terça-feira, 9 de março de 2010

Terça-feira, 9 de março de 2010

Terceira Semana da Quaresma - 2ª Semana do Saltério (Livro III) - cor Litúrgica Roxa

Santos do Dia: Antônio de Froidemont (monge), Bosa de York (bispo), Catarina de Bolonha (clarissa, virgem), Cirion e Cândido (mártires da Armênia), Domingos Sávio (adolescente orientado por Dom Bosco), Gregório de Nissa (bispo), Paciano de Barcelona (bispo).



São Domingos Sávio

9 de Março


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São Domingos SávioO santo de hoje vivieu o lema “Antes morrer do que pecar”.

Nascido em Turim, na Itália, no ano de 1842, Domingos conheceu muito cedo Dom Bosco e participou do Oratório – lugar de formação integral - onde seu coração se apaixonou por Jesus e Nossa Senhora Auxiliadora.

Pequeno na estatura, mas gigante na busca de corresponder a vocação a santidade, foi um ícone da alegria de ser santo. Um jovem comum, que buscava cumprir os seus deveres e amava a vida de oração.

Com a saúde fragilizada, faleceu com apenas 15 anos.

São Domingos Sávio, rogai por nós.

Antífona Eu vos chamo, meu Deus, porque me atendeis; inclinai vosso ouvido e escutai-me. Guardai-me como a pupila dos olhos, à sombra das vossas asas abrigai-me. (Sl 16, 6.8)




Oração do Dia: Ó Deus, que a vossa graça não nos abandone, mas nos faça dedicados ao vosso serviço e aumente sempre em nós os vossos dons. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na Unidade do Espírito Santo.

I Leitura: Daniel (Dn 3, 25.34-43)

O povo de Israel se lembra da fidelidade de Deus

Naqueles dias, 25Azarias parou e, de pé, começou a rezar; abrindo a boca no meio do fogo, disse: 34"Oh! não nos desampares nunca, nós te pedimos, por teu nome, não desfaças tua aliança 35nem retires de nós tua benevolência, por Abraão, teu amigo, por lsaac, teu servo, e por Israel, teu santo, 36aos quais prometeste multiplicar a descendência como estrelas do céu e como areia que está na beira do mar;37Senhor, estamos hoje reduzidos ao menor de todos os povos, somos hoje o mais humilde em toda a terra, por causa de nossos pecados; 38neste tempo estamos sem chefes, sem profetas, sem guia, não há holocausto nem sacrifício, não há oblação nem incenso, não há um lugar para oferecermos em tua presença as primícias, e encontrarmos benevolência; 39mas, de alma contrita e em espírito de humildade, sejamos acolhidos, e como nos holocaustos de carneiros e touros 40e como nos sacrifícios de milhares de cordeiros gordos, assim se efetue hoje nosso sacrifício em tua presença, e tu faças que nós te sigamos até ao fim; não se sentirá frustrado quem põe em ti sua confiança.

41De agora em diante, queremos, de todo o coração, seguir-lhe, temer-te, buscar tua face; 42não nos deixes confundidos, mas trata-nos segundo a tua clemência e segundo a tua imensa misericórdia; 43liberta-nos com o poder de tuas maravilhas e torna teu nome glorificado, Senhor". Palavra do Senhor!

Comentando a I Leitura

De alma contrita e em espírito de humildade, sejamos acolhidos

Deus educou progressivamente seu povo para passar dos sacrifícios cruentos e materiais ao sacrifício de oblação espiritual que envolve o oferente. Depois da reação dos profetas, mesmo estéril, o tempo do exílio favorece uma expressão mais marcada dos sentimentos de humildade e de pobreza e a consciência de que o sentimento pessoal constitui o essencial do sacrifício. O sacrifício do Sérvio sofredor torna-se o tipo do sacrifício futuro; a oração do perseguido vale tanto quanto os sacrifícios de cabritos e cordeiros. Cristo insere-se nesta visão. Sua obediência, sua pobreza e total disponibilidade constituem a matéria de seu sacrifício. Por sua vez o sacrifício cristão se insere no sacrifício de Cristo: uma vida de obediência e de amor que adquire seu valor litúrgico por sua associação a Cristo. Um culto que não fosse a expressão de semelhantes “sacrifício espiritual” perderia radicalmente seu sentido. [MISSAL COTIDIANO, ©Paulus, 1997]

Salmo: 24(25), 4bc-5ab.6-7bc.8-9 (R/.6a)
Recordai, Senhor, a vossa compaixão!

4bMostrai-me, ó Senhor, vossos caminhos, 4ce fazei-me conhecer a vossa estrada! 5aVossa verdade me oriente e me conduza, 5bporque sois o Deus da minha salvação.

6Recordai, Senhor meu Deus, vossa ternura e vossa compaixão que são eternas! 7BDe mim lembrai-vos, porque sois misericórdia 7ce sois bondade sem limites, ó Senhor!

8O Senhor é piedade e retidão, e reconduz ao bom caminho os pecadores. 9Ele dirige os humildes na justiça, e aos pobres ele ensina o seu caminho.

Evangelho: Mateus (Mt 18, 21-35)

O perdão deve brotar do fundo do coração

Naquele tempo, 21Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou: "Senhor, quantas vezes devo perdoar, se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes?" 22Jesus respondeu: "Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete.”

23Porque o reino dos céus é como um rei que resolveu acertar as contas com seus empregados. 24Quando começou o acerto, trouxeram-lhe um que lhe devia uma enorme fortuna. 25Como o empregado não tivesse com que pagar, o patrão mandou que fosse vendido como escravo junto com a mulher e os filhos e tudo o que possuía, para que pagasse a divida. 26O empregado, porém, caiu aos pés do patrão, e, prostrado, suplicava: 'Dá-me um prazo! E eu te pagarei tudo'. 27Diante disso, o patrão teve compaixão, soltou o empregado e perdoou-lhe a dívida. 28Ao sair dali, aquele empregado encontrou um dos seus companheiros que lhe devia apenas cem moedas. Ele o agarrou e começou a sufocá-lo, dizendo: 'Paga o que me deves'. 29O companheiro, caindo aos seus pés, suplicava: 'Dá-me um prazo! E eu te pagarei'. 30Mas o empregado não quis saber disso. Saiu e mandou jogá-lo na prisão, até que pagasse o que devia.

31Vendo o que havia acontecido, os outros empregados ficaram muito tristes, procuraram o patrão e lhe contaram tudo. 32Então o patrão mandou chamá-lo e lhe disse: 'Empregado perverso, eu te perdoei toda a tua dívida, porque tu me suplicaste. 33Não devias tu também, ter compaixão do teu companheiro, como eu tive compaixão de ti?' 34O patrão indignou-se e mandou entregar aquele empregado aos torturadores, até que pagasse toda a sua dívida. 35É assim que o meu Pai que está nos céus fará convosco, se cada um não perdoar de coração ao seu irmão". Palavra da Salvação!

Perdão das ofensas: vide leituras paralelas em Lc 17,4 e Mt 6, 12. Seguindo o exemplo de Deus e de Jesus (Lc 2, 34+), e assim com já faziam os israelitas entre si (Lv 19, 18-19; cf. Ex 21, 25+), os cristãos devem perdoar uns aos outros (5, 39; 6, 12p, cf. 7,2; 2Cor 2,7; Ef 4,32; Cl 3, 13). No entanto o próximo aplica-se a todos os homens, compreendendo também aqueles aos quais é preciso pagar o mal com o bem. O amor cobre uma multidão de pecados (Pr 10,12 citado por Tg 5, 20; 1Pd 4, 8) [BIBLIA DE JERUSALÉM]. De 23 a 35 temos a Parábola do devedor implacável.

Comentário do Evangelho

Dar e receber perdão

Só é capaz de perdoar o próximo quem, de fato, faz a experiência de sentir-se perdoado por Deus. Pelo contrário, quem se mostra inflexível e incapaz de perdoar, dá mostras de não reconhecer o quanto foi perdoado por Deus. A insensibilidade em relação ao dom recebido de Deus torna impossível a concessão de perdão ao próximo. A simples consciência da imensidade do perdão recebido de Deus deveria ser suficiente para motivar as pessoas a perdoar.

A parábola do servo cruel está centrada neste tema. Quando se tratou de ser perdoado pelo rei que lhe havia emprestado uma quantia enorme de dinheiro, e não tinha com que pagar, o servo suplicou-lhe clemência e tempo. Comovido, o rei deixou-o partir, perdoando-lhe toda a dívida. Logo em seguida, porém, ao encontrar um companheiro que lhe devia uma quantia irrisória, foi incapaz de sensibilizar-se quando este lhe pediu tempo e clemência para quitar seu débito. E mandou aprisioná-lo.

O rei ficou indignado. Parecia-lhe evidente que, assim como o servo havia sido objeto de compaixão, tendo recebido o perdão de sua dívida, o mesmo deveria ter feito com seu companheiro.Por conseguinte, a falta de compaixão para com o próximo impede que se faça a experiência da compaixão de Deus. Deus perdoa a quem está disposto a perdoar. [O EVANGELHO NOSSO DE CADA DIA, Jaldemir Vitório, ©Paulinas]


Comentário ao Evangelho do dia feito por :

São João Crisóstomo (v. 345-407), presbítero em Antioquia e em seguida Bispo de Constantinopla, Doutor da Igreja
Homilias sobre São Mateus, n° 61 (a partir da trad. Véricel, L'Evangile commenté, p.214)

«Perdoai-nos as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido» (Mt 6, 12)


Cristo pede-nos duas coisas: que condenemos os nossos pecados e perdoemos os dos outros, e que façamos a primeira coisa por causa da segunda, que será então mais fácil, pois aquele que pensa nos seus pecados será menos severo para com o seu companheiro de miséria. E perdoar não apenas por palavras mas «do fundo do coração», para que não se vire contra nós o ferro com que cremos trespassar os outros. Que mal te pode fazer o teu inimigo, que se possa comparar com aquele que fazes a ti próprio? [...] Se te deixas levar pela indignação e pela cólera, serás ferido, não pela injúria que ele te fez, mas pelo ressentimento com que ficas.

Não digas: «Ele ultrajou-me, ele caluniou-me, ele causou-me inúmeros males.» Quanto mais disseres que ele te fez mal, mais demonstras que ele te fez bem, pois deu-te oportunidade de te purificares dos teus pecados. Deste modo, quando mais ele te ofende, mais hipóteses te dá de obteres de Deus o perdão dos teus pecados. Porque, se quisermos, ninguém poderá prejudicar-nos; até os nossos inimigos nos prestam um grande serviço. [...] Reflecte portanto nas vantagens que obténs de uma injúria suportada com humildade e doçura.

Para sua reflexão: Ofensa e dívida são dois símbolos que expressam a situação negativa do homem perante Deus. O homem, destinatário da imensa misericórdia de Deus, deve aprender a exercer sua pequena misericórdia com o próximo devedor. Se não perdoamos o nosso irmão, a nossa oração do Pai-nosso poderá estar comprometida perante o Senhor. O fato é que, entre nós pecadores, a misericórdia é pouco usada, sobretudo quando o dinheiro está em jogo. Eis a parte mais difícil: perdoar o irmão, que busca arrependimento, não apenas setenta vezes sete, mas infinitamente. Difícil não é! Assim é a nossa salvação: nada fácil, pois estamos sempre falhando na contra partida!


São Domingos Sávio

O Santo que celebramos neste dia teve a sua primeira biografia escrita pelo seu educador e pai espiritual: São João Bosco. Trata-se do pequeno gigante São Domingo Sávio, exemplo para os que querem ser Santos e a toda a juventude.

Domingos Sávio nasceu perto de Turim, em Itália, no ano de 1842; estudou na aldeia e mais tarde foi um dos primeiros a ser acolhido por Dom Bosco no seu Oratório. Estes centros de santificação dos jovens eram um lugar nos arredores de Turim onde assistiam os jovens como escola do primeiro grau; orientação profissional; trabalho e tudo proporcionando o crescimento espiritual e a salvação das almas.

São Domingo Sávio era um jovem comum, mas que interiorizou tão bem a espiritualidade salesiana no seu dia a dia que a sua alegria de menino nunca desapareceu, apenas foi purificada de todo e qualquer pecado. O Santo de hoje amava demais a Eucaristia e sua mãe, Nossa Senhora. Um dos lemas por ele vivido era:
" Antes morrer do que pecar !!!"

Domingos Sávio interiormente amadureceu muito com a vida e sofrimentos que enfrentou em segredo, até contrair uma grave doença e com apenas 15 anos entrar para o Céu em 1857


Desde pequeno levava muito a sério sua vida espiritual e já impressionava a todos os mestres e companheiros pelo seu semblante angelical. Manso, constante no humor , de compleição frágil, por me graciosa, aspecto grave e ao mesmo tempo doce. Seu encontro com Dom Bosco se deu e, Becchi, terra natal de Dom Bosco, fundador dos salesianos, em 2 de Outubro de 1854 e no mesmo mês entrava no Oratório de Valdocco em Turim. Imaginemos um jovenzinho com 15 anos incompletos, declarado santo por praticar as virtudes em seu grau mais elevado. Aluno de Dom Bosco. Dia 8 de abril de 1849, Páscoa, com apenas 7 aninhos de idade fez sua primeira Comunhão e escreveu:

1. Confessar-me-ei muito frequentemente e receberei a Comunhão todas as vezes em que o confessor me der licença.

2. Quero santificar os dias festivos

3. Os meus amigos serão Jesus e Maria.

4. A morte, nunca o pecado.

Por ocasião da proclamação do dogma da Imaculada Conceição (8 de dezembro de 1854) renovou seus propósitos de sua primeira comunhão acrescentando: "Maria, dou-te meu coração. Faça com que seja sempre vosso. Jesus e Maria sede sempre meus amigos; mas, por piedade fazei-me morrer antes de cometer um só pecado!". Dom Bosco impressionado com a piedade d jovem começou a anotar seus atos para não esquecê-los. Na primavera de 1855 após uma pregação de Dom Bosco, aquele menino que teve como único objetivo a santidade em sua vida, partiu para a casa do Pai, faltando um mês para completar quinze anos de idade.

Santa Francisca Romana, viúva, +1440

Santa Francisca, nascida em 1384, era casada, e muito bem casada. Visitava sempre a igreja dos beneditinos. Lá, ela fez o compromisso - juntamente com outras amigas e companheiras - de se dedicar a obras de caridade e à oração. Depois da morte de seu marido, foi viver como simples Irmã entre as pessoas que antes reunira, para a sua grande obra. Podemos até dizer que ela previu novas formas de consagração da mulher, quatro séculos antes de elas entrarem em vigor na Igreja.

É frequentement representada na companhia do seu Anjo da Guadra, o qual, dizia-se, ela tinha a graça de poder ver.

O Evangelho do Dia incentiva a todos os assinantes deste serviço a se engajarem no projeto da CNBB “Doe um milhão de Bíblias”, doando Bíblias católicas para as pessoas que não têm condições de adquirir o livro das Sagradas Escrituras. A missão estará completa se o doador fizer algum esforço para passar algumas informações básicas do uso da Bíblia para a pessoa contemplada. Evangelizar vale a pena e traz retorno inestimável! Até adotaríamos um slogan: Doe uma Bíblia e adote um cristão, evangelizando-o!

As dificuldades geram a paciência, a paciência gera a esperança. (S. João Maria Vianney)

O fraco jamais perdoa, o perdão é característica do forte. (Mahatma Gandhi)

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