quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

No Santíssimo Sacramento nada de sensível se manifesta.

Por Padre Luizinho no dia jan 28th, 2010 sobre Adoração ao Santíssimo.

Jesus em seu Sacramento, geralmente encontra apenas a indiferença dos seus, e muitas vezes a incredulidade e o desprezo. É fácil verificar esta triste verdade: “Mundus eum non cognovit” (Jo 1,5. 10). “E a luz brilha nas trevas, e as trevas não conseguiram dominá-la. Ela estava no mundo, e o mundo foi feito por meio dela, mas o mundo não a reconheceu”.

Não haveria dificuldade em se acreditar na Eucaristia, se, no momento da Consagração, o concerto dos Anjos se fizesse ouvir, como no nascimento de Jesus (Lc 2, 13-14); se nos fosse dado ver, como outrora no Jordão, o céu aberto sobre Ele, ou resplandecer a sua glória, como no Tabor (Mt 17,2); ou, enfim, se um dos milagres realizados pelo Deus da Eucaristia, no decorrer dos tempos, se renovasse sob os nossos olhos.

Nada disto, porém, e menos ainda! É o aniquilamento de toda glória, de todo poder, da pessoa divina e humana de Jesus Cristo, cuja face não vemos e cuja voz não ouvimos. Nada de sensível se manifesta!

Eis o que constitui para o verdadeiro cristão, em vez de pedra de escândalo ou provação da fé, a vida e a perfeição de seu amor. Movida de viva fé, a alma vai além dessa pobreza e fraqueza de Jesus, dessa aparência de morte, e descobrindo sua divindade se prostra como os Magos, contempla e adora.

A adoração dos Reis Magos foi uma homenagem de fé e um tributo de amor ao Verbo Encarnado. Tal deve ser a nossa adoração eucarística. A fé dos magos brilha em todo o seu esplendor nas terríveis provações por que passaram e das quais triunfaram. Primeiro, o silencio, em Jerusalém, pois que contavam encontrar a cidade em júbilo, o povo em festa, e por toda parte a alegria (cf. Mt 2,3).

A segunda provação dos reis Magos foi o estado de humilhação do Menino Deus, porquanto esperavam, naturalmente, ver o berço do recém-nascido rodeado de esplendores do Céu e da Terra (cf. Mt 2,11; Lc 2,7). O silencio do mundo e a humilhação sacramental de Jesus Cristo – eis as duas grandes provações da fé na Eucaristia.

Os Magos são nossos modelos, como primeiros adoradores. As suas adorações são dignas de nossa admiração e constituem o protótipo das visitas ao Santíssimo Sacramento. Sejamos, pois herdeiros do seu amor, dignos da realeza de sua fé em Jesus Cristo, e participaremos também um dia de sua glória.

São Pedro Julião Eymard, apóstolo da Eucaristia.

Quem já não teve dúvidas e balançou diante de Jesus Eucarístico? Estar diante deste Mistério é um grande exercício de fé e de amor a Deus que se faz presente no aniquilamento do pão e do vinho transformados no Seu Corpo e no Seu Sangue. Mistério de amor e de fé é a vida eucarística do cristão que se decide fazer esse caminho de santidade. Assim foi com grandes santos na historia da Igreja, como santa Teresa D’ Ávila, que durante muitos anos deve crise de fé diante do Santíssimo Sacramento, mas nunca deixou de adorar Jesus Sacramentado sequer um dia de sua vida.

Oração: Senhor daí-me um coração adorador, que não se baseie nos sentimentos e manifestações para poder Te adorar, mas que seja atraído pela fé e pelo amor. Reconheça no Sacramento da Eucaristia um poderoso sinal do Teu amor pela humanidade ferida pela incredulidade e pela indiferença. Desejo ultrapassar o simples véu do pão e do vinho para entrar no santo dos santos do Teu Divino Coração e adorar com toda a minha vida. Graças e louvores se dêem a todo o momento, ao Santíssimo e Divinissimo Sacramento!

Conte sempre com as minhas orações.

Padre Luizinho,
Com. Canção Nova.

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