terça-feira, 26 de abril de 2011

E se Cristo não ressuscitou, vã é vossa fé, e ainda estais em pecado

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Talvez a maior dificuldade que Paulo tenha enfrentado na sua atividade missionária haja sido introduzir a boa-nova da ressurreição na cultura grega. Aos ouvidos gregos a ideia soava como louca e ridícula: “Quando ouviram falar da ressurreição, zombaram dele...”(At 17,32).

Mas, para que serve uma religião sem a ressurreição? “Se os mortos não ressuscitam, comamos e bebamos porque amanhã morreremos”(1Cor 15,32). E qual é a garantia de que os mortos haverão de ressuscitar? Qual é a causa de tal ressurreição? Única e exclusivamente a ressurreição de Jesus Cristo. Esta é a “conditio sine qua non...”Se Cristo ressuscitou, os mortos também ressuscitarão com Ele. Se Cristo não ressuscitou, tampouco ressuscitarão os mortos.

Para Paulo a explicação é óbvia: se a cabeça ressuscita, com ela ressuscita, também, forçosamente, o corpo. Cabeça e corpo constituem uma unidade indivisa. “Embora sendo muitos, formamos um só corpo, cuja cabeça é Cristo”. Porém, se a cabeça não ressuscita, como poderíamos imaginar um corpo sem cabeça retornar à vida?

Contudo, a maior preocupação do Apóstolo é com as consequências práticas. Se Cristo não ressuscitou, os efeitos funestos se sucederão em cascata: a nossa fé é vã, como vã é igualmente a nossa pregação; os apóstolos e todos os santos de ontem e de hoje não passariam de falsas testemunhas; nós permaneceríamos no nosso pecado, pois continuaria morto “o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo...”De resto, “se só temos esperança em Cristo para esta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens”(1Cor 15,19).

Porém, se Cristo ressuscitou –como de fato ressuscitou! –, então busquemos as coisas do alto, pensemos nas realidades eternas! Senhor Jesus, viestes ao mundo para que todos tenham vida, e a tenham em abundância. Ensinai-nos a almejar sempre essa vida em plenitude, por vós conquistada através da vossa morte e ressurreição. Não permitais que vivamos como aqueles que não têm esperança! Amém. (Bíblia Sagrada, versão digital, Vozes, 1996)


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