sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

ENCONTRO DE REVELAÇÃO...


Quando olhamos para a nossa vida, somos capazes de descobrir nela, encontros que foram uma revelação, aqueles encontros inolvidáveis que nos marcaram para sempre, porque ajudaram a clarificar obscuridades, a decifrar enigmas, a esclarecer significados, a encontrar sentidos e a aceitar, porventura, dramas...

Às vezes poderá ter sido uma palavra; uma palavra que foi mais do que um conceito, porque nela reconhecemos a força calorosa do amor e a luz poderosa duma revelação.

O que talvez nem semnpre soubemos reconhecer foi o que estaria por detrás desses encontros e as razões por que eles se realizaram no tempo e no lugar mais oportuno.

Tal como aconteceu com os discípulos de Jesus, que perguntaram quem teria pecado para que aquele homem nascesse cego...

As coisas acontecem quando têm que acontecer, isto é, quando as circunstâncias ocorrem nesse sentido, como as nuvens que podem dar chuva, e não temos que perguntar as razões, mas aceitar as suas boas ou más consequências.

Não percebemos que as nossas obscuridades são a expressão das nossas certezas ilusórias...

Não percebemos que a fé não é mais do que a aceitação duma verdade que nos ilumina, ainda que invisivelmente, e que nos leva ao encontro com Deus.

Todos nós éramos como Bartimeu, e, numa das encruzilhada da história fizémos uma paragem, à beira do caminho, sem qualquer razão aparente e deu-se aquele encontro que deu rumo novo à nossa vida.

Cada um de nós é que sabe quais foram esses nossos encontros que foram na verdade uma grande revelação.

O Bartimeu do Evangelho é para nós um paradigma de que podemos tirar muitas conclusões no caminho da fé.

Bastam uns momentos de concentração e de reflexão para encontrarmos algum facto ou oportunidade ou até possivelmente uma razão, que nos possa explicar, num caminho de fé, o que é que se passou na nossa vida, para que hoje sejamos o que somos e não o que poderíamos ter sido, no campo dos futuríveis...

Bartimeu teve a sua experiência.

Como muitos de nós, estava sentado à beira do caminho, porque não tinha luz que lhe apontasse metas e lhe iluminasse os passos.

Somos uma civilização de consumidores passivos, que já confundimos as imagens com a realidade e não vemos mais nada para lá do imediato.

O cego de nascença fazia parte daquele grupo de pessoas que achavam que os nossos males são castigos de Deus por causa dos nossos pecados.

Através daquele encontro ele começou a perceber coisas mais importantes.

Aprendeu que aquele “homem”, Jesus de Nazaré, era mais do que um rabi ou um profeta, era o próprio Messias de Deus, e isso “iluminou” o seu espírito.

Daí que Bartimeu, o cego, ainda teve descernimento para gritar por aquele Jesus que passava.

A sua fé o salvou, tal como salvará todos aqueles que creditam hoje que Jesus Cristo é o futuro do homem.

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