domingo, 21 de agosto de 2011

São Pio X, Papa


Pontificado: 1903 a 1914

Pio X, que a Igreja Católica, pela voz de Sua Santidade o Papa Pio XII, proclamou Santo, é o 78o. Papa que a Igreja incluiu no catálogo dos Santos.

Giuseppe Sarto, que este era seu nome de família, nasceu na cidade de Riese, na província de Treviso, de uma família de humildes camponeses, o segundo dos dez filhos. Depois de ter feito seus estudos elementares em Riese, entrou como externo para o colégio de Castelfranco, de onde passou para o Seminário.

Nascido a 2 de junho de 1835, de João Batista Sarto e de Margarida Sanson, o menino José Melchior Sarto estava predestinado pelos céus para ser sacerdote a 18 de setembro de 1858, Bispo de Mantua a 16 de novembro de 1884, Cardeal Patriarca de Veneza a 12 e 15 junho de 1893 e Romano Pontífice em 1903, substituindo a Leão XIII, de gloriosa memória.

O conclave que terminou pela sua eleição foi o último no qual um Cardeal usou do direito de “Veto” em nome de uma potência estrangeira. Na realidade, quando o Sacro Colégio se manifestou pela eleição do Cardeal Rampolla, Secretário de Estado de Leão XIII, o Cardeal Puzyna se levantou e apresentou o “Veto” pelo então Imperador Francisco José, da Áustria, porque “Rampolla era considerado como muito favorável à França”.

Teve-se que proceder a nova eleição, resultando esta na escolha do cardeal Giuseppe Sarto, o futuro Pio X.

Uma vez eleito, Pio X decretou a “excomunhão maior” – contra todos que, no futuro “ousassem formular um veto no Conclave ou contribuíssem para faze-lo.

Estabelecido na Cadeira de Pedro e vendo o que exigia o bem da Igreja e o que reclamavam os tempos, procurou realizar plenamente o lema de seu pontificado: “restaurar tudo em Cristo”.

Reconhecendo que a renovação dos homens dependia da vida santa do Clero, dedicou especial empenho aos Sacerdotes e Seminários, exortando os Ministros do Altar a se distinguirem pela piedade, ciência e obediência.

Preocupado ao máximo com a salvação eterna das almas, providenciou que fosse devidamente ensinado o catecismo às crianças e adultos, estabeleceu sábias normas para a pregação, disciplinou a música sacra, introduziu o uso da Comunhão freqüente e até quotidiana, e estabeleceu que as crianças se aproximassem da Primeira Comunhão desde os mais tenros anos.

Mestre infalível da verdade, na memorável Encíclica “Pascendi” denunciou e reprimiu com o necessário rigor as doutrinas que formavam uma triste síntese de todos os erros.

Trabalhou, de outra parte, na codificação do Direito Canônico, reunindo em um só texto as disposições jurídicas da Igreja proclamadas através dos séculos. Procedeu à revisão da “Vulgata”, isto é do texto oficial da Bíblia, confiando o trabalho aos Beneditinos. Reformou a Cúria Romana, modernizando a organização que Sixto V tinha dado aos Dicastérios e aos Tribunais Eclesiásticos. Criou o Instituto Bíblico, reformou o Breviário e orientou a música sacra para formas de expressão mais puras.

Para defesa da Religião restaurou a Ação Católica e deu novo desenvolvimento à ação social dos católicos e às associações operárias e reforçou as Ordens Religiosas com oportunas normas jurídicas.

Muito embora penetrado da consciência da autoridade pontifícia, Pio X levou uma vida de simplicidade extrema. Quis que os membros de sua família e especialmente suas irmã, o mesmo fizessem, e nunca lhes permitiu viverem junto dele, no Vaticano. Brando e afável, soube conquistar o afeto das multidões de fiéis.

Não vencido pelo trabalho, mas esmagado de dor por causa da cruel guerra européia de 1914, começou a sentir-se mal a 15 de agosto, desse mesmo ano, vindo a falecer santamente logo depois, dia 20 de agosto.

O renome de santidade de Giuseppe Sarto começou a correr logo após seu falecimento. Não se tardou em falar de milagres devidos à sua intervenção. Em 1923, os Cardeais residentes em Roma se reuniram em comissão a fim de promoverem sua Beatificação.

O processo registrou rápidos progressos e a Beatificação se deu a 3 de julho de 1951. Três anos depois, agora, terminava a causa da Canonização e, finalmente, Sua Santidade Pio XII proclamou Santo da Santa Madre Igreja Católica, Apostólica e Romana. “O Papa da Eucaristia”, o Papa da bondade e da doçura.

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