domingo, 29 de maio de 2011


Êxito da Pregação

Dom José Alberto Moura, CSS, Arcebispo Metropolitano de Montes Claros - MG

O diácono Felipe fazia pregação sobre Cristo. Seu êxito era grande. Ele fazia o bem aos doentes e até os curava. “Era grande a alegria naquela cidade” (Atos 8, 8). Ele anunciava a verdade sobre a pessoa e os ensinamentos de Jesus. Seu modo de ser, falar e agir era muito admirado. Muitos se convertiam com sua pregação e ensinamento. Ele batizava as pessoas que se convertiam e as introduziam na vida da comunidade para continuarem a alimentar a fé e tomar parte na família de Deus.

No meio de tantas propostas, até divergentes das cristãs, muitos precisam de quem apresente com clareza a Palavra de Deus e mostre a todos os valores do Evangelho, para seguirem pelo caminho certeiro de salvação. O fato da ressurreição de Jesus dá sustentação à fé nele como Deus. Com suas duas naturezas, humana e divina, provou ter poder de fazer ressuscitar seu corpo de natureza humana, morto e sepultado. Por isso, ser pregoeiro da fé em Cristo faz a pessoa testemunhar sua ressurreição.

Felizmente temos pessoas de entusiasmo em viverem a coerência com sua fé, sendo seguidoras de Jesus e assumindo a missão de levar aos outros, nas diversas situações, a verdade de fé no Cristo Ressuscitado. São incansáveis em testemunharem sua convicção com a vida coerente com a verdade que pregam. Não medem esforços para formar famílias conforme o projeto de Deus, ensinando os filhos a construírem a vida com os ditames do Evangelho. Em seus respectivos ambientes de trabalho e convivência social não perdem oportunidade de prestarem seus serviços com ética, fraternidade, justiça e solidariedade. Ensinam, oportunamente e de modo caritativo, a verdade em que creem. Tornam o ambiente agradável com suas atitudes de bom serviço e convívio amigável. Unem-se a causas sociais de promoção da vida e da dignidade humana, com ações especiais de inclusão humana e social de quem é mais deixado de lado. Ajudam a promover a cidadania, com conscientização política realmente adequada para a eleição de pessoas com qualidades éticas e profissionais para o bom serviço à comunidade. O resultado disso não é procurado somente a curto prazo. Por isso, tais pessoas sabem plantar, irrigar a terra e esperar o fruto, porque agem contando com a graça de Deus, em razão de Quem dá de si pelo bem dos outros.

Nessa perspectiva o Concílio Vaticano II, que já deverá fazer 50 anos do início da emissão de seus escritos a partir de 2012, coloca bem à luz os documentos Lumen Gentium (Luz dos Povos), Gaudim et Spes (Alegria e Esperança) e Apostolicam Actuositatem (Ação Apostólica – sobre o apostolado dos leigos). No primeiro apresenta a Igreja como servidora e indicativa do caminho de Cristo para a humanidade. O outro mostra a ação da mesma Igreja na realidade da sociedade nos diversos desafios e situações. O terceiro apresenta o apostolado dos leigos, com a necessidade de sua atuação para a transformação de tudo com os critérios do Evangelho. Vale a pena analisarmos esses e os outros 13 documentos do referido Concílio, que nos dão grande força para realizarmos a evangelização de acordo com o Evangelho para o mundo de hoje. É preciso sempre sairmos de nossos âmbitos internos e particulares de comunidades para ajudarmos a sociedade com a linguagem de hoje e renovado ardor apostólico de tantos exemplos, como o de Felipe, para termos convivência realmente humana e promotora da vida plena de Cristo para todos!


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