domingo, 21 de fevereiro de 2010

Descoberta a rede clandestina de ajuda aos judeus de Pio XII

Entrevista com o Padre Centioni


Pio XII criou uma rede clandestina para salvar a vida dos judeus perseguidos pelos nazistas. Um dos membros desta rede ainda é vivo: trata-se do sacerdote italiano Giancarlo Centioni, que nasceu em 1912. De 1940 a 1945 foi Capelão militar em Roma da Milícia Voluntária para a Segurança Nacional e viveu em uma casa de sacerdotes alemães que o envolveram na rede de salvação.

Na Alemanha, recorda o sacerdote Centioni, a sociedade era guiada pelo padre Josef Kentenich, conhecido em todo o mundo como o fundador do Movimento apostólico de Schönstatt. Este sacerdote Palotino sucessivamente foi feito prisioneiro e fechado no campo de concentração de Dachau, até o fim da guerra.

veja na integra todo o texto neste link: H2ONews


Descoberta a rede clandestina de ajuda aos judeus de Pio XII

Pio XII criou uma rede clandestina para salvar a vida dos judeus perseguidos pelos nazistas. Um dos membros desta rede ainda é vivo: trata-se do sacerdote italiano Giancarlo Centioni, que nasceu em 1912. De 1940 a 1945 foi Capelão militar em Roma da Milícia Voluntária para a Segurança Nacional e viveu em uma casa de sacerdotes alemães que o envolveram na rede de salvação.

Na Alemanha, recorda o sacerdote Centioni, a sociedade era guiada pelo padre Josef Kentenich, conhecido em todo o mundo como o fundador do Movimento apostólico de Schönstatt. Este sacerdote Palotino sucessivamente foi feito prisioneiro e fechado no campo de concentração de Dachau, até o fim da guerra.

Esta rede entregava passaportes e dinheiro às famílias judias para poderem fugir.

As intervenções desta rede tiveram início antes da invasão alemão da Itália.

Esta atividade era muito perigosa.

Padre Centioni, como capelão, conheceu o oficial alemão Herbert Kappler, comandante da Gestapo em Roma e autor do ecídio das Fosse Ardeatinas, onde foram assassinados 335 italianos, entre os quais muitos civis e judeus.

Padre Centioni assegura que as centenas de pessoas que pôde ajudar tinham conhecimento de quem dirigia tudo aquilo.

Morava na Casa geral dos Palotinos, quando fui convidado a participar pelos meus colegas sacerdotes alemães. Já que eu era capelão fascista, era mais fácil ajudar os judeus.

Então os meus colegas sacerdotes Palotinos, provenientes de Hamburgo, tinham fundado uma sociedade que se chamava “Raphael's Verein” (sociedade de São Rafael), que fora instituída para ajudar os judeus.

Além do mais para ter a possibilidade de fugir da Alemanha para a Itália antes, e depois ou para a Suíça ou para Lisboa.

Em Roma, sempre na Via Pettinari 57, o chefe de toda essa atividade era o padre (Anton) Weber, o qual tinha um contato direto com Pio XII e a Secretaria (de Estado Vaticana). O dinheiro e os passaportes eram dados pelo padre Anton Weber e depois entregues às pessoas. Porém, ele os obtinha diretamente da Secretaria de Estado de Sua Santidade, em nome e por conta de Pio XII.

Parte do dinheiro eu levei à casa de judeus.

Comigo, ajudram pelo menos 12 sacerdotes alemães em Roma.

Tiveram início antes da guerra, e duraram pelo menos, naquilo que eu sei, também depois de 45, porque as relações com padre Weber, especialmente, eram muito vivas... no Vaticano, com os judeus...tanta brava gente. Entre aqueles que depois nos ajudaram se encontravam dois judeus que nós escondemos: um literato (Melchiorre) Gioia, e um grande músico compositor de Viena daquele tempo, que escrevia canções e fazia operetas, Erwin Frimm Kozab. Eu o escondi na Via Giuseppe, Via Bari, o outro na Via Pettinari 57, e eles nos ajudaram muito dando indicações precisas, etc. etc.

Bem eu ajudei Ivan Basilius, um espião russo, que eu não sabia que era espião: ele era judeu. Infelizmente a SS o prendeu e na agenda encontram o meu nome. Então, meu Deus! Chamou-me a Santa Sé, Sua Excelência Hudal [alto e influente prelado alemão em Roma] e me disse: “venha aqui, porque a SS ira prendê-lo”. “E o que eu fiz?”. “O Senhor ajudou um espião russo”. “Eu? Fiz isso? Quem é?”. Então, eu fugi.

Eu durante o tempo alemão, depois que no mês de março perpetraram o massacre [nas Fossas Ardeatinas], disse a Kappler, que eu via frequentemente (…) “por que você não chamou os capelães militares às Fossas Ardeatinas?”. “Porque os teria eliminado e eliminado também o senhor”.

Ajudava-os Pio XII, através de nós sacerdotes, através da “Raphael's Verein”, através da Sociedade Verbita Alemã em Roma.

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