quinta-feira, 28 de julho de 2011

Liturgia da Quarta-Feira — 27.07.2011

Terço do Rosário: Mistérios Gloriosos (clique aqui...)
(Caríssimos, após meditar as leituras deste dia, rezem o Terço ao Vivo - Mistérios Gloriosos - com os Freis Agostinianos do Seminário Santa Mônica e se preferir, clique aqui para baixar o Santo Rosário e gravar no seu celular, MP3 ou CD e rezar onde desejar)


— São Pantaleão

O santo de hoje viveu no séc. III e IV da era cristã, durante um período de intensa perseguição aos cristãos que não podiam professar a própria fé, pois o que predominava naquela época era o culto aos deuses pagãos.

Pantaleão era filho de Eustóquio, gentio e de Êubola, cristã. Sua mãe encaminhou-o na fé cristã. Após o falecimento de sua mãe, Pantaleão foi aplicado pelo pai aos estudos de retórica, filosofia e medicina.

Durante a perseguição, travou amizade com um sacerdote, exemplo de virtude, Hermolau, que o persuadiu de Nosso Senhor Jesus Cristo ser o autor da vida e o senhor da verdadeira saúde.

Um dia que se viu diante de uma criança morta por uma víbora, disse para consigo: "Agora verei se é verdade o que Hermolau me diz". E, segundo isto, diz ao menino: "Em nome de Jesus Cristo, levanta-te; e tu, animal peçonhento, sofre o mal que fizeste". Levantou-se a criança e a víbora ficou morta; em vista disso, Pantaleão converteu-se e recebeu logo o santo batismo.

Acabou sendo convocado pelo imperador Maximiano como seu médico pessoal. As milagrosas curas que em nome de Jesus Cristo realizava, suscitaram a inveja de outros médicos, que o acusaram de cristão perante o imperador que, por sua vez, o mandou ser amarrado a uma árvore e degolado.

Desta forma, assumindo a coroa do martírio, São Pantaleão passou desta vida para a vida eterna.


São Pantaleão, rogai por nós!


XVII SEMANA DO TEMPO COMUM
(Verde – Ofício do Dia)

Antífona da entrada: Deus habita em seu templo santo, reúne seus filhos em sua casa; é ele que dá força e poder a seu povo (Sl 67,6s.36)

Oração do dia
Ó Deus, sois o amparo dos que em vós esperam e, sem vosso auxílio, ninguém é forte, ninguém é santo; redobrai de amor para conosco, para que, conduzidos por vós, usemos de tal modo os bens que passam, que possamos abraçar os que não passam. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Primeira Leitura (Êxodo 34,29-35)
Leitura do livro do Êxodo.

34 29 Moisés desceu do monte Sinai, tendo nas mãos as duas tábuas da lei. Descendo do monte, Moisés não sabia que a pele de seu rosto se tornara brilhante, durante a sua conversa com o Senhor.
30 E, tendo-o visto Aarão e todos os israelitas, notaram que a pele de seu rosto se tornara brilhante e não ousaram aproximar-se dele.
31 Mas ele os chamou, e Aarão com todos os chefes da assembléia voltaram para junto dele, e ele se entreteve com eles.
32 Aproximaram-se, em seguida, todos os israelitas, a quem ele transmitiu as ordens que tinha recebido do Senhor no monte Sinai.
33 Tendo Moisés acabado de falar, pôs um véu no seu rosto.
34 Mas, entrando Moisés diante do Senhor para falar com ele, tirava o véu até sair. E, saindo, transmitia aos israelitas as ordens recebidas.
35 Estes viam irradiar a pele de seu rosto; em seguida Moisés recolocava o véu no seu rosto até a próxima entrevista com o Senhor.
— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus.

Salmo responsorial 98/99

Santo é o Senhor nosso Deus!

Exaltai o Senhor nosso Deus
e prostrai-vos perante seus pés,
pois é santo o Senhor nosso Deus!

Eis Moisés e Aarão entre os seus sacerdotes.
E também Samuel invocava seu nome,
e ele mesmo, o Senhor, os ouvia.

Da coluna de nuvem falava com eles.
E guardavam a lei e os preceitos divinos
que o Senhor nosso Deus tinha dado.

Exaltai o Senhor nosso Deus
e prostrai-vos perante seu monte,
pois é santo o Senhor nosso Deus!

Aclamação do Evangelho

Aleluia, aleluia, aleluia.
Eu vos chamo meus amigos, pois vos dei a conhecer o que o Pai me revelou (Jo 15,15).


Evangelho (Mateus 13,44-46)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor!

Naquele tempo, Jesus disse à multidão: 13 44 O Reino dos céus é também semelhante a um tesouro escondido num campo. Um homem o encontra, mas o esconde de novo. E, cheio de alegria, vai, vende tudo o que tem para comprar aquele campo.
45 O Reino dos céus é ainda semelhante a um negociante que procura pérolas preciosas.
46 Encontrando uma de grande valor, vai, vende tudo o que possui e a compra".
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor!

Sobre as oferendas
Acolhei, ó Pai, os dons que recebemos da vossa bondade e trazemos a este altar. Fazei que estes sagrados mistérios, pela força da vossa graça, nos santifiquem na vida presente e nos conduzam à eterna alegria. Por Cristo, nosso Senhor.

Antífona da comunhão: Bendize, ó minha alma, ao Senhor, não esqueças nenhum de seus favores! (Sl 102,2)

Depois da comunhão
Recebemos, ó Deus, este sacramento, memorial permanente da paixão do vosso filho; fazei que o dom da vossa inefável caridade possa servir à nossa salvação. Por Cristo, nosso Senhor.


COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. O MAIOR DE TODOS OS TESOUROS...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Hoje em dia quando se fala em tesouro a gente não faz muita idéia, mas se falar de Fortuna, riqueza, valor patrimonial e monetário é linguagem que todo mundo entende.

Quem é que já não fez a sua “Fezinha” em uma Casa Lotérica pensando em ganhar uma fortuna, como uma Mega Sena acumulada em algumas rodadas? Quem é que já não vislumbrou essa possibilidade e “carregou” um pouco mais em sua aposta, fazendo talvez um bolão com os amigos? A idéia de sair de um salário irrisório para administrar uma bela fortuna, morando em uma mansão, com mais de três carrões do ano na garagem, viajar de jatinho para qualquer parte do mundo, enfim, nunca mais passar “aperto” com pagamento de contas, é uma idéia muito tentadora e eu não vejo maldade nisso, o problema é: até que ponto acreditamos que vamos ser os vencedores...

Então a gente aposta sim, mas de leve, sem comprometer o orçamento doméstico, senão já se está fazendo uma grande besteira, porque não há nenhuma certeza de que vamos ganhar e as possibilidades são mínimas... quase irrisórias...

Bem diferente desse homem que encontrou um tesouro, tornou a enterrá-lo e foi para casa tomado pela alegria de ser dono do tesouro encontrado, e começou a desfazer-se de seus bens captando recursos para comprar o terreno onde estava o tesouro, que ninguém sabia a não ser ele...

O Reino dos Céus do qual fala o evangelho não é desse jeito, não é uma aposta de que se vai ganhar alguma coisa no futuro, não é um investimento em longo prazo, nem uma bolsa de apostas, mas é uma certeza e esperança que Jesus Cristo nos trouxe, antes de Jesus a Salvação era uma grande aventura, ninguém garantia nada, e a gente não sabia se arriscava tudo pelo Reino, ou se era melhor ser comedido e apostar pouco.

O bem mais precioso que temos é o dom da Vida, não há nenhuma fortuna que possa comprá-lo, Jesus deu tudo de si, seu Bem mais precioso, sua própria vida, porque sabia que o Reino de Deus era uma certeza...

Certamente muita gente achou o homem meio doido, quando o viu abrindo mão de todos os seus bens patrimoniais para comprar o terreno, eles não sabiam do tesouro.

Hoje o Reino de Deus inaugurado por Jesus, precisa de pessoas arrojadas, corajosas, que ousam investir toda sua vida na construção do Reino, não faltará quem o ache maluco e sem juízo, mas a alegria de saber que já termos o Reino em nós, é algo inexplicável, o evangelho faz questão de dizer que este homem, cheio de alegria, vendeu tudo o que tinha....Será que a nossa “doação”pelo Reino de Deus, é sempre feita com alegria, ou nos doamos com certa reserva, porque ainda não temos certeza se o Reino virá a acontecer? A segunda parábola só muda de lugar, em vez do campo é na cidade que se negocia pérolas preciosas, mas o sentido e ensinamento é o mesmo...

2. As parábolas são máximas de sabedoria
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por José Raimundo Oliva - e disponibilizado no Portal Paulinas)

As parábolas são máximas de sabedoria expressas por comparações. Assemelham-se às metáforas ou alegorias, permanecendo, contudo, distintas destas.

As parábolas de Jesus, reinterpretadas pelas primeiras comunidades, foram inseridas pelos evangelistas em seus evangelhos, de maneira diversificada, conforme seus objetivos catequéticos. Pode-se encontrar em cada uma das parábolas um tema dominante. Os principais temas que elas abordam são: a chegada do Reino, em geral comparado com um banquete nupcial; como se dá a acolhida do Reino e as disposições do discipulado; a misericórdia de Deus para com os excluídos pela religião ou pela sociedade; a rejeição do Reino, particularmente pelos fariseus; a eminência do juízo, a ser exercido exclusivamente por Deus.

As duas parábolas de hoje, a quinta e a sexta da coletânea de Mateus no capítulo 13 de seu evangelho, a do tesouro encontrado no campo e a da pérola de grande valor encontrada pelo negociante, aludem às disposições do discipulado na acolhida do Reino.

Como o tesouro e a pérola, o Reino foi descoberto pelos discípulos que acolheram Jesus. Agora, cheios de alegria, cabe aos discípulos trocar tudo pela disponibilidade ao serviço do Reino, em comunhão com Jesus e o Pai.

É este o sentido do anúncio fundamental a partir de João Batista: "Mudai de vida: o Reino dos Céus está próximo (Mt 3,2; 4,17).

Oração
Pai, que eu seja decidido e rápido em desfazer-me do que me impede de acolher plenamente o teu Reino. Que meu coração nunca se apegue a coisa alguma deste mundo.

3. O ABSOLUTO DO REINO
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).

O centro de convergência da parábola do tesouro escondido e da pérola preciosa encontra-se na decisão do agricultor e do comerciante, de desfazer-se de todos os seus bens para adquirir o bem encontrado, por ser sobremaneira precioso. O bom senso mostrou-lhes a conveniência de investir tudo na aquisição do bem maior. A perda redundaria em ganho, a loucura revelar-se-ia sabedoria.

Assim comporta-se o discípulo em relação ao Reino. Sua descoberta leva-o a redimensionar toda a sua vida, dando um sentido novo a cada um de seus aspectos, subordinando-os ao absoluto do Reino. O discípulo predispõe-se a qualquer sacrifício. Nada lhe parece demasiadamente pesado, quando se trata de colocar o Reino e seus valores no centro de sua existência.

O discípulo vê-se confrontado com a responsabilidade de fazer uma opção que revolucionará toda a sua vida. Nem sempre estará seguro do passo que deverá dar. Daí a possibilidade de se deixar levar pelo medo e pela incerteza. A convicção do discípulo, ao tomar esta decisão, dependerá do modo como foi tocado pelo Reino. Quanto mais profunda for a experiência tanto mais seguro estará o discípulo.

Uma experiência superficial dificilmente levará a uma opção radical. Aí se revela quem, de fato, fez-se discípulo do Reino.

Oração
Espírito de radicalidade, reforça minha opção pelo Reino e seus valores, para que eu o coloque sempre mais como o centro de minha vida.

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