segunda-feira, 2 de maio de 2011

Domingo, 1º de maio de 2011

Segundo da Páscoa, 2ª Semana do Saltério (Livro II), cor litúrgica Branca



Hoje: Dia do Trabalhador

Santos: José Operário, Grata, Peregrino, Solenidade de Nossa Senhora (Mãe da Divina Graça, padroeira da diocese de Ponta Grossa, PR), Profeta Jeremias, Andeolo (bem aventurado), Amador (bispo de Auxerre), Brioco (de origem do Pais de Gales, foi bispo de Armórica), Sigismundo (fundador do mosteiro de Agaune, hoje Saint-Maurice-en-Valais), Asaf (bispo no País de Gales), Marculfo (ou Marcul, abade), Teodardo (Arcebispo de Narbona), Peregrino Laziosi

Antífona: Como crianças recém-nascidas, desejai o puro leite espiritual para crescerdes na salvação, aleluia! (1Pd 2,2)

Oração: Ó Deus de eterna misericórdia, que reacendeis a fé do vosso povo na renovação da festa pascal, aumentai a graça que nos destes. E fazei que compreendamos melhor o batismo que nos levou, o espírito que nos Deus nova vida e o sangue que nos redimiu. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

1ª Leitura: Atos (At 2, 42-47)
Como viviam as primeiras comunidades

Os que haviam se convertido 42eram perseverantes em ouvir o ensinamento dos apóstolos, na comunhão fraterna, na fração do pão e nas orações. 43E todos estavam cheios de temor por causa dos numerosos prodígios e sinais que os apóstolos realizavam. 44Todos os que abraçavam a fé viviam unidos e colocavam tudo em comum; 45vendiam suas propriedades e seus bens e repartiam o dinheiro entre todos, conforme a necessidade de cada um. 46Diariamente, todos freqüentavam o templo, partiam o pão pelas casas e, unidos, tomavam a refeição com alegria e simplicidade de coração.47Louvavam a Deus e eram estimados por todo o povo. E, cada dia, o Senhor acrescentava ao seu número mais pessoas que seriam salvas. Palavra do Senhor!



Comentando a I Leitura

A pureza cristã das origens

A primeira leitura nos apresenta o ideal da comunidade cristã: a comunidade primitiva dos cristãos de Jerusalém. A descrição de At 2,42-47 acentua especialmente a comunhão dos bens, que corresponde ao sentido do partir o pão – comemoração do Senhor Jesus. Outros textos semelhantes sobre a vida da comunidade encontram-se em At 3,32-37 e 5,12-16. Tanto essa comunhão perfeita como os prodígios operados pelos apóstolos serviam de testemunho para os demais habitantes de Jerusalém, testemunho que não deixava de ter sua eficácia. Essa leitura é, portanto, mais do que um documento histórico sobre os primeiros tempos depois da Páscoa: é convite para restabelecermos a pureza cristã das origens. [Pe. Johan Konings, sj, MISSAL COTIDIANO n.278, Paulus, 2011]

Salmo 117 (118), 2-4.13-15.22-24 (R/. 1)
Dai graças ao Senhor, porque ele é bom

2A casa de Israel agora o diga: "Eterna é a sua misericórdia!" 3A casa de Aarão agora o diga: "Eterna é a sua misericórdia!" 4Os que temem o Senhor agora o digam: "Eterna é a sua misericórdia!"

13Empurraram-me, tentando derrubar-me, mas veio o Senhor em meu socorro. 14O Senhor é minha força e o meu canto, e tornou-se para mim o salvador. 15"Clamores de alegria e de vitória ressoem pelas tendas dos fiéis".

22"A pedra que os pedreiros rejeitaram, tornou-se agora a pedra angular". 23Pelo Senhor é que foi feito tudo isso: Que maravilhas ele fez a nossos olhos! 24Este é o dia que o Senhor fez para nós, alegremo-nos e nele exultemos!

II Leitura: 1Pr 1, 3-9
A salvação é obra de Deus Pai

3Bendito seja Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. Em sua grande misericórdia, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, ele nos fez nascer de novo, para uma esperança viva, 4para uma herança incorruptível, que não se mancha nem murcha, e que é reservada para vós nos céus. 5Graças à fé, e pelo poder de Deus, vós fostes guardados para a salvação que deve manifestar-se nos últimos tempos. 6Isto é motivo de alegria para vós, embora seja necessário que agora fiqueis por algum tempo aflitos, por causa de várias provações.

7Deste modo, a vossa fé será provada como sendo verdadeira - mais preciosa que o ouro perecível, que é provado no fogo - e alcançará louvor, honra e glória no dia da manifestação de Jesus Cristo. 8Sem ter visto o Senhor, vós o amais. Sem o ver ainda, nele acreditais. Isso será para vós fonte de alegria indizível e gloriosa, 9pois obtereis aquilo em que acreditais: a vossa salvação. Palavra do Senhor!

Comentando a II Leitura

Amar aquele que ainda não vimos e nele crer

A segunda leitura é tomada da primeira carta de Pedro, que é uma espécie de homilia batismal. Na perspectiva de seu autor, a volta gloriosa do Senhor estava próxima; os cristãos deviam passar por um tempo de prova, como ouro na fornalha, para depois brilhar com Cristo na sua glória. Nessa perspectiva, a fé batismal se concebe como antecipação da plena revelação escatológica: é amar aquele que ainda não vimos e nele crer, o coração já repleto de alegria diante da salvação que se aproxima (e já alcançada à medida que a fé nos põe em verdadeira união com Cristo). [Pe. Johan Konings, sj, MISSAL COTIDIANO n.278, Paulus, 2011]

Evangelho: João (Jo 20, 19-31)
Oito dias depois, Jesus entrou

19Ao anoitecer daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas, por medo dos judeus, as portas do lugar onde os discípulos se encontravam, Jesus entrou e pondo-se no meio deles, disse: "A paz esteja convosco". 20Depois destas palavras, mostrou-lhes as mãos e o lado. Então os discípulos se alegraram por verem o Senhor. 21Novamente, Jesus disse: "A paz esteja convosco. Como o Pai me enviou, também eu vos envio".

22E depois de ter dito isto, soprou sobre eles e disse: "Recebei o Espírito Santo. 23A quem perdoardes os pecados eles lhes serão perdoados; a quem os não perdoardes, eles lhes serão retidos". 24Tomé, chamado Dídimo, que era um dos doze, não estava com eles quando Jesus veio. 25Os outros discípulos contaram-lhe depois: "Vimos o Senhor!" Mas Tomé disse-lhes: "Se eu não vir a marca dos pregos em suas mãos, se eu não puser o dedo nas marcas dos pregos e não puser a mão no seu lado, não acreditarei".

26Oito dias depois, encontravam-se os discípulos novamente reunidos em casa, e Tomé estava com eles. Estando fechadas as portas, Jesus entrou, pôs-se no meio deles e disse: "A paz esteja convosco". 27Depois disse a Tomé: "Põe o teu dedo aqui e olha as minhas mãos. Estende a tua mão e coloca-a no meu lado. E não seja incrédulo, mas fiel". 28Tomé respondeu: "Meu Senhor e meu Deus!" 29Jesus lhe disse: "Acreditastes, porque me viste? Bem-aventurados os que creram sem terem visto!" 30Jesus realizou muitos outros sinais diante dos discípulos, que não estão escritos neste livro. 31Mas estes foram escritos para que acrediteis que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais a vida em seu nome. Palavra da Salvação!

Comentando o Evangelho

Cremos na fé dos que testemunharam

O evangelho constitui o fim do Evangelho de João: Jo 20,19-31 (o capítulo 21 de João é um epílogo que excede a estrutura literária do evangelho propriamente). O Evangelho de João é composto de dois painéis, introduzidos pelo prólogo (1,1-18). O primeiro painel, 1,19-12,50, narra os “sinais” de Jesus. Esses sinais manifestam que Jesus é o enviado de Deus e que Deus está com ele e, ao mesmo tempo, revelam simbolicamente o dom que Jesus mesmo é. No segundo painel, os capítulos 13-20, Jesus, na hora de sua despedida, abre o seu mistério de união com o Pai e inclui nele os seus discípulos, antes de assumir, livremente, a morte por amor e ser ressuscitado por Deus. Sua ressurreição é o sinal de que ele vive e sobe à glória do Pai (20,17)! No trecho que ouvimos hoje, manifesta-se o dom do Espírito de Deus a partir da glorificação/exaltação de Jesus (cf. 7,37-39). Na sua despedida, Jesus prometeu aos seus o Espírito e a paz (14,15-17.26-27). Agora, o Ressuscitado, enaltecido e revestido com a glória do Pai, traz esses dons aos seus (20,21-22), que serão seus enviados como ele o foi do Pai (20,21). Para essa missão, recebem o poder de perdoar, poder que, segundo a Bíblia, é exclusivo de Deus e, portanto, só pode ser comunicado por quem comunga de sua autoridade. De fato, já no início do Evangelho de Marcos, Jesus se caracteriza como o “Filho do homem” (cf. Dn 7,13-14), que recebe de Deus esse poder (Mc 2,10). Segundo Jo 20,19-23, o Ressuscitado dá à comunidade dos fiéis o Espírito de Deus e a missão de tirar o pecado do mundo – também a missão que João Batista reconheceu em Jesus no início do evangelho (Jo 1,29). À maneira semítica e bíblica, a missão de perdoar é expressa na forma afirmativa (“a quem perdoardes os pecados, serão perdoados”) e negativa (“a quem os retiverdes [= não perdoardes], serão retidos”, Jo 20,23). Mas isso não significa que os seguidores e sucessores de Jesus poderão administrar o perdão arbitrariamente. Muito antes, trata-se do poder de administrar o perdão concedido por Deus: munida do Espírito de Deus, a comunidade reconhecerá quem recebe dele o perdão e quem não. E não deixa de ser significativo que Jesus exprima essa presença do Espírito exatamente pelo perdão e não pelo dom das línguas ou algo assim. Pois o que o ser humano procura, em profundidade, é exatamente esse “estar bem com Deus e com os irmãos” que o pecado impede, mas o perdão possibilita. Todo o culto judaico girava em torno da reconciliação com Deus e com a comunidade. A carta aos Hebreus explica que Jesus, enquanto sumo sacerdote definitivo, realiza essa reconciliação de uma vez para sempre. O que Jesus confia aos seus em Jo 20,22-23 é mais que mera “jurisdição”. É o dom da vida nova, na “paz”, no shalom, o dom do Messias por excelência. Unidos na comunhão da verdadeira videira que é Jesus (Jo 15,1-8), temos a vida em abundância (Jo 10,10).

A segunda parte do evangelho de hoje conta a história de Tomé. O texto põe em evidência Tomé entre os que viram o Ressuscitado (cf. At 10,41; 1Jo 1,1-3), mas visa às gerações seguintes, que, sem terem visto, deverão crer – com base no testemunho das testemunhas privilegiadas. “Felizes dos que não viram e, contudo, creram” (Jo 20,28) é bem-aventurança que se dirige a nós (cf. 1Pd 1,8, primeira leitura de hoje). E é para esse fim que os que viram nos transmitiram, por escrito, o testemunho evangélico, como diz o autor nas palavras finais (Jo 20,30-31).

Daí podermos dizer: “Cremos na fé dos que testemunharam”, a fé dos apóstolos, a fé apostólica. A Tomé é dado experimentar a realidade do Crucificado que ressuscitou, e o apóstolo proclama a sua fé, tornando-se verdadeiro fiel. Mas há outros a quem não será dado esse tipo de provas que Tomé requereu e recebeu; eles terão de acreditar também e são chamados felizes por crerem sem ter visto. Esses “outros” somos todos nós, cristãos das gerações pós-apostólicas. Mas, em vez de provas palpáveis, a nós é transmitido o testemunho escrito das testemunhas oculares, para que nós creiamos e, crendo, tenhamos a vida em seu nome (20,30-31). A fé dos apóstolos é nossa. [Pe. Johan Konings, sj, MISSAL COTIDIANO n.278, Paulus, 2011]

Comentário ao Evangelho do dia feito por :
Santa Igreja
Celebração eucarística em sufrágio de João Paulo II
Regina Caeli de 3 de Abril de 2005, o dia seguinte ao falecimento de João Paulo II (trad. © Libreria Editrice Vaticana)

«Mostrou-lhes as mãos e o peito»


O Papa João Paulo II tinha indicado o tema da meditação para o Regina Caeli do 2º Domingo de Páscoa, o Domingo da Divina Misericórdia. No final da concelebração eucarística presidida pelo Cardeal Angelo Sodano na Praça de São Pedro, Mons. Leonardo Sandri proferiu as seguintes palavras, antes de ler o texto do Santo Padre: «Fui encarregado de vos ler um texto preparado por indicação do Santo Padre João Paulo II. [...]»


Caríssimos Irmãos e Irmãs!


Hoje ressoa igualmente o alegre Aleluia da Páscoa. A hodierna página do Evangelho de João sublinha que o Ressuscitado, na tarde daquele dia, apareceu aos Apóstolos e «mostrou-lhes as mãos e o lado» (Jo 20, 20), isto é, os sinais da dolorosa paixão impressos de modo indelével no Seu corpo mesmo depois da ressurreição. Aquelas chagas gloriosas, que oito dias depois deu a tocar ao incrédulo Tomé, revelando a misericórdia de Deus que «tanto amou o mundo que lhe deu o seu Filho unigénito» (Jo 3, 16). Este mistério da morte está no centro da hodierna liturgia do Domingo in Albis, dedicado ao culto da Divina Misericórdia.


À humanidade, que no momento parece desfalecida e dominada pelo poder do mal, do egoísmo e do medo, o Senhor ressuscitado oferece como dom o seu amor que perdoa, reconcilia e abre novamente o ânimo à esperança. Quanta necessidade tem o mundo de compreender e de acolher a Divina Misericórdia! Senhor, que com a Tua morte e ressurreição revelas o amor do Pai, nós cremos em Ti e com confiança Te repetimos no dia de hoje: Jesus eu confio em Ti, tem misericórdia de nós e do mundo inteiro.


A solenidade litúrgica da Anunciação, que celebraremos amanhã, leva-nos a contemplar com os olhos de Maria o imenso mistério deste amor misericordioso que sai do Coração de Cristo. Ajudados por Ela, possamos compreender o sentido verdadeiro da alegria pascal, que se fundamenta nesta certeza: Aquele que a Virgem trouxe em seu ventre, que sofreu e morreu por nós, ressuscitou verdadeiramente. Aleluia!

Jesus ressuscitado manifesta-se

na assembleia dominical

O evangelho apresenta a aparição de Jesus ressuscitado num quadro "litúrgico". Os discípulos estão reunidos, no domingo à noite (dia da ressurreição) e novamente oito dias depois. Jesus apresenta-se com os sinais gloriosos da paixão; transmite-lhes, com seu Espírito, os dons pascais resumidos na paz, na reconciliação; confirma-lhes a fé e anuncia a bem-aventurança dos que creram sem tê-lo visto.

Ressuscitou e está entre nós

Como mostra uma série de testemunhos, a começar pelos Atos (1ª leitura), a comunidade dos que crêem se reúne em torno de seu Senhor ressuscitado, tornando-se ela mesma o lugar espiritual, o sacramento da sua presença. Ainda hoje somos fiéis ao ensinamento dos apóstolos, que ouvimos na liturgia da palavra através dos escritos e da palavra viva dos ministros; ainda hoje oramos em nome do Senhor Jesus, partimos juntos o pão sobre o qual fizemos a eucaristia, comungamos (ou deveríamos comungar) os bens com os pobres, numa fraternidade autêntica. Ainda hoje, proclamamos na assembléia que Jesus é "Senhor" e "Deus", anunciamos seu perdão e sua paz, somos enviados para dar testemunho da vida nova. A liturgia dominical se torna o lugar privilegiado de nosso encontro com o Senhor ressuscitado, que reconhecemos misteriosamente presente nos sinais da assembléia, da palavra, do sacerdote, do pão e do vinho. É o regime da fé, contraposto ao da visão.

Um dia para o Senhor

Dois textos do Concílio podem concluir a mensagem deste domingo: "Assim como Cristo foi enviado pelo Pai, assim também ele enviou os apóstolos, cheios do Espírito Santo, não só para pregarem o evangelho a toda criatura, anunciarem que o Filho de Deus, pela sua morte e ressurreição, nos libertou do poder de satanás e da morte e nos transferiu para o reino do Pai, mas ainda para levarem a efeito o que anunciavam: a obra da salvação através do sacrifício e dos sacramentos, sobre os quais gira toda a vida litúrgica" (SC 6).

"Devido à tradição apostólica, que tem sua origem no mesmo dia da ressurreição de Cristo, a Igreja celebra cada oito dias o mistério pascal. Esse dia chama-se justamente 'dia do Senhor' ou domingo. Neste dia, pois, os cristãos devem reunir-se para, ouvindo a palavra de Deus e participando da eucaristia, lembrarem-se da paixão, ressurreição e glória do Senhor Jesus e darem graças a Deus que os 'regenerou para a viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo de entre os mortos' (1Pd 1,3) [2ª leitura]. Por isso, o domingo é um dia de festa primordial que deve ser lembrado e inculcado à piedade dos fiéis" (SC 106)

Uma assembléia de homens livres

Reuniões, encontros e "assembléias" de toda espécie se verificam na vida política, social, cultural e religiosa. Em toda sociedade religiosa há reuniões periódicas consagradas a celebração do culto.

Que sentido tem a assembléia cristã dominical? A liturgia de hoje nos oferece oportunidade para refletir sobre esse significado. Freqüentemente nossas assembléias dominicais são privadas de atrativo e vida; o povo se deixa dominar pelo tédio e não vê a hora em que terminem. Falta4hes alegria, uma paixão interior que dê unidade à assembléia, que a faça vibrar.

Parece mais uma assembléia de pessoas constrangidas que de voluntários reunidos por uma necessidade profunda de encontro.

No entanto, surgem experiências novas de assembléia dominical em que se sente verdadeiramente a comunidade, percebem-se suas aspirações, o gosto de vibrar juntos, de viver juntos, de comunhão profunda, de sintonia com a Igreja e com as necessidades do mundo. Devemos convencer-nos de que nossa assembléia dominical realiza valores absolutamente inéditos. Não é antes de tudo uma reunião obrigatória, nem uma reunião de ensinamento ou de oração, mas principalmente o sinal visível da reunião de todos os homens, para a qual convergem oração, ensina­mento, dever; reunião de um povo "que de um extremo ao outro da terra oferece ao vosso nome o sacrifício perfeito". É o "sinal" da presença do Senhor ressuscitado, e este comunica e imprime à assembléia seu dinamismo, sua alegria, sua vitalidade irradiante de testemunho.

Se saímos da assembléia dominical com o coração frio, tal como entra­mos, é sinal de que faltou algo de essencial. De que, ao menos em parte, a assembléia falhou.

Oração da assembleia: (MISSAL DOMINICAL, Paulus 1995)

Jesus ressuscitado está presente entre nós; leva ao Pai nossa oração. Invoquemos com fé: Meu Senhor e meu Deus!

Somos a santa assembleia dos que crêem em vós; ajudai-nos a proclamar-vos, Senhor, com as palavras e com a vida. Nós vos invocamos.

Partilhamos a palavra dos apóstolos, a eucaristia e a oração, com a primeira comunidade cristã; ajudai-nos a realizar uma verdadeira fraternidade e comunhão dos bens econômicos, culturais e espirituais. Nós vos invocamos.

Neste tempo pascal, muitas das nossas crianças terão um encontro decisivo convosco nos sacramentos do batismo, da eucaristia, da penitência, da confirmação; dai-lhes a força e a alegria do vosso Espírito. Nós vos invocamos.

(outras invenções)

Prefácio: A Paixão do Senhor

Na verdade, é justo e necessário, é nosso dever e salvação dar-vos graças, sempre e em todo o lugar, mas, sobretudo neste dia em que Cristo, nossa Páscoa, foi imolado. Ele é o verdadeiro Cordeiro, que tira o pecado do mundo. Morrendo, destruiu a morte, e, ressurgindo, deu-nos a vida. Transbordando de alegria pascal, nós nos unimos aos anjos e a todos os santos, para celebrar a vossa glória, cantando (dizendo) a uma só voz...

Oração sobre as Oferendas:

Acolhei, ó Deus, as oferendas do vosso povo e dos que renasceram nesta Páscoa, para que, renovados pela profissão de fé e pelo batismo, consigamos a eterna felicidade. Por Cristo, nosso Senhor.

Antífona da comunhão:

Estende a tua mão, toca o lugar dos cravos, e não sejas incrédulo, mas fiel, aleluia! (Cf Jo 20,27)

Oração Depois da Comunhão:

Concedei, ó Deus onipotente, que conservemos em nossa vida o sacramento pascal que recebemos. Por Cristo, nosso Senhor.


São Tomé, Apóstolo, rogai por nós!


Pertenceu ao grupo dos doze apóstolos. O Senhor o chamou dentro de sua realidade, com suas fraquezas e até com suas crises de fé.


Nosso Senhor Jesus revelou a nós coisas maravilhosas através de São Tomé:
"Tomé lhe disse: 'Senhor, nós nem sabemos para onde vais, como poderíamos saber o caminho?' Jesus lhe disse: Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vai ao Pai a não ser por mim" (Jo 14,6).

Tomé nunca teve medo de expor a realidade de sua fé e de sua razão, que queria saber cada vez mais e melhor. Quando Jesus apareceu aos apóstolos ao ressuscitar, Tomé não estava ali, e aí encontramos seu testemunho: "Oito dias depois, os discípulos encontravam-se reunidos na casa, e Tomé estava com eles. Estando as portas fechadas, Jesus entrou, pôs-se no meio deles e disse: “A paz esteja convosco”. Depois disse a Tomé: “Põe o teu dedo aqui e olha as minhas mãos. Estende a tua mão e coloca-a no meu lado e não sejas incrédulo, mas crê!” Tomé respondeu: “Meu Senhor e meu Deus!” (Jo 20,26-28).

O Papa São Gregório Magno meditando essa realidade de São Tomé diz: "A incredulidade de Tomé não foi um acaso, mas prevista nos planos de Deus. O discípulo, que, duvidando da Ressurreição do Mestre, pôs as mãos nas chagas do mesmo, curou com isso a ferida da nossa incredulidade".

Segundo a Tradição, Tomé teria ido, depois de Pentecostes, evangelizar pelo Oriente e Índia onde morreu martirizado, ou seja, morreu por amor, testemunhando a sua fé.

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