“O Senhor é meu Pastor, nada me falta”: foi com estas palavras que o Papa quis introduzir a audiência geral de hoje, realizada na Praça de São Pedro, dentro do seu ciclo sobre a oração.
Este Salmo 23, no qual o Papa ficou sua reflexão, está “impregnado de confiança em sua totalidade, no qual o salmista expressa sua serena certeza de que é guiado e protegido, posto a salvo de todo perigo, porque o Senhor é o seu pastor”.
Este salmo é, segundo o Papa, “um texto familiar para todos e amado por todos”, que, com sua riqueza e profundidade, acompanhou “toda ahistória e a experiência religiosa o povo de Israel e acompanham os cristãos”.
“Mas é no Senhor Jesus que toda a força evocadora do nosso salmo chega à sua plenitude, encontra o cume do seu significado: Jesus é o 'Bom Pastor' que vai buscar a ovelha perdida, que conhece suas ovelhas e que dá a vida por elas”, acrescentou.
No salmo, explicou o Santo Padre, “se evoca tambémo ambiente nômade do pastoreio e a experiência de conhecimento recíproco que se estabelece entre o pastor e as ovelhas que compõem o seu pequeno rebanho”.
“Ele cuida delas, protege-as como bens preciosos, está preparado para defendê-las, para garantir seu bem-estar, para fazê-las viver em tranquilidade. Nada pode faltar-lhes se o pastor está com elas”, disse.
“Também nós, como o salmista, se caminharmos seguindo o 'Bom Pastor', ainda que possam parecer difíceis, tortuosos ou longos os caminhos da vida, inclusive muitas vezes em regiões desérticas espiritualmente, sem água e com um sol de racionalismo abrasador, sob a orientação do Senhor deveremos estar seguros de que estes são os 'certos' para nós e de que o Senhor nos guia, está sempre perto de nós e de que não nos faltará nada.”
“Quem caminha com o Senhor nos vales escuros do sofrimento, das dúvidas e de todos os problemas humanos, sente-se seguro – disse o Papa. 'Tu estás comigo': esta é a nossa certeza, a que nos sustenta.”
Esse “'comigo estás' é uma declaração de confiança inquebrantável, que resume uma experiência de fé radical; a proximidade de Deus transforma a realidade, o vale escuro perde toda a sua periculosidade, esvazia-se toda ameaça”, afirmou.
“O rebanho pode caminhar tranquilo, acompanhado pelo som familiar do cajado que bate no chão e indica a presença tranquilizadora do pastor”, acrescentou.
“Abondade e a fidelidade de Deus são a escolta que acompanha o salmista que sai da barraca e se coloca em caminho novamente. Além disso, é um caminho que adquire um novo sentido, tornando-se peregrinação rumo ao Templo do Senhor.”
O salmo, concluiu o Pontífice, “nos convida a renovar a nossa confiança em Deus, abandonando-nos totalmente em suas mãos”.
Fonte: Zenit
Nenhum comentário:
Postar um comentário