terça-feira, 29 de março de 2011

Segunda-feira, 28 de março de 2011

Terceira Semana da Quaresma - 2ª Semana do Saltério (Livro II) - cor Litúrgica Roxa

Hoje: Dia do Diagramador e Dia do Revisor

Santos: João de Capistrano (confessor franciscano, 1ª ordem), Guntrano, Tutilão, Prisco, Malco, Alexandre, Castor (Tarso, na Cilícia), Gontrão, Gundelinda, Osburga, Pedro Marginet (Bem-aventurado, catalão) e Malco.

Antífona: Minha alma anseia, até desfalecer, pelos átrios do Senhor; meu coração e minha carne exultam pelo Deus vivo! (Sl 83,3)

Oração: Ó Deus, na vossa incansável misericórdia, purificai e protegei a vossa Igreja, governando-a constantemente, pois sem vosso auxílio ela não pode salvar-nos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na Unidade do Espírito Santo.

I Leitura: II Reis (2Rs 5, 1-15a)

Maamã, general do reio da Síria, leproso

Naqueles dias, 1Naamã, general do exército do rei da Síria, era um homem muito estimado e considerado pelo seu senhor, pois foi por meio dele que o Senhor concedeu a vitória aos arameus. Mas esse homem, valente guerreiro, era leproso.

2Ora, um bando de arameus que tinha saído da Síria, tinha levado cativa uma moça do país de Israel. Ela ficou a serviço da mulher de Naamã. 3Disse ela à sua senhora: "Ah, se meu senhor se apresentasse ao profeta que reside em Samaria, sem dúvida, ele o livraria da lepra de que padece!" 4Naamã foi então informar o seu senhor: "Uma moça do país de Israel disse isto e isto".5Disse-lhe o rei Aram: "Vai, que eu enviarei uma carta ao rei de Israel". Naamã partiu, levando consigo dez talentos de prata, seis mil siclos de ouro e dez mudas de roupa. 6E entregou ao rei de Israel a carta, que dizia: "Quando receberes esta carta, saberás que eu te enviei Naamã, meu servo, para que o cures de sua lepra".

7O rei de Israel, tendo lido a carta, rasgou suas vestes e disse: "Sou Deus, porventura, que possa dar a morte e a vida, para que este me mande um homem para curá-lo de lepra? Vê-se bem que ele busca pretexto contra mim". 8Quando Eliseu, o homem de Deus, soube que o rei de Israel havia rasgado as vestes, mandou dizer-lhe: "Por que rasgaste tuas vestes? Que ele venha a mim, para que saibas que há um profeta em Israel".

9Então Naamã chegou com seus cavalos e carros, e parou a porta da casa de Eliseu. 10Eliseu mandou um mensageiro para lhe dizer: "Vai, lava-te sete vezes no Jordão, e tua carne será curada e ficarás limpo". 11Naamã, irritado, foi-se embora, dizendo: "Eu pensava que ele sairia para me receber e que de pé, invocaria o nome do Senhor, seu Deus, e que tocaria com sua mão o lugar da lepra e me curaria. 12Será que os rios de Damasco, o Abana e o Fartar, não são melhores do que todas as águas de Israel, para eu me banhar nelas e ficar limpo?" Deu meia-volta e partiu indignado. 13Mas seus servos aproximaram-se dele e disseram-lhe: "Senhor, se o profeta te mandasse fazer uma coisa difícil, não a terias feito? Quanto mais agora que ele te disse: 'Lava-te e ficarás limpo"'.

14Então ele desceu e mergulhou sete vezes no Jordão, conforme o homem de Deus tinha mandado, e sua carne tornou-se semelhante à de uma criancinha, e ele ficou purificado. 15aEm seguida, voltou com toda a sua comitiva para junto do homem de Deus. Ao chegar, apresentou-se diante dele e disse: "Agora estou convencido de que não há outro Deus em toda terra, senão o que há em Israel!" Palavra do Senhor!

Comentando a I Leitura

Nenhum leproso em Israel foi curado senão Naamã

Naamã tinha que superar dois grandes obstáculos em seu itinerário de fé: o amor próprio e a mentalidade mágica. Seu caminho da palavra do profeta ao rito que o curou e à fé explícita, deveria ser o de todo candidato aos sacramentos. O sacramento não opera eficazmente se não for celebrado em um diálogo entre Deus que se revela e o homem que obedece; evidentemente, a Igreja deve respeitar o tempo necessário ao homem para que possa situar-se e amadurecer. A exagerada insistência de outrora, sobre o opus operatium desviou bastante a atenção do opus operantis, como se a eficácia da ação divina suprisse as deficientes disposições de quem recebia o sacramento. Toma-se hoje maior consciência de que o sacramento deve vir no término de um prazo mais ou menos longo, durante, o qual a Igreja exerce o seu ministério profético, com a Proclamação da palavra de Deus e a Leitura dos acontecimentos, e o indivíduo harmoniza sua fé e avalia as condições reais da conversão.[Extraído do COMENTÁRIO BÍBLICO, Vol. III, ©Loyola, 1999]

Salmo: 41(42), 2.3; 42(43), 3.4 (R/.41[42],3)
Minha alma tem sede de Deus, do Deus

vivo: quando verei a face de Deus?

Assim como a corça suspira pelas águas correntes, suspira igualmente minh'alma por vós, ó meu Deus!

3A minh'alma tem sede de Deus, e deseja o Deus vivo. Quando terei a alegria de ver a face de Deus?

42,3Enviai vossa luz, vossa verdade: elas serão o meu guia; que me levem ao vosso Monte santo, até vossa morada!

4Então irei aos altares do Senhor, Deus da minha alegria. Vosso louvor cantarei, ao som da harpa, meu Senhor e meu Deus!

Evangelho: Lucas (Lc 4, 24-30)

Nenhum profeta é bem recebido em sua pátria

Jesus, vindo a Nazaré, disse ao povo na sinagoga: 24"Em verdade eu vos digo que nenhum profeta é bem recebido em sua pátria.25De fato, eu vos digo: no tempo do profeta Elias, quando não choveu durante três anos e seis meses e houve grande fome em toda a região, havia muitas viúvas em Israel. 26No entanto, a nenhuma delas foi enviado Elias, senão a uma viúva em Sarepta, na Sidônia. 27E no tempo do profeta Eliseu, havia muitos leprosos em Israel. Contudo, nenhum deles foi curado, mas sim Naamã, o sírio". 28Quando ouviram estas palavras de Jesus, todos na sinagoga ficaram furiosos. 29Levantaram-se e o expulsaram da cidade. Levaram-no até o alto do monte sobre o qual a cidade estava construída, com a intenção de lançá-lo no precipício.30Jesus, porém, passando pelo meio deles, continuou o seu caminho. Palavra da Salvação!

Leituras paralelas: Mt 13, 53-58; Mc 6, 1-6; Jo 4,44

Comentário do Evangelho

A dureza de coração

A reação dos habitantes de Nazaré, diante da pregação de Jesus, foi de aberta rejeição. Foi tal o desprezo pelas palavras do Mestre, que eles decidiram eliminá-lo lançando-o de um precipício.
É possível imaginar a decepção de Jesus, diante da rejeição de seus conterrâneos. Ele tentou compreender a situação, rememorando as experiências de profetas do passado que, rejeitados por seu povo, foram bem acolhidos pelos estrangeiros. Assim aconteceu com Elias: num tempo de seca e fome, beneficiou uma mulher estrangeira, da terra dos sidônios. O mesmo sucedeu com Eliseu: curou da lepra um general sírio, ao passo que, em Israel, essa doença vitimava muitas pessoas.


A conclusão de Jesus foi clara: já que o povo de sua cidade insistia em não lhe dar atenção, ele sentiu-se obrigado a ir em busca de quem estivesse disposto a acolhê-lo. Aos duros de coração, no entanto, só restava o castigo.


Longe de nós seguirmos o exemplo do povo de Nazaré. Jesus quer encontrar, em nós, abertura para acolhê-lo e disponibilidade para converter-nos. Ninguém é obrigado a aceitar este convite. Entretanto, fechar-se para Jesus significa recusar a proposta de salvação que ele, em nome do Pai, veio nos trazer. [O EVANGELHO NOSSO DE CADA DIA, Jaldemir Vitório, ©Paulinas]

Oração da assembleia (Liturgia Diária)

-A fim de que o espírito quaresmal nos torne sensíveis aos problemas das pessoas, rezemos. Ouvi-nos, Senhor!

-A fim de que o espírito quaresmal nos torne sensíveis aos problemas das pessoas, rezemos.

-A fim de que os profetas de hoje sejam compreendidos e aceitos, rezemos.

-A fim de que os enfermos e as viúvas não se sintam abandonados, rezemos.

-A fim de que a Campanha da Fraternidade produza resultados concretos na sociedade, rezemos.

-Preces espontâneas

Oração sobre as Oferendas:

Transformai para nós, ó Deus, no sacramento que nos salva estas ofertas que vos apresentamos como sinal da nossa submissão. Por Cristo, nosso Senhor.

Antífona da comunhão:

Louvai o Senhor, povos todos, grande é o seu amor para conosco! (Sl 116, 1-2)

Oração Depois da Comunhão:

Nós vos pedimos, ó Deus, que a comunhão no vosso sacramento nos purifique dos pecados e nos conduza à unidade. Por Cristo, nosso Senhor.

Para sua reflexão: Jesus se compara a dois grandes profetas do antigo Israel, observando que eles serviram a não israelitas porque o povo deles mesmos não estava aberto a seus ministérios. A inferência é que também, ele, profeta não aceito por seu povo, levará sua mensagem a estranhos. Essa probabilidade põe em perigo seus ouvintes, dando origem a ideias homicidas. O mesmo julgamento de Israel será feito por Paulo com resultados semelhantes (At 22,21). Por enquanto a hostilidade não triunfa sobre Jesus; ele ainda tem uma missão a cumprir para concretizar o plano de Deus. No ato decisivo de rejeição que resulta em sua morte, Jesus parecerá estar destruído, mas surgirá vitorioso (Lc 24,26) [Comentário Bíblico, Vol 3, Loyola]

Santa Gisela

Filha do duque bávaro, Henrique (O Briguento) e de Gisela de Barganha. Em 1996 os emissários de Geiza da Hungria vieram a sua casa, para a alegria de seus pais, pedir sua mão em casamento. Gisela que houvera se consagrado a Deus no íntimo de seu coração não teve como mudar esta situação e assim mudou-se para a corte principesca húngara. Porem sua meta continuava a ser a de levar todo o povo para Cristo. Gisela foi coroada e ungida como primeira rainha cristã dos húngaros e com ela, seu marido Estevão que se converteu tão cristianismo por sua influência. Gisela ajudou na construção de nos reparos de Igrejas, construiu a Catedral de Vezprim para a qual doou ricos feudos. Mandou vir escultores da Grécia para embelezarem as Igrejas. Porém passou por grandes sacrifícios. Perdeu a primeira filha e logo depois, o filho. Outras duas filhas se casaram e jamais as reviu por partirem para terras muito distantes. Seu filho Américo, que deveria sucedê-la ao trono rela, também faleceu. Mais tarde ele foi canonizado pela sua santidade. Em 15 de agosto de 1038, festa da Assunção de Nossa Senhora, dia em que consagrara anos atrás, a Hungria a Maria, seu esposo faleceu, e tal o filho foi canonizado. Após tantas mortes, indefesa, passou a receber tratamentos hostis do povo pagão húngaro. Confiscaram-lhe os bens, proibiram-na de se corresponder com parentes de países estrangeiros, prenderam-na e a maltrataram. Depois de vários anos de prisão, foi libertada por Henrique III, em 1042. Voltou a Baviera e se fez beneditina no Mosteiro de Niederburg, o qual Henrique II elevara à categoria de abadia. Prudente e sábia foi eleita abadessa, governando a abadia até 7 de maio de 1065. Foi enterrada na capela de Parze logo após sua morte, vinham romeiros de todos os recantos do mundo.

Não te envergonhes de pedir socorro. Infeliz do homem que nunca “precisou” de alguém. (P. Martel)

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