sexta-feira, 12 de março de 2010

Primeira leitura (Oséias 14,2-10)

Sexta-Feira, 12 de Março de 2010
3ª Semana da Quaresma


O Papa São Inocêncio I foi umpapa eleito em 401. Foi durante o seu pontificado que São Jerónimo terminou a revisão da tradução latina da Bíblia conhecida como Vulgata Latina, em 404.

Tendeu a unificar a Igreja ocidental em torno da "praxis romana", estabelecendo a observância dos ritos romanos no Ocidente, o catálogo do livros canônicos e as regras monásticas. Enfrentou a heresia de Pelágio, tendo ratificado a condenação deste e de Celestino; defendeu João Crisóstomo. Durante seu pontificado, Roma foi saqueada pelos visigodos de Alarico. Conseguiu que Honório proibisse as lutas de gladiadores.


Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Papa Bento XVI
Encíclica «Deus Caritas est», §§ 17-18 (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana)

Amar a Deus e amar o próximo


A história do amor entre Deus e o homem consiste precisamente no facto de esta comunhão de vontade crescer em comunhão de pensamento e de sentimento, de maneira que o nosso querer e a vontade de Deus coincidem cada vez mais: a vontade de Deus deixa de ser para mim uma vontade estranha, que os mandamentos me impõem de fora, mas é a minha própria vontade, baseada na experiência de que realmente Deus é mais íntimo a mim mesmo do que eu próprio (Santo Agostinho) Cresce então o abandono em Deus, e Deus torna-Se a nossa alegria (cf. Sl 73/72, 23-28).

Revela-se assim como possível o amor ao próximo no sentido enunciado por Jesus na Bíblia. Amor que consiste precisamente no facto de que eu amo, em Deus e com Deus, a pessoa que não me agrada ou que nem sequer conheço. Isto só é possível a partir do encontro íntimo com Deus, um encontro que se tornou comunhão de vontade, chegando mesmo a tocar o sentimento. Então aprendo a ver aquela pessoa, já não somente com os meus olhos e sentimentos, mas segundo a perspectiva de Jesus Cristo. O Seu amigo é meu amigo. [...] Vejo com os olhos de Cristo e posso dar ao outro muito mais do que as coisas externamente necessárias: posso dar-lhe o olhar de amor de que ele precisa.


A- A+


Leitura da Profecia de Oséias.

Assim fala o Senhor Deus:
2“Volta, Israel, para o Senhor, teu Deus, porque estavas caído em teu pecado. 3Vós todos, encontrai palavras e voltai para o Senhor; dizei-lhe: ‘Livra-nos de todo o mal e aceita este bem que oferecemos; o fruto de nossos lábios. 4A Assíria não nos salvará; não queremos montar nossos cavalos, não chamaremos mais ‘Deuses nossos’ a produtos de nossas mãos; em ti encontrará o órfão misericórdia”. 5Hei de curar sua perversidade e me será fácil amá-los, deles afastou-se a minha cólera. 6Serei como orvalho para Israel; ele florescerá como o lírio e lançará raízes como plantas do Líbano.7Seus ramos hão de estender-se; será seu esplendor como o da oliveira, e seu perfume como o do Líbano.
8Voltarão a sentar-se à minha sombra e a cultivar o trigo, e florescerão como a videira, cuja fama se iguala à do vinho do Líbano. 9Que tem ainda Efraim a ver com ídolos? Sou eu que o atendo e que olho por ele. Sou como o cipreste sempre verde: de mim procede o teu fruto. 10Compreenda estas palavras o homem sábio, reflita sobre elas o bom entendedor! São retos os caminhos do Senhor e, por eles, andarão os justos, enquanto os maus ali tropeçam e caem”.


- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Salmo (Salmos 80,6-17)

Sexta-Feira, 12 de Março de 2010
3ª Semana da Quaresma


A- A+


— Ouve, meu povo, porque eu sou o teu Deus!
— Ouve, meu povo, porque eu sou o teu Deus!

— Eis que ouço uma voz que não conheço: “Aliviei as tuas costas de seu fardo, cestos pesados eu tirei de tuas mãos. Na angústia a mim clamaste, e te salvei.
— De uma nuvem trovejante te falei, e junto às águas de Meriba te provei. Ouve, meu povo, porque vou te advertir! Israel, ah! se quisesses me escutar.
— Em teu meio não exista um deus estranho, nem adores a um deus desconhecido! Porque eu sou o teu Deus e teu Senhor, que da terra do Egito te arranquei.
— Quem me dera que meu povo me escutasse! Que Israel andasse sempre em meus caminhos. Eu lhe daria de comer a flor do trigo, e com o mel que sai da rocha o fartaria”.


Evangelho (Marcos 12,28b-34)

Sexta-Feira, 12 de Março de 2010
3ª Semana da Quaresma


A- A+


— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor!

Naquele tempo,
28bum escriba aproximou-se de Jesus e perguntou: “Qual é o primeiro de todos os mandamentos?” 29Jesus respondeu: “O primeiro é este: Ouve, ó Israel! O Senhor nosso Deus é o único Senhor. 30Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma , de todo o teu entendimento e com toda a tua força! 31O segundo mandamento é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo! Não existe outro mandamento maior do que estes”.
32O mestre da Lei disse a Jesus: “Muito bem, Mestre! Na verdade, é como disseste: Ele é o único Deus e não existe outro além dele. 33Amá-lo de todo o coração, de toda a mente, e com toda a força, e amar o próximo como a si mesmo é melhor do que todos os holocaustos e sacrifícios”.
34Jesus viu que ele tinha respondido com inteligência, e disse: “Tu não estás longe do Reino de Deus”. E ninguém mais tinha coragem de fazer perguntas a Jesus.


- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

A Graça está no amor*

Postado por: padrepacheco

março 12th, 2010

Sobre o amor, fala Jesus no Evangelho de hoje, que parte da pergunta que um escriba faz sobre “qual é o primeiro mandamento de todos”. A pergunta tinha muita astúcia. Na sua resposta, Cristo pronuncia-se não só sobre o primeiro mandamento: “Amar a Deus sobre todas as coisas”, mas também sobre o segundo: “Amar o próximo”, para concluir: “Não há mandamento maior que estes”. Porque o segundo mandamento é “semelhante ao primeiro”.

Amar a Deus e ao próximo vale mais que todos os holocaustos e sacrifícios; assim conclui o escriba o seu diálogo com Nosso Senhor Jesus Cristo. Afirmação que o Senhor aprovou: “Vendo que respondera sensatamente”. O amor é mais importante que a própria prática ritual, porque é o que lhe dá valor. Necessitamos de sinceridade e valentia para nos examinarmos a respeito do amor, que é o centro da religião.

No âmbito institucional, o Cristianismo pode parecer, externamente aos olhos de um observador, superficial, e inclusivamente, aos de alguns praticantes, como um conjunto religioso-moral mais ou menos recarregado de normas e conselhos evangélicos, mandamentos de Deus e da Igreja, leis de moral, cânones. Ver somente isso é ficar na estrutura, sem chegar à vida que o Espírito de Deus infunde na Igreja.

Temos de fazer uma parada no nosso caminho de fé para analisarmos a quanto anda a nossa motivação religiosa fundamental, isto é, o nosso amor indissolúvel a Deus e ao próximo: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o coração, e ao teu próximo como a ti mesmo”. Eis aqui o que dará sentido, coesão e valia a toda a nossa vida se nos libertarmos dos ídolos mortos, “obras das nossas mãos”: dinheiro e orgulho, prepotência e domínio, egoísmo e depravação sexual, ânsia de ter e consumir.

Em meio à Quaresma, temos de nos aprofundar na nossa conversão a Deus e ao irmão, avançando pelo caminho da fé e do amor; porque para este duplo encontro não há via melhor, nem mais rápida, que o amor, que é a centralidade do nosso ser cristão.

Padre Pacheco


Santo Inocêncio

12 de Março


A- A+

Santo InocêncioO Santo recordado hoje foi Papa da nossa Igreja nos anos de 401 a 417; nasceu perto de Roma. Pertencia ao clero até chegar à cátedra de Pedro. Trabalhou na construção de muitas igrejas, no culto aos mártires, elaborou e definiu os livros consagrados e inspirados da Bíblia.

Dentre tantos acontecimentos, que marcaram o pontificado de Santo Inocêncio, foram três os que se destacaram: a luta contra o pelagianismo; corrigiu um temível imperador; protegeu como pôde Roma dos invasores. Pelágio foi um monge que semeava a mentira doutrinal sobre o pecado original e outras mentiras que invalidavam a necessidade da graça e da redenção do Cristo. Santo Inocêncio, com a ajuda do Doutor da Graça – Santo Agostinho – e de outros mais condenou a heresia pelagiana.

Quanto ao imperador, denunciou a traição deste para com São João Crisóstomo, e com relação aos invasores, que assaltaram Roma, Santo Inocêncio fez de tudo para afastar esses bárbaros da Cidade Eterna. Este grande santo, empenhado pela paz e conversão dos pagãos, é considerado um dos maiores Santos Padres do Cristianismo.


Santo Inocêncio, rogai por nós!

Comunidade Canção Nova

*Cf. B, CABALLERO. A Palavra de cada dia. p. 135-136. Paulus: 2000.


S. Luís Orione, sacerdote, fundador, +1940

O Papa João Paulo II, em 1980, colocou diante dos nossos olhos um grande exemplo de santidade, expressa na caridade: Luís Orione. Este novo santo italiano, nasceu em 1872 e bem cedo percebeu o chamamento do Senhor ao sacerdócio. Ao entrar para o Oratório, em Turim, recebeu no coração as palavras de S. Francisco de Sales, proferidas por S. João Bosco: "Um terno amor ao próximo é um dos maiores e mais excelentes dons que a Divina Providência pode conceder aos homens".



Concluiu o ensino secundário, deixou o Oratório Salesiano, voltou para casa e depois entrou no seminário, onde tirou o curso de filosofia, teologia, até chegar ao sacerdócio. O seu lema era: "Renovar tudo em Cristo".
Luis Orione, sensível aos sofrimentos da humanidade, deixou-se guiar pela Divina Providência a fim de aliviar as misérias humanas. Sendo assim, dedicou-se totalmente aos doentes, necessitados e marginalizados da sociedade. Fundou a Congregação da Pequena Obra da Divina Providência, tendo desenvolvido o carisma de cuidar dos órfãos, enfermos, pobres e crianças abandonadas.



Em 1908, Luís Orione socorreu numerosas vítimas do terremoto que abalou a Itália, com o auxílio dos seus filhos espirituais, irmãos e irmãs no mesmo carisma.



S. Luís Orione viveu o sermão que o Divino Mestre fez sobre a montanha, pois em toda a sua vida sentiu a força da Providência Divina, que o acolheu, depois de doar-se totalmente, com 68 anos de idade.

Em 1940, Dom Orione atacado por graves doenças de coração e das vias respiratórias foi enviado e praticamente forçado pelos médicos e confrades a retirar-se para Sanremo. Foi para lá protestando: "Não é entre as palmeiras que eu quero viver e morrer, mas no meio dos pobres que são Jesus Cristo". Três dias depois de ter chegado, ali morreu no dia 12 de Março, sussurrando: «Jesus! Jesus! estou indo».

O corpo foi sepultado devotamente na cripta do Santuário da Guarda e encontrado incólume vinte e cinco anos depois, em 1965. No dia 26 de Outubro de 1980, João Paulo II declarou Dom Orione bem-aventurado e em 16 de maio de 2004 foi solenemente canonizado.


Santa Josefina, penitente, +1353

Santa Josefina (ou Santa Fina)

Vítima expiatória, por cinco anos viu-se pregada ao leito com o corpo em corrupção e na mais extrema pobreza. À sua morte, muitos milagres ocorreram.



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