Liturgia da Segunda Feira — 03.10.2011
Terço do Rosário: Mistérios Gozosos (clique aqui...)
(Caríssimos, após meditar as leituras deste dia, rezem o Terço ao Vivo - Mistérios Gozosos - com os Freis Agostinianos do Seminário Santa Mônica e se preferir, clique aqui para baixar o Santo Rosário e gravar no seu celular, MP3 ou CD e rezar onde desejar)
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— Protomártires do Brasil e Beatos André de Soveral e Ambrósio Francisco Ferro
Dentro da conturbada invasão dos holandeses no nordeste do Brasil, encontram-se os dois martírios coletivos: o de Cunhaú e o de Uruaçu. Estes martírios aconteceram no ano de 1645, sendo que o Pe. André de Soveral e Domingos de Carvalho foram mártires em Cunhaú e o Pe. Ambrósio Francisco Ferro e Mateus Moreira em Uruaçu; dentre outros.
No Engenho de Cunhaú, principal pólo econômico da Capitania do Rio Grande (atual estado do Rio Grande do Norte), existia uma pequena e fervorosa comunidade composta por 70 pessoas sob os cuidados do Pe. André de Soveral. No dia 15 de julho chegou em Cunhaú Jacó Rabe, trazendo consigo seus liderados, os ferozes tapuias, e, além deles, alguns potiguares com o chefe Jerera e soldados holandeses. Jacó Rabe era conhecido por seus saques e desmandos, feitos com a conivência dos holandeses, deixando um rastro de destruição por onde passava.
Dizendo-se em missão oficial pelo Supremo Conselho Holandês do Recife, convoca a população para ouvir as ordens do Conselho após a missa dominical no dia seguinte. Durante a Santa Missa, após a elevação da hóstia e do cálice, a um sinal de Jacó Rabe, foram fechadas todas as portas da igreja e se deu início à terrível carnificina: os fiéis em oração, tomados de surpresa e completamente indefesos, foram covardemente atacados e mortos pelos flamengos com a ajuda dos tapuias e dos potiguares.
A notícia do massacre de Cunhaú espalhou-se por todo o Rio Grande e capitanias vizinhas, mesmo suspeitando dessa conivência do governo holandês, alguns moradores influentes pediram asilo ao comandante da Fortaleza dos Reis Magos. Assim, foram recebidos como hóspedes o vigário Pe. Ambrósio Francisco Ferro, Antônio Vilela, o Moço, Francisco de Bastos, Diogo Pereira e José do Porto. Os outros moradores, a grande maioria, não podendo ficar no Forte, assumiram a sua própria defesa, construindo uma fortificação na pequena cidade de Potengi, a 25 km de Fortaleza.
Enquanto isso, Jacó Rabe prosseguia com seus crimes. Após passar por várias localidades do Rio Grande e da Paraíba, Rabe foi então à Potengi, e encontrou heróica resistência armada dos fortificados. Como sabiam que ele mandara matar os inocentes de Cunhaú, resistiram o mais que puderam, por 16 dias, até que chegaram duas peças de artilharia vindas da Fortaleza dos Reis Magos. Não tinham como enfrentá-las. Depuseram as armas e entregaram-se nas mãos de Deus.
Cinco reféns foram levados à Fortaleza: Estêvão Machado de Miranda, Francisco Mendes Pereira, Vicente de Souza Pereira, João da Silveira e Simão Correia. Desse modo, os moradores do Rio Grande ficaram em dois grupos: 12 na Fortaleza e o restante sob custódia em Potengi.
Dia 2 de outubro chegaram ordens de Recife mandando matar todos os moradores, o que foi feito no dia seguinte, 3 de outubro. Os holandeses decidiram eliminar primeiro os 12 da Fortaleza, por serem pessoas influentes, servindo de exemplo: o vigário, um escabino, um rico proprietário.
Foram embarcados e levados rio acima para o porto de Uruaçu. Lá os esperava o chefe indígena potiguar Antônio Paraopaba e um pelotão armado de duzentos índios seus comandados. Repetiram-se então as piores atrocidades e barbáries, que os próprios cronistas da época sentiam pejo em contá-las, porque atentavam às leis da moral e modéstia.
Um deles, Mateus Moreira, estando ainda vivo, foi-lhe arrancado o coração das costas, mas ele ainda teve forças para proclamar a sua fé na Eucaristia, dizendo: "Louvado seja o Santíssimo Sacramento".
A 5 de março de 2000, na Praça de São Pedro, no Vaticano, o Papa João Paulo II beatificou os 30 protomártires brasileiros, sendo 2 sacerdotes e 28 leigos beatificados.
Protomártires do Brasil, rogai por nós!
No Engenho de Cunhaú, principal pólo econômico da Capitania do Rio Grande (atual estado do Rio Grande do Norte), existia uma pequena e fervorosa comunidade composta por 70 pessoas sob os cuidados do Pe. André de Soveral. No dia 15 de julho chegou em Cunhaú Jacó Rabe, trazendo consigo seus liderados, os ferozes tapuias, e, além deles, alguns potiguares com o chefe Jerera e soldados holandeses. Jacó Rabe era conhecido por seus saques e desmandos, feitos com a conivência dos holandeses, deixando um rastro de destruição por onde passava.
Dizendo-se em missão oficial pelo Supremo Conselho Holandês do Recife, convoca a população para ouvir as ordens do Conselho após a missa dominical no dia seguinte. Durante a Santa Missa, após a elevação da hóstia e do cálice, a um sinal de Jacó Rabe, foram fechadas todas as portas da igreja e se deu início à terrível carnificina: os fiéis em oração, tomados de surpresa e completamente indefesos, foram covardemente atacados e mortos pelos flamengos com a ajuda dos tapuias e dos potiguares.
A notícia do massacre de Cunhaú espalhou-se por todo o Rio Grande e capitanias vizinhas, mesmo suspeitando dessa conivência do governo holandês, alguns moradores influentes pediram asilo ao comandante da Fortaleza dos Reis Magos. Assim, foram recebidos como hóspedes o vigário Pe. Ambrósio Francisco Ferro, Antônio Vilela, o Moço, Francisco de Bastos, Diogo Pereira e José do Porto. Os outros moradores, a grande maioria, não podendo ficar no Forte, assumiram a sua própria defesa, construindo uma fortificação na pequena cidade de Potengi, a 25 km de Fortaleza.
Enquanto isso, Jacó Rabe prosseguia com seus crimes. Após passar por várias localidades do Rio Grande e da Paraíba, Rabe foi então à Potengi, e encontrou heróica resistência armada dos fortificados. Como sabiam que ele mandara matar os inocentes de Cunhaú, resistiram o mais que puderam, por 16 dias, até que chegaram duas peças de artilharia vindas da Fortaleza dos Reis Magos. Não tinham como enfrentá-las. Depuseram as armas e entregaram-se nas mãos de Deus.
Cinco reféns foram levados à Fortaleza: Estêvão Machado de Miranda, Francisco Mendes Pereira, Vicente de Souza Pereira, João da Silveira e Simão Correia. Desse modo, os moradores do Rio Grande ficaram em dois grupos: 12 na Fortaleza e o restante sob custódia em Potengi.
Dia 2 de outubro chegaram ordens de Recife mandando matar todos os moradores, o que foi feito no dia seguinte, 3 de outubro. Os holandeses decidiram eliminar primeiro os 12 da Fortaleza, por serem pessoas influentes, servindo de exemplo: o vigário, um escabino, um rico proprietário.
Foram embarcados e levados rio acima para o porto de Uruaçu. Lá os esperava o chefe indígena potiguar Antônio Paraopaba e um pelotão armado de duzentos índios seus comandados. Repetiram-se então as piores atrocidades e barbáries, que os próprios cronistas da época sentiam pejo em contá-las, porque atentavam às leis da moral e modéstia.
Um deles, Mateus Moreira, estando ainda vivo, foi-lhe arrancado o coração das costas, mas ele ainda teve forças para proclamar a sua fé na Eucaristia, dizendo: "Louvado seja o Santíssimo Sacramento".
A 5 de março de 2000, na Praça de São Pedro, no Vaticano, o Papa João Paulo II beatificou os 30 protomártires brasileiros, sendo 2 sacerdotes e 28 leigos beatificados.
Protomártires do Brasil, rogai por nós!
Beato André de Soveral
Nascido em São Vicente, hoje Estado de São Paulo, por volta de 1572. Entrou na Companhia de Jesus no dia 6 de agosto de 1593, na Bahia; estudou latim e Teologia Moral. Conhecendo muito bem a língua indígena, ocupou-se da conversão dos índios nos territórios dependentes do colégio de Pernambuco, na cidade de Olinda. Em 1606 veio ao Rio Grande em missão. Passou para o clero diocesano provavelmente entre 1607 e 1610. Voltando ao Rio grande já como sacerdote secular, recebeu dotes de sesmaria em Cunhaú em 1614, onde era pároco. Teria 73 anos na época do martírio, dentro da igreja em Cunhaú, durante a missa: "A figura do Pe. André de Soveral, na sua veste de pastor do pequeno rebanho de Cunhaú, desponta como o grande herói que, não só ofereceu a vida pela fé no momento sublime do sacrifício eucarístico, mas também exortou os fiéis a fazerem o mesmo, aceitando voluntariamente o martírio" (PEREIRA, F. de Assis. Protomártires do Brasil, p. 17)
Beato Ambrósio Francisco Ferro
A primeira informação que se tem do Pe. Ambrósio data de 1636, constando que já era vigário do Rio Grande. Aparentemente tinha um relacionamento amistoso com os holandeses, pois pediu asilo aos mesmos na Fortaleza. Outro mártir, o Beato Antônio Vilela Cid, era casado com a irmã de Pe. Ambrósio, Inês Duarte, açoriana. Deduz-se que também ele era açoriano, ou seja, português.
A primeira informação que se tem do Pe. Ambrósio data de 1636, constando que já era vigário do Rio Grande. Aparentemente tinha um relacionamento amistoso com os holandeses, pois pediu asilo aos mesmos na Fortaleza. Outro mártir, o Beato Antônio Vilela Cid, era casado com a irmã de Pe. Ambrósio, Inês Duarte, açoriana. Deduz-se que também ele era açoriano, ou seja, português.
BEATOS ANDRÉ E AMBRÓSIO — PRESBÍTEROS E MÁRTIRES
(Vermelho, Prefácio Comum ou dos Mártires – Ofício da Memória)
(Vermelho, Prefácio Comum ou dos Mártires – Ofício da Memória)
Antífona da entrada: Pelo amor de Cristo, o sangue dos mártires foi derramado na terra. Por isso sua recompensa é eterna.
Oração do diaDeus de misericórdia, aumentai em nós a fé que, conservada à custa do próprio sangue, glorificou vossos mártires bem-aventurados André, Ambrósio e companheiros. Dai-nos também ser santificados pela vivência da mesma fé. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Primeira Leitura (Jonas 1,1-2,1.11)
Leitura da profecia de Jonas.
Leitura da profecia de Jonas.
1 1 A palavra do Senhor foi dirigida a Jonas, filho de Amitai, nestes termos:
2 "Levanta-te, vai a Nínive, a grande cidade, e profere contra ela os teus oráculos, porque sua iniqüidade chegou até a minha presença".
3 Jonas pôs-se a caminho, mas na direção de Társis, para fugir do Senhor. Desceu a Jope, onde encontrou um navio que partia para Társis; pagou a passagem e embarcou nele para ir com os demais passageiros para Társis, longe da face do Senhor.
4 O Senhor, porém, fez vir sobre o mar um vento impetuoso e levantou no mar uma tempestade tão grande que a embarcação ameaçava espedaçar-se.
5 Aterrorizados, os marinheiros puseram-se a invocar cada qual o seu deus, e atiraram no mar a carga do navio para aliviarem-no. Entretanto, Jonas tinha descido ao porão do navio e, deitando-se ali, dormia profundamente.
6 Veio o capitão e o despertou: "Dorminhoco! Que estás fazendo aqui? Levanta-te e invoca o teu Deus, para ver se ele se lembra talvez de nós e nos livre da morte".
7 Em seguida disseram os marinheiros entre si: Vinde e tiremos à sorte para sabermos quem é a causa deste mal. Lançaram a sorte e esta caiu sobre Jonas.
8 E perguntaram-lhe: "Tu, por quem nos acontecem estes males, dize-nos qual é a tua profissão? De onde vens? A que país e a que raça pertences?"
9 "Sou hebreu", respondeu ele. "Adoro o Senhor, Deus dos céus, que criou o mar e todos os continentes".
10 Ficaram então aqueles homens possuídos de grande temor, e disseram-lhe: "Por que fizeste isto?" Pois tinham compreendido, pela própria declaração de Jonas, que este fugia para escapar à ordem do Senhor.
11 E disseram-lhe: "Que te havemos de fazer para que o mar se acalme em torno de nós? Porque o mar tornava-se cada vez mais ameaçador".
12 "Tomai-me, disse Jonas, e lançai-me às águas, e o mar se acalmará. Reconheço que sou eu a causa desta terrível tempestade que vos sobreveio".
13 Os homens remavam para ver se conseguiam ganhar a costa, mas em vão, porque o mar se embravecia cada vez mais contra eles.
14 Então invocaram o Senhor: "Senhor, disseram eles, não nos façais perecer por causa da vida deste homem, nem nos torneis responsáveis pela vida deste homem que não nos fez mal algum. Vós, ó Senhor, fizestes como foi do vosso agrado".
15 E, pegando em Jonas, lançaram-no às ondas, e a fúria do mar se acalmou.
16 Tomada de profundo sentimento de temor para com o Senhor, a tripulação ofereceu-lhe um sacrifício, acompanhado de votos.
2 1 O Senhor fez que ali se encontrasse um grande peixe para engolir Jonas, e este esteve três dias e três noites no ventre do peixe.
11 Então o Senhor ordenou ao peixe, e este vomitou Jonas na praia.
— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus.
2 "Levanta-te, vai a Nínive, a grande cidade, e profere contra ela os teus oráculos, porque sua iniqüidade chegou até a minha presença".
3 Jonas pôs-se a caminho, mas na direção de Társis, para fugir do Senhor. Desceu a Jope, onde encontrou um navio que partia para Társis; pagou a passagem e embarcou nele para ir com os demais passageiros para Társis, longe da face do Senhor.
4 O Senhor, porém, fez vir sobre o mar um vento impetuoso e levantou no mar uma tempestade tão grande que a embarcação ameaçava espedaçar-se.
5 Aterrorizados, os marinheiros puseram-se a invocar cada qual o seu deus, e atiraram no mar a carga do navio para aliviarem-no. Entretanto, Jonas tinha descido ao porão do navio e, deitando-se ali, dormia profundamente.
6 Veio o capitão e o despertou: "Dorminhoco! Que estás fazendo aqui? Levanta-te e invoca o teu Deus, para ver se ele se lembra talvez de nós e nos livre da morte".
7 Em seguida disseram os marinheiros entre si: Vinde e tiremos à sorte para sabermos quem é a causa deste mal. Lançaram a sorte e esta caiu sobre Jonas.
8 E perguntaram-lhe: "Tu, por quem nos acontecem estes males, dize-nos qual é a tua profissão? De onde vens? A que país e a que raça pertences?"
9 "Sou hebreu", respondeu ele. "Adoro o Senhor, Deus dos céus, que criou o mar e todos os continentes".
10 Ficaram então aqueles homens possuídos de grande temor, e disseram-lhe: "Por que fizeste isto?" Pois tinham compreendido, pela própria declaração de Jonas, que este fugia para escapar à ordem do Senhor.
11 E disseram-lhe: "Que te havemos de fazer para que o mar se acalme em torno de nós? Porque o mar tornava-se cada vez mais ameaçador".
12 "Tomai-me, disse Jonas, e lançai-me às águas, e o mar se acalmará. Reconheço que sou eu a causa desta terrível tempestade que vos sobreveio".
13 Os homens remavam para ver se conseguiam ganhar a costa, mas em vão, porque o mar se embravecia cada vez mais contra eles.
14 Então invocaram o Senhor: "Senhor, disseram eles, não nos façais perecer por causa da vida deste homem, nem nos torneis responsáveis pela vida deste homem que não nos fez mal algum. Vós, ó Senhor, fizestes como foi do vosso agrado".
15 E, pegando em Jonas, lançaram-no às ondas, e a fúria do mar se acalmou.
16 Tomada de profundo sentimento de temor para com o Senhor, a tripulação ofereceu-lhe um sacrifício, acompanhado de votos.
2 1 O Senhor fez que ali se encontrasse um grande peixe para engolir Jonas, e este esteve três dias e três noites no ventre do peixe.
11 Então o Senhor ordenou ao peixe, e este vomitou Jonas na praia.
— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus.
Salmo responsorial Jn 2
Retirastes minha vida do sepulcro, ó Senhor!
Do fundo do abismo, do ventre do peixe,
Jonas rezou ao Senhor, o Seu Deus,
a seguinte oração.
Jonas rezou ao Senhor, o Seu Deus,
a seguinte oração.
Na minha angústia clamei por socorro,
pedi vossa ajuda do mundo dos mortos
e vós me atendestes.
pedi vossa ajuda do mundo dos mortos
e vós me atendestes.
Senhor, me lançastes no seio dos mares,
cercou-me a torrente, vossas ondas passaram
com furor sobre mim.
cercou-me a torrente, vossas ondas passaram
com furor sobre mim.
Então, eu pensei: eu fui afastado
para longe de vós; nunca mais hei de ver
vosso templo sagrado.
para longe de vós; nunca mais hei de ver
vosso templo sagrado.
E, quando minhas forças em mim acabavam,
do Senhor me lembrei, chegando até vós a minha oração.
do Senhor me lembrei, chegando até vós a minha oração.
Aclamação do Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Eu vos dou novo preceito: que uns aos outros vos ameis, como eu vos tenho amado (Jo 13,34).
Eu vos dou novo preceito: que uns aos outros vos ameis, como eu vos tenho amado (Jo 13,34).
Evangelho (Lucas 10,25-37)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor!
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor!
Naquele tempo, 10 25 levantou-se um doutor da lei e, para pô-lo à prova, perguntou: "Mestre, que devo fazer para possuir a vida eterna?"
26 Disse-lhe Jesus: "Que está escrito na lei? Como é que lês?"
27 Respondeu ele: "Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e de todo o teu pensamento; e a teu próximo como a ti mesmo".
28 Falou-lhe Jesus: "Respondeste bem; faze isto e viverás".
29 Mas ele, querendo justificar-se, perguntou a Jesus: "E quem é o meu próximo?"
30 Jesus então contou: "Um homem descia de Jerusalém a Jericó, e caiu nas mãos de ladrões, que o despojaram; e depois de o terem maltratado com muitos ferimentos, retiraram-se, deixando-o meio morto.
31 Por acaso desceu pelo mesmo caminho um sacerdote, viu-o e passou adiante.
32 Igualmente um levita, chegando àquele lugar, viu-o e passou também adiante.
33 Mas um samaritano que viajava, chegando àquele lugar, viu-o e moveu-se de compaixão.
34 Aproximando-se, atou-lhe as feridas, deitando nelas azeite e vinho; colocou-o sobre a sua própria montaria e levou-o a uma hospedaria e tratou dele.
35 No dia seguinte, tirou dois denários e deu-os ao hospedeiro, dizendo-lhe: ´Trata dele e, quanto gastares a mais, na volta to pagarei´.
36 Qual destes três parece ter sido o próximo daquele que caiu nas mãos dos ladrões?"
37 Respondeu o doutor: "Aquele que usou de misericórdia para com ele". Então Jesus lhe disse: "Vai, e faze tu o mesmo".
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor!
26 Disse-lhe Jesus: "Que está escrito na lei? Como é que lês?"
27 Respondeu ele: "Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e de todo o teu pensamento; e a teu próximo como a ti mesmo".
28 Falou-lhe Jesus: "Respondeste bem; faze isto e viverás".
29 Mas ele, querendo justificar-se, perguntou a Jesus: "E quem é o meu próximo?"
30 Jesus então contou: "Um homem descia de Jerusalém a Jericó, e caiu nas mãos de ladrões, que o despojaram; e depois de o terem maltratado com muitos ferimentos, retiraram-se, deixando-o meio morto.
31 Por acaso desceu pelo mesmo caminho um sacerdote, viu-o e passou adiante.
32 Igualmente um levita, chegando àquele lugar, viu-o e passou também adiante.
33 Mas um samaritano que viajava, chegando àquele lugar, viu-o e moveu-se de compaixão.
34 Aproximando-se, atou-lhe as feridas, deitando nelas azeite e vinho; colocou-o sobre a sua própria montaria e levou-o a uma hospedaria e tratou dele.
35 No dia seguinte, tirou dois denários e deu-os ao hospedeiro, dizendo-lhe: ´Trata dele e, quanto gastares a mais, na volta to pagarei´.
36 Qual destes três parece ter sido o próximo daquele que caiu nas mãos dos ladrões?"
37 Respondeu o doutor: "Aquele que usou de misericórdia para com ele". Então Jesus lhe disse: "Vai, e faze tu o mesmo".
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor!
Sobre as oferendasÓ Deus, aceitai com bondade estas oferendas e concedei-nos imitar os bem-aventurados André, Ambrósio e companheiros, participando com amor do mistério da paixão do vosso Filho. Que vive e reina para sempre.
Antífona da comunhão: Nem a morte, nem a vida, nem criatura alguma nos poderá separar do amor de Cristo (Rm 8,38s).
Depois da comunhãoNa festa dos vossos bem-aventurados mártires André, Ambrósio e companheiros, fomos alimentados, ó Pai, com o Corpo e o Sangue do vosso Filho. Fazei que, perseverando na caridade, encontremos em vós o sustento da nossa vida, a razão da nossa existência e o destino da nossa caminhada. Por Cristo, nosso Senhor.
Santo do Dia / Comemoração (BEATOS ANDRÉ E AMBRÓSIO) e Protomártires Brasileiros
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. "Uma questão de oportunidade..."(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
Às vezes não gostamos de pessoas tidas como oportunistas, mas esse evangelho pode ser olhado dessa forma. Recorro novamente ao futebol já que todo mundo entende um pouquinho de futebol. Temos atacantes chamados de oportunistas, não fazem grandes jogadas, parece que não estão produzindo nada dentro de campo, mas de repente, em uma bola perdida dentro da área, lá estão eles o goleador oportunista, posicionado no lugar certo e na hora certa, para fazer a ação certa, que é empurrar a bola para o fundo das redes.
Jesus nos deixou o mandamento maior que é amor ao próximo, não do nosso jeito, mas do jeito que ele nos amou, a gente não consegue se ver como pessoas que realmente cumprem esse mandamento, não vemos a todas as pessoas como nossos irmãos e irmãs, muito ao contrário...
O sacerdote e o Levita eram pessoas religiosas, vamos dizer assim, em um time de futebol, eram craques titulares absolutos, fiéis á prática religiosa, tanto é que não pararam para atender o homem caído, porque iam para suas obrigações e não podiam se atrasar e muito menos tocar em uma pessoa sangrando, senão se tornavam impuros e nesse caso, não poderiam exercer suas funções religiosas.
Já o nosso amigo Samaritano era aquele centro avante meio paradão, que parece que não contribui com o time, não era da comunidade e nem se dava com as pessoas, pois Judeus e Samaritanos nunca se "bicaram" desde a divisão do Reino, entretanto, assim que apareceu a oportunidade de fazer o Bem, ele deu conta do recado e fez bonito, pois foi além da medida, prestou os primeiros socorros, removeu o homem ferido em seu animal, levou-o a hospedaria, pagou antecipada a hospedagem e ainda exigiu um cuidado especial que na volta pagaria o hospedeiro. Provavelmente nem o conhecia e até era possível que o ferido fosse judeu, mas naquele momento o Samaritano viu nele um irmão com necessidades e sentindo-se irmanado, deu tudo de si... ao outro.
Eis aí o ensinamento essencial sobre fazer o bem ao próximo... As oportunidades de se fazer o bem a alguém, vendo nele um irmão querido, se apresenta todo dia em nossa vida, a questão é, será que aproveitamos bem as oportunidades que se apresentam, ou ainda não conseguimos conectar Fé e Vida, e achamos que ser cristão é ficar tocando a bola na nossa comunidade, sentindo-se craque naquilo que fazemos, esquecendo que o essencial do ser cristão, é amar o próximo que aparece diante de nós, com grandes ou pequenas necessidades. Quantos gols a gente perde, cara a cara, como aquele sacerdote e o Levita...
2. Como o amor deve ser concretizado(O comentário do Evangelho abaixo é feito por José Raimundo Oliva - e disponibilizado no Portal Paulinas)
Lucas aborda aqui o tema da "vida eterna", que será novamente abordado no episódio do homem rico que interroga Jesus (Lc 18,18-23).
Respondendo ao doutor da Lei, Jesus afirma que se tem a vida eterna no amor a Deus e ao próximo. E o meu próximo é aquele do qual me aproximo para socorrê-lo em suas necessidades. Não foi um sacerdote nem um levita vinculados ao Templo de Jerusalém, mas sim um samaritano, um excluído do mundo judaico, que se fez próximo do sofredor, resgatando-lhe a vida.
Jesus diz: "Vai e faze tu a mesma coisa". Jesus mostra como o amor deve ser concretizado na solidariedade e ajuda aos mais carentes e necessitados. É com este amor que se tem a vida eterna.
Oração
Pai, dá-me um coração cheio de misericórdia, como o de teu Filho Jesus, pois só assim terei certeza de estar em comunhão contigo, a caminho da vida eterna.
Pai, dá-me um coração cheio de misericórdia, como o de teu Filho Jesus, pois só assim terei certeza de estar em comunhão contigo, a caminho da vida eterna.
3. A PRÁTICA DA MISERICÓRDIA(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).
A parábola do bom samaritano mostra-nos o amor misericordioso como o único meio de obter a vida eterna. Engana-se quem pretende alcançar este objetivo mediante a prática minuciosa dos mandamentos, a busca da pureza ritual, o respeito às tradições, se tudo isto carecer do respaldo da vivência da misericórdia. Seguramente, o primeiro a ser questionado pelo ensinamento de Jesus e ver-se obrigado a mudar de mentalidade foi o mestre da Lei, que pretendia colocá-lo à prova.
A parábola apresenta-nos alguns aspectos da misericórdia, como Jesus a entendia. O samaritano põe-se a ajudar um judeu, sem se importar com as rixas que sempre existiram entre os dois povos, mostrando, assim, que a verdadeira misericórdia é dirigida a todas as pessoas, sem exceção. O assistido pelo samaritano é alguém expoliado, vítima da maldade humana, jogado à beira do caminho, como algo sem valor. Isto mostra que a misericórdia deve dirigir-se mormente aos pobres e deserdados deste mundo.
O samaritano muda todos os seus planos, ao deparar-se com alguém necessitado de sua assistência. Essa atitude indica que a misericórdia exige que deixemos de lado nossos programas e esquemas, ao nos depararmos com o irmão carente. O samaritano faz todo o possível e ainda se oferece para custear a hospedagem de seu assistido. Isto sugere que a misericórdia desconhece limite, indo além de quanto se possa previamente imaginar.
Oração
Espírito de amor misericordioso, que a indigência e o sofrimento de meus semelhantes levem-me a manifestar-lhes meu amor, com gestos concretos de misericórdia.
Espírito de amor misericordioso, que a indigência e o sofrimento de meus semelhantes levem-me a manifestar-lhes meu amor, com gestos concretos de misericórdia.
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