domingo, 11 de setembro de 2011


Liturgia do Domingo — 11.09.2011
Terço do Rosário: Mistérios Gloriosos (clique aqui...)
(Caríssimos, após meditar as leituras deste dia, rezem o Terço ao Vivo - Mistérios Gloriosos - com os Freis Agostinianos do Seminário Santa Mônica e se preferir, clique aqui para baixar o Santo Rosário e gravar no seu celular, MP3 ou CD e rezar onde desejar)
ATENÇÃO: Para complementar os estudos da Liturgia dos Domingos - visite as páginas Homilias e Sermões e Roteiro Homilético - pois elas contém um estudo detalhado das Leituras do Domingo, posicionando-as no tempo, indicando as origens das palavras e das idéias implícitas nos textos bíblicos. Ideal para Catequistas, Ministros da Palavra, Líderes de Grupo de Estudo Bíblico e Leigos interessados em conhecer e praticar a Palavra de Deus.

— São João Gabriel Perboyre
João Gabriel Perboyre nasceu em 5 de janeiro de 1802, em Mongesty (França), numa família de agricultores, numerosa e profundamente cristã. Era o primeiro dos oito filhos do casal, sendo educado para seguir a profissão do pai.

Mas o menino era muito piedoso, demonstrando desde a infância sua vocação religiosa. Assim, aos quatorze anos, junto com dois de seus irmãos, Luís e Tiago, decidiu seguir o exemplo do seu tio Jacques Perboyre, que era sacerdote. Ingressou na Congregação da missão fundada por São Vicente de Paulo para tornar-se um padre vicentino ou lazarista, como também são chamados os sacerdotes desta Ordem.

João Gabriel recebeu a ordenação sacerdotal em 1826. Ficou alguns anos em Paris, como professor e diretor nos seminários vicentinos. Porém seu desejo era ser um missionário na China, onde os vicentinos atuavam e onde, recentemente, Padre Clet fora martirizado.

Em 1832, seu irmão, Padre Luís foi designado para lá. Mas ele morreu em pleno mar, antes de chegar nas Missões na China. Foi assim que João Gabriel pediu para substituí-lo. Foi atendido e, três anos depois, em 1835, chegou em Macau, deixando assim registrado: "Eis-me aqui. Bendito o Senhor que me guiou e trouxe". Na Missão, aprendeu a disfarçar-se de chinês, porque a presença de estrangeiros era proibida por lei. Estudou o idioma e os costumes e seguiu para ser missionário nas dioceses Ho-Nan e Hou-Pé.

Entretanto foi denunciado e preso na perseguição de 1839. Permaneceu um ano no cativeiro, sofrendo torturas cruéis, até ser amarrado a uma cruz e estrangulado, no dia 11 de setembro de 1840.

Beatificado em 1889, João Gabriel Perboyre foi proclamado santo pelo Papa João Paulo II em 1996. Festejado no dia de sua morte, tornou-se o primeiro missionário da China a ser declarado santo pela Igreja.

São João Gabriel Perboyre, rogai por nós!

24º Domingo do Tempo Comum  ANO A
(Verde, Glória, Creio – IV Semana do Saltério)
"O PERDÃO"
Ambientação:
Sejam bem-vindos amados irmãos e irmãs! O judaísmo já conhecia o dever do perdão das ofensas, mas se tratava de uma conquista recente, que só se conseguia impor mediante a lista de tarifas precisas. A mesquinhez humana procura sempre uma medida, uma norma que lhe dá satisfação. Perdoar, sim, mas quantas vezes? Os rabinos, para acentuar a liberalidade de Deus, diziam que ele perdoa três vezes; as escolas rabínicas exigiam que seus discípulos perdoassem certo número de vezes à mulher, aos filhos, aos irmãos, etc., e esta lista variava de escola para escola. Pedro pergunta a Jesus qual a sua taxa. Jesus havia ensinado a amar os próprios inimigos, e orar pelos que nos perseguem a fim de sermos filhos do Pai que está nos céus, que faz surgir o sol para os maus e os bons e faz chover sobre os justos e injustos. No pai-nosso, havia ensinado a pedir: "perdoai nossas dívidas como nós perdoamos nossos devedores". Pedro, que, pelo contato com Jesus, compreendeu que as medidas até agora tidas como válidas, não servem mais, tenta uma resposta: "até sete vezes?". É mais que o dobro de três, e além disso é um número simbólico que significa plenitude. Jesus formula sua resposta retomando o número simbólico, mas multiplicando-o de tal maneira que signifique uma plenitude ilimitada. É preciso perdoar sempre!. Entoemos cânticos jubilosos ao Senhor!
ATENÇÃO: VEJA NO FINAL DO FOLHETO TRANSCRITO ABAIXO, OS COMENTÁRIOS DO EVANGLEHO COM SUGESTÕES PARA A HOMILIA DESTE DOMINGO. VEJA TAMBÉM NAS PÁGINAS "HOMILIAS E SERMÕES" E "ROTEIRO HOMILÉTICO" OUTRAS SUGESTÕES E COMENTÁRIO EXEGÉTICO COM ESTUDOS COMPLETOS DA LITURGIA DESTE DOMINGO.
• SÃO PAULO • 11 DE SETEMBRO DE 2011 • ANO 35 • Lt. 07 • Nº 52 • A •

Anim. Hoje, Jesus nos ensina a sermos misericordiosos como nosso Pai do Céu é misericordioso. O perdão não é mera formalidade, mas uma atitude fundamental pela qual o ser humano se torna intimamente semelhante a Deus, aperfeiçoando-se, pela graça, enquanto imagem de Cristo. Isso nos torna dispostos a perdoar, o que constitui um dado fundamental da fé, pois quem não é capaz de perdoar, não é capaz de viver em comunhão, portanto, não é capaz de crer e obedecer a Cristo. Com fervor iniciemos nossa celebração, cantando:
1. ABERTURA Sl 124(125) 
(HL 3, p.127, Fx 9) 
Senhor, escuta as preces * do servo teu, * do povo teu * eleito e bem amado; * dá paz aos que em ti creem * e verdadeiros * teus mensageiros se achem comprovados!
1. Quem confia no Senhor, * é qual monte de Sião: * não tem medo, não se abala, * está bem firme no seu chão.
2. As montanhas rodeiam * a feliz Jerusalém. * O Senhor cerca seu povo, * para não temer ninguém.
3. A mão dura dos malvados * não esmague as criaturas, * para os justos não mancharem * suas mãos em aventuras.
4. Venha a paz para o teu povo, * o teu povo de Israel. * Venha a paz para o teu povo * pois tu és um Deus fiel.
2. SAUDAÇÃO 
P. Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
T. Amém.
P. O Deus da esperança, que nos cumula de toda alegria e paz em nossa fé, pela ação do Espírito Santo, esteja convosco.
T. Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo.
3. ATO PENITENCIAL
P. Irmãos e irmãs, reconheçamos as nossas culpas para celebrarmos dignamente os santos mistérios.
(Silêncio)
T. Confesso a Deus todo-poderoso e a vós, irmãos e irmãs, que pequei muitas vezes por pensamentos e palavras, atos e omissões, por minha culpa, minha tão grande culpa. E peço à Virgem Maria, aos anjos e santos e a vós, irmãos e irmãs, que rogueis por mim a Deus, nosso Senhor.
P. Deus todo-poderoso tenha com­pai­xão de nós, perdoe os nossos pe­cados e nos conduza à vida eterna.
T. Amém.
Kyrie
P. Senhor, tende piedade de nós.
T. Senhor, tende piedade de nós. 
P. Cristo, tende piedade de nós.
T. Cristo, tende piedade de nós. 
P. Senhor, tende piedade de nós.
T. Senhor, tende piedade de nós.
T. Amém.
4. GLÓRIA (preferencialmente cantado)
P. Glória a Deus nas alturas, T. e paz na terra aos homens por Ele amados. / Senhor Deus, Rei dos céus, Deus Pai todo-poderoso. / nós vos louvamos, nós vos bendizemos, / nós vos adoramos, nós vos glorificamos, / nós vos damos graças por vossa imensa glória. / Senhor Jesus Cristo, Filho Unigênito, / Senhor Deus, Cordeiro de Deus, Filho de Deus Pai. / Vós que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós. / Vós que tirais o pecado do mundo, acolhei a nossa súplica. / Vós que estais à direita do Pai, tende piedade de nós. / Só vós sois o Santo, só vós, o Senhor, / só vós o Altíssimo, Jesus Cristo, / com o Espírito Santo, na glória de Deus Pai. Amém.
5. ORAÇÃO
P. Oremos (silêncio): Ó Deus, criador de todas as coisas, volvei para nós o vosso olhar e, para sentirmos em nós a ação do vosso amor, fazei que vos sirvamos de todo coração. Por N.S.J.C.
T. Amém.
Anim. Ouçamos as leituras deste domingo, dispostos a sermos transformados pelo mandamento do amor, o que implica o dom do perdão. Assim, seremos no mundo instrumentos a serviço da reconciliação.
6. PRIMEIRA LEITURA (Eclo 27,33-28,9)
Leitura do Livro do Eclesiástico
33O rancor e a raiva são coisas detestáveis; até o pecador procura dominá-las. 28,1Quem se vingar encontrará a vingança do Senhor, que pedirá severas contas dos seus pecados. 2Perdoa a injustiça cometida por teu próximo: assim, quando orares, teus pecados serão perdoados. 3Se alguém guarda raiva contra o outro, como poderá pedir a Deus a cura? 4Se não tem compaixão do seu semelhante, como poderá pedir perdão dos seus pecados? 5Se ele, que é um mortal, guarda rancor, quem é que vai alcançar perdão para os seus pecados? 6Lembra-te do teu fim e deixa de odiar; 7pensa na destruição e na morte, e persevera nos mandamentos. 8Pensa nos mandamentos, e não guardes rancor ao teu próximo.
9Pensa na aliança do Altíssimo, e não leves em conta a falta alheia!
— Palavra do Senhor.
T. Graças a Deus.
7. SALMO RESPONSORIAL 102(103) (HL3, p. 144-145) (Fx5)
O Senhor é bondoso, compassivo e carinhoso.
1. Bendize, ó minh’alma, ao Senhor e todo o meu ser, seu santo nome! Bendize, ó minh’alma, ao Senhor, não te esqueças de nenhum de seus favores!
2. Pois ele te perdoa toda culpa e cura toda a tua enfermidade; da sepultura ele salva a tua vida e te cerca de carinho e compaixão.
3. Não fica, sempre, repetindo as suas queixas nem guarda, eternamente, o seu rancor. Não nos trata como exigem nossas faltas, nem nos pune em proporção às nossas culpas.
4. Quanto os céus por sobre a terra se elevam, tanto é grande o seu amor aos que o temem; quanto dista o nascente do poente, tanto afasta para longe nossos crimes.
8. SEGUNDA LEITURA (Rm 14,7-9) 
Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos
Irmãos: 7Ninguém dentre nós vive para si mesmo ou morre para si mesmo. 8Se estamos vivos, é para o Senhor que vivemos; se morremos, é para o Senhor que morremos. Portanto, vivos ou mortos, pertencemos ao Senhor. 9Cristo morreu e ressuscitou exatamente para isto, para ser o Senhor dos mortos e dos vivos.
— Palavra do Senhor.
T. Graças a Deus.
9. ACLAMAÇÃO AO EVANGELHO (Fx 7)
Aleluia, Aleluia, Aleluia, Aleluia! (bis)
Eu lhes dou este novo mandamento, nova ordem, agora, eu lhes dou, que se amem vocês mutuamente, como eu os amei, diz o Senhor!

10. EVANGELHO (Mt 18,21-35)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.
P. Naquele tempo, 21Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou: “Senhor, quantas vezes devo perdoar, se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes?” 22Jesus respondeu: “Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete. 23Porque o Reino dos Céus é como um rei que resolveu acertar as contas com seus empregados.  24Quando começou o acerto, trouxeram-lhe um que lhe devia uma enorme fortuna. 25Como o empregado não tivesse com que pagar, o patrão mandou que fosse vendido como escravo, junto com a mulher e os filhos e tudo o que possuía, para que pagasse a dívida. 26O empregado, porém, caiu aos pés do patrão e, prostrado, suplicava: ‘Dá-me um prazo; e eu te pagarei tudo!’ 27Diante disso, o patrão teve compaixão, soltou o empregado e perdoou-lhe a dívida. 28Ao sair dali, aquele empregado encontrou um dos seus companheiros que lhe devia apenas cem moedas. Ele o agarrou e começou a sufocá-lo, dizendo: ‘Paga o que me deves’. 29O companheiro, caindo aos seus pés, suplicava: ‘Dá-me um prazo; e eu te pagarei!’ 30Mas o empregado não quis saber disso. Saiu e mandou jogá-lo na prisão, até que pagasse o que devia. 31Vendo o que havia acontecido, os outros empregados ficaram muito tristes, procuraram o patrão e lhe contaram tudo. 32Então o patrão mandou chamá-lo e lhe disse: ‘Empregado perverso, eu te perdoei toda a tua dívida, porque tu me suplicaste. 33Não devias tu também, ter compaixão do teu companheiro, como eu tive compaixão de ti?’ 34O patrão indignou-se e mandou entregar aquele empregado aos torturadores, até que pagasse toda a sua dívida. 35É assim que o meu Pai que está nos céus fará convosco, se cada um não perdoar de coração ao seu irmão”.
— Palavra da Salvação.
T. Glória a vós, Senhor.
11. HOMILIA
... (VER SUGESTÕES DE HOMILIA MAIS ABAIXO NA SEÇÃO COMENTÁRIOS DO EVANGELHO) ...
12. PROFISSÃO DE FÉ
P. Creio em Deus Pai todo-poderoso / T. criador do céu e da terra,/ e em Jesus Cristo seu único Filho, nosso Senhor, /que foi concebido pelo poder do Espírito Santo; /nasceu da Virgem Maria;/ padeceu sob Pôncio Pilatos, / foi crucificado, morto e sepultado. / Desceu à mansão dos mortos; /ressuscitou ao terceiro dia, / subiu aos céus; / está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso, / donde há de vir a julgar os vivos e os mortos. / Creio no Espírito Santo; / na Santa Igreja Católica; / na comunhão dos santos; / na remissão dos pecados; / na ressurreição da carne; / na vida eterna. Amém.
13. ORAÇÃO DOS FIÉIS
P. Ao nosso Pai misericordioso, que, por meio de seu Filho Jesus Cristo, nos ensinou a amar e perdoar, dirijamos confiantes as nossas preces, rezando juntos:
T. Ouvi, Senhor, o clamor do vosso povo!
1. Ó Deus de bondade, iluminai a Igreja, para que seja um sinal eficaz de reconciliação e de paz.
2. Suscitai no coração dos povos e dos governantes a compaixão que brota do amor.
3. Conduzi pelos caminhos da fraternidade os corações endurecidos pelo ódio.
4. Ajudai a humanidade a combater o terrorismo, por meio de um diálogo eficaz entre as nações.
5. Dai aos povos em guerra a graça do perdão, que traz a reconciliação.
6. Infundi em todos os corações a ternura que brota da compaixão.
(outras intenções comunitárias)
P. Tudo isso nós vos pedimos, ó Pai, por Cristo, nosso Senhor.
T. Amém.
14. APRESENTAÇÃO DAS OFERENDAS 
(Fx 4)
1. As mesmas mãos que plantaram a semente aqui estão. O mesmo pão que a mulher preparou aqui está. O vinho novo que a uva sangrou jorrará no nosso altar.!
A liberdade haverá, a igualdade haverá e nesta festa onde a gente é irmão o Deus da vida se faz comunhão! (bis)
2. Na flor do altar brilha o sonho da paz mundial. A luz acesa é fé que palpita hoje em nós do livro aberto o amor se derrama total no nosso altar!
3. Benditos sejam os frutos da terra de Deus, benditos sejam o trabalho e a nossa união. Bendito seja Jesus que conosco estará além do altar!
15. ORAÇÃO SOBRE AS OFERENDAS
P. Orai, irmãos e irmãs...
T. Receba o Senhor por tuas mãos este sacrifício, para glória do seu nome, para nosso bem e de toda a santa Igreja.
P. Sede propício, ó Deus, às nossas súplicas, e acolhei com bondade as oferendas dos vossos servos e servas para que aproveite à salvação de todos o que cada um trouxe em vossa honra. Por Cristo, nosso Senhor.
T. Amém.
16. ORAÇÃO EUCARÍSTICA III 
MR p. 436
P. O Senhor esteja convosco.
T. Ele está no meio de nós.
P. Corações ao alto.
T. O nosso coração está em Deus.
P. Demos graças ao Senhor nosso Deus.
T. É nosso dever e nossa salvação.
P. Na verdade, é justo e necessário, é nosso dever e salvação dar-vos graças e bendizer-vos, Senhor, Pai santo, fonte da verdade e da vida, porque, neste domingo festivo, nos acolhestes em vossa casa. Hoje, vossa família, para escutar vossa Palavra e repartir o Pão consagrado, recorda a Ressurreição do Senhor, na esperança de ver o dia sem ocaso, quando a humanidade inteira repousará junto de vós. Então, contemplaremos vossa face e louvaremos sem fim vossa misericórdia. Por isso, cheios de alegria e esperança, unimo-nos aos anjos e a todos os santos, cantando (dizendo) a uma só voz:
T. Santo, Santo, Santo...
CP. Na verdade, vós sois santo, ó Deus do universo, e tudo o que criastes proclama o vosso louvor, porque, por Jesus Cristo, vosso Filho e Senhor nosso, e pela força do Espírito Santo, dais vida e santidade a todas as coisas e não cessais de reunir o vosso povo, para que vos ofereça em toda parte, do nascer ao pôr-do-sol, um sacrifício perfeito.
T. Santificai e reuni o vosso povo!
CC. Por isso, nós vos suplicamos: santificai pelo Espírito Santo as oferendas que vos apresentamos para serem consagradas, a fim de que se tornem o Corpo e  o Sangue de Jesus Cristo, vosso Filho e Senhor nosso, que nos mandou celebrar este mistério.
T. Santificai nossa oferenda, ó Senhor!
Na noite em que ia ser entregue, ele tomou o pão, deu graças, e o partiu e deu a seus discípulos, dizendo:
TOMAI, TODOS, E COMEI: ISTO É O MEU CORPO, QUE SERÁ ENTREGUE POR VÓS.
Do mesmo modo, ao fim da ceia, ele tomou o cálice em suas mãos, deu graças novamente, e o deu a seus discípulos, dizendo:
TOMAI, TODOS, E BEBEI: ESTE É O CÁLICE DO MEU SANGUE, O SANGUE DA NOVA E ETERNA ALIANÇA, QUE SERÁ DERRAMADO POR VÓS E POR TODOS PARA REMISSÃO DOS PECADOS. FAZEI ISTO EM MEMÓRIA DE MIM.
Eis o mistério da fé!
T. Anunciamos, Senhor, a vossa morte e proclamamos a vossa ressurreição. Vinde, Senhor Jesus!
CC. Celebrando agora, ó Pai, a memória do vosso Filho, da sua paixão que nos salva, da sua gloriosa ressurreição e da sua ascensão ao céu, e enquanto esperamos a sua nova vinda, nós vos oferecemos em ação de graças este sacrifício de vida e santidade.
T. Recebei, ó Senhor, a nossa oferta!
Olhai com bondade a oferenda da vossa Igreja, reconhecei o sacrifício que nos reconcilia convosco e concedei que, alimentando-nos com o Corpo e o Sangue do vosso Filho, sejamos repletos do Espírito Santo e nos tornemos em Cristo um só corpo e um só espírito.
T. Fazei de nós um só corpo e um só espírito!
1C. Que ele faça de nós uma oferenda perfeita para alcançarmos a vida eterna com os vossos santos: a Virgem Maria, Mãe de Deus, os vossos Apóstolos e Mártires, São Paulo, patrono da nossa Arquidiocese, N. e todos os santos, que não cessam de interceder por nós na vossa presença.
T. Fazei de nós uma perfeita oferenda!
2C. E agora, nós vos suplicamos, ó Pai, que este sacrifício da nossa reconciliação estenda a paz e a salvação ao mundo inteiro. Confirmai na fé e na caridade a vossa Igreja, enquanto caminha neste mundo: o vosso servo o Papa Bento, o nosso bispo Odilo, com os Bispos do mundo inteiro, o clero e todo o povo que conquistastes.
T. Lembrai-vos, ó Pai, da vossa Igreja!
Atendei às preces da vossa família, que está aqui, na vossa presença. Reuni em vós, Pai de misericórdia, todos os vossos filhos e filhas dispersos pelo mundo inteiro.
T. Lembrai-vos, ó Pai, dos vossos filhos!
3C. Acolhei com bondade no vosso reino os nossos irmãos e irmãs que partiram desta vida e todos os que morreram na vossa amizade. Unidos a eles, esperamos também nós saciar-nos eternamente da vossa glória, por Cristo, Senhor nosso.
T. A todos saciai com vossa glória!
17. RITO DA COMUNHÃO
18. CANTO DE COMUNHÃO 
Sl 102(103) (CD Liturgia VII) (Fx8) 
Meu pai não vai perdoar, jamais, meu pai não perdoa não, se a seu irmão você negar o seu sincero perdão, //se o coração você vai fechar e não perdoa o irmão.// (bis)
1. Bendiz, minh’alma, o Senhor! Seu nome seja louvado! Minh’alma, louva o Senhor, por tudo que me tem dado! Cura-me as enfermidades e me perdoa os pecados.
2. Tira-me da triste morte, me dá carinho e amor. Com sua misericórdia do abismo ele me tirou, e, como se eu fosse águia, vem renovar meu vigor.
3. Consegue fazer justiça a todos os oprimidos. Guiou Moisés no deserto a Israel escolhido. Tem pena, tem compaixão e não se sente ofendido.
4. Distância da terra ao céu, medida do seu amor. Distância poente ao nascente, as nossas faltas vai pôr. Qual pai que tem dó dos filhos, de nós tem pena o Senhor.
5. Conhece nossa fraqueza, que somos como poeira. A nossa vida é uma planta, uma pobre erva rasteira: o vento vem e a desfolha, já não se sabe onde era.
6. O amor de Deus aos que o temem se mostra em cada momento. Também, a sua justiça protege eternamente a quem se apega à aliança e cumpre seus mandamentos.
19. ORAÇÃO APÓS A COMUNHÃO
P. Oremos (silêncio): Ó Deus, que a ação da vossa Eucaristia penetre todo o nosso ser para que não seja­mos movidos por nossos impulsos, mas pela graça do vosso sacramento. Por Cristo, nosso Senhor.
T. Amém.
20. ORAÇÃO AO NOSSO PATRONO
Ó São Paulo, /Santo Patrono de nossa Arquidiocese, /discípulo e missionário de Jesus Cristo:/ ensina-nos a acolher a Palavra de Deus / e abre nossos olhos à verdade do Evangelho./ Conduze-nos ao encontro com Jesus, / contagia-nos com a fé que te animou/ e infunde em nós coragem e ardor missionário, / para testemunharmos a todos / que Deus habita esta Cidade imensa /e tem amor pelo seu povo! /Intercede por nós e pela Igreja de São Paulo, / ó santo apóstolo de Jesus Cristo! Amém.
T. Amém.
21. BÊNÇÃO E DESPEDIDA: TC III
P. Deus todo-poderoso vos abençoe na sua bondade e infunda em vós a sabedoria da salvação.
T. Amém.
P. Sempre vos alimente com os ensinamentos da fé e vos faça perseverar nas boas obras.
T. Amém.
P. Oriente para ele os vossos passos, e vos mostre o caminho da caridade e da paz.
T. Amém.
P. Abençoe-vos Deus todo-poderoso, Pai e Filho V e Espírito Santo.
T. Amém.
P. Ide em paz, e o Senhor vos acompanhe.
T. Graças a Deus.
22. CANTO FINAL- (CO 536)
Toda Bíblia é comunicação * de um Deus amor, de um Deus irmão. * É feliz quem crê na revelação, * quem tem Deus no coração.
1. Jesus Cristo é a Palavra, * pura imagem de Deus Pai. * Ele é vida e verdade, * a suprema caridade.
2. Os profetas sempre mostram * a vontade do Senhor. * Precisamos ser profetas * para o mundo ser melhor.
3. Nossa fé se fundamenta * na palavra dos apóstolos: * João, Mateus, Marcos e Lucas * transmitiram esta fé.
Músicas: • CD Litúrgico VI e VII- Ed. Paulus • Cantos e Orações - Ed. Vozes • Hinário Litúrgico 3 CNBB
 
LEITURAS DA SEMANA: de 12 a 18 de Setembro de 2011
2ª-: 1Tm 2, 1-8; Sl 27 (28), 2. 7. 8-9 (R/. 6); Lc 7, 1-10
3ª-: 1Tm 3, 1-13; Sl 100 (101), 1-2ab. 2cd-3ab. 5. 6 (R/. 2c); Lc 7, 11-17
-: Nm 21, 4b-9 ou Fl 2, 6-11; Sl 77(78), 1-2. 34-35. 36-37. 38 (R/. cf. 7c); Jo 3, 13-17
-: Hb 5, 7-9; Sl 30 (31), 2-3a. 3bc-4. 5-6. 15-16.20 (R/. 17b); Jo 19, 25-27 ou Lc 2, 33-35
6ª-: 1Tm 6, 2c-12; Sl 48 (49), 6-7. 8-10. 17-18. 19-20 (R/. Mt 5, 3); Lc 8, 1-13
Sab.: 1Tm 6, 13-16; Sl 99 (100), 2. 3. 4. 5 (R/. 2c); Lc 8, 4-15
25º DTC Is 55, 6-9; Sl 144 (145), 2-3. 8-9. 17-18 (R/. 18a), Fl 1, 20c-24.27ª; Mt 20, 1-16a (Operários da vinha)

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. Dois Amores em um só...(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
Para muitas pessoas o amor de Deus é algo manifestado em Jesus quando ele realizou a obra da Salvação, parece assim um amor meio platônico, e se formos falar bem a verdade, a gente não sabe definir essa ação amorosa de Deus em nossa vida e as vezes esse amor só se manifesta em momentos de aperto e de sofrimento, parece ser apenas uma força interior que nos consola. Será que um amor assim dá para confiar?
O evangelho desse domingo nos apresenta a questão do perdão, que brota do amor, e como a gente acaba departamentalizando o amor humano e o amor de Deus, assim também fazemos com o ato de perdoar. O amor de Deus por nós está mais perto do que imaginamos, é um amor concreto, do dia a dia, um amor que cuida, um amor que busca, um amor que quer sempre ficar junto, um amor que consola, que nos enche de alegria.
Embora insistamos em separar o amor de Deus do amor do irmão, os dois vem em uma mesma esteira e são inseparáveis. Qual a diferença entre a água da chuva que cai sobre nós, e a água encanada que usamos em nossas casas nos momentos de necessidade? Nenhuma!
Trata-se da mesma água que passa pelo ciclo da vida e que volta em forma de chuva. Assim também, o amor humano é uma forma de encanarmos o amor de Deus, e aí, os seus efeitos dependem do tamanho da torneira de cada um, isso é, do tamanho do coração.
O Amor é um só e tem um nome: Deus, segundo João, Deus é Amor. Assim como a água encanada, a sua abundância depende de uma série de fatores, do tamanho do cano, do reservatório onde é armazenada, da abertura e da pressão do registro. Daí encontramos uma torneira que parece um jato d’água de tanta intensidade, tem torneira que a água já é meio escassa, tem torneira que a água é só um filetinho, outras estão secas e só fazem barulho.
A torneira de Pedro, comparando com o perdão, era bem econômica, sete vezes... e já estava de bom tamanho, mas Jesus escancara a torneira, sete vezes sete, isso é, perdoar sempre. A torneira que o Rei abriu, para perdoar o Servo Devedor, era generosa e jorrava com abundância, perdoou toda a dívida, mas a torneira que ele abriu ao homem que também lhe devia uma pequena quantia, era desse "tamaninho" e nem água saia. Não tinha amor para dar... havia experimentado o Amor no perdão recebido, porém o seu egoísmo o acabou sufocando.
A conclusão do evangelho é muito clara, ninguém pode dar algo que ainda não experimentou e nem recebeu, a nossa experiência de amor com as pessoas, depende da experiência de amor que fizemos com Deus, se ainda não descobrimos o seu amor grandioso manifestado em Jesus, se ainda não nos demos conta de que ele nos ama com um amor sem medidas, gratuito e incondicional, o nosso amor para com as pessoas será sempre assim, uma caricatura do verdadeiro amor, um amorzinho frágil, pequeno, um amor que exclui e que não sabe nunca perdoar.
Quem faz a experiência do amor de Deus, manifestado em Jesus e percebido na relação com as pessoas que nos amam, não tem a tentação de colocar um limite ao amor, como era a intenção de Pedro.
Começando pela comunidade, prestemos atenção no nosso jeito de amar, que deve passar para as pessoas o sentimento de que Deus as ama, antes porém, é necessário se perguntar se já descobrimos esse amor grandioso em nós...
José da Cruz é diácono permanente da
Paróquia Nossa S. Consolata-Votorantim/SP

e-mail: cruzsm@uol.com.br
2. O amor e a misericórdia de Deus seduzem e atraem
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por José Raimundo Oliva - e disponibilizado no Portal Paulinas)
Jesus havia orientado os discípulos para a prática do perdão e reconciliação em caso de ofensa entre irmãos (Mt 18,15 - cf. 4set.). Encontramos esta orientação também no evangelho de Lucas (Lc 17,3-4 - cf. 7 nov.) de maneira simples, provavelmente mais fiel à fala de Jesus.
Aí Jesus fala em perdoar sete vezes, o número sete significando a plenitude, sem limites. No texto de hoje, Mateus elabora o diálogo entre Pedro e Jesus, jogando com os números sete e setenta, reforçando o caráter ilimitado do perdão.
Mateus prima por associar os acontecimentos às escrituras. Pode-se ver aí uma alusão a Gen 4,24: "se Caim é vingado sete vezes, Lamec o será setenta e sete vezes" (ou "setenta vezes sete", conforme a tradução). Fica assim acentuada a contraposição entre a vingança e o perdão. Mateus articula a incitação à prática do perdão com uma parábola narrativa que lhe é exclusiva.
As parábolas em geral são ditos breves relacionados com acontecimentos comuns da vida. As parábolas narrativas, por outro lado, caracterizam-se por uma complexidade maior, em um texto mais longo e bem detalhado. Elas são mais encontradas em Mateus e Lucas. Têm a particularidade de, quase sempre, envolverem os personagens em uma relação de poder e submissão, característicos da sociedade opressora vigente.
Pelas imagens de violência que frequentemente usam, chegam até a chocar pelo contraste destas imagens com as propostas de mansidão e paz características do Reino. Podemos até ver nelas, uma certa ironia implícita da sociedade na qual vigoram as relações de poder e opressão. Porém, deste terreno impróprio procura-se extrair uma mensagem positiva.
Nesta parábola de hoje, o rei resolveu ajustar contas com os servos. O ajuste seria cruel. Porém um servo que lhe devia uma quantia enorme lhe implora e ele se comove e perdoa. O servo perdoado vai e sufoca sem compaixão alguém que lhe devia uma quantia irrisória. O rei sabendo disto entrega o servo aos carrascos.
A conclusão é escatológica: o castigo para quem não perdoar o irmão. Mais positiva é a visão de que pertencemos a Deus (segunda leitura) e assim devemos viver e morrer para ele, unidos a Jesus.
Na primeira leitura, no livro do Eclesiástico, escrito sob a influência da cultura grega cerca de um a dois séculos antes de Jesus, temos um texto bem inspirado sobre o perdão, que se aproxima das palavras de Jesus e cuja síntese encontramos na oração do Pai Nosso: "Perdoai as nossas ofensas assim como perdoamos a quem nos tem ofendido".
O amor e a misericórdia de Deus seduzem e atraem os corações movendo-os à conversão.
Oração
Pai, é meu desejo imitar teu modo de agir, no tocante ao perdão. Faze-me ser pródigo e misericordioso em relação ao próximo que precisa do meu perdão.
3. ENSINANDO A PERDOAR(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).
Um dos maiores desafios para quem vive em comunidade é o perdão. Por outro lado, a sobrevivência de qualquer comunidade humana dependerá da capacidade que seus membros têm de perdoar. Sem isto, não há comunidade que possa subsistir por muito tempo.
Em se tratando da comunidade cristã, o perdão torna-se um imperativo. Os discípulos de Jesus foram exortados a considerar as raízes teológicas do perdão. No ato de perdoar o próximo e de se reconciliar com ele, Deus se faz presente. Por conseguinte, o perdão supera os limites humanos.
Quando alguém perdoa o próximo, age em conformidade com Deus que concede prodigamente o seu perdão ao ser humano. Para tanto, fecha os olhos para a maldade humana, quando a pessoa se reconhece pecadora e se volta para ele.
A capacidade divina de perdoar é ilimitada. Deus conhece perfeitamente de que é feito o ser humano, e sabe muito bem que sua fidelidade pode não ser definitiva. Quem é perdoado hoje pode voltar a pecar amanhã. No entanto, sempre que se converte e volta arrependido, encontrará um Pai bondoso e misericordiosos para acolhê-lo.
Os discípulos de Jesus são chamados a imitar o modo de agir de Deus. Também eles devem perdoar com prodigalidade, tendo um coração cheio de misericórdia para acolher quem carece de perdão.

Oração
Pai, é meu desejo imitar teu modo de agir, no tocante ao perdão. Faze-me ser pródigo e misericordioso em relação ao próximo que precisa do meu perdão.

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