sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Após a morte de Salomão

"O PÃO NOSSO DE CADA DIA" TRANSMITIDO PELA REDE VIDA DE TELEVISÃO DIA 12/02/10.

Padre Fernando J. C. Cardoso

Arquidiocese de São Paulo

O texto do Livro dos Reis nos fala que após a morte de Salomão o seu reino foi dividido em dois. As tribos do norte, de acordo com o texto Sagrado, se separaram da dinastia de Davi, e Salomão ao Sul e constituíram o reino do norte com Geroboão I. Este cisma político se traduziu mais tarde em cisma religioso.

O cisma lamentavelmente, este flagelo não poupou nem mesmo a Igreja de Cristo, nós conhecemos o cisma de 1054 que separou Constantinopla de Roma, o Oriente do Ocidente e formou a ortodoxia separada da Santa Sé.

No século XVI nós conhecemos o cisma luterano que dividiu mais uma vez o cristianismo entre católicos e protestantes e a partir daí uma série de multiplicações de seitas que se dizem cristãs, mas muitas delas não são, porque para ser cristão é preciso ao menos um denominador comum, crer na Santíssima Trindade revelado por Cristo; Crer que o Cristo é o Filho de Deus feito homem e que veio a este mundo para nos salvar.

Existem denominações cristãs, ou assim chamadas, que não possuem este ato de fé e, portanto não tem nada de cristianismo, a não ser uma fachada.

As tristezas de um cisma acontecem na política, acontecem na religião e porque não dizer, acontecem, também em famílias.

Existem famílias cujos parentes se separam, existem irmãos que não se conversam, não se suportam mais, existem outros tipos de divisões que lamentavelmente ocorrem na profissão entre os diversos segmentos da sociedade e tantas inimizades que nós conhecemos.

Bem, o cisma qualquer que ele seja, nunca é uma coisa positiva, o ideal seria que nos compreendêssemos ou nos respeitássemos. É verdade, nem todos possuem a mesma visão, nem todos olham numa mesma direção, não somos clonados nem deveríamos ser clonados uns aos outros, mas respeitar os demais e sobretudo manter aquele vínculo de caridade que impede uma separação definitiva, isto é tarefa nossa e sobretudo na Igreja.

Rezemos hoje por todos os cristãos separados, todos aqueles que invocam Jesus Cristo, separadamente uns dos outros sem olharem uns para com os outros, a fim de que Deus ponha um remédio nestes cismas e traga de volta a unidade e a paz para a sua Igreja.

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