sábado, 24 de setembro de 2011


Liturgia do Sábado — 24.09.2011
Terço do Rosário: Mistérios Gozosos (clique aqui...)
(Caríssimos, após meditar as leituras deste dia, rezem o Terço ao Vivo - Mistérios Gozosos - com os Freis Agostinianos do Seminário Santa Mônica e se preferir, clique aqui para baixar o Santo Rosário e gravar no seu celular, MP3 ou CD e rezar onde desejar)

— São Geraldo
Hoje, nos enriquecemos com a vida de santidade de São Geraldo, o primeiro mártir da Hungria.

O santo de hoje nasceu em Veneza, em 980. Estudou em escola beneditina e teve uma ótima formação, que inclui o zelo pela salvação das almas. Abraçou a vida religiosa na Ordem Beneditina e em pouco tempo São Geraldo chegou ao serviço de abade do mosteiro.

Voltando de uma viagem à Terra Santa, passou pela Hungria e a pedido do rei assumiu a missão de evangelizar com seu grupo aquela nação. Combateu as idolatrias e o sagrado Bispo não deixava de recorrer e recomendar a Onipotência Suplicante da Virgem Maria.

Com a morte do rei, entrou a luta pelo poder e ele lutou pela paz onde reinava a discórdia. Um dos pretendentes não só era contra o Bispo, mas cultivava ódio pelo Cristianismo.

Numa viagem em socorro do povo com a fé ameaçada, São Geraldo foi preso e apedrejado até a morte pelos inimigos da fé, isto em 24 de setembro de 1046.

Deixou escrito lindos testemunhos do religioso Bispo e fiel cristão, o qual tornou-se com a graça de Deus.

São Geraldo, rogai por nós!

XXV SEMANA COMUM 
(Verde – Ofício do Dia)
Antífona da entrada: Eu sou a salvação do povo, diz o Senhor. Se clamar por mim em qualquer provação, eu o ouvirei e serei seu Deus para sempre.
Oração do dia
Ó Pai, que resumistes toda a lei no amor a Deus e ao próximo, fazei que, observando o vosso mandamento, consigamos chegar um dia à vida eterna. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Primeira Leitura (Zacarias 2,5-9.14-15)
Leitura da profecia de Zacarias.
2 5 Levantando os olhos, olhei e vi um homem que tinha na mão um cordel de agrimensor.
6 Perguntei-lhe: "Aonde vais?" "A Jerusalém", respondeu ele, para ver qual é a sua largura e o seu comprimento.
7 O anjo porta-voz conservava-se imóvel, quando veio ao seu encontro outro anjo que lhe disse:
8 "Corre! Fala a este jovem. Dize-lhe: Jerusalém vai ficar sem muros, por causa da multidão de homens e de animais que haverá no meio dela.
9 Eu mesmo - oráculo do Senhor - serei para ela um muro de fogo que a cercará; serei no meio dela a sua glória.
14 Solta gritos de alegria, regozija-te, filha de Sião. Eis que venho residir no meio de ti - oráculo do Senhor.
15 Naquele dia se achegarão muitas nações ao Senhor, e se tornarão o meu povo: habitarei no meio de ti, e saberás que fui enviado a ti pelo Senhor dos exércitos".
— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus.
Salmo responsorial Jr 31
O Senhor nos guardará qual pastor a seu rebanho.
Ouvi, nações, a palavra do Senhor
e anunciai-a nas ilhas mais distantes:
"Quem dispersou Israel vai congregá-lo
e o guardará qual pastor a seu rebanho!"
Pois, na verdade, o Senhor remiu Jacó
e o libertou do poder prepotente.
Voltarão para o monte de Sião,
entre brados e cantos de alegria
afluirão para as bênçãos do Senhor.
Então a virgem dançará alegremente,
também o jovem e o velho exultarão;
mudarei em alegria o seu luto,
serei consolo e conforto após a guerra.
Aclamação do Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Jesus Cristo salvador destruiu o mal e a morte; fez brilhar pelo Evangelho a luz e a vida imperecíveis (2Tm 1,10).

Evangelho (Lucas 9,43-45)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor!
Naquele tempo, 9 43 todos ficaram pasmados ante a grandeza de Deus. Como todos se admirassem de tudo o que Jesus fazia, disse ele a seus discípulos:
44 "Gravai nos vossos corações estas palavras: O Filho do Homem há de ser entregue às mãos dos homens!"
45 Eles, porém, não entendiam esta palavra e era-lhes obscura, de modo que não alcançaram o seu sentido; e tinham medo de lhe perguntar a este respeito.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor!
Sobre as oferendas
Acolhei, ó Deus, nós vos pedimos, as oferendas do vosso povo, para que possamos conseguir por este sacramento o que proclamamos pela fé. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão: Eu sou o bom pastor: conheço minhas ovelhas e minhas ovelhas me conhecem, diz o Senhor (Jo 10,14).
Depois da comunhão
Ó Deus, auxiliai sempre os que alimentais com o vosso sacramento para que possamos colher os frutos da redenção na liturgia e na vida. Por Cristo, nosso Senhor.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. "Como entender o absurdo da morte?"(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
De alguém que está no seu auge, admirado, conhecido, respeitado, vislumbrando um sucesso ainda maior e conseqüentemente a conquista do poder, falar sobre a sua morte é no mínimo de mau agouro, "isola" dirá alguém, batendo três vezes com o nó do dedo em uma madeira.
Humanamente falando tudo caminhava bem na missão de Jesus, e aos olhos dos discípulos aquele "Trem era bão", podiam confiar, tudo iria dar certo... Nos dias de hoje ainda temos, infelizmente, um grande número de discípulos dessa "laia", "encontrei Jesus, minha vida é agora linda e maravilhosa, tudo está dando certo, a cada dia ele realiza novas maravilhas..."
Jesus "cortou o barato" dos seus discípulos, e começou a dizer que "O Filho do Homem há de ser entregue nas mãos dos Homens". A cabeça daqueles primeiros seguidores de Jesus, quase deu um "nó". Como poderia tal coisa, o Filho do Homem, vitorioso e que viria nas nuvens, na visão de Daniel, passar pelo fracasso de "ser entregue" nas mãos dos homens?
O conceito de ressurreição ainda era algo bem precário para os discípulos. A morte biológica era o fim da vida, depois viria o Xeol, a mansão dos mortos e nada mais, o Reino Messiânico era terreno e o Xeol escapava do domínio de Deus. Jesus não fala só da morte, mas da morte e ressurreição, portanto, a morte não é mais o fim de uma etapa, mas apenas parte de um processo onde a vida é requalificada tornando-se Vida Eterna.
Não tendo ainda sido aprimorado o pensamento teológico sobre a morte, e não tendo, portanto esta visão de algo em sua plenitude, os discípulos têm medo de fazer perguntas e permanece na obscuridade sobre o mistério da Morte. A Ressurreição de Jesus é a chave para se compreender a morte, que ilumina e dá sentido ao viver humano. Isso já não é mais obscuro para a humanidade, Jesus desvendou o mistério, o cristão caminha em busca de algo que Jesus já nos deu, mas que ainda não se realizou plenamente.
Mas parece que o homem arrogante e prepotente da Pós-modernidade, ainda está longe de compreender essa Verdade, e tendo medo de enfrentá-la, tenta responder com a mera razão, a uma questão que só pode ter resposta na Fé em Jesus Cristo.
2. Jesus apresenta-se como o Filho do Homem
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por José Raimundo Oliva - e disponibilizado no Portal Paulinas)
Os três evangelistas sinóticos registram três "anúncios da paixão". São as falas de Jesus aos discípulos, enquanto caminhavam para Jerusalém, prevenindo-os sobre a previsível e fatal perseguição que sofreria nesta cidade. Os chefes das sinagogas e do Templo já vinham procurando uma ocasião de eliminar Jesus.
Hoje temos o segundo "anúncio", no evangelho de Lucas. Lucas faz um contraste. De início registra a admiração de todos com tudo o que Jesus fazia. A seguir, o anúncio do sofrimento escapa da admiração e não é entendido. Lucas o exprime de maneira insistente: os discípulos "não compreendiam", "o sentido lhes ficava oculto", "não podiam entender" e "tinham medo de fazer perguntas"!
Muitos dos discípulos foram formados na ideologia messiânica de poder do judaísmo, com a devoção a um deus poderoso que privilegia alguns e destrói seus inimigos. Esperavam um messias que restaurasse a glória e o poder de Israel. Para dissuadi-los, Jesus apresenta-se como o Filho do Homem, o "Humano", o comum dos homens, na fragilidade e na vulnerabilidade, no qual se manifesta a glória de Deus.
É através de sua aceitação que se rompe com a ideologia de uma sociedade que busca sua segurança na acumulação do dinheiro e no poder opressor. Colocando-se a sua segurança em Deus encontra-se a felicidade e a liberdade para a construção da justiça e da paz.
Oração
Pai, dá-me a graça de considerar a paixão de Jesus a partir de teu modo de pensar. Só então compreenderei que se tratou da prova máxima de fidelidade a ti.
3. A INCOMPREENSÃO DO SOFRIMENTO(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).
A forma como Jesus introduz sua admoestação aos discípulos demonstra a gravidade de sua fala: "Prestem bastante atenção ao que vou dizer a vocês!" De fato, a revelação de seu destino haveria de pegar desprevenidos os discípulos. Eles jamais poderiam imaginar o que o Mestre lhe queria comunicar.
Os discípulos haviam conhecido um aspecto da realidade de Jesus: seu poder taumatúrgico, sua capacidade de fazer-se próximo dos pobres e dos pequeninos, sua autoridade para veicular ensinamentos jamais ouvidos, sua relação profunda com o Pai. Embora os mestres da Lei e os fariseus demonstrassem má vontade, as multidões ouviam-no empolgadas. Aderir a ele parecia ser um passo acertado.
Quando Jesus anunciou estar "para ser entregue nas mãos dos homens", os discípulos foram incapazes de compreender plenamente estas palavras, pois lhes pareciam obscuras. E receavam pedir explicações ao Mestre.
A revelação de Jesus colocou em xeque tudo quanto os discípulos pensavam a seu respeito. Pensá-lo sofredor, humilhado, aviltado nas mãos dos inimigos seria demais. Isto significava o fracasso das esperanças acalentadas até então.
Só Jesus era capaz de compreender que a perspectiva de morte não significava o fracasso de seu projeto. Aí, também, se realizava o desígnio do Pai.
Oração 
Espírito de sintonia com Jesus, dá-me inteligência para compreender a morte de Jesus, na perspectiva da realização do projeto do Pai, e não como frustração.

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