sábado, 10 de setembro de 2011


Liturgia do Sábado — 03.09.2011
Terço do Rosário: Mistérios Gozosos (clique aqui...)
(Caríssimos, após meditar as leituras deste dia, rezem o Terço ao Vivo - Mistérios Gozosos - com os Freis Agostinianos do Seminário Santa Mônica e se preferir, clique aqui para baixar o Santo Rosário e gravar no seu celular, MP3 ou CD e rezar onde desejar)

— São Gregório Magno
Hoje, celebramos a memória deste Magno (Grande) de Cristo: São Gregório I. Nascido em Roma no ano 540, numa família nobre que muito o motivou à vida pública.

Gregório (cujo nome significa "vigilante"), chegou a ser um ótimo prefeito de Roma, pois era desapegado dos próprios interesses devido sua constante renúncia de si mesmo. Atingido pela graça de Deus, São Gregório chegou a vender tudo o que tinha para auxiliar os pobres e a Igreja.

São Bento exercia forte influência na vida de Gregório, por isso, além de ajudar a construir muitos mosteiros, entrou para a vida religiosa do "Ora et Labora".

Homem certo, no lugar certo, este foi Gregório que era alguém de senso de dever, de medida e dignidade. Além da intensa vida interior, bem percebida quando escreveu sobre o 'ideal do pastor':" O verdadeiro pastor das almas é puro em seu pensamento. Sabe aproximar-se de todos, com verdadeira caridade. Eleva-se acima de todos pela contemplação de Deus."

Com a morte do Papa da época, São Gregório foi o escolhido para "sentar" na Cátedra de Pedro no ano de 590, e assim chefiar com segurança a Igreja num tempo em que o mundo romano passava para o mundo medieval.

São Gregório Magno, Papa e Doutor da Igreja que conquistou o Céu com 65 anos de idade (no ano 604), deixou marcas em todos os campos, valendo lembrar que na Liturgia há o Canto Gregoriano, o qual eleva os corações a Deus, fonte e autor de toda santidade.

São Gregório Magno, rogai por nós!

SÃO GREGÓRIO MAGNO — PAPA E DOUTOR 
(Branco, Prefácio Comum ou dos Pastores – Ofício da Memória)
Antífona da entrada: O Senhor o escolheu para a plenitude do sacerdócio e, abrindo seus tesouros, o cumulou de bens.
Oração do dia
Ó Deus, que cuidais do vosso povo com indulgência e o governais com amor, dai, pela intercessão de são Gregório Magno, o espírito de sabedoria àqueles a quem confiastes o governo da vossa Igreja, a fim de que o progresso das ovelhas contribua para a alegria eterna dos pastores. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Primeira Leitura (Colossenses 1,21-23)
Leitura da carta de são Paulo aos Colossenses.
1 21 Há bem pouco tempo, sendo vós alheios a Deus e inimigos pelos vossos pensamentos e obras más, 22 eis que agora ele vos reconciliou pela morte de seu corpo humano, para que vos possais apresentar santos, imaculados, irrepreensíveis aos olhos do Pai.
23 Para isto, é necessário que permaneçais fundados e firmes na fé, inabaláveis na esperança do Evangelho que ouvistes, que foi pregado a toda criatura que há debaixo do céu, e do qual eu, Paulo, fui constituído ministro.
— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus.
Salmo responsorial 53/54
Quem me protege e me ampara é meu Deus!
Por vosso nome, salvai-me, Senhor,
e dai-me a vossa justiça!
Ó meu Deus, atendei minha prece
e escutai as palavras que eu digo!
Quem me protege e me ampara é meu Deus;
é o Senhor quem sustenta minha vida!
Quero ofertar-vos o meu sacrifício
de oração e com muita alegria;
quero louvar, ó Senhor, vosso nome,
quero cantar vosso nome, que é bom!
Aclamação do Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Sou o caminho, a verdade e a vida: ninguém vem ao Pai, senão por mim (Jo 14,6).

Evangelho (Lucas 6,1-5)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor!
6 1 Em dia de sábado, Jesus atravessava umas plantações; seus discípulos iam colhendo espigas (de trigo), as debulhavam na mão e comiam.
2 Alguns dos fariseus lhes diziam: "Por que fazeis o que não é permitido no sábado?"
3 Jesus respondeu: "Acaso não tendes lido o que fez Davi, quando teve fome, ele e os seus companheiros;
4 como entrou na casa de Deus e tomou os pães da proposição e deles comeu e deu de comer aos seus companheiros, se bem que só aos sacerdotes era permitido comê-los?"
5 E ajuntou: "O Filho do Homem é senhor também do sábado".
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor!
Sobre as oferendas
Ó Deus, na festa de são Gregório Magno, seja-nos proveitoso este sacrifício que, ao ser oferecido na cruz, libertou do pecado o mundo inteiro. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão: O bom pastor dá a vida por suas ovelhas (Jo 10,11).
Depois da comunhão
Ó Pai, instruí pelo Cristo mestre os que saciastes com o Cristo que é o pão da vida, para que, na festa de são Gregório, cheguemos ao conhecimento da verdade e a realizemos pela caridade. Por Cristo, nosso Senhor.
Santo do Dia / Comemoração (SÃO GREGÓRIO MAGNO)
Pedro foi "a pedra" sobre a qual o cristianismo se edificou. Mas para isso foi usada uma argamassa feita da dedicação e da fé de muitos cristãos que o sucederam. Assim, a Igreja Católica se fez grande devido aos grandes papas que teve, dentre os quais temos o papa Gregório, chamado "o Magno", ou seja, o maior de todos, em sabedoria, inteligência e caridade.

Nascido em 540, na família Anícia, de tradição na Corte romana, muito rica, influente e poderosa, Gregório registrou de maneira indelével sua passagem na história da Igreja, deixando importantíssimas realizações, como, por exemplo, a instituiuição da observância do celibato, a introdução do pai-nosso na missa e o famoso "canto gregoriano". Foi muito amado pelo povo simples, por causa de sua extrema humildade, caridade e piedade.

Sua vocação surgiu na tenra infância, sendo educado num ambiente muito religioso - sua mãe, Sílvia, e duas de suas tias paternas, Tarsila e Emiliana, tornaram-se santas. As três mulheres foram as responsáveis, também, por sua formação cultural. Quando seu pai, Jordão, morreu, Gregório era muito jovem, mas já havia ingressado na vida pública, sendo o prefeito de Roma.

Nessa época, buscava refúgio na capital um grupo de monges beneditinos, cujo convento, em Montecassino, fora atacado pelos invasores longobardos. Gregório, então, deu-lhes um palácio na colina do Célio, onde fundaram um convento dedicado a santo André. Esse contato constante com eles fez explodir de vez sua vocação monástica. Assim, renunciou a tudo e foi para o convento que permitira fundar, onde vestiu o hábito beneditino. Mais tarde, declararia que seu tempo de monge foram os melhores anos de sua vida.

Como sua sabedoria não poderia ficar restrita apenas a um convento, o papa Pelágio nomeou-o para uma importante missão em Constantinopla. Nesse período, Gregório escreveu grande parte de sua obra literária. Chamado de volta a Roma, foi eleito abade do Convento de Santo André e, nessa função, ganhou fama por sua caridade e dedicação ao próximo.

Assim, após a morte do papa Pelágio, Gregório foi eleito seu sucessor. Porém, de constituição física pequena e já que desde o nascimento nunca teve boa saúde, relutou em aceitar o cargo. Chegou a escrever uma carta ao imperador, pedindo que o liberasse da função. Só que a carta nunca foi remetida pelos seus confrades e ele acabou tendo de assumir, um ano depois, sendo consagrado em 3 de setembro de 590.

Os quatorze anos de seu pontificado passaram para a história da Igreja como um período singular. Papa Gregório levou uma vida de monge, dispensou todos os leigos que serviam no palácio, exercendo um apostolado de muito trabalho, disciplina, moralidade e respeito às tradições da doutrina cristã. No comando da Igreja, orientou a conversão dos ingleses, protegeu os judeus da Itália contra a perseguição dos hereges e tomou todas as atitudes necessárias para que o cristianismo fosse respeitado por sua piedade, prudência e magnanimidade.

Morreu em 64, sendo sepultado na basílica de São Pedro. Os registros mostram que, durante o seu funeral, o povo já aclamava santo o papa Gregório Magno, honrado com o título de doutor da Igreja. Sua festa ocorre no dia em que foi consagrado papa.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. É proibido proibir...(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
Eu me lembro dessa música de Caetano Veloso que  era uma crítica ao autoritarismo do governo  militar, claro que muito bem dissimulado, para não se pego pela censura. Quando a relação Homem-Deus se apoia no mero legalismo, temos  Religião das Proibições, que segue mil e uma normas mas nunca consegue compreender o verdadeiro sentido da Vida em comunhão com Deus, mas esta supõe uma total liberdade, a vivência do evangelho é uma proposta que requer do homem uma resposta.
Mais uma vez os discípulos de Jesus, usando dessa liberdade, saciam a fome ao passar por um trigal em dia de sábado, atraindo a atenção de alguns Fariseus que vai lembrar a Jesus as proibições do Dia de Sábado.
E mais uma vez Jesus lhes explica, com toda paciência, que quando se vive na Liberdade dos Filhos e Filhas de Deus, é proibido proibir, pois a consciência e a razão do homem é iluminado pela Luz de Deus que o ajuda a discernir o que é certo do que é errado. Jesus recorre a própria tradição de Israel fazendo referência a Davi, o grande Rei que soube se deixar conduzir por esta luz interior, na qual baseava todas as suas atitudes.
A Fé não é a assinatura de um contrato de normas rigorosas a seguir, a verdadeira religião não é Freio, como ainda dizem alguns “entendidos”, mas sim uma adesão incondicional a Pessoa de Jesus Cristo, que torna-se desta maneira a única e verdadeira referência para todos os nossos atos.
2. A vontade de Deus é a prática da misericórdia
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por José Raimundo Oliva - e disponibilizado no Portal Paulinas)
Os diversos conflitos de Jesus com os fariseus e demais líderes religiosos de Israel refletem o distanciamento de Jesus em relação à instituição religiosa do judaísmo.
A rigidez da observância do sábado se apoiava em um texto tardio do livro do Êxodo que afirmava: "todo aquele que trabalhar neste dia será punido com a morte" (Ex 31,15; 35,2). É a expressão do sagrado considerado como acima e contra a vida. O Templo e as observâncias legais estão superados por Jesus. A vontade de Deus é a prática da misericórdia que consolida o amor e fortalece os laços de fraternidade e gera a paz.
Os discípulos de Jesus eram censurados por estarem arrancando as espigas e debulhando-as em um dia de sábado, o que os fariseus consideravam como realização de um trabalho, o que era proibido neste dia.
Jesus desconsidera esta proibição, alegando que o mais importante era a necessidade dos discípulos se alimentarem. E, autodenominando-se como o Filho do Homem, o Filho de Deus encarnado, afirma sua autoridade para suprimir as exigências legais opressoras.
Oração
Pai, torna-me sensato na prática das exigências religiosas, para eu buscar, em primeiro lugar, o que realmente é do teu agrado e está a serviço da vida, cuja fonte és tu.
3. O SENHOR DO SÁBADO(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).
Sendo Jesus o Filho do Homem, pleno de poderes recebidos do Pai, podia agir com liberdade diante da tradição. Pouca importância tinha para ele as distinções minuciosas e as interpretações casuístas que corriam nos ambientes farisaicos. No caso do repouso sabático, colocava-se acima dos limites sutis entre as ações proibidas e aquelas permitidas, no dia consagrado ao Senhor.
Daí sua atitude de indiferença quanto ao fato de seus discípulos, ao atravessar um trigal em dia de sábado, terem apanhado espigas e comê-las. Em que este gesto representava um desrespeito a Deus? Por que classificá-lo como pecaminoso e, por isso, proibi-lo? Jesus não via nele motivos para censurar seus discípulos, e impedi-los de praticar esta ação.
Se Davi tomou a liberdade de saciar sua fome com pães consagrados, que só aos sacerdotes era permitido comer, o Filho do Homem estava agindo muito mais corretamente com os seus discípulos! Sua superioridade em relação ao antigo rei de Israel permitia-lhe liberá-los da submissão às prescrições judaicas.
Jesus concedia, assim, aos discípulos uma liberdade desconhecida no mundo dos mestres da Lei e dos fariseus. A ação de Jesus fundava-se num dado que seus adversários desconheciam: sua condição de Filho de Deus.
Oração
Espírito que liberta, desata as amarras que mantêm o povo fanaticamente apegado a certas tradições, diante das quais o Pai permite agir com liberdade.

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