terça-feira, 24 de maio de 2011

Papa João XXIII e o Decálogo da serenidade

Papa João XXIII e o Decálogo da serenidade



Na cidade de Roma, no ano de 1958, mais um Papa foi eleito. Os cardeais escolheram o sucessor do Papa Pio XII, o qual falecera após dirigir os destinos da Igreja Católica por 19 anos. Aos 77 anos, Ângelo Giuseppe Roncalli assumiu a Cátedra de Pedro com o nome de João XXIII. Era um homem simples que transmitia bondade, mansidão, benevolência e gentileza. Normalmente causava um impacto sempre favorável nas pessoas. Reconhecia claramente suas limitações e era dotado de um vivo senso de humor. Além da convocação do Sínodo romano, instituiu uma comissão para a revisão do Código de Direito Canônico e convocou o Concílio Ecumênico Vaticano II. Muito amante da Tradição da Igreja, desejava apenas levar o Senhor a todos os povos numa forma de comunhão eclesial mais direta e mais próxima. Este Papa exalava odor de santidade, sendo assim reconhecido pelo seu rebanho, que o chamava apenas de “Papa bom”. Buscava incansavelmente a paz para si mesmo e para todos os povos. Em 1960, num dos seus escritos, ele registrou uma página memorável com notável sentimento de espiritualidade e religiosidade universal. Chama-se o Decálogo da serenidade e contém dez sugestões de conduta para o homem que deseja a paz.

1- Só por hoje, tratarei de viver exclusivamente o dia de hoje, sem querer resolver os problemas da minha vida de uma só vez.
2- Só por hoje, terei o máximo cuidado com os meus atos; serei cortês nas minhas maneiras, não criticarei ninguém e nem pretenderei melhorar ou disciplinar ninguém, senão a mim mesmo.
3- Só por hoje, serei feliz na certeza de que fui criado para a felicidade não só no outro mundo mas neste também.
4- Só por hoje, me adaptarei às circunstâncias, sem pretender que elas se adaptem a todos os meus desejos.
5- Só por hoje, dedicarei dez minutos do meu tempo a uma boa leitura, recordando que, assim como o alimento é necessário para a vida do corpo, a boa leitura é necessária para a vida da alma.
6- Só por hoje, farei uma boa ação e não direi a ninguém.
7- Só por hoje, farei pelo menos uma coisa que não desejo fazer e se me sentir ofendido nos meus sentimentos, procurarei que ninguém o saiba.
8- Só por hoje, farei para mim um programa detalhado; talvez não o cumpra integralmente, mas ao menos o escreverei. E me guardarei de duas calamidades: a pressa e a indecisão.
9- Só por hoje, acreditarei firmemente que, embora as circunstâncias demonstrem o contrário, a boa providência de Deus se ocupa de mim como se não existisse mais ninguém no mundo.
10- Só por hoje, não terei temores. De modo particular, não terei medo de gozar o que é belo e de crer na bondade.

Beato João XXIII, intercedei por todos nós!

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