foi pela fé que Abraão obedeceu à ordem de partir para uma terra que devia receber como herança, e partiu, sem saber para onde ia. 9Foi pela fé que ele residiu como estrangeiro na terra prometida, morando em tendas com Isaac e Jacó, os co-herdeiros da mesma promessa. 10Pois esperava a cidade alicerçada que tem Deus mesmo por arquiteto e construtor.


11Foi pela fé também que Sara, embora estéril e já de idade avançada, se tornou capaz de ter filhos, porque considerou fidedigno o autor da promessa. 12É por isso também que de um só homem, já marcado pela morte, nasceu a multidão “comparável às estrelas do céu e inumerável como a areia das praias do mar”. 13Todos estes morreram na fé. Não receberam a realização da promessa, mas a puderam ver e saudar de longe e se declararam estrangeiros e migrantes nesta terra. 14Os que falam assim demonstram que estão buscando uma pátria, 15e se se lembrassem daquela que deixaram, até teriam tempo de voltar para lá.


16Mas agora, eles desejam uma pátria melhor, isto é, a pátria celeste. Por isto, Deus não se envergonha deles, ao ser chamado o seu Deus. Pois preparou mesmo uma cidade para eles. 17Foi pela fé que Abraão, posto à prova, ofereceu Isaac; ele, o depositário da promessa, sacrificava o seu filho único, 18do qual havia sido dito: “É em Isaac que uma descendência levará o teu nome”. 19Ele estava convencido de que Deus tem poder até de ressuscitar os mortos, e assim recuperou o filho – o que é também um símbolo. Palavra do Senhor!

Comentando a I Leitura

Esperava a cidade que tem Deus mesmo por arquiteto e construtor

A fé é fundamento das coisas que se esperam e prova das que não se veem. Em outras palavras: a fé consiste em estar firmemente agarrado àquilo que se espera (que se aceita), em estar convencido daquilo que não se vê. É, portanto, “um voltar-se para o futuro, para o invisível. Tendo como fundamento a palavra de Deus, constitui um penhor da felicidade do céu e uma prova do mundo invisível. Este versículo famoso, que se tornou definição teológica da fé, coloca momentaneamente o acento na segurança do crente, que já goza de posse antecipada das realidades celestes (cf 2Cor 1, 22; 5, 5;Ef 1,4), e na solidez de suas convicções. Aquele que crê participa desde agora das forças do mundo que virá e apega-se ao que espera e ama” (C. Spicq). Os exemplos apresentados no decurso do capítulo 11 mostram que a fé é uma atitude global, que compreende a esperança e a caridade, a coragem e a constância na provação; mais do que adesão intelectual a verdades, é adesão vital à pessoa de Deus, que fala e promete . Deste tipo é a fé de Abraão e dos patriarcas, de Jesus e dos mártires, isto é, da Igreja de todos os tempos. [COMENTÁRIO BÍBLICO, Vol. III, p-297, ©Edições Loyola, 1997]

Santa Jacinta Marescotti

30 de Janeiro


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Santa Jacinta Marescotti Em Roma, em 1585, nasceu Jacinta, dentro de uma família muito nobre, religiosa, com posses, mas que possuía, principalmente, a devoção, o amor acima de tudo. Seus pais faziam de tudo para que os filhos conhecessem Jesus e recebessem uma ótima educação.

Jacinta Marescotti que, então, tinha como nome de batismo Clarisse, foi colocada num convento para a sua educação, numa escola franciscana, juntamente com as irmãs. Uma das irmãs dela já era religiosa franciscana.

Crescendo na educação religiosa, com valores. No entanto, a boa formação sempre respeita a liberdade. Já moça e distante daqueles valores por opção, ela quis casar-se. Saiu da vida religiosa, começou a percorrer caminhos numa vida de pecados, entregue à vaidade, à formosura e aos prazeres. Enfim, ia se esvaziando. Até que outra irmã sua veio a se casar. Sua reação não foi de alegria ou de festa, pelo contrário, com inveja e revolta ela resolveu entrar novamente na vida religiosa.

A consequência foi muito linda, porque ao entrar nesse segundo tempo, ela voltou como estava: vazia, empurrada por ela própria, pela revolta. Lá dentro, ela foi visitada por sofrimentos. Seu pai, que tanto ela amava e que lhe dava respaldo material, faleceu, foi assassinado. Ela pegou uma enfermidade que a levou à beira da morte. Naquele momento de dor, ela pôde rever a sua vida e perceber o quanto Deus a amava e o quanto ela não correspondia a esse amor.

Arrependeu-se, quis confessar-se e o sacerdote foi muito firme, inspirado naquele momento a dizer: “Eu só entro para o sacramento da reconciliação se sair, do quarto dela, tudo aquilo que está marcado pelo luxo e pela vaidade”. Até as suas vestes eram de seda, diferente das outras irmãs. Ela aceitou, pois já estava num processo de conversão. Arrependeu-se, confessou-se e, dentro do convento, começou a converter-se.

Jacinta Marescotti de tal forma empenhou-se na vida de oração, de pobreza, de castidade e vivência da regra que tornou-se, mais tarde, mestra de noviças e superiora do convento.

Deus faz maravilhas na vida de quem se deixa converter pelo Seu amor.

Santa Jacinta Marescotti, rogai por nós!

Deus escolheu o fraco para confundir o forte

II Leitura: 1 Coríntios (1Cor 1, 26-31)

Sabedoria do mundo e loucura da cruz

26Considerai vós mesmos, irmãos, como fostes chamados por Deus. Pois entre vós não há muitos sábios de sabedoria humana nem muitos poderosos nem muitos nobres. 27Na verdade, Deus escolheu o que o mundo considera como estúpido, para assim confundir os sábios; Deus escolheu o que o mundo considera como fraco, para assim confundir o que é forte; 28Deus escolheu o que para o mundo é sem importância e desprezado, o que não tem nenhuma serventia, para assim mostrar a inutilidade do que é considerado importante, 29para que ninguém possa gloriar-se diante dele. 30É graças a ele que vós estais em Cristo Jesus, o qual se tornou para nós, da parte de Deus: sabedoria, justiça, santificação e libertação, 31para que, como está escrito, “quem se gloria, glorie-se no Senhor”. Palavra do Senhor!

Comentando a II Leitura

Deus escolheu o fraco para confundir o forte

Paulo, em sua carta à comunidade de Corinto, enfrenta um problema muito comum no meio humano: os níveis sociais. O texto sugere que as pessoas simples estão enfrentando o preconceito daquelas que, na comunidade, pertencem a classes mais abastadas.

Paulo explica que a dinâmica de Cristo é diferente da empregada pelo mundo. O que seria loucura para o mundo é, no reino de Deus, sabedoria. E o que é fraqueza para o mundo, para Deus, é fortaleza. Aqueles que estão repletos dos valores contrários ao Reino e se gloriam em si mesmos não se abrem para Deus, porque põem sua confiança naquilo que são e nos bens que possuem.

Mas os cristãos devem gloriar-se no Senhor, que os escolheu e realizou neles a salvação operada em Cristo por pura gratuidade, por puro dom de seu amor, e não porque eram importantes “aos olhos do mundo”. Desse modo, as pessoas simples da comunidade de Corinto são bem-aventuradas, porque seu único bem é apenas Deus. [Aíla Luzia Pinheiro Andrade, nj, Vida Pastoral n.276, Paulus]

Buscai o Senhor, humildes da terra

I Leitura: Sofonias (Sf 2,3; 3,12-13)

Na Galiléia, o povo viu brilhar uma grande luz

3Buscai o Senhor, humildes da terra, que pondes em prática seus preceitos; praticai a justiça, procurai a humildade; talvez achareis um refúgio no dia da cólera do Senhor. 12E deixarei entre vós um punhado de homens humildes e pobres. E no nome do Senhor porá sua esperança o resto de Israel. 13Eles não cometerão iniquidades nem falarão mentiras; não se encontrará em sua boca uma língua enganadora; serão apascentados e repousarão, e ninguém os molestará. Palavra do Senhor!

Comentando a I Leitura

Buscai o Senhor, humildes da terra

O termo hebraico de Sf 2,3 geralmente é traduzido por “pobres”, mas a melhor tradução seria “humildes” ou “mansos”.

No conceito bíblico, os humildes são, antes de tudo, os israelitas submissos à vontade divina e por causa disso perseguidos de todas as formas. Tudo lhes é espoliado, seus bens materiais e até mesmo sua vida. Somente não lhes pode ser tirada a confiança que depositam em Deus.

Para Sofonias, o Dia do Senhor consiste na resposta de Deus a esse “resto fiel” de humildes, quando a eles será enviado o Messias; e, segundo outros textos bíblicos, o Messias mesmo será um entre eles (Zc 9,9).

Para a maioria dos profetas, os soberbos de Israel, ou seja, aqueles que estão obstinados em não fazer a vontade de Deus, ficarão dispersos para sempre entre as nações. Contudo, Deus ama o povo de Israel e por isso um “pequeno resto” de israelitas fiéis a Deus sobreviverá e será reunido para a restauração messiânica. [Aíla Luzia Pinheiro Andrade, nj, Vida Pastoral n.276, Paulus]

Bem-aventurados

Evangelho: Mateus (Mt 5, 1-12a)

Bem-aventurados os pobres em espírito

Naquele tempo, 1vendo Jesus as multidões, subiu ao monte e sentou-se. Os discípulos aproximaram-se, 2e Jesus começou a ensiná-los: 3“Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o reino dos céus. 4Bem-aventurados os aflitos, porque serão consolados. 5Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra 6Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados. 7Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. 8Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus. 9Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus. 10Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus. 11Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem, e mentindo, disserem todo tipo de mal contra vós, por causa de mim. 12aAlegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus. Palavra da Salvação!

Contexto: Sermão da Montanha (Mt 5,1¾7,29). Leitura paralela: Lc 6, 20-26

Comentando o Evangelho

Bem-aventurados sois vós

No idioma em que Jesus proferiu esse belíssimo discurso, o termo comumente traduzido em português por “bem-aventurados” ou “felizes” é também um imperativo dos verbos “avançar”, “seguir adiante”, “prosseguir”, como aparece em Pr 4,14. Significa uma ordem de batalha em vez de um comodismo. Tampouco é uma utopia, mas trata-se de uma resposta de Deus a todos os que já são injustiçados, perseguidos, mansos e pacificadores. Significa que eles devem permanecer na luta, pois é certo que verão acontecer o Reino pelo qual eles sofrem tantas injúrias.

As palavras de Jesus também podem ser assim traduzidas: “Que avancem os pobres em espírito, porque deles é o reino dos céus!” Os “pobres em espírito” são aqueles cujas vidas estão apoiadas em Deus, não nos bens materiais. E, já que eles buscam a Deus em primeiro lugar, então sua luta não será em vão, mas alcançarão o que esperam, o reino dos céus.

Os “mansos” são aqueles que, embora atribulados, não agem com violência nem duvidam do amor de Deus por eles. Como não quiseram tiranizar ninguém, então herdarão a terra. Eles são o contrário dos tiranos, que querem conquistar a terra pela violência. E por isso vão usufruir de uma terra sem violência, como desejam. Os que têm “fome e sede de justiça” são todos os decepcionados com a justiça terrena, que não defende os inocentes e favorece os culpados.

Os que têm “fome e sede de justiça” esperam unicamente na justiça divina e não serão decepcionados. Eles alcançarão a vitória, viverão numa terra renovada, alicerçada na justiça.

Os misericordiosos agem como Deus age. Eles serão tratados por Deus com misericórdia. E viverão num novo mundo, onde a misericórdia e o amor superam todas as coisas.

Os “puros de coração” são as pessoas transparentes que não enganam, que não são falsas. Elas verão a Deus.

Os que “promovem a paz”, ou que produzem o shalom (que significa paz em sentido amplo, muito mais que ausência de guerras: prosperidade, bem, saúde, inteireza, segurança, integridade, harmonia e realização), serão chamados filhos de Deus, o verdadeiro doador da paz.

Os “perseguidos por causa da justiça” são os que sofrem perseguição por causa da fé, por causa do evangelho; sofrem pelo Reino e por isso o Reino será deles. Isto é, como tiveram participação ativa na construção do Reino, não serão decepcionados, mas verão o Reino acontecer.

Justiça é ajustar-se à vontade de Deus. No reino dos céus, a vontade de Deus é soberana; e que avancem as pessoas de boa vontade, verdadeiras promotoras dos valores do Reino na história. [Aíla Luzia Pinheiro Andrade, nj, Vida Pastoral n.276, Paulus]

A Palavra se faz oração (Missal Dominical)

A meta que Jesus no indica com o sermão das bem-aventuranças, antes de ser atingida por nossos esforços, é um dom que se obtém pela oração. Por isso, digamos: Senhor, escutai-nos.

-Pela santa Igreja de Deus, para que reconheça nas bem-aventuranças a sua única lei e as anuncie aos homens como mensagem de libertação e vitória, rezemos.

-Pelos pobres, os oprimidos, os que sofrem injustiça e perseguição, para que encontrem nos seguidores de Cristo irmãos que partilhem, por amor, sua sorte e lhes infundam a esperança de uma vida sem lágrimas, rezemos.

-Pela nossa comunidade, para que as deixe julgar pela palavra de Deus e tenham coragem de levá-la a sério, rezemos.

(Outras intenções)

Oração sobre as Oferendas:

Para vos servir, ó Deus, depositamos nossas oferendas em vosso altar; acolhei-as com bondade, a fim de que se tornem o sacramento da nossa salvação. Por Cristo, nosso Senhor.

Antífona da comunhão:

Mostrai serena a vossa face ao vosso servo e salvai-me pela vossa compaixão! (Sl 30,17-18)

Oração Depois da Comunhão:

Renovados pelo sacramento da nossa redenção, nós vos pedimos, ó Deus, que este alimento da salvação eterna nos faça progredir na verdadeira fé. Por Cristo, nosso Senhor!

Felizes os pobres

O evangelho das bem-aventuranças domina a liturgia da Palavra deste domingo. É a primeira parte do sermão da montanha.

Jesus. subindo ao monte nos aparece como o Novo Moisés, promulgador da nova Jei ("mas eu vos digo...!") no novo Sinai. Proclamando bem-aventurados os pobres e os humildes, Jesus fala a linguagem que Deus já havia usado com seu povo através dos profetas, como, por ex., Sofonias, que ouvimos na 1~ leitura. A mesma linguagem emprega são Paulo (2ª leitura): os primeiros a serem chamados são sempre os pequenos, os pobres, os que o mundo despreza, mas que são grandes no reino dos céus.

Um sermão revolucionário

Este sermão é verdadeiramente uma inversão dos valores tradicionais. Os hebreus cultivavam a convicção de que a prosperidade material, o su­cesso eram sinais da bênção de Deus, e a pobreza e a esterilidade, sinais de maldição. Jesus denuncia a ambiguidade de uma representação terrena da bem-aventurança. Agora, os bem-aventurados não são mais os ricos deste mundo, os saciados, os favorecidos, mas os que têm fome e choram, os pobres e perseguidos. É a nova lógica, a que Maria, a bem-aventurada por excelência, canta: "Derrubou os poderosos de seus tronos, elevou os humildes: cumulou de bens os famintos, despediu os ricos de mãos vazias" (Lc 1,52-53).

As nove bem-aventuranças de Mateus se resumem na primeira: "Bem-aventurados os pobres em espírito". As outras são corolário e explicitação desta. Reconhecer-se pobre, fraco, não é, porém, antes de tudo, condição social, mas uma disposição interior que toca todo o modo de agir, em qualquer situação em que se esteja. A pobreza, por si só, não é um bem nem uma situação de ascese. Mas ser rico significa ter poder, receber honras e ter uma posição superior à dos outros: aqui é que começa o perigo, porque onde há poder, riqueza e superioridade, há também, e com muita frequência, oprimidos, esmagados, desprezados. E é a estes que cabe o reino dos céus. Jesus se põe ao lado destes. São eles os eleitos. Jesus se apresenta como o mensageiro enviado por Deus para anunciar aos pobres a Boa-nova; sua solicitude pelos pobres, os infelizes, os doentes era o sinal da sua missão. Jesus leva aos deserdados não só a segurança de que um dia gozarão o reino de Deus, mas anuncia-lhes que este reino já chegou.

A missão de Jesus se estende, além dos pobres, a todas as misérias Físicas e espirituais; todos atraem sua compaixão. Inaugurando a era da salvação, Deus concede uma prioridade a todos os que dela têm necessidade mais urgente.

Pobreza e sociedade de consumo

Em mundo como o nosso, terá ainda sentido o sermão da montanha? Que sentido tem pronunciar este texto numa sociedade de consumo, que mede a felicidade e a bem-aventurança segundo as posses, o sucesso e o poder? E no Terceiro Mundo, subdesenvolvido e oprimido, que sentido tem repetir: "Bem-aventurados os pobres... bem-aventurados os perseguidos? Não ressoará como um ultraje à sua miséria, ou como uma tentativa de narcotizar ou abafar "a ira dos pobres"?

No entanto, não podemos anular esta bem-aventurança sem anular o Cristo. De fato, o primeiro pobre é ele, que, sendo rico se fez pobre por nós. Há, pois, nesta bem-aventurança um apelo a seguir Jesus, que não encontrou lugar na hospedaria, que não tinha uma pedra onde recostar a cabeça, que morreu pobre e despojado numa cruz. E o fez para se dar inteiramente aos outros.

A multidão que ouve e segue Jesus não se compõe de escribas, fariseus, levitas, sacerdotes do templo, poderosos guardiões da ordem. Mas segue Jesus a multidão anônima do povo miúdo, pescadores e pastores, gente explorada e oprimida pelos poderosos...

Pobreza como sinal distintivo das comunidades cristãs

A pobreza proclamada por Jesus não deve ser só característica de todo cristão, mas o distintivo e a bem-aventurança da Igreja e da comunidade como tal. Um dos momentos fortes da "conversão" a que o Concílio chamou a Igreja é a pobreza. Acaso não será devido a certa riqueza de meios, certo apego ao dinheiro e ao poder, na Igreja, que em muitos cristãos nasce uma sensação de mal-estar? Em nossas assembleias eucarísticas estão presentes hoje muitas pessoas que dispõem de recursos e de cultura. Eles nunca estarão dispensados de buscar os caminhos da pobreza e de servir seus irmãos indigentes, porque é nos pobres que se encontra, ainda e sempre, aquele que veio para salvar. [Missal Cotidiano, ©Paulus, 1995]

Primeira leitura (Hebreus 11,32-40)

Segunda-Feira, 31 de Janeiro de 2011
São João Bosco


A- A+


Leitura da Carta aos Hebreus.
Irmãos, 32que mais devo dizer? Não teria tempo de falar mais sobre Gedeão, Barac, Sansão, Jefté, Davi, Samuel e os profetas. 33Estes, pela fé, conquistaram reinos, praticaram a justiça, foram contemplados com promessas, amordaçaram a boca dos leões, 34extinguiram o poder do fogo, escaparam do fio da espada, recobraram saúde na doença, mostraram-se valentes na guerra, repeliram os exércitos estrangeiros. 35Mulheres reencontraram os seus mortos pela ressurreição. Outros foram esquartejados, ou recusaram o resgate, para chegar a uma ressurreição melhor. 36Outros ainda sofreram a provação dos escárnios, experimentaram o açoite, as correntes, as prisões. 37Foram apedrejados, foram serrados, ou morreram a golpes de espada. Levaram vida errante, vestidos com pele de carneiro ou pêlos de cabra; oprimidos e atribulados, sofreram privações. 38Eles, de quem o mundo não era digno, erravam pelos desertos e pelas montanhas, pelas grutas e cavernas da terra. 39E, no entanto, todos eles, se bem que pela fé tenham recebido um bom testemunho, apesar disso não obtiveram a realização da promessa. 40Pois Deus estava prevendo, para nós, algo melhor. Por isso não convinha que eles chegassem à plena realização sem nós.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Salmo (Salmos 30)

Segunda-Feira, 31 de Janeiro de 2011
São João Bosco


A- A+


— Fortalecei os corações, vós que ao Senhor vos confiais!
— Fortalecei os corações, vós que ao Senhor vos confiais!
— Como é grande, ó Senhor, vossa bondade, que reservastes para aqueles que vos temem! Para aqueles que em vós se refugiam, mostrando, assim, o vosso amor perante os homens.
— Na proteção de vossa face os defendeis bem longe das intrigas dos mortais. No interior de vossa tenda os escondeis, protegendo-os contra as línguas maldizentes.
— Seja bendito o Senhor Deus, que me mostrou seu grande amor numa cidade protegida! Eu que dizia quando estava perturbado: “Fui expulso da presença do Senhor!” Vejo agora que ouvistes minha súplica, quando a vós eu elevei o meu clamor.
— Amai o Senhor Deus, seus santos todos, ele guarda com carinho seus fiéis, mas pune os orgulhosos com rigor.

Evangelho (Marcos 5,1-20)

Segunda-Feira, 31 de Janeiro de 2011
São João Bosco


A- A+


— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 1Jesus e seus discípulos chegaram à outra margem do mar, na região dos gerasenos. 2Logo que saiu da barca, um homem possuído por um espírito impuro, saindo de um cemitério, foi a seu encontro. 3Esse homem morava no meio dos túmulos e ninguém conseguia amarrá-lo, nem mesmo com correntes. 4Muitas vezes tinha sido amarrado com algemas e correntes, mas ele arrebentava as correntes e quebrava as algemas. E ninguém era capaz de dominá-lo. 5Dia e noite ele vagava entre os túmulos e pelos montes, gritando e ferindo-se com pedras. 6Vendo Jesus de longe, o endemoninhado correu, caiu de joelhos diante dele 7e gritou bem alto: “Que tens a ver comigo, Jesus, Filho do Deus altíssimo? Eu te conjuro por Deus, não me atormentes!” 8Com efeito, Jesus lhe dizia: “Espírito impuro, sai desse homem!” 9Então Jesus perguntou: “Qual é o teu nome?” O homem respondeu: “Meu nome é ‘Legião’, porque somos muitos”. 10E pedia com insistência para que Jesus não o expulsasse da região. 11Havia aí perto uma grande manada de porcos, pastando na montanha. 12O espírito impuro suplicou, então: “Manda-nos para os porcos, para que entremos neles”. 13Jesus permitiu. Os espíritos impuros saíram do homem e entraram nos porcos. E toda a manada — mais ou menos uns dois mil porcos — atirou-se monte abaixo para dentro do mar, onde se afogou. 14Os homens que guardavam os porcos saíram correndo e espalharam a notícia na cidade e nos campos. E as pessoas foram ver o que havia acontecido. 15Elas foram até Jesus e viram o endemoninhado sentado, vestido e no seu perfeito juízo, aquele mesmo que antes estava possuído por Legião. E ficaram com medo. 16Os que tinham presenciado o fato explicaram-lhes o que havia acontecido com o endemoninhado e com os porcos. 17Então começaram a pedir que Jesus fosse embora da região deles. 18Enquanto Jesus entrava de novo na barca, o homem que tinha sido endemoninhado pediu-lhe que o deixasse ficar com ele. 19Jesus, porém, não permitiu. Entretanto, lhe disse: “Vai para casa, para junto dos teus e anuncia-lhes tudo o que o Senhor, em sua misericórdia, fez por ti”. 20E o homem foi embora e começou a pregar na Decápole tudo o que Jesus tinha feito por ele. E todos ficavam admirados.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

São João Bosco

31 de Janeiro


A- A+

São João Bosco Nasceu perto de Turim, na Itália, em 1815. Muito cedo conheceu o que significava a palavra sofrimento, pois perdeu o pai tendo apenas 2 anos. Sofreu incompreensões por causa de um irmão muito violento que teve. Dom Bosco quis ser sacerdote, mas sua mãe o alertava: “Se você quer ser padre para ser rico, eu não vou visitá-lo, porque nasci na pobreza e quero morrer nela”.

Logo, Dom Bosco foi crescendo diante do testemunho de sua mãe Margarida, uma mulher de oração e discernimento. Ele teve que sair muito cedo de casa, mas aquele seu desejo de ser padre o acompanhou. Com 26 anos de idade, ele recebeu a graça da ordenação sacerdotal. Um homem carismático, Dom Bosco sofreu. Desde cedo, ele foi visitado por sonhos proféticos que só vieram a se realizar ao longo dos anos. Um homem sensível, de caridade com os jovens, se fez tudo para todos. Dom Bosco foi ao encontro da necessidade e da realidade daqueles jovens que não tinham onde viver, necessitavam de uma nova evangelização, de acolhimento. Um sacerdote corajoso, mas muito incompreendido. Foi chamado de louco por muitos devido à sua ousadia e à sua docilidade ao Divino Espírito Santo.

Dom Bosco, criador dos oratórios. Catequeses e orientações profissionais foram surgindo para os jovens. Enfim, Dom Bosco era um homem voltado para o céu e, por isso, enraizado com o sofrimento humano, especialmente, dos jovens. Grande devoto da Santíssima Virgem Auxiliadora, foi um homem de trabalho e oração. Exemplo para os jovens, foi pai e mestre, como encontramos citado na liturgia de hoje. São João Bosco foi modelo, mas também soube observar tantos outros exemplos. Fundou a Congregação dos Salesianos dedicada à proteção de São Francisco de Sales, que foi o santo da mansidão. Isso que Dom Bosco foi também para aqueles jovens e para muitos, inclusive aqueles que não o compreendiam.

Para a Canção Nova, para a Igreja e para todos nós, é um grande intercessor, porque viveu a intimidade com Nosso Senhor. Homem orante, de um trabalho santificado, em tudo viveu a inspiração de Deus. Deixou uma grande família, um grande exemplo de como viver na graça, fiel a Nosso Senhor Jesus Cristo.

Em 31 de janeiro de 1888, tendo se desgastado por amor a Deus e pela salvação das almas, ele partiu. Mas está conosco no seu testemunho e na sua intercessão.

São João Bosco, rogai por nós!



sábado, 29 de janeiro de 2011

Sábado, 29 de Janeiro de 2011

Primeira leitura (Hebreus 11,1-2.8-19)

Sábado, 29 de Janeiro de 2011
3ª Semana Comum


A- A+


Leitura da Carta aos Hebreus.
Irmãos, 1A fé é um modo de já possuir o que ainda se espera, a convicção acerca de realidades que não se vêem. 2Foi a fé que valeu aos antepassados um bom testemunho. 8Foi pela fé que Abraão obedeceu à ordem de partir para uma terra que devia receber como herança, e partiu, sem saber para onde ia. 9Foi pela fé que ele residiu como estrangeiro na terra prometida, morando em tendas com Isaac e Jacó, os co-herdeiros da mesma promessa. 10Pois esperava a cidade alicerçada que tem Deus mesmo por arquiteto e construtor. 11Foi pela fé também que Sara, embora estéril e já de idade avançada, se tornou capaz de ter filhos, porque considerou fidedigno o autor da promessa. 12É por isso também que de um só homem, já marcado pela morte, nasceu a multidão “comparável às estrelas do céu e inumerável como a areia das praias do mar”. 13Todos estes morreram na fé. Não receberam a realização da promessa, mas a puderam ver e saudar de longe e se declararam estrangeiros e migrantes nesta terra. 14Os que falam assim demonstram que estão buscando uma pátria, 15e se se lembrassem daquela que deixaram, até teriam tempo de voltar para lá. 16Mas agora, eles desejam uma pátria melhor, isto é, a pátria celeste. Por isto, Deus não se envergonha deles, ao ser chamado o seu Deus. Pois preparou mesmo uma cidade para eles. 17Foi pela fé que Abraão, posto à prova, ofereceu Isaac; ele, o depositário da promessa, sacrificava o seu filho único, 18do qual havia sido dito: “É em Isaac que uma descendência levará o teu nome”. 19Ele estava convencido de que Deus tem poder até de ressuscitar os mortos, e assim recuperou o filho — o que é também um símbolo.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Salmo (Lucas 1,69-70.71-72.73-75)

Sábado, 29 de Janeiro de 2011
3ª Semana Comum


A- A+


— Bendito seja o Senhor Deus de Israel, porque a seu povo visitou e libertou!
— Bendito seja o Senhor Deus de Israel, porque a seu povo visitou e libertou!
— Fez surgir um poderoso Salvador na casa de Davi, seu servidor, como falara pela boca de seus santos, os profetas desde os tempos mais antigos
— para salvar-nos do poder dos inimigos e da mão de todos quantos nos odeiam. Assim mostrou misericórdia a nossos pais, recordando a sua santa Aliança
— e o juramento a Abraão, o nosso pai, de conceder-nos que, libertos do inimigo, a ele nós sirvamos sem temor em santidade e em justiça diante dele, enquanto perdurarem nossos dias.

Evangelho (Marcos 4,35-41)

Sábado, 29 de Janeiro de 2011
3ª Semana Comum


A- A+


— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor.

35Naquele dia, ao cair da tarde, Jesus disse a seus discípulos: “Vamos para a outra margem!” 36Eles despediram a multidão e levaram Jesus consigo, assim como estava na barca. Havia ainda outras barcas com ele. 37Começou a soprar uma ventania muito forte e as ondas se lançavam dentro da barca, de modo que a barca já começava a se encher. 38Jesus estava na parte de trás, dormindo sobre um travesseiro. Os discípulos o acordaram e disseram: “Mestre, estamos perecendo e tu não te importas?” 39Ele se levantou e ordenou ao vento e ao mar: “Silêncio! Cala-te!” O vento cessou e houve uma grande calmaria. 40Então Jesus perguntou aos discípulos: “Por que sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?” 41Eles sentiram um grande medo e diziam uns aos outros: “Quem é este, a quem até o vento e o mar obedecem?”

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

São Pedro Nolasco

29 de Janeiro


A- A+

São Pedro NolascoNo século XII, uma família francesa teve a graça de ter como filho o pequeno Pedro Nolasco que, desde jovem, já dava sinais de sensibilidade com o sofrimento alheio. Foi crescendo, formando-se, entrou em seus estudos humanísticos e, ao término deles, numa vida de oração, penitência e caridade ativa, São Pedro Nolasco sempre buscou viver aquilo que está na Palavra de Deus.

Desde pequeno, um homem centrado no essencial, na pessoa de Nosso Senhor Jesus Cristo; um homem devoto da Santíssima Virgem.

No período de São Pedro Nolasco, muitos cristãos eram presos, feitos escravos por povos não-cristãos. Eles não só viviam uma outra religião – ou religião nenhuma –, como atrapalhavam os cristãos.

São Pedro Nolasco, tendo terminado os estudos humanísticos e ficando órfão, herdou uma grande herança. Ao ir para a Espanha, deparou-se com aquele sofrimento moral e também físico de muitos cristãos que foram presos e feitos escravos. Então, deu toda a sua herança para o resgate de 300 deles. Mais do que um ato de caridade, ali já estava nascendo uma nova ordem; um carisma estava surgindo para corresponder àquela necessidade da Igreja e dos cristãos. Mais tarde, fez o voto de castidade, de pobreza e obediência; foi quando nasceu a ordem dedicada à Santíssima Virgem das Mercês para resgatar os escravos, ir ao encontro daqueles filhos de Deus que estavam sofrendo incompreensões e perseguições.

Em 1256, ele partiu para a glória sabendo que ele, seus filhos espirituais e sua ordem – que foi abençoada pela Igreja e reconhecida pelo rei – já tinham resgatado muitos cristãos da escravidão.

Peçamos a intercessão deste santo para que estejamos atentos à vontade de Deus e ao que Ele quer fazer através de nós.

São Pedro Nolasco, rogai por nós!


sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Raízes da Intolerância


Raízes da Intolerância

Dom Walmor Oliveira de Azevedo, Arcebispo metropolitano de Belo Horizonte (MG)

A liberdade religiosa é caminho para a paz – afirma o Papa Bento XVI. Ele lembra, em recente mensagem, que o ano de 2010 foi marcado por perseguição, discriminação e terríveis atos de violência e intolerância religiosa. Uma dimensão importante da solidariedade para com quem é vítima dessas situações é o conhecimento e a reflexão em torno das raízes geradoras desse mal. Sobretudo se considerarmos que estamos no terceiro milênio, tempo de avanços e consolidadas conquistas no âmbito do respeito à liberdade e à autonomia de indivíduos, culturas e povos. É inadmissível imaginar que o ato de professar e exprimir livremente a religião, seja ela qual for, torne-se risco de vida e cerceamento da liberdade.

Em algumas regiões do mundo essas perseguições são explícitas, vergonhosas, revelam alto grau de irracionalidade. As argumentações são pouco lúcidas e eivadas de ideologias, que encurtam o horizonte indispensável da transcendência, para que toda pessoa encontre a razão mais profunda e o sentido mais nobre do viver em sociedade e na condução do próprio destino. Há também as formas silenciosas e sofisticadas de preconceito e oposição contra os que creem e seus símbolos religiosos. É importante projetar luzes sobre essa situação. Isso para não correr o risco de escondê-la sob o véu de uma religiosidade que está há séculos presente nessa ou naquela cultura, dando sustento importante aos seus avanços e conhecimentos. Mas, tratada inadequadamente por razões preconceituosas e ideologias que descartam o valor da transcendência - coração de toda experiência religiosa autêntica. É sempre oportuno, nesse contexto, ter presente que os cristãos têm sido os mais perseguidos na profissão de sua fé. Esse fato aumenta a responsabilidade dos cristãos em todos os cantos da terra. Devem esmerar no testemunho e na vivência eclesial para evitar consequências nefastas, ou mesmo o terrível abandono da fé cristã. Tal abandono, cedo ou tarde, trará prejuízos irreparáveis para vidas e culturas. Essa conclusão é inquestionável ao se avaliar os enormes benefícios e valores que a fé cristã oferece, estruturando o tecido de culturas e povos em torno do verdadeiro sentido da vida.

Portanto, é determinante o esforço de homens e mulheres de boa vontade na construção de um mundo onde todos sejam livres para professar a própria religião ou a fé, e viver, como afirma o Papa, o seu amor a Deus com toda a força do coração, da alma e da mente. Nesse horizonte, é preciso considerar as incontáveis raízes causadoras das intolerâncias, especialmente a religiosa, que gera relativismos e permite posturas pouco honestas diante da opinião pública, em razão de interesses de poder ou de aceitação diante da sociedade. Os relativismos, assim como os fundamentalismos religiosos, são forças que geram intolerâncias. A Filosofia mostra, pensando um ponto simples e significativo no comprometimento da tolerância, que persistir na própria opinião, a despeito das razões contra ela, é uma manifestação de dureza, de rigidez que contribui para o nascimento de intolerâncias. A inflexibilidade compromete o tecido social, inviabiliza a convivência e contribui para o aumento das violências. Ora, a tolerância é fundamental no âmbito religioso, bem como na esfera governamental e no convívio social e familiar. O tema da tolerância vem sendo discutido, de modo aprofundado, desde os séculos 16 e 17, em razão das pungentes guerras religiosas de então. Também no século 18 foram acaloradas essas discussões. Vê-se com isso, que a temática da tolerância, na força de sua abordagem filosófica, tem atravessado os séculos. Também no terceiro milênio, é tema fundamental, quando está patente a exigência de não tolerar o erro. É preciso exercitar o diálogo, no sentido de respeitar incondicionalmente a afirmação da vida em todas as suas etapas e circunstâncias.

A intolerância religiosa é um comprometimento não simplesmente da liberdade no lugar, no espaço, ou nas circunstâncias da prática ritual. Na verdade, é o grave comprometimento da liberdade moral. O Papa afirma que a liberdade religiosa está na origem da liberdade moral. A abertura a Deus é abertura à verdade e ao bem. Cercear ou perseguir, com violências e relativismos, a abertura a Deus, é comprometer a fonte da própria moralidade - indispensável para o equilíbrio da sociedade e manutenção da cidadania no horizonte da honestidade e do respeito ao outro. A prática religiosa, portanto, com seu acervo de valores e dinâmicas, que exercitam a dignidade transcendente da pessoa - valor essencial na sabedoria judaico-cristã - tem contribuições absolutamente necessárias na tarefa de construir uma sociedade orientada para a realização e a plenitude do homem. É um remédio contra as raízes da intolerância. [CNBB]