sábado, 6 de março de 2010

Sábado, 6 de março de 2010

Segunda Semana da Quaresma - 2ª Semana do Saltério (Livro III) - cor Litúrgica Roxa

Santos do Dia: Longinho (mártir), Matrona (virgem e mártir), Zacarias (papa), Lucrecia ou Leocricia (virgem e Mártir), Guilherme Hart (mártir e beato), Luisa de Marillac (viúva), Clemente-Maria Hofbauer, Plácido Riccardi (beato), Menigno, Nicandro (Egito) e Pedro de Malines (Servo de Deus, confessor franciscano da primeira ordem).

Antífona: O Senhor é misericórdia e clemência, indulgente e cheio de amor. O Senhor é bom para com todos, misericordioso para todas as suas criaturas. (Sl 144, 8-9)

Oração do Dia: Ó Deus, que pelos exercícios da Quaresma já nos dais na terra participar dos bens do céu, que possamos chegar à luz em que habitais. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na Unidade do Espírito Santo.


O coração do Pai*

Postado por: padrepacheco

março 6th, 2010

No Evangelho de hoje Jesus mostra a misericórdia e o amor de Deus Pai mediante a parábola do filho pródigo.

O evangelista começa por assinalar o motivo dela: “Acercavam-se de Jesus os publicanos e pecadores para ouvi-lo. E os fariseus e os escribas murmuravam entre eles: esse acolhe os pecadores e come com eles. Então Jesus disse-lhes esta parábola” [a do filho pródigo]. Página sublime da literatura bíblica, na qual Cristo faz uma radiografia do coração de Deus.

A finalidade, pois, da parábola é mostrar a misericórdia de Deus; assim justifica Jesus a Sua conduta com os marginalizados da salvação. O desenvolvimento da parábola tem duas partes diferenciadas, sendo protagonista da primeira o filho mais novo, e o da segunda o filho mais velho. O pai de ambos, que é mencionado quatorze vezes, completa o trio de protagonistas e intervém relevantemente numa e noutra parte.

A parábola é uma síntese da história pessoal do crente, de cada um de nós, e descreve um processo psicológico de ida e volta, fuga e retorno. O filho infiel reflete uma situação humana, o retrato do homem pecador que se afasta de Deus e logo volta para Ele: “Pai, pequei contra o céu e contra ti; já não mereço ser chamar-me teu filho”. E o pai recebeu-o com imensa alegria, sem o recriminar por sua conduta, tratando-o como filho a quem restabelece nessa condição, até o ponto de organizar um banquete para celebrar o seu regresso.

No banquete, que celebra o regresso e a reconciliação do filho perdido, podemos ver uma referência Eucarística, pois a Eucaristia é o sacramento festivo que celebra o banquete fraterno dos irmãos reconciliados com Deus e entre si.

Mas eis que agora intervém o filho mais velho que, ao voltar do campo, se nega a participar da comemoração. É a segunda parte na parábola, que poderia parecer supérflua porque a primeira tem sentido completo e termina a ação narrada. Por que as juntou Jesus? Para responder à situação criada. São os escribas e fariseus, críticos da conduta do Senhor, que falam pela boca do irmão mais velho, que se mostra ressentido e chama de injusto o seu pai.

Tal protesto nascia da inveja, do egoísmo e da intransigência, e não do sentido da justiça e da honradez. Apesar de ser o filho bom, mostra-se mais repugnante que o filho mau. Embora pareça ter razão, desempenha, não obstante, um papel antipático, a ponto de reclamar ao pai um cabrito, quando tudo o que há em casa é seu.

Mas não insistamos nele e nos fariseus, porque todos podemos nos ver refletidos também nele. O filho mais velho representa a pessoa irrepreensível, mas puritana; cumpridora, mas dura e insensível; fiel, mas sem amor. A sua obediência à lei e a sua fidelidade ao culto carecem de espírito e de amor. E sem amor, como diz São Paulo, de nada valem todas as outras supostas virtudes.

Como os observantes fariseus, talvez com boa vontade, mas com estreiteza de vista, há quem faça uma ideia de Deus à sua medida mesquinha. Mas a lição e conduta de Jesus nos dizem que essa visão não corresponde à realidade. Deus oferece sempre a oportunidade de um perdão, que regenera a pessoa; e quando ele perdoa rasga a ficha do arquivo e começa um historial novo.

A parábola do filho pródigo é a encenação da nossa situação e da misericórdia de Deus, significado do pai; é um cântico ao amor indulgente de Deus; é a síntese da Boa Nova de Nosso Senhor Jesus Cristo. Assim é Deus, tão bom, tão compreensivo, tão indulgente com quem se arrepende, tão cheio de misericórdia e tão transbordante de amor como o pai que se alegra com o regresso do seu filho.

Padre Pacheco
Comunidade Canção Nova

I Leitura: Miquéias (Mq 7, 14-15.18-20)

Deus não quer a morte do pecador, mas a sua conversão

14Apascenta o teu povo com o cajado da autoridade, o rebanho de tua propriedade, os habitantes dispersos pela mata e pelos campos cultivados. 15E, como nos dias em que nos fizeste sair do Egito, faze-nos ver novos prodígios.

18Qual Deus existe, como tu, que apagas a iniquidade e esqueces o pecado daqueles que são resto de tua propriedade? Ele não guarda rancor para sempre, o que ama é a misericórdia. 19Voltará a compadecer-se de nós, esquecerá nossas iniquidade e lançará ao fundo do mar todos os nossos pecados.

20Tu manterás fidelidade a Jacó e terás compaixão de Abraão, como juraste a nossos pais, desde tempos remotos. Palavra do Senhor!

Comentando a I Leitura

Lançará ao fundo do mar todos os nossos pecados

Pela misericórdia, o passado do homem pecador não mais existe; ele pode recomeçar tudo. Pode alguém sentir-se chocado com este contínuo falar de misericórdia e de perdão. Parece-lhe pouco sério refugiar-se de continuo junto de um Deus que passa por cima de nossa falta de esforço. Dir-se-ia um jeito demasiado fácil de libertar-se da consciência. Quem, porém, raciocina deste modo esquece que a misericórdia de Deus está ligada à exigência da conversão e que o perdão é verdadeira redenção, libertação, renovação, nova criação. Deus não fecha os olhos com complacente paternalismo, mas abre novo crédito de confiança a nossas responsabilidades e dá a garantia de vencer o mal com o bem. Renova assim no pecador a alegria de viver. [MISSAL COTIDIANO, ©Paulus, 1997]

Salmo: 102(103), 1-2.3-4.9-10.11-12 (R/.8a)

O Senhor é indulgente e favorável

1Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e todo o meu ser, seu santo nome! 2Bendize, ó minha alma, ao Senhor, não te esqueças de nenhum de seus favores!

3Pois ele te perdoa toda culpa, e cura toda sua enfermidade; 4da sepultura ele salva a tua vida e te cerca de carinho e compaixão;

9Não fica sempre repetindo as suas queixas, nem guarda eternamente o seu rancor. 10Não nos trata como exigem nossas faltas, nem nos pune em proporção às nossas culpas.

11Quanto os céus por sobre a terra se elevam, tanto é grande o seu amor aos que o temem; 12quanto dista o nascente do poente, tanto afasta para longe nossos crimes.


Evangelho: Lucas (Lc 15, 1-3.11-32)

Teu irmão estava morto e tornou a viver

Naquele tempo, 1os publicanos e pecadores aproximaram-se de Jesus para o escutar. 2Os fariseus, porém, e os mestres da Lei criticavam Jesus: "Este homem acolhe os pecadores e faz refeição com eles". 3Então Jesus contou-lhes esta parábola: 11"Um homem tinha dois filhos.

12O filho mais novo disse ao pai: 'Pai, dá-me a parte da herança que me cabe'. E o pai dividiu os bens entre eles. 13Poucos dias depois, o filho mais novo juntou o que era seu e partiu para um lugar distante. E ali esbanjou tudo numa vida desenfreada. 14Quando tinha gasto tudo o que possuía, houve uma grande fome naquela região, e ele começou a passar necessidade. 15Então foi pedir trabalho a um homem do lugar, que o mandou para seu campo cuidar dos porcos. 16O rapaz queira matar a fome com a comida que os porcos comiam, mas nem isto lhe davam. 17Então caiu em si e disse: 'Quantos empregados do meu pai têm pão com fartura, e eu aqui, morrendo de fome'. 18Vou-me embora, vou voltar para meu pai e dizer-lhe: 'Pai, pequei contra Deus e contra ti; 19 não mereço ser chamado teu filho. Trata-me como a um dos teus empregados'. 20Então ele partiu e voltou para seu pai.

Quando ainda estava longe, seu pai o avistou e sentiu compaixão. Correu-lhe ao encontro, abraçou-o e cobriu-o de beijos. 21O filho, então, lhe disse: 'Pai, pequei conta Deus e contra ti. Já não mereço ser chamado teu filho'. 22Mas o pai disse aos empregados: 'Trazei depressa a melhor túnica para vestir meu filho. E colocai um anel no seu dedo e sandálias nos pés. 23Trazei um novilho gordo e matai-o. Vamos fazer um banquete. 24Porque este meu filho estava morto e tornou a viver; estava perdido e foi encontrado'. E começaram a festa.

25O filho mais velho estava no campo. Ao voltar, já perto de casa, ouviu música e barulho de dança. 26Então chamou um dos criados e perguntou o que estava acontecendo. 27O criado respondeu: 'E teu irmão que voltou. Teu pai matou o novilho gordo, porque o recuperou com saúde'.

28Mas ele ficou com raiva e não queria entrar. O pai, saindo, insistia com ele. 29Ele, porém, respondeu ao pai: 'Eu trabalho para ti há tantos anos, jamais desobedeci a qualquer ordem tua. E tu nunca me deste um cabrito para eu festejar com meus amigos. 30Quando chegou esse teu filho, que esbanjou teus bens com prostitutas, matas para ele o novilho cevado'.

31Então o pai lhe disse: 'Filho, tu estás sempre comigo, e tudo o que é meu é teu. 32Mas era preciso festejar e alegrar-nos, porque este teu irmão estava morto e tornou a viver; estava perdido, e foi encontrado"'. Palavra da Salvação!

Comentário do Evangelho

Acolhendo o pecador

A consciência do pecado vem acompanhada do sentimento de vergonha em relação a Deus. A revolta contra o seu amor misericordioso parece não se justificar. Junto com a vergonha vem o sentimento de ingratidão. E o pecador reconhece ser uma loucura o ter-se afastado do Pai.


Sua reação costumeira: duvidar de que possa ser perdoado. Em outros termos, duvidar que Deus esteja disposto a perdoar, devido à magnitude do pecado cometido.


O Evangelho aconselha, firmemente, o pecador a voltar para o Pai, cujo rosto, revelado por Jesus, é um incentivo a essa volta confiante. Deus quer ter junto de si todos os seus filhos. E está sempre disposto a esquecer o passado, pois confia que, no futuro, tudo será melhor. Não coloca limites para o perdão, nem faz distinção entre faltas perdoáveis e faltas imperdoáveis. Tudo pode ser perdoado, quando o pecador se predispõe a voltar. Alegra-se, sobremaneira, com a volta de um filho pecador, pois é como se este estivesse ressuscitando, depois de experimentar a morte. Não considera o pecador como pessoa de segunda categoria, só porque se desviou do bom caminho. Vale a pena confiar no amor misericordioso de Deus Pai. [O EVANGELHO NOSSO DE CADA DIA, Jaldemir Vitório, ©Paulinas]


Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Tiago de Saroug (c. 449-521), monge e bispo sírio
Poema (a partir da trad. P. Grelot, 1960 ; cf Orval)



«Levantar-me-ei, irei ter com meu pai»


Regressarei à casa de meu Pai como o filho pródigo, e serei acolhido. Tal como ele o fez, também eu o farei: Ele atender-me-á? Eis-me a bater, Pai misericordioso, à Tua porta; abre, para que eu entre, não me perca, não me afaste nem pereça! Fizeste-me Teu herdeiro, mas eu abandonei a herança e dissipei os meus bens; que doravante eu seja como um jornaleiro e um servo.

Assim como pelo publicano a tiveste, tem piedade de mim, e eu viverei pela Tua graça! Assim como à pecadora, a quem remiste, redime também os pecados que cometi, ó Filho de Deus. Assim como a Pedro, que salvaste, salva-me do meio das ondas. Assim como pelo ladrão a tiveste, tem piedade da minha baixeza e lembra-Te de mim! Assim como fizeste com a ovelha perdida, procura-me, Senhor, e encontrar-me-ás; e a Teus ombros, Senhor, leva-me à casa de Teu Pai.

Abre-me os olhos, como os abriste ao cego, para que eu veja a Tua luz! E tal como o fizeste ao surdo, abre-me os ouvidos, para que eu ouça a Tua voz. Cura esta minha enfermidade, como a curaste ao paralítico, para que eu louve o Teu nome. Purifica-me as chagas com o Teu hissope (cf. Sl 50,9), como ao leproso purificaste. Faz-me viver, Senhor, como fizeste à menina, a filha de Jairo. Cura-me, como à sogra de Pedro curaste, porque estou doente. Faz que me levante, como o fizeste ao rapaz, filho da viúva. Como a Lázaro, que chamaste, chama-me com a Tua própria voz e desprende-me destas faixas. Porque eu estou morto pelo pecado, como de uma doença; reergue-me desta ruína, e louvarei o Teu nome! Peço-te, Senhor da Terra e do Céu, vem em meu auxílio e indica-me o Teu caminho, para que eu vá até Ti. Leva-me até Ti, Filho do Bom Deus, e eleva ao máximo a Tua misericórdia. Irei até Ti e, junto a Ti, saciar-me-ei na alegria.


"O PÃO NOSSO DE CADA DIA" TRANSMITIDO PELA REDE VIDA DE TELEVISÃO DIA 06/03/10.

Padre Fernando J. C. Cardoso

Arquidiocese de São Paulo

O capítulo XV de Lucas é perfeitamente quaresmal e se enquadra magnificamente neste dia. Três parábolas de misericórdia: a parábola da ovelha perdida, a parábola da dracma perdida, a parábola do filho perdido.

Este último texto do Evangelho de Lucas é por demais conhecido e praticamente não necessita de nenhuma explicação - basta que o leitor se coloque diante da parábola, leia com atenção e pausadamente e no lugar do filho pródigo se ponha a si mesmo.

Lendo esta história, cada um de nós pode reler a história de suas infidelidades, a história dos seus abandonos de Deus, a história do malbaratamento dos dons que d’Ele recebeu, a história de uma vida dissoluta, a história de tantos pecados capitais cometidos e também de possíveis remorsos, de possíveis desejos de volta para a casa de Deus, para o aconchego do Pai que nós ofendemos tanto com as misérias que praticamos.

Esta parábola pode e deve ser lida em primeira pessoa, e que cada um diga: sou eu e, identificando-se com o filho pródigo, relembre como foi que deixou a casa paterna, como foi que abandonou Deus em sua vida passada, quais foram os pecados capitais que cometeu, quais foram os excessos a que se entregou, não se esquecendo de se lembrar também dos remorsos e, quem sabe, da graça de Deus que o tocou naquela vida miserável, tornando a volta possível e feliz.

Este é o desejo da Igreja para com todos nós, para com todos os seus filhos: que voltemos de coração ao nosso Deus porque Ele é Pai, Ele não deseja perder nenhum de Seus filhos, Ele não quer a morte do pecador, Ele deseja, sim, que o pecador se converta, se arrependa do mal cometido e se volte para Ele, enquanto há tempo.

Nós estamos a meio caminho de nossa Quaresma, há tempo, sim, para a conversão, há tempo para um retorno para o nosso Deus. Digamos de coração: “Convertei-nos, Senhor” e nós seremos convertidos. Fazei, Senhor, que nos voltemos definitivamente e de coração sincero para Vós, despedindo-nos definitivamente também de tantos vícios e pecados cometidos, enquanto há tempo.

Para sua reflexão: Eis a “rainha das parábolas”. Nela temos a partida, a curtição despreocupada, a queda humilhante, as privações, a saudade da casa paterna, o retorno à nova vida, o abraço sem recriminações e a festa. O pai não leva o assunto por via legal, mas se deixa levar pelo afeto paternal. O abraço sela a reconciliação, antes que o filho pronuncie a confissão. É recebido como filho, traje e anel serão os sinais externos. Mas nem todos se alegram com o desfecho, pois alguém não aceita nem compreende a fraqueza do pai. O irmão mais velho, que regressa do trabalho no campo, discorre em termos de retribuição comparativa, protesta contra o irmão e o pai. E o pai, no mesmo terreno, o faz ver que está bem pago convivendo com ele. O irmão mais velho deve aceitar a misericórdia do pai e reconciliar-se com seu irmão arrependido. Paternidade gera fraternidade. O irmão mais velho, neste caso, representa o fariseu como tipo. Para os dias atuais, tem sido difícil o cristão aplicar a misericórdia com o próximo? Como ler, entender e não praticar a Palavra do Senhor?

Santo Olegário, bispo, +1136


Bispo de Barcelona, foi Legado apostólico na Cruzada que o Conde de Barcelona empreendeu contra os mouros. Para esse fim, também estabaleceu na Espanha a Ordem dos Templários.


Santa Rosa de Viterbo

6 de Março


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Santa Rosa de ViterboA santidade é uma graça que o Espírito Santo quer dar a todos, porém é Ele que vai no tempo Dele manifestando para o mundo este dom dado a quem luta diariamente. Por exemplo Santa Rosa que lembramos neste dia muito cedo começou a externar atitudes extraordinárias e coragem e amor ao Senhor.

Nasceu em Viterbo no ano de 1233 numa pobre e humilde família; quando tinha apenas três anos conta-se que pela sua oração Jesus reviveu uma tia. Com sete anos, Rosa pegou uma forte doença que foi meio para sua vida de consagração, pois Nossa Senhora apareceu a ela, restituindo a saúde e chamando-a a total entrega de vida.

Santa Rosa, antes mesmo de alcançar idade, resolveu livremente vestir um hábito franciscano, já que sua meta era entrar na Ordem de Santa Clara de Assis. Menina cheia do Espírito Santo, não ficou parada diante dos hereges cátaros, que semeavam a rejeição às autoridades.

Com apenas doze anos, era instrumento eficaz nas mãos do Pai Celeste, por isso anunciava o Evangelho e denunciava as artimanhas de satanás. Banida pelo imperador, continuou profetizando. Com o falecimento do imperador, ela voltou como heroína para Viterbo. Mesmo sem ser aceita com dezesseis anos pelas Irmãs Clarissas, Santa Rosa perseverou no caminho da santidade, e aos dezoito anos foi acometida de uma doença que a levou para a Eterna Morada de Deus.

Santa Rosa de Viterbo...rogai por nós!

Santa Rosa de Viterbo

Rosa viveu numa época de grandes confrontos, entre os poderes do pontificado e do imperador, somados aos conflitos civis provocados por duas famílias que disputavam o governo da cidade de Viterbo. Ela nasceu nesta cidade num dia incerto do ano de 1234. Os pais, João e Catarina, eram cristãos fervorosos. A família possuía uma boa propriedade na vizinha Santa Maria de Poggio, vivendo com conforto da agricultura.

Envolta por antigas tradições e sem dados oficiais que comprovem os fatos narrados, a vida de Rosa foi breve e incomum. Como sua mãe, Catarina, trabalhava com as Irmãs Clarissas do mosteiro da cidade, Rosa recebeu a influência da espiritualidade franciscana, ainda muito pequena. Ela era uma criança carismática, possuía dons especiais e um amor incondicional ao Senhor e a Virgem Maria. Dizem que com apenas três anos de idade transformava pães em rosas e aos sete, pregava nas praças, convertendo multidões. Aos doze anos ingressou na Ordem Terceira de São Francisco, por causa de uma visão em que Nossa Senhora assim lhe determinava.

No ano de 1247 a cidade de Viterbo, fiel ao Papa, caiu nas mãos do imperador Frederico II, um herege, que negava a autoridade do Papa e o poder do Sacerdote de perdoar os pecados e consagrar. Rosa teve outra visão, desta vez com Cristo que estava com o coração em chamas. Ela não se conteve, saiu pelas ruas pregando com um crucifixo nas mãos. A notícia correu toda cidade, muitos foram estimulados na fé, e vários hereges se converteram. Com suas palavras confundia até os mais preparados. Por isto, representava uma ameaça para as autoridades locais.

Em 1250, o prefeito a condenou ao exílio. Rosa e seus pais foram morar em Soriano onde sua fama já havia chegado. Na noite de 5 de dezembro 1251, Rosa recebeu a visita de um anjo, que lhe revelou que o imperador Frederico II, uma semana depois, morreria. O que de fato aconteceu. Com isto, o poder dos hereges enfraqueceu e Rosa pode retornar a Viterbo. Toda a região voltou a viver em paz. No dia 6 de março de 1252, sem agonia, ela morreu.

No mesmo ano, o Papa Inocêncio IV, mandou instaurar o processo para a canonização de Rosa. Cinco anos depois o mesmo pontífice mandou exumar o corpo, e para a surpresa de todos, ele foi encontrado intacto. Rosa foi transladada para o convento das Irmãs Clarissas que nesta cerimônia passou a se chamar, convento de Santa Rosa. Depois desta cerimônia a Santa só foi "canonizada" pelo povo, porque curiosamente o processo nunca foi promulgado. A canonização de Rosa ficou assim, nunca foi oficializada.. Mas também nunca foi negada pelo Papa e pela Igreja. Santa Rosa de Viterbo, desde o momento de sua morte, foi "canonizada" pelo povo.

Em setembro de 1929, o Papa Pio XI, declarou Santa Rosa de Viterbo a padroeira da Juventude Feminina da Ação Católica Italiana . No Brasil ela é A Padroeira dos Jovens Franciscanos Seculares. Santa Rosa de Viterbo é festejada no dia de sua morte, mas também pode ser comemorada no dia 4 de setembro, dia do seu translado para o mosteiro de Clarissas de Santa Rosa, em Viterbo, Itália.[www.paulinas.org.br]



Santa Rosa de Viterbo

Santa Rosa de Viterbo nasceu em 1234, em Itália, numa família modesta.

O seu tempo foi marcado por divergências entre o Estado e a Igreja. Imperava na época Frederico II que ao receber a coroa de Honório II, não manteve a promessa feita pelo mesmo de devolver à Igreja os bens usurpados. As desavenças perduraram entre Frederico II e os papas Gregório IX, Celestino, Inocêncio IV e assim sucessivamente.

Frederico II morreu em 1244 e nessa mesma noite Rosa de Viterbo teve uma visão de Nossa Senhora indicando que ela deveria consagrar-se a vida religiosa. Apesar de sua pouca idade, Rosa exortava os concidadãos à conversão, amor à Igreja e à fidelidade a Cristo. As suas pregações foram encaradas como discursos políticos ocasionando o exílio de sua família. O exílio durou pouco tempo e logo que retornaram, Rosa procurou o convento das Clarissas para nele ingressar. Há controvérsias quanto ao fato de Rosa ter ou não conseguido ingressar nessa Ordem Religiosa.

A sua vida foi marcada por fatos extraordinários e, ao morrer, o seu corpo permaneceu intacto por vários séculos, resistindo até mesmo a um incêndio que consumiu o seu caixão. Aos 18 anos de idade, Rosa de Viterbo contrai uma doença que a leva para o paraíso em 1252.


A vida grita sempre mais forte que as palavras que dizemos e as obras que fazemos. (S. Tiago Alberione)

A miséria da condição humana é tal que a dor é seu sentimento mais vivo. (Jean Lerond D’Alembert)

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