sexta-feira, 22 de abril de 2011

S. Sotero, papa, mártir, +296

S. Sotero

S. Sotero foi o 12º papa entre 166 e 174.

De origem grega, Sotero nasceu em Nápoles. Conhece-se muito pouco deste papa, a não ser que seu pontificado foi marcado por seu zelo pela doutrina e pelas obras sociais.

Tradicionalmente é lembrado pelos católicos por ter enviado esmolas para muitas igrejas em todas as cidades.

O pontificadp de Sotero coincide com o governo romano de Marco Aurélio, o "imperador filósofo", sob o qual foram cruelmente perseguidos os cristãos. Datam dessa época os martírios de Felicidade e Perpétua, de Justino, de Policarpo de Esmirna — todos estes canonizados pela Igreja — e de milhares de fiéis.

De uma carta de Dionísio, bispo de Corinto: "precisamos e apreciamos hoje a grande caridade do papa Sotero para com os perseguidos, seus cuidados paternais em época tão difícil".

Em seu pontificado, opôs-se com rigor aos hereges. Atacando um abuso que, por influência herética, ia-se introduzindo nas comunidades, proibiu que as mulheres tocassem nos vasos e ornamentos sagrados e que oferecessem incenso durante as cerimônias.

Suas cartas às demais Igrejas eram guardadas e lidas com veneração.


Papa de origem grega da igreja cristã romana (166-175) nascido em Nápolis, substituto de Aniceto cujo pontificado coincidiu com o reinado de Marco Aurélio, o imperador filósofo, sob o qual os cristãos foram cruelmente perseguidos. Conhece-se muito pouco deste papa, a não ser que seu governo foi marcado pela prática da caridade, o zelo e a compaixão pelos mais humildes e a firmeza da fé com relação aos hereges, como se pode concluir pelos fragmentos de uma interessante carta a ele dirigida por São Dionisio de Corinto. Tradicionalmente é lembrado pelo seu costume de fazer o bem para todos os irmãos em muitas formas, e enviar esmolas para muitas igrejas em toda cidade, aliviando a pobreza dos que enviavam pedidos e dos irmãos de fé. Dar esmolas já era um velho e tradicional hábito dos romanos que o santo pontífice não só preservou, mas incentivou, além de consolar com palavras abençoadas todos os irmãos que vieram a ele, como um pai amoroso as suas crianças. Coibiu os abusos e ensinou com caridade a verdade. O papa de número 12 morreu em Roma e foi substituído por São Eleutério (175-189). Os mártires cristãos puderam contar com o seu auxílio paternal e ele próprio sofreu o martírio e, canonizado, é comemorado a 22 de abril, juntamente com outro papa, mas não mártir, São Caio (283-296). Alguns pesquisadores acham que a Segunda Epístola de Clemente,.foi um dos textos de sua autoria.


Pontificado 166 a 174

São Sotero (ou Sótero) nasceu em Fondi, no reino de Nápoles. Seu pai era natural da Grécia e, isto explica, sua preocupação em relação aos problemas e necessidades da Igreja grega, durante seu pontificado. Sua personalidade caritativa e amável, no entanto, não deixou de lado o rebanho como um todo, que nutria grande carinho e obediência às suas determinações. Sua origem cristã é que acabou determinando sua eleição na sucessão do trono pontifício. Nasceu e cresceu dentro de uma esmerada educação católica, de forma que tornou-se pessoa fervorosíssima e grande luminar na Igreja de Cristo. Assim reconhecido, foi escolhido para assumir o governo da Igreja por unanimidade.

Marco Aurélio empreendia crudelíssima perseguição aos cristãos. Com sua voracidade, investiu implacavelmente contra eles, dos quais muitos foram lançados aos leões no anfiteatro, outros despedaçados em cadafalsos, outros enterrados vivos. Sendo os seguidores de Cristo, causa de espetáculos promovidos pelo cruel imperador, São Sotero, como testemunha ocular das constantes perseguições, empreendeu todas as suas forças no sentido de consolar e atender aos fiéis através de diversas instruções, contidas em suas cartas apostólicas. Nelas, os exortava e animava na perseverarem da fé, sempre unidos e obedientes aos ministros da Igreja, para que juntos pudessem sofrer com paciência e resignação todos as investidas e conseqüentes tormentos que surgiam de todos os lados. Pessoalmente empenhou-se em visitar lugares subterrâneos e cavernas usadas como refúgio pelos cristãos, levando sua palavra de alento e confiança, aos fiéis perseguidos pela causa de Cristo.

Com muita determinação e coragem, opôs-se publicamente à heresia de Montano, levantada quatro anos antes do término de seu pontificado. Foi época em que lavrou escritos de sabedoria tão inspirada, que depois de muitos anos, foi usada pela Igreja para combater com veemência o surgimento de diversas outras heresias.

Promulgou vários decretos canônicos, dentre os quais, um que proibiu as monjas de tocarem os vasos sagrados e corporais, bem como da administração do incenso em cerimônias da Igreja. Foi ele também o primeiro Papa a prescrever, canonicamente, o caráter sacramental da união, apesar de estar já estabelecida desde os primórdios da Igreja.

À medida que iam sendo trucidadas as ovelhas pela ira mortal contra os cristãos, percebeu o Sumo Pontífice que o cerco se fechava cada vez mais e que inevitavelmente tombaria em breve também o pastor. E assim foi. Pela sua carreira de santidade e pureza, firmeza e empenho resoluto, recebeu a coroa dos mártires no dia 22 de abril, sendo porém, ignorado o gênero de martírio. Foi enterrado em Roma, onde seu corpo descansou até o século IX, durante o pontificado do Papa Sérgio II, que determinou que suas relíquias fossem trasladadas para o cemitério de Calixto, anexo à Igreja de Equício, junto aos restos mortais de São Silvestre e São Martinho. Parte de suas relíquias foram enviadas para a Igreja de Toledo e outras para Munique, onde são profundamente veneradas e festejadas por ocasião da sua festa.

Reflexões:

São Sotero soma-se, desde São Pedro, como o 12º Papa da Igreja a ser martirizado. Todos os seus predecessores deram a vida em defesa da fé. Mesmo enfrentando as constantes e cruéis perseguições, não se curvou ao ver os cristãos de Roma, sendo trucidados aos montes. Animado, consolava e encorajava os cristãos nas suas tribulações. Em grande número, aguardavam confiantes a iminente possibilidade do martírio. Colocando-se na condição de Cristo, portavam-se como ovelhas destinadas ao matadouro. Um grande número derramou seu sangue nas mais bárbaras circunstâncias, para receberem a glória na eternidade.

Peçamos ao divino Mestre que a lição magnífica dos mártires, suscite em nossos corações firme e intenso fervor pelas causas divinas. Se somos submetidos a zombarias, indiferenças ou críticas, por causa da Santa Religião, não devemos curvar a cabeça, seja por respeito humano ou vergonha. Aproveitemos a jornada terrena para defendermos incondicionalmente a Igreja de Cristo, testemunhando as convicções por ela ensinadas.


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