sábado, 27 de agosto de 2011


Núncio trata de viagem papal a Berlim





12:07 - 26/08/2011

O núncio apostólico (representante diplomático do Vaticano) na Alemanha, Jean-Claude Perisset, afirmou que acredita que a visita do papa Bento XVI ao país em setembro dará aos alemães "esperança e força para a nova evangelização".

"A Igreja deve proclamar a mensagem de Cristo e o Papa quer encorajar a Igreja a levar ao fim esta tarefa. E estou seguro que se conseguirá", manifestou o sacerdote em entrevista à agência católica Kna, citada pela Rádio Vaticana.

A visita do Pontífice à "Alemanha reunida" passará primeiro pela capital, Berlim, e depois por Erfurt, em uma diocese da antiga República Democrática Alemã "na qual a Igreja conseguiu conservar a fé durante o regime [comunista] e onde se encontra o Seminário que o mesmo cardeal [Joseph] Ratzinger visitou no passado", detalhou Perisset.

Em seguida, o Papa irá para o oeste do país, onde visitará a cidade de Friburgo.

O núncio deu destaque a dois momentos da programação, ambos na tarde do dia 22 de setembro, em Berlim. Uma delas é a missa presidida pelo Papa no Estádio Olímpico, cujos ingressos já se esgotaram e para a qual a expectativa de ouvintes é cada vez maior.

Segundo o sacerdote, o fato de que muitos católicos de outras cidades e até do exterior queiram participar da celebração é "um sinal positivo da unidade da Alemanha" e "demonstra que Berlim não é uma cidade pagã, como dizem alguns, mas que a Igreja está presente na capital e é bem aceita".

A outra atividade destacada pelo núncio é uma visita ao Parlamento Federal, na qual ele falará "como representante em nível internacional de um legado específico de valores", detalhou Perisset.

A viagem, de "caráter oficial", inclui a obrigatória visita do líder máximo da Igreja Católica "à máxima autoridade do Estado" alemão, o presidente Christian Wulff, no Palácio de Bellevue, e outra à chanceler Angela Merkel na sede da Conferência Episcopal alemã.

Com relação aos protestos contra a visita do Pontífice, o núncio afirmou que "as pessoas têm o direito de se manifestar", mas que espera "apenas que não acabe insultando os valores religiosos, mas se respeite a crença da Igreja Católica".

"Nós exigimos exatamente o mesmo respeito que e tem por um outro responsável religioso ou político", acrescentou.

Ele opinou ainda que "as críticas em si representam um fator positivo" e, que, "na verdade, é justamente porque a Igreja está viva e doa sua contribuição que atrai críticas. E isso demonstra o quanto ela é importante para a sociedade". (ANSA)

Fonte: ANSA

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