sábado, 10 de setembro de 2011


EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68

Sabado, dia 10 de Setembro de 2011

Sábado da 23ª semana do Tempo Comum


Santo do dia : Cândida Menor,  S. Nicolau Tolentino, presbítero, +1305

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São Francisco de Sales : «Cada árvore conhece-se pelo seu fruto»

1ª Carta a Timóteo 1,15-17.
Caríssimo: Eis uma palavra digna de fé e de toda a aceitação: Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais eu sou o primeiro.
E justamente por isso alcancei misericórdia, para que, em mim primeiramente, Cristo Jesus mostrasse toda a sua magnanimidade, como exemplo para aqueles que haviam de crer nele para a vida eterna.
Ao rei dos séculos, ao Deus incorruptível, invisível e único, honra e glória pelos séculos dos séculos. Ámen. 

Livro de Salmos 113(112),1-2.3-4.5a.6-7.
Louvai, servos do SENHOR,
louvai o nome do SENHOR. 
Bendito seja o nome do SENHOR,
agora e para sempre. 

Desde o nascer ao pôr-do-sol,
seja louvado o nome do SENHOR. 
SENHOR reina sobre todas as nações,
a sua majestade está acima dos céus. 

Quem é como o SENHOR, nosso Deus,

que Se inclina, lá do alto, para observar o céu e a terra?  
Ele levanta do pó o indigente e tira o pobre da miséria,
para o fazer sentar com os grandes do seu povo.


Evangelho segundo S. Lucas 6,43-49.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Não há árvore boa que dê mau fruto, nem árvore má que dê bom fruto.
Cada árvore conhece-se pelo seu fruto; não se colhem figos dos espinhos, nem uvas dos abrolhos.
O homem bom, do bom tesouro do seu coração tira o que é bom; e o mau, do mau tesouro tira o que é mau; pois a boca fala da abundância do coração.»
«Porque me chamais 'Senhor, Senhor', e não fazeis o que Eu digo?
Vou mostrar-vos a quem é semelhante todo aquele que vem ter comigo, escuta as minhas palavras e as põe em prática.
É semelhante a um homem que edificou uma casa: cavou, aprofundou e assentou os alicerces sobre a rocha. Sobreveio uma inundação, a torrente arremessou-se com violência contra aquela casa mas não a abalou, por ter sido bem edificada.
Mas aquele que ouve as minhas palavras e não as pratica é semelhante a um homem que edificou uma casa sobre a terra, sem alicerces. A torrente arremessou-se contra ela, e a casa imediatamente se desmoronou. E foi grande a sua ruína!» 


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

São Francisco de Sales (1567-1622), bispo de Genebra e doutor da Igreja
Introdução à vida devota, I, cap. 3

«Cada árvore conhece-se pelo seu fruto»
Na criação, Deus mandou que as plantas dessem os seus frutos, cada uma «segundo as suas espécies» (Gn 1,11): da mesma maneira, ordenou aos cristãos, que são as plantas vivas da sua Igreja, que produzissem frutos de devoção, cada um segundo a sua qualidade e vocação. A devoção, a vida cristã, deve ser exercida de formas diferentes pelo fidalgo, pelo artesão, pelo criado, pelo príncipe, pela viúva, pela jovem e pela mulher casada; e não só, mas também é preciso acomodar a prática da devoção às forças, às actividades e aos deveres de cada um em particular. [...] Seria por isso que o bispo preferia ser solitário como os monges? E se os casados não quisessem trabalhar como os capuchinhos, se o artesão estivesse todo o dia na igreja como o religioso, e o religioso constantemente exposto a todo o tipo de encontros para o serviço do próximo como o bispo? Tal não seria ridículo, desregrado e insuportável? Este erro, no entanto, é muito frequente. [...]


Não, a devoção em nada prejudica quando é verdadeira; pelo contrário, tudo aperfeiçoa. [...] «A abelha, diz Aristóteles, tira o mel das flores sem as estragar», deixando-as inteiras e frescas como as encontrou. A verdadeira devoção faz ainda melhor, pois, não só não prejudica nenhum tipo de vocação nem actividade, mas, pelo contrário, honra-as e embeleza-as. [...] Com ela, cuidar da família torna-se mais pacífico, o amor do marido e da mulher mais sincero, o serviço do príncipe mais fiel, e todos os tipos de ocupação mais suaves e amáveis.


É não só um erro, mas também uma heresia, querer banir a devoção das companhias de soldados, das lojas dos artesãos, da corte dos príncipes, do lar dos casais. [...] Onde quer que estejamos, podemos e devemos aspirar à perfeição.


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