terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Primeira leitura (Tiago 1,12-18)

Terça-Feira, 16 de Fevereiro de 2010
6ª Semana Comum


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Leitura da Carta de São Tiago.

12Feliz o homem que suporta a provação. Porque, uma vez provado, receberá a coroa da vida, que o Senhor prometeu àqueles que o amam.
13Ninguém, ao ser tentado, deve dizer: “É Deus que me está tentando”, pois Deus não pode ser tentado pelo mal e tampouco ele tenta a ninguém. 14Antes, cada qual é tentado por sua própria concupiscência, que o arrasta e seduz. 15Em seguida, a concupiscência concebe o pecado e o dá à luz, e o pecado, uma vez consumado, gera a morte.
16Meus queridos irmãos, não vos enganeis. 17Todo dom precioso e toda dádiva perfeita vêm do alto; descem do Pai das luzes, no qual não há mudança, nem sombra de variação.18De livre vontade ele nos gerou, pela Palavra da verdade, a fim de sermos como que as primícias de suas criaturas.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

"O PÃO NOSSO DE CADA DIA" TRANSMITIDO PELA REDE VIDA DE TELEVISÃO DIA 16/02/10.

Padre Fernando J. C. Cardoso

Arquidiocese de São Paulo

Ontem Tiago nos falava de provações que devemos aceitar, porque é o caminho pedagógico de Deus para nos aprofundar em nossas virtudes.

Virtudes teologais. Em primeiro lugar, sermos mais confiantes Nele e apenas Nele. Amarmos mais desinteressadamente. Sabermos acolher os sofredores, sabermos o que significa sofrer. Também precisamos cultivar as virtudes morais e cardeais.

Hoje o texto de Tiago nos fala de tentações. É preciso distinguir a provação da tentação, provações podem ser enviadas por Deus ou por Ele permitidas. As tentações são induções ao mal. Isto Deus não faz.

Deus não induz ninguém ao mal. Deus não pode tentar quem quer que seja. Então de onde provêm as nossas tentações?

As nossas tentações podem provir em primeiro lugar de nós mesmos, de nossa natureza decaída ou corrompida. As nossas tentações podem provir de nossas concupiscências, podem provir do mundo e dos seus instrumentos. De outros que impedem os caminhos de seus irmãos para Deus, tornando-os mais difíceis do que de fato são. Finalmente existem tentações que podem provir de satanás que não deseja o progresso nem da Igreja e nem de cada um de nós.

Distingamos a provação da tentação. O que fazermos quando nos sentimos induzidos a realizar o mal, a desobedecer ou a ofender a Deus?

Em primeiro lugar uma arma remota. Uma pessoa que reza diariamente e se entrega a Deus possui um “arsenal” de graças para lutar contra estas tentações. No momento da tentação, faz uma oração suplicando o auxilio imediato de Deus.

Em terceiro lugar é preciso que impere ali o bom senso cristão e sobretudo aquele discernimento que me faz ver por detrás daquele falso bem, um veneno para mim.

Se tivéssemos este discernimento, se fossemos capazes de descobrir que por detrás daquele objeto que brilha e reluz não está um material precioso ou um simples latão, quantas tentações seriam evitadas?

Como somos, em outras palavras, vítimas de nós mesmos, vítimas de nossos cálculos errados, de nossa pressa, de nossa sofreguidão, em querer nos fazer imediatamente felizes a qualquer custo e a qualquer preço, sem esperar que a felicidade venha de Deus.

Não, estas pessoas muitas vezes já neste mundo tocam com os próprios dedos a sua própria cruz.

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