sábado, 6 de fevereiro de 2010


São Paulo Míki e companheiros mártires

6 de Fevereiro


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São Paulo Míki e companheiros mártiresSão Paulo Míki nasceu em Kyoto, no Japão, no século XVI dentro de uma família cristã, nobre, que foi canal para que ele recebesse, ainda pequeno, a graça do batismo. A partir de então, buscou também viver a riqueza do “ser batizado”. Discerniu a sua vocação, entrou para a Companhia de Jesus, tornou-se um Jesuíta e correspondeu ao chamado do sacerdócio.

Profundo conhecedor tanto da cultura quanto da língua, foi um homem compadecido do seu povo. Como nos tempos de hoje, o Japão não tinha o Cristianismo como religião predominante, então, São Paulo Míki buscava responder à necessidade da evangelização pela oração e pela penitência. Com estratégias inspiradas pelo Espírito Santo, foi um homem dócil, de comunidade.

Ousado e corajoso, quando ergueu-se à perseguição do Cristianismo no Japão também acabou sendo preso, assim como seus companheiros; mas não arrefeceu na sua fé. Ele, que era um grande pastor e pregador, também no momento do confronto, indicou Nosso Senhor Jesus Cristo e a sua religião como o único Salvador e a verdadeira religião; verdade que perdura para todos os tempos.

São Paulo Míki, assim como os companheiros de missão e outros cristãos fervorosos, deram testemunho com a vida e também com a mote.

Em Nagasaki, foram todos crucificados em 1595. Sementes para novos cristãos, desde a passagem de São Francisco Xavier já se contavam 300 mil cristãos no Japão. Depois, muito mais com testemunho desses 26 companheiros de Jesus.

Peçamos a intercessão deste santo para que o nosso relacionamento profundo com Deus se traduza em evangelização para a humanidade.

São Paulo Míki e companheiros mártires, rogai por nós!


O Japão recebeu a fé cristã por meio de São Francisco Xavier, 1549-51. Após algumas décadas de cristianismo, o número de fiéis atingia 300000. Essa rápida expansão deveu-se a dois factores: o respeito que os missionários jesuítas tinham para com o modo de vida dos japoneses e as crenças nipónicas que não eram de todo opostas ao cristianismo. Foi preciosa a colaboração dos elementos nativos.

Paulo Miki, nascido em 1564, de uma família abastada, tornou-se catequista. Admitiram a sua ordenação sacerdotal, pois a única diocese de Fusai ainda não havia recebido seu bispo. O imperador Toyotomi Hideyoshi (1587) de simpatizante tornou-se adversário dos missionários por causa da conquista da Coreia tendo então decretado a sua expulsão.

Alguns missionários, porém, não saíram. Ficaram escondidos. Alguns franciscanos espanhóis, guiados pelo padre Pedro Baptista, chegaram ao Japão através das Filipinas e foram bem acolhidos pelo imperador. Mas, pouco depois, por animosidade para com os espanhóis e os ocidentais deu-se a ruptura. No dia 9 de Dezembro de 1596 foram presos seis Franciscanos. Em seguida alguns terciários e catequistas (Paulo Suzuki).

Todos estes foram expostos a humilhações e arrastados de Meaco a Nagasaki para serem alvo de zombaria por parte do povo. Eram vinte e seis. O povo admirou a coragem que demonstravam. Foram crucificados sobre uma colina de Nagasaki no dia 5 de Fevereiro de 1597. Particularmente emocionantes foram as palavras de perdão e de testemunho evangélico pronunciadas por Paulo Miki, a serenidade e coragem de Luís Ibaraki (de 11 anos), de António (13 anos) e de Tomás Cosaki (14 anos) que morreram entoando o salmo: "Meninos louvai ao Senhor..."

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