domingo, 31 de janeiro de 2010

Abandonar o Senhor significa desfigurar-se totalmente

Postado por: homilia

janeiro 15th, 2010


Antífona: Ergamos os nossos olhos para aquele que tem o céu como trono; a multidão dos anjos o adora, cantando a uma só foz: Eis aquele cujo poder é eterno.

Oração: Ó Deus, atendei como pai às preces do vosso povo; dai-nos a compreensão dos nossos deveres e a força de cumpri-los. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Leitura: I Samuel (1 Sm 8, 4-7.10-22a)
A introdução da monarquia em Israel

Naqueles dias, 4todos os anciãos de Israel se reuniram, foram pro curar Samuel em Ramá,5e disseram-lhe: "Olha, tu estás velho, e teus filhos não seguem os teus caminhos. Por isso, estabelece sobre nós um rei, para que exerça a justiça entre nós, como se faz em todos os povos". 6Samuel não gostou, quando lhe disseram: "Dá-nos um rei, para que nos julgue". E invocou o Senhor. 7O Senhor disse a Samuel: "Atende a tudo o que o povo te diz. Porque não é a ti que eles rejeitam, mas a mim, para que eu não reine mais sobre eles".

10Samuel transmitiu todas as palavras do Senhor ao povo, que lhe pedira um rei, 11e disse: "Estes serão os direitos do rei que reinará sobre vós: Tomará vossos filhos e os encarregará dos seus carros de guerra e dos seus cavalos e os fará correr à frente do seu carro.12Fará deles chefes de mil, e de cinqüenta homens, e os empregará em suas lavouras e em suas colheitas, na fabricação de suas armas e de seus carros. 13Fará de vossas filhas suas perfumistas, cozinheiras e padeiras. 14Tirará os vossos melhores campos, vinhas e olivais e os dará aos seus funcionários. 15Das vossas colheitas e das vossas vinhas ele cobrará o dízimo, e o destinará aos seus eunucos e aos seus criados. 16Tomará também vossos servos e servas, vossos melhores bois e jumentos, e os fará trabalhar para ele. 17Exigirá o dízimo de vos sos rebanhos, e vós sereis seus es cravos. 18Naquele dia, clamareis ao Senhor por causa do rei que vós mesmos escolhestes, mas o Senhor não vos ouvira'. 19Porém, o povo não quis dar ouvidos às razões de Samuel, e disse: "Não importa! Queremos um rei, 20pois queremos ser como todas as outras nações. O nosso rei administrará a justiça, marchará à nossa frente e combaterá por nós em todas as guerras". 21Samuel ouviu todas as palavras do povo e repetiu-as aos ouvidos do Senhor. 22aMas o Senhor disse-lhe: "Faze-lhes a vontade e dá-lhes um rei". Palavra do Senhor!

Comentando a I Leitura

Clamareis ao senhor por causa do vosso

rei, mas o Senhor não vos ouvirá

A transformação política e social que os tempos exigiam não acarretava necessariamente o abandono de Deus por parte do povo. Tratava-se de duas concepções diversas a respeito de governo, ligadas a duas tradições diferentes. As profundas divergências que separam essas tradições encontram-se ainda hoje no plano cristão. Crer na presença de Deus em seu povo e em cada um dos membros deste povo consistirá porventura em oferecer-lhe oportunidade para uma intervenção direta, de cunho mais ou menos maravilhoso? Ou consiste, ao contrário, em considerar Deus presente justamente onde o homem assume a responsabilidade da ordem humana, social ou política? O seguidor de Cristo adquiriu o direito de chamar-se filho de Deus, e seu esforço em favor da ação política e social torna-se o sinal da ação de Deus para a salvação do mundo. [MISSAL COTIDIANO, ©Paulus, 1997]

Salmo: 88(89), 16-17.18-19 (R/.cf 2a)

Ó Senhor, eu cantarei eternamente o vosso amor

Quão feliz é aquele povo que conhece a alegria; seguirá pelo caminho, sempre à luz de vossa face! Exultará de alegria em vosso nome dia a dia, e com grande entusiasmo exaltará vossa justiça.

Pois sois vós, ó Senhor Deus, a sua força e sua glória, é por vossa proteção que exaltais nossa cabeça. Do Senhor é o nosso escudo, ele é nossa proteção, ele reina sobre nós, é o santo de Israel!

Evangelho: Marcos (Mc 2, 1-12)

A cura do Paralítico

1Alguns dias depois, Jesus entrou de novo em Cafarnaum. Logo se espalhou a notícia de que ele estava em casa. 2E reuniram-se ali tantas pessoas, que já não havia lugar; nem mesmo diante da porta. E Jesus anunciava-lhes a palavra. 3Trouxeram-lhe, então, um paralítico, carregado por quatro homens. 4Mas não conseguindo chegar até Jesus, por causa da multidão, abriram então o teto, bem em cima do lugar onde ele se encontrava. Por essa abertura desceram a cama em que o paralítico estava deitado. 5Quando viu a fé daqueles homens, Jesus disse ao paralítico: "Filho, os teus pecados estão perdoados".

6Ora, alguns mestres da lei, que estavam ali sentados, refletiam em seus corações: 7"Como este homem pode falar assim? Ele está blasfemando: ninguém pode perdoar pecados, a não ser Deus". 8Jesus percebeu logo o que eles estavam pensando no seu intimo, e disse: "Por que pensais assim em vossos corações? 9O que é mais fácil: dizer ao paralítico: 'Os teus pecados estão perdoados', ou dizer: 'Levanta-te, pega a tua cama e anda'? 10Pois bem, para que saibais que o Filho do Homem tem, na terra, poder de perdoar pecados, disse ele ao paralítico: 11eu te ordeno: levanta-te, pega tua cama, e vai para tua casa!” 12O paralítico então se levantou e, carregando a sua cama, saiu diante de todos. E ficaram todos admirados e louvavam a Deus, dizendo: “Nunca vimos uma coisa assim.” Palavra da Salvação!

Contexto: O ministério de Jesus na Galiléia. Leitura paralelas: Mt 9, 1-8; Lc 5, 17-26. O evangelho de hoje é sempre válido para a sexta-feira da primeira semana do tempo comum; a I leitura e o Salmo Responsorial são específicos para os anos pares

Comentário o Evangelho

Fé e incredulidade

É chocante o contraste entre a fé do paralítico e dos que o traziam até Jesus, para ser curado, e a incredulidade de alguns escribas, presentes nesta ocasião.

Para que o homem fosse curado, pessoas de boa vontade superaram todos os obstáculos a fim de fazê-lo chegar até Jesus. Mas, a presença da multidão impedia-lhes o acesso. Por isso, resolveram abrir um buraco no teto, por onde puderam descer a maca do paralítico. Só uma fé profunda pode explicar este gesto quase desesperado. E Jesus o descobre, e o recompensa. Por sua vez, 95 escribas ruminam, em seus corações, pensamentos malévolos a respeito da ação de Jesus. Tomam-no por usurpador de um poder exclusivo de Deus, porque perdoa os pecados daquele pobre homem, antes mesmo que lhe solicitassem a cura. Sua incredulidade leva-os a acusar Jesus de blasfemo. E que, no fundo, não suportavam conviver com a misericórdia que jorrava do coração do Mestre.

5

A incredulidade dos escribas não foi suficientemente forte para bloquear Jesus. Ele continuou a agir com absoluta liberdade, sempre conforme o querer do Pai. Não só per doou todos os pecados do paralítico, como também, devolveu-lhe a saúde, recompensando-lhe a fé.

Os incrédulos podem até permanecer firmes em sua incredulidade. Só não podem dizer que não tinham motivos para crer. O milagre de Jesus não dava margem para dúvidas. [O EVANGELHO DO DIA, Ano “A”. Jaldemir Vitório. ©Paulinas, 1997]

“Alguns dias depois, Jesus entrou novamente em Cafarnaum e souberam que ele estava em casa. Reuniu-se uma tal multidão, que não podiam encontrar lugar nem mesmo junto à porta. E ele os instruía. Trouxeram-lhe um paralítico, carregado por quatro homens. Como não pudessem apresentar-lho por causa da multidão, descobriram o teto por cima do lugar onde Jesus se achava e, por uma abertura, desceram o leito em que jazia o paralítico. Jesus, vendo-lhes a fé, disse ao paralítico: ‘Filho, perdoados te são os pecados.’ Ora, estavam ali sentados alguns escribas, que diziam uns aos outros: ‘Como pode este homem falar assim? Ele blasfema. Quem pode perdoar pecados senão Deus?’ Mas Jesus, penetrando logo com seu espírito tios seus íntimos pensamentos, disse-lhes: ‘Por que pensais isto nos vossos corações? Que é mais fácil dizer ao paralítico: Os pecados te são perdoados, ou dizer: Levanta-te, toma o teu leito e anda? Ora, para que conheçais o poder concedido ao Filho dó homem sobre a terra (disse ao paralítico), eu te ordeno: levanta-te, toma o teu leito e vai para casa.’ No mesmo instante, ele se levantou e, tomando o. leito, foi-se embora à vista de todos. A, multidão inteira encheu-se de profunda admiração e puseram-se a louvar a Deus, dizendo: ‘Nunca vimos coisa semelhante’.”(São Marcos 2,1-12)

Podemos ver no Evangelho que o Senhor curou o paralítico. Claro que, depois disto, muitas pessoas passaram a aceitar Jesus como Filho de Deus.

O nosso seguimento tem que ser perseverante. Não podemos chegar a um ponto de rejeição; ao contrário, é preciso que perseveremos faça chuva ou faça sol. Não podemos abandonar Jesus aconteça o que acontecer.

Às vezes, acontecem situações que fazem você querer viver a vida passada novamente. Vem a saudade da vida antiga e você vai parando de rezar e abandonando o Senhor. Mas hoje é preciso perceber que em sua caminhada você não pode desistir de Jesus, não pode abandoná-Lo.

“Samuel, tendo envelhecido, estabeleceu os seus filhos juízes de Israel. Seu filho primogênito chamava-se Joel, e o segundo Abia; e julgavam em Bersabéia. Os filhos de Samuel, porém, não seguiram as suas pisadas, mas deixaram-se arrastar pela cobiça, recebendo presentes e violando o direito. Todos os anciãos de Israel vieram em grupo ter com Samuel em Ramá, e disseram-lhe: Estás velho e teus filhos não seguem as tuas pisadas. Dá-nos um rei que nos governe, como o têm todas as nações. Estas palavras: Dá-nos um rei que nos governe, desagradaram a Samuel, que se pôs em oração diante do Senhor. O Senhor disse-lhe: Ouve a voz do povo em tudo o que te disseram. Não é a ti que eles rejeitam, mas a mim, pois já não querem que eu reine sobre eles.” (I Samuel 8,1-7)

Há muitos cristãos que se deixam comprar por presentes. Era isso que estava acontecendo com os filhos de Samuel, pois eles estavam abandonando o Senhor por bens materiais. Samuel era um grande líder, mas estava morrendo. Quem governava o povo de Deus era o próprio Deus, mas agora eles pediam um rei como as outras nações. Com essas palavras o povo começou a rejeitar o Senhor.

A Palavra de Deus, hoje, vem nos alertar de que não podemos abandoná-Lo. Se você disser que não quer saber d’Ele, Ele não vai agarrá-lo pelo pescoço, não vai entrar em sua liberdade.

Cada um de nós sabe o que acontece em nossas vidas, mas não podemos esquecer o que Deus fez nela. Nós vamos nos esquecendo das grandes coisas que Ele fez. A maior ingratidão de um cristão é abandonar Jesus que veio para a Terra e morreu na cruz só para nos salvar.

Não sei em qual ponto você está em sua vida de cristão, mas não abandone o Senhor. Um homem sem Deus se torna um animal; um homem sem Deus vai sofrer muito. Não abandone Jesus por nada nesse mundo. Se você está com Ele, mesmo sofrendo continue. Saiba esperar em Deus.

Abandonar o Senhor significa desfigurar-se totalmente. Olhe o alerta que São Pedro nos dá:

“Com efeito, se aqueles que renunciaram às corrupções do mundo pelo conhecimento de Jesus Cristo nosso Senhor e Salvador nelas se deixam de novo enredar e vencer, seu último estado torna-se pior do que o primeiro.Melhor fora não terem conhecido o caminho da justiça do que, depois de tê-lo conhecido, tornarem atrás, abandonando a lei santa que lhes foi ensinada. Aconteceu-lhes o que diz com razão o provérbio: ‘O cão voltou ao seu vômito’ e ‘A porca lavada volta a revolver-se no lamaçal’.” (II São Pedro 2,20-22)

Uma pessoa que não queria saber de Jesus, mas se converteu, não pode mais voltar, porque sua vida passada será pior do que era antes. Seria melhor não ter conhecido Jesus. Abandonar a Deus é voltar a uma vida de “porcaria”. Se você está querendo voltar à sua vida passada, não volte, não abandone o Senhor; continue firme no seu caminho. Depois de tê-Lo conquistado no seu coração continue firme. Ele tem um plano muito maior para você.

Homilia de padre José Augusto

Missionário da Comunidade Canção Nova

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