quarta-feira, 29 de junho de 2011

Dez anos de isolamento (1923-1933)

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Demasiadamente esquecidas são as criaturas humanas, com muitos defeitos humanos. Um desses defeitos é o fanatismo. O encontramos continuamente em torno de pessoas que, por motivos diversos, causam entusiasmo.

O encontramos ao redor de Jesus e de muitos santos; o encontramos perto de atores ou políticos, de cantores ou de esportistas. Não se pode destruir o homem pelos defeitos dele; não se pode suprimir um movimento porque tem indícios de desordem. Pior ainda quando, para punir os exaltados, culpam um inocente. Sim, acredito em cortar o mal pela raiz; foi como Jesus sugeriu quando referiu-se a isso (na noite em que foi entregue): “Persigam o pastor e o rebanho será destruído” (cf. Mt 26,31).

Já começaram em junho de 1922, quando seu pai espiritual, padre Benedetto, proibiu Padre Pio de todos os contatos, verbais ou escritos. Devemos reconhecer que padre Benedetto foi por doze anos, de 1910 a 1922, um ótimo diretor espiritual, sábio e prudente.

As medidas contra o padre eram feitas progressivamente, sempre mais e mais pesadas. Ordenava a transferência de Padre Pio e proibia que celebrasse qualquer Missa em público. Foi concedido celebrar em particular, aos internos do convento e, sobretudo, proibiram-no de confessar.

Quando, uns dias depois, padre Raffaele teve a dolorosa incumbência de comunicar-lhe sobre o decreto do Santo Oficio, Padre Pio respondeu humildemente: “Seja feita a vontade de Deus”. Por outros dois anos, viveu como um encarcerado (esta era a sua impressão).

Como conseqüência, o padre Pio passou 10 anos, de 1923 a 1933 asilado completamente do mundo exterior, entre a paredes de sua cela. Durante estes anos não apenas sofria as dores da Paixão do Senhor em seu corpo, também sentia em sua alma a dor do isolamento e o peso da suspeita.

Sua humildade, obediência e caridade não diminuíram nunca.

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