quarta-feira, 11 de maio de 2011

São Damião de Veuster, apóstolo dos leprosos, +1889

Damião De Veuster nasceu no dia 3 de Janeiro de 1840, na Bélgica, e morreu no dia 15 de Abril de 1889, com o corpo e o rosto desfigurados pela lepra. Declarado bem-aventurado pelo papa João Paulo II e santo por Bento XVI, a figura deste missionário continua suscitando perguntas sobre a radicalidade de sua entrega.

Enviado para o Havaí, Damião deixa o porto de Brema, na Alemanha, em 1863. Distribui seu retrato aos familiares, sabendo que nunca mais iria revê-los, e carrega consigo somente um pequeno crucifixo, único companheiro de sua vida missionária. A entrega total de sua vida a Deus e à causa missionária começa já neste momento da saída definitiva, para não voltar mais. A missão é sempre um caminho sem retorno. Arrebatado pelo amor de Jesus, o missionário vive completamente pelo Reino. Quando, em 1873, o bispo Maigret convoca os missionários e revela sua preocupação e dor pela situação de miséria e abandono em que se encontravam os leprosos na ilha de Molokai, Damião se oferece, como o primeiro, a pisar naquela ilha “maldita”. A lepra, naquele tempo, era um verdadeiro terror para todos.

Quem se contagiasse deixava de fazer parte da sociedade civil e era totalmente segregado. Os leprosos daquela área eram obrigados a procurar Molokai e viver como animais, até a morte. Damião chega à ilha no dia 10 de maio de 1873. Um grande grupo de leprosos aproxima-se e ele não hesita em apertar a mão de cada um. Bem cedo, torna-se a única esperança daqueles pobres. Ama-os e identifica-se com eles. Começa sempre seus discursos com as palavras: “nós, leprosos”. Ainda não sabe que, mais tarde, isso será realidade também para ele. Ajuda a organizar a comunidade dos leprosos e a garantir-lhes uma dignidade.

Esta completa dedicação faz-se amor sem limites. Compartilhando a vida dos excluídos, luta para que não vivam como animais. A dedicação faz o missionário solidário. Morre leproso e abandonado com seus amigos leprosos.

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