quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Santa Clara de Assis, virgem, fundadora, +1253

Nasceu em Assis, em 1193. Conterrânea de São Francisco, Clara foi sua discípula e fiel intérprete de seu ideal ascético. De família nobre, dotada de extraordinária beleza e possuidora de muitas riquezas, Clara, aos 18 anos, fugiu de casa para se consagrar a Deus, mediante uma vida de absoluta pobreza, a exemplo de Francisco de Assis. Juntamente com Inês, sua irmã mais jovem, e outras companheiras, Clara instalou-se no oratório de São Damião. Era o início das Clarissas. Procuravam em tudo viver o ideal franciscano da pobreza. Actualmente somam cerca de umas 19 mil religiosas, espalhadas por todo o mundo.

Contam as fioretti que um dia, Francisco mandou dizer a Clara que rezasse a Deus para que ele pudesse saber o que mais agradava a Deus: dedicar-se à pregação ou à oração. Depois de muita oração, o mensageiro levou a resposta a Francisco: "Tanto a frei Silvestre como a irmã Clara e sua irmã, Cristo respondeu e revelou que sua vontade é que vás pelo mundo a pregar, porque Ele não te escolheu para ti somente, mas ainda para a salvação dos outros!"

Com frei Masseo, São Francisco pôs-se a caminhar conforme o Espírito o movia ... Pregou a muitos com muita unção ... As aves do céu faziam silêncio para que o Santo pudesse falar ...


São Damião foi milagre que irradiou pureza, como o sol irradia os seus raios. As mulheres queriam ser puras como Clara e os homens aprendiam a respeitar a pureza das mulheres. Santa Clara é apresentada de custódia do Santíssimo Sacramento na mão a deter os mouros às portas de Assis. Por lhe ter sido atribuído ver de longe o sepulcro de S. Francisco, foi ela declarada padroeira da televisão.


Santa Clara de Assis

Pouco antes de nascer Santa Clara, rezando sua mãe a pedir feliz parto, ouviu uma voz que lhe dizia: «Mulher, não tenhas medo, porque darás à luz quem, com as suas chamas, iluminará o mundo». Esta a razão por que depois se deu à menina o nome de Clara: aquela que resplandece.
Desde muito cedo revelou uma abnegação de que são capazes apenas as almas que imensamente amam. Não contente com dar aos pobres o supérfluo, chegava até a privar-se do necessário para os socorrer.
Desde a mais tenra infância, tinham-na enlevado os mistérios do reino sobrenatural, e o chamamento do espírito tinha-a erguido acima dos gostos próprios da idade. Mesmo das distrações familiares costumava separar-se para rezar o Pai-nosso.
Teve a educação do seu tempo e da sua classe elevada: conhecimentos elementares da leitura e escrita; trabalhos de agulha em que era primorosa; e direção da vida doméstica. Não lhe bastava cumprir a meias os seus deveres. Com previsão certeira, descobria as coisas dotadas de verdadeiro valor, unindo a esta qualidade um temperamento emotivo, sedento de beleza moral.
A direção definitiva da sua vida ficou a devê-la a são Francisco de Assis. Viram-se pela primeira vez na quaresma de 1212. Clara andava então pelos 18 anos. A sua família era uma das mais nobres do território de Assis; tinha um castelo nos arredores e uma casa senhorial no interior da cidade. O pai desejava vê-Ia casada, mas, quando lhe falava em projetos matrimoniais, ela ou não escutava ou mudava de assunto. Sentia quão necessário lhe era conservar a sua liberdade e consagrar a pureza a Jesus Cristo.
São Francisco ouvira falar de Clara, do trato delicado que tinha com os pobres. Desejou conhecê-la, «porque, diz o velho cronista, desejava arrancar esta nobre presa das garras do mundo perverso e depositá-la, como glorioso troféu, diante do altar de Deus».
Clara, por seu lado, depois de ouvir a pregação de Francisco, teve a certeza de ter encontrado o seu guia espiritual. Cada vez que tratava com o seu novo diretor de consciência, voltava mais resolvida a romper com o século, mantendo no interior «uma visão das felicidades eternas, em comparação das quais todo o mundano é vil e desprezível; e a sua alma unicamente se derretia, mais e mais, com o santo anelo de tomar por esposo o Rei dos céus».
A dificuldade estava na família. Os pais queriam a todo o custo que ela se casasse. Mas, durante a quaresma, Clara firmou-se na resolução contrária. E no domingo de Ramos, no fim da tarde, fugiu do palácio e foi para a Porciúncula, onde a esperava são Francisco. Naquela noite, Clara consagrou-se a Deus e Francisco cortou-lhe o cabelo, como testemunho do voto por ela feito. Ao amanhecer o novo dia, Francisco levou-a ao mosteiro de beneditinas de são Paulo de Bastia, até encontrar casa própria para as religiosas franciscanas. Vieram procurar a jovem os seus parentes; refugiou-se na igreja e, quando iam a lançar-lhe as mãos, tirou o véu, mostrando a cabeça rapada. Agarrando-se ao altar, declarou publicamente os seus desposórios com Nosso Senhor Jesus Cristo. Passado isto, deixaram-na em paz.
Na semana seguinte, veio juntar-se-lhe sua irmã mais nova, Inês, resolvida também a deixar o mundo e consagrar-se a Deus. Não foi tão feliz como Clara. Vieram, em seguida, os seus parentes, tiraram-na da igreja, arrastaram-na pela rua até que, já aborrecidos com gritos e lágrimas, a deixaram livre.
São Francisco obteve para elas o Oratório de são Damião e a pequena morada contígua, que pertencia aos beneditinos do Monte Subásio. São Damião ficou sendo, a partir dessa altura, casa gêmea da Porciúncula. Depressa vieram outras damas nobres, dilacerando, como diz o seu primeiro biógrafo, com disciplinas o invólucro alabastrino do seu corpo.
Francisco não deu a Clara nenhuma regra de vida; unicamente lhe inculcou o espírito da pobreza e a confiança na solicitude infinita de Deus. Por isso, foi S. Damião, segundo frase de Clara, «a torre forte da insigne pobreza». A comunidade não admitia nenhuma renda fixa. A esmola e o trabalho eram os dois pilares fortes. Clara dava o exemplo em tudo: servia à mesa e cuidava das doentes. De noite, levantava-se para acender as lâmpadas e fazer oração. A cama que tinha era um montão de varas; a comida, pão e água, quando não passava dias inteiros sem comer. Numa Quinta-Feira Santa teve um êxtase que lhe durou 24 horas.
Quando Gregório IX quis que aceitasse a posse de algumas rendas, Clara respondeu: «Santíssimo Padre, não é isso o que prometemos». - «Mas, não posso eu desligar-vos da vossa promessa?», respondeu o Papa. Clara, inspirada pelo Espírito Santo, desarmou o Pontífice com esta resposta: «Desligai-me, peço-vos, das minhas culpas, mas não de imitar Nosso Senhor Jesus CristO». Gregório IX concedeu-lhe o privilégio da altíssima pobreza, que mais tarde Inocêncio IV estendeu a todas as comunidades de Senhoras Pobres.
São Damião foi milagre que irradiou pureza, como o Sol irradia os sc;:us raios. As mulheres queriam ser puras como Clara, e os homens aprendiam a respeitar a pureza das mulheres. «De toda a parte, escreve o primeiro biógrafo, corriam as mulheres ao cheiro dos seus perfumes».
Veio ter com ela a morte no Verão de 1253. O papa Inocêncio IV visitara-a, estando ela de cama; mas desejou beijar-lhe o pé, o que obteve estendendo-lho Inocêncio. Pedindo em seguida a bênção com indulgência plenária, o Papa respondeu: «Queira Deus, filha minha, que não necessite eu, mais tarde que tu, da misericórdia divina».
Na sua prolongada enfermidade, quando mais cresciam as dores, respondia: «Desde que por meio de Francisco aprendi a conhecer os dons do meu Senhor Jesus Cristo, não há dor que me custe sofrer».
No meio dum silêncio cheio de lágrimas, a agonizante murmurava, falando com a sua alma: «Sai sem medo, que bom guia tens para o caminho. Ó Senhor! Louvo-Te, glorifico-Te por me terdes criado».
Clara acaba por olhar fixamente para a porta, que se abre para deixar passar uma procissão de virgens com vestidos brancos, e franjas de ouro à volta de cabelos luzidios. A mais alta, a mais bela, a que leva na fronte uma coroa real, avança até à cama, inclina-se para a moribunda, abraça-a e esconde-a entre os seus véus de luz. Nos braços de Maria, subiu à região das eternas claridades.
É representada de custódia do Santíssimo Sacramento na mão. a deter os mouros às portas de Assis. Por lhe ter sido atribuído ver de longe o sepulcro de S. Francisco, foi ela declarada padroeira da televisão.

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Santa Clara de Assis

Fundadora da Segunda Ordem das Franciscanas, as Clarissas Pobres, mística e padroeira da televisão.
Nasceu na Itália em 11 de julho de 1194 de um nobre chamado Faverone Offreducio Ortolanadi Fiumi. Impressionada com os sermões de São Francisco de Assis durante a quaresma de 1212, ela entrou para um convento beneditino e recebeu o habito das mãos de São Francisco de Assis no Domingo de Ramos. Ela ficou no convento beneditino perto de Bastia onde foi acompanhada de sua irmã Agnes. Em 1215,Clara moveu-se para uma casa ao lado da igreja de São Damiano e tornou-se superiora da comunidade cada vez maior e lá ficou por 40 anos. Ela fundou então a Ordem da Clarissas Pobres, e ela foi acompanhada por sua mãe, sua irmã Beatriz e três membros da família Ubaldini de Florença.
O Papa Inocêncio III ( 1198-1216) deu a elas a regra da pobreza absoluta, uma regra mantida por Clara nos anos seguintes. Outros conventos foram fundados e a Ordem floresceu por toda a Itália. Santa Clara era visitada por membros do alto clero e oficiais seculares por causa da sua sabedoria. Antes dela falecer já haviam conventos da Ordem por toda a Itália, França e Alemanha. Santa Clara fez vários milagres inclusive salvando a cidade de Assis do exército do Imperador Frederico II (1220-1250). Ela defendeu seu convento dirigindo milhões de cigarras (insetos) contra os Sarracenos. Quando estava no final de sua vida ela teve uma visão da Missa de sua cama. Por causa deste seu poder místico ela é considerada a padroeira da moderna televisão.
Ela morreu em 11 de agosto e foi canonizada dois anos mais tarde em 1255.
Clara é padroeira da cidade de Assisi, dos cegos, das lavadeiras e dos vidraceiros e pintores em vidros. Suas relíquias estão na Igreja de Santa Clara em Assis desde 1260. Na arte litúrgica católica ela é mostrada como uma Irmã Clarissa Pobre, as vezes carregando algumas cigarras.

Sua festa é celebrada do dia 11 de agosto.
Cumpre notar que em 23 de setembro se celebra o encontro de seu corpo e em 3 de outubro as Irmãs Clarissas Pobres celebram o traslado para a sua Basílica em Assisi.


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