sábado, 20 de fevereiro de 2010

"Começaria tudo de novo se fosse preciso", afirma religiosa

Domingo, 16 de agosto de 2009, 10h34

"Começaria tudo de novo se fosse preciso", afirma religiosa

Gracielle Reis
Da Redação


Arquivo
Irmã Mirian é religiosa há 10 anos e declara que começaria tudo outra vez, se fosse preciso.

“A vida consagrada é a fonte da fecundidade da Igreja”. Esta foi a frase do Papa João Paulo II recordada por Irmã Lúcia Clotilde, do Instituto das Pequenas Missionárias de Maria Imaculada e formadora das noviças. Neste 3º domingo do mês de agosto, a Igreja dedica sua reflexão à vocação da vida consagrada e desperta para a importância da consagração.

Para Irmã Lúcia, os consagrados devem tomar consciência do papel fundamental que exercem dentro da Igreja. “É preciso que nós consagrados tenhamos consciência disso, acreditemos e vivamos essa verdade. Aqueles que são chamados, que vivam este mistério, de que a fecundidade da Igreja é a vida consagrada”.

E esta fecundidade também se revela nas transformações pelas quais a vida consagrada passou. O presidente da Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (
CNBB), Dom Esmeraldo Barreto de Farias, aponta que, sobretudo após o Concílio Vaticano II, a vida religiosa na Igreja sofreu consideráveis alterações. Uma delas foi a inserção dos religiosos não apenas em hospitais, escolas ou dentro das próprias congregações, mas nas periferias, áreas rurais e nos locais carentes de saúde, educação, moradia e saneamento.

Dom Esmeraldo também descreve como os religiosos passaram a assumir um papel fundamental na vida das dioceses: “Creio que esta foi uma importante mudança, acontecida após o Concílio Vaticano II. Os religiosos se integram numa diocese. Não estão apenas em função da sua congregação, mas é um serviço que prestam à diocese e descobrem esse valor que tem a Igreja particular e, assim, vivem na comunhão”.

Irmã Mirian, também do Instituto das Pequenas Missionárias de Maria Imaculada e estudante de enfermagem, destaca que todas essas transformações na vida religiosa e os desafios do mundo não impedem os consagrados de pertencerem a Deus. “A vida consagrada é uma presença mais próxima, mais real da vida de Jesus Cristo, da vida que Ele nos deu e quer que vivamos também”, ressalta.

A religiosa afirma esta realidade na sua vida, pois apesar dos sofrimentos e dificuldades, pode constatar a presença de Jesus Cristo em sua vida. “Eu sei que Ele está comigo e, sabendo disso, não posso deixá-Lo. Eu sou muito feliz. Não me arrependo e começaria tudo de novo se fosse preciso”.

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