quinta-feira, 7 de julho de 2011

Liturgia da Quinta-Feira — 07.07.2011

Terço do Rosário: Mistérios Luminosos (clique aqui...)
(Caríssimos, após meditar as leituras deste dia, rezem o Terço ao Vivo - Mistérios Luminosos - com os Freis Agostinianos do Seminário Santa Mônica e se preferir, clique aqui para baixar o Santo Rosário e gravar no seu celular, MP3 ou CD e rezar onde desejar)


— Santo Adriano

Adriano viveu no século IV. Era casado com Natália. Recebia oração e via o testemunho de sua esposa nas pequenas coisas, na fidelidade, no amor a Deus e a ele.

Adriano pertencia à chefia da guarda romana, onde o Imperador Diocleciano perseguia duramente os cristãos. Numa ocasião, foram presos 22 cristãos, que testemunharam Jesus perante os tribunais. O coração de Adriano se decidiu por Cristo naquele momento e quis pertencer ao número daqueles heróis do Senhor. Decidiu-se por Cristo, foi preso, sofreu todas as pressões para negar a fé em Cristo e na Igreja.

Natália acompanhou tudo e orava pela fidelidade de seu esposo a Cristo. Adriano teve uma última chance de declarar seu amor à esposa e foi martirizado, queimado vivo, juntamente com os outros 22 cristãos.

Santo Adriano, rogai por nós!


XIV SEMANA DO TEMPO COMUM
(Verde – Ofício do Dia)

Antífona da entrada: Recebemos, ó Deus, a vossa misericórdia no meio do vosso templo. Vosso louvor se estenda, como o vosso nome, até os confins da terra; toda a justiça se encontra em vossas mãos (Sl 47,10s).

Oração do dia
Ó Deus, que pela humilhação do vosso Filho reerguestes o mundo decaído, enchei os vossos filhos e filhas de santa alegria e daí aos que libertastes da escravidão do pecado o gozo das alegrias eternas. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Primeira Leitura (Gênesis 44,18-21.23-29; 45,1-5)
Leitura do livro do Gênesis.

Naqueles dias, 44 18 então Judá adiantou-se e disse a José: “Rogo-te, meu senhor, que permitas ao teu servo dizer uma palavra aos ouvidos do meu senhor, e não se acenda a tua ira contra o teu servo, porque tu és como o próprio faraó.
19 Meu senhor havia perguntado aos seus servos: ´Tendes ainda vosso pai? Tendes um irmão?´
20 E nós havíamos respondido ao meu senhor que tínhamos um velho pai e um irmãozinho, filho de sua velhice, do qual o irmão havia morrido; e que, como ele foi deixado o único de sua mãe, seu pai o amava.
21 Disseste aos teus servos: ´Trazei-o para junto de mim, a fim de que o veja com meus olhos´.
23 E disseste aos teus servos: ´Se vosso irmãozinho não vier convosco, não sereis admitidos na minha presença´.
24 Quando voltamos para a casa do teu servo, nosso pai, referimos-lhe as palavras do meu senhor.
25 E, quando nosso pai nos mandou voltar para comprar alguns víveres,
26 respondemos-lhe: ´Não podemos descer. Mas, se nosso irmão mais novo nos acompanhar, fá-lo-emos, pois que não seremos admitidos na presença do governador, se nosso irmão não for conosco´.
27 Teu servo, nosso pai, nos replicou: ´Sabeis que minha mulher me deu dois filhos.
28 Um desapareceu de minha casa´, e eu disse: Certamente foi devorado. E não mais o revi até hoje.
29 Se me tirais ainda este, e lhe acontecer alguma desgraça, fareis descer os meus cabelos brancos à habitação dos mortos, sob o peso da dor´".
45 1 Então José, já não se podendo conter diante de todos os assistentes, exclamou: “Fazei sair todo o mundo.” Desse modo, ninguém ficou com ele, quando se deu a conhecer aos seus irmãos.
2 Pôs-se a chorar tão alto que os egípcios da casa do faraó o ouviram.
3 E disse aos seus irmãos: “Eu sou José! Meu pai vive ainda?” Mas não lhe puderam responder, porque estavam pasmados de se encontrar diante dele.
4 “Aproximai-vos”, disse-lhes ele; e eles aproximaram-se. E ele disse-lhes: “Eu sou José, vosso irmão, que vendestes para o Egito.
5 Mas agora não vos entristeçais, nem tenhais remorsos de me ter vendido para ser conduzido aqui. É para vos conservar a vida que Deus me enviou adiante de vós".
— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus.

Salmo responsorial 104/105

Lembrai as maravilhas do Senhor!

Mandou vir, então, a fome sobre a terra
e os privou de todo pão que os sustentava;
um homem enviara à sua frente,
José que foi vendido como escravo.

Apertaram os seus pés entre grilhões
e amarraram seu pescoço com correntes,
até que se cumprisse o que previra,
e a palavra do Senhor lhe deu razão.

Ordenou, então, o rei que o libertassem,
o soberano das nações mandou soltá-lo;
fez dele o senhor de sua casa
e, de todos os seus bens, o despenseiro.

Aclamação do Evangelho

Aleluia, aleluia, aleluia.
Convertei-vos e crede no Evangelho, pois o reino de Deus está chegando! (Mc 1,15)


EVANGELHO (Mateus 10,7-15)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor!

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 10 7 "Por onde andardes, anunciai que o Reino dos céus está próximo.
8 Curai os doentes, ressuscitai os mortos, purificai os leprosos, expulsai os demônios. Recebestes de graça, de graça dai!
9 Não leveis nem ouro, nem prata, nem dinheiro em vossos cintos,
10 nem mochila para a viagem, nem duas túnicas, nem calçados, nem bastão; pois o operário merece o seu sustento.
11 Nas cidades ou aldeias onde entrardes, informai-vos se há alguém ali digno de vos receber; ficai ali até a vossa partida.
12 Entrando numa casa, saudai-a: ´Paz a esta casa´.
13 Se aquela casa for digna, descerá sobre ela vossa paz; se, porém, não o for, vosso voto de paz retornará a vós.
14 Se não vos receberem e não ouvirem vossas palavras, quando sairdes daquela casa ou daquela cidade, sacudi até mesmo o pó de vossos pés.
15 Em verdade vos digo: no dia do juízo haverá mais indulgência com Sodoma e Gomorra que com aquela cidade.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor!

Sobre as oferendas
Possamos, ó Deus, ser purificados pela oferenda que vos consagramos; que ela nos leve, cada vez mais, a viver a vida do vosso reino. Por Cristo, nosso Senhor.

Antífona da comunhão: Provai e vede quão suave é o Senhor! Feliz o homem que tem nele o seu refúgio! (Sl 33,9)

Depois da comunhão
Nós vos pedimos, ó Deus, que, enriquecidos por essa tão grande dádiva, possamos colher os frutos da salvação sem jamais cessar vosso louvor. Por Cristo, nosso Senhor.


COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Fazer de Graça...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Eis aqui uma exortação do Senhor, muito complicada e difícil de ser seguida, Dar de Graça, fazer de graça, servir de graça... Em uma sociedade essencialmente consumista e portanto mercantilista, o Cristianismo apresenta esse Confronto da gratuidade com a mercantilidade, na comunidade as vezes queremos “vender” carismas, isso parece escandaloso, mas é assim que acontece. Aparentemente as pessoas parece que estão fazendo realmente de graça, mas lá um belo dia a coisa “estoura” e descobre-se que por trás da dedicação á comunidade, havia algum interesse pessoal.

Geralmente os que pulam fora do barco, os que vão embora de mala e cuia, são esses que querem ser reconhecidos, paparicados, elogiados, homenageados, consultados, valorizados, não falei nem uma vez em dinheiro, mas tudo isso é pagamento, que quando falta, a pessoa se irrita, se estressa, enfrenta as demais lideranças, enfrenta até o padre, e se preciso até o Bispo.

Fazer as coisas do meu modo, do meu jeito, e as pessoas tem de submeter-se a mim, gente assim só atrapalha a caminhada da comunidade, primeiramente pelo mau testemunho, e em segundo porque abafam a vocação e o carisma do outro, por medo de concorrência, não admitem que alguém seja melhor que eles, naquilo que fazem, esses são verdadeiros mercenários.

Por isso no perfil de um discípulo evangelizador está colocada essa exigência fundamental “De graça recebestes, de graça deveis dar”. O que recebemos de graça de Deus? Tantas coisas, mas há uma que podemos dar aos outros, de graça: é o Amor!

O discípulo deve ser desapegado de qualquer bem material, para que os ouvintes se convençam da sua pregação, a sua inteira confiança naquele que os enviou, ora, se o anunciador da Palavra de Deus, colocar sua esperança e confiança, não naquilo que ele é, mas naquilo que ele tem, será difícil convencer alguém, de que o Evangelho é o centro da nossa vida...

E uma última coisa, deverá haver nas pessoas uma sincera abertura a Palavra de Deus anunciada, , na casa de uma pessoa assim, é que deve o discípulo ficar hospedado.Mas porém, se houver rejeição, que haja uma ruptura, bata até a poeira da sandália contra aquela casa, porque há mais pessoas sequiosas de ouvirem o anúncio, não perca tempo com os que rejeitam a Palavra.

Deus proverá outros missionários, para que aquela pessoa também acolha a Palavra, mas em outra oportunidade.

2. Jesus conviveu com seus discípulos e o povo em geral
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por José Raimundo Oliva - e disponibilizado no Portal Paulinas)

Estas recomendações por ocasião do envio dos doze, são reproduzidas, com algumas variantes, também por Marcos e Lucas, sendo que Lucas também as apresenta no envio dos setenta e dois. Pelo seu estilo e pelo uso que delas fazem os evangelistas, pode-se supor que sejam normas para a ação missionária, já estabelecidas pelas primeiras comunidades.

A proclamação do missionário consiste não em levar uma doutrina oficial, mas em testemunhar o amor com que o próprio Jesus conviveu com seus discípulos e o povo em geral. Não cabe ao missionário procurar segurança, prestígio, e estabilidade financeira em sua atividade, transformada em "cargo" ou "função".

O missionário, na humildade e no despojamento, é movido pelo sentimento de fraternidade e solidariedade, com uma prática acolhedora, valorizando cada um que encontra e comunicando a paz.

Oração
Pai, faze de mim um instrumento para a construção da paz desejada por Jesus. Paz que se constrói na comunicação dos bens divinos a cada pessoa humana.

3. O REINO CHEGOU
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).

Os discípulos foram enviados em missão com a tarefa de dar continuidade à missão de Jesus. A dupla face do messianismo de Jesus se expressaria no ministério dos apóstolos. Não somente com palavras, mas também com obras eles se poriam a serviço do Reino.

Aos apóstolos competia proclamar a chegada do Reino dos Céus na pessoa de Jesus. De que modo? Deus foi plenamente Senhor da vida de Jesus. Nada nem ninguém jamais o desviou do caminho traçado pelo Pai. Somente ao querer do Pai ele se submeteu. Jamais cedeu a qualquer tipo de tentação. Por isso, o Reino dos Céus se encarnou na sua pessoa e ação. Este evento deveria ser proclamado a todos os povos.

Por outro lado, como sucedeu com Jesus, a pregação dos apóstolos encontraria apoio nos milagres realizados por eles. Os quatro milagres apontados relacionam-se com a proteção da vida humana da investida das doenças, da morte e dos espíritos impuros. O ministério apostólico, portanto, estava destinado a colocar-se a serviço da vida. Onde a vida fosse defendida, restaurada ou garantida, aí estaria acontecendo o milagre do Reino, cuja presença seria historicamente perceptível.

A vida de Jesus é o ponto de referência da ação do apóstolo. A fidelidade à missão acontece na medida em que realmente Jesus continua atuando na pessoa de seus enviados.

Oração
Senhor Jesus, dá-me coragem suficiente para levar adiante tua missão, proclamando a chegada do Reino e me colocando a serviço da vida.

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