terça-feira, 26 de abril de 2011

São Luis Maria Grignon de Monfort

Um dos mais admiráveis devotos de Nossa Senhora, cuja devoção iniciou quando ainda menino. Criado e ambiente profundamente religioso, eram em dezesseis irmãos, três dos quais fizeram os votos. Tamanho era seu amor a Mãe de Deus que acrescentou o nome "Maria" em honra de Nossa Senhora, no dia da sua crisma. Posteriormente, em Paris, iria desenvolver as bases de um magnífico movimento que teria por lema "os escravos de Jesus em Maria". Os primeiros anos de sacerdócio não lhe foram fáceis. A dedicação e o rigor devotadas por são Luis provocaram muitas críticas, reclamações. Partiu para Roma para buscar ajuda e contou ao Papa de seu grande desejo em participar de missões em terras estrangeiras, mas o Papa lhe disse que precisava dele na França, pois justamente naqueles momentos os jansenistas (que acreditavam que a graça não era dada a todos), ameaçavam a Igreja. São Luis obedeceu. E Maria continuou sendo o centro principal de suas pregações, até mesmo escrevendo uma obra intitulada "A Verdadeira devoção a Nossa Senhora". Este livro é admirado por todos para todos os que amam a Nossa Senhora, assim como o nosso Papa, João Paulo II que tanto o admira. São Luis recomenda a todos a consagração a Virgem Santíssima e que Ela nos guarde como sua propriedade. Após anos de perseverança e com a santa ajuda de Nossa Mãe Santíssima, são Luis conseguiu formar um grupo de religiosos e partir para a Evangelização do Novo Mundo e suas sementes chegaram inclusive no Brasil, possuindo representantes de tais comunidades em vários recantos do mundo. Por sua obstinação religiosa, perseverança, seu imenso amor pelas missões, principalmente marianas, pode ver realizado o sonho de sua juventude, partindo para a eternidade aos 46 anos de idade.


S. Luís de Montfort, um apóstolo de Maria e dos pobres

S. Luís Maria de Montfort nasceu a 31 de Janeiro de 1673, num pequeno vilarejo chamado Montfort, localizado na Bretanha francesa. Foi batizado no dia seguinte ao seu nascimento. Era o filho primogênito de uma família numerosa.


Com 11 anos deu entrada no colégio dos jesuítas de Rennes, onde recebeu uma sólida formação humana e espiritual. Aí conclui o curso de filosofia em 1692. Sentindo-se chamado ao sacerdócio decide ir em 1693 para Paris de modo a poder ingressar no Seminário de S. Sulpício, em vista dos estudos teológicos que freqüenta na Universidade de Sorbonne. Recebe uma formação teológica apurada e sistemática na qual apoiará sempre o seu trabalho missionário. Revela-se um aluno brilhante tanto nas ciências teológicas quanto na “ciência dos santos”. É ordenado sacerdote a 5 de Junho de 1700. Tinha decidido ser padre para se consagrar à causa da evangelização dos povos em países estrangeiros, socorrer os pobres e proclamar o “Reino de Jesus Cristo por Maria”.

Montfort e o Papa Clemente XI

Em Julho de 1706 vai a Roma a pé para ser recebido pelo Papa Clemente XI para que o confirmasse na sua vocação missionária. É recebido no dia 6 de Julho desse ano. O Papa confere-lhe o título de Missionário Apostólico e lhe pede para ser missionário na França “renovando o espírito do cristianismo nos cristãos”. Em obediência ao Papa, Montfort tornou-se num missionário exímio e destacou-se pela sua grande devoção a Nossa Senhora. Para dar continuidade ao seu ardor missionário fundou a Congregação dos Missionários Monfortinos, a Congregação das Filhas da Sabedoria e dos Irmãos de S. Gabriel. Como complemento à sua atividade missionária escreveu vários livros com destaque para o Tratado da Verdadeira Devoção a Maria.


Montfort legou à Igreja uma espiritualidade original, centralizada na Sabedoria e nos meios para alcançá-la; entre esses meios se destaca Maria. Uma espiritualidade que leva a uma consagração total a Jesus por Maria.
Morreu a 28 de Abril de 1716, com 43 anos, após ter realizado mais de uma centena de missões populares. Foi beatificado em 1888 e canonizado, em Roma, em 1947 pelo Papa Pio XII.
S. Luís Maria santificou-se como missionário itinerante, devorado pelo zelo pela evangelização dos pobres. Levava sempre consigo a Bíblia, o crucifixo, o rosário, símbolos e síntese da sua própria experiência espiritual e da mensagem que proclamava: dar a conhecer e amar a Santíssima Virgem para fazer conhecer e amar a Jesus Cristo.


Conhecer a vida e a obra de S. Luís de Montfort é percorrer uma estrada que nos leva àquela fonte da qual emana a nossa vocação, para aí bebermos a mesma audácia e o mesmo ímpeto missionário que identificaram este santo. Com Montfort aprendemos a responder à missão do Espírito e a encarnar o “espírito de missão!” Por isso podemos afirmar que continua a ser, para nós, um guia sempre vivo e atual.

Pe. Amílcar José Alves Tavares, SMM


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A devoção à Santíssima Virgem



"Por isso a devoção à Santíssima Virgem é necessária a todos os homens para a salvação e, muito especialmente, àqueles que são chamados a uma perfeição particular" (São Luis Maria Grignon de Montfort, Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem Maria, 40-43).


Por meio da devoção à Santíssima Virgem, o cristão que devotamente a praticar todos os dias, estará garantida (segundo as condições espirituais necessárias - estado de graça-) a salvação de sua alma. "Não há relatos de uma pessoa que tenha pedido auxílio da Santíssima Virgem e que não tenha sido atendida", diz o santo.

Procuremos nos apegar à Santíssima Virgem e às suas devoções como um meio de buscar a perfeição espiritual, com devoção e dedicação as santas obras de caridade, comunhões eucarísticas, Missa todos os domingos e se possível quantas vezes o cristão puder assistir nos dias de semana. A devoção a esta tão bondosa Mãe é a garantia da salvação de nossas almas, pois se por meio da Santíssima Virgem Nosso Senhor veio ao mundo, é por meio da Santíssima Virgem que nós devemos ir ao Nosso Senhor.

Rezemos todos os dias o Santo Terço, se possível o Rosário meditando nos mistérios desde o nascimento de Nosso Senhor, sua morte de Cruz e sua Ressurreição.

Devemos oferecer tudo a Deus pedindo a intercessão da Santíssima Virgem.
"É como se um pobre oferecesse um presente a um rei, o rei não o receberia como se fosse presente de sua esposa. Mas, se o pobre entregasse tal presente à esposa do rei, ela então iria entregar tal presente que seria recebido com muita alegria pelo rei."

A analogia é feita por São Luís Montfort, não exatamente com estas palavras, mas com o mesmo sentido.

Procuremos nos apegar a esta tão bondosa Mãe! Muitas pessoas que deveriam ser condenadas tiveram suas almas salvas por que na hora da morte invocaram a presença da Santíssima Virgem.


Salve Maria Imaculada!!!


São Luís Maria Grignon de Montfort - O Apóstolo de Maria - Totus tuus.


Totus Tuus... .Sou todo teu, ó Maria, e tudo quanto tenho é teu.. Este é o lema do Papa João Paulo II, grande devoto da Santíssima Virgem e de São Luís Maria Grignion de Montfort, santo que difundiu na Igreja a escravidão de amor à Sabedoria Eterna e Encarnada, Jesus Cristo, pelas mãos de Maria. Primogênito de uma família de 18 irmãos, São Luís nasceu em Montfort, França, em 31 de janeiro de 1673.

Desde jovem teve muita devoção à Sagrada Eucaristia e à Santíssima Virgem. Herdou de seu pai o temperamento colérico. Foi Ela quem o fez dominar seu próprio mau gênio e o colocou nas sendas da santidade.

Fez-se sacerdote em 1700, sempre com muito desejo de ser missionário.

O lema de sua vida sacerdotal era: ser escravo de Maria.

Por sua fidelidade à doutrina da Igreja e seu ardente zelo em difundir a devoção a Nossa Senhora, foi perseguido pelos jansenistas e galicanos, chegando, inclusive, a ser proibido de confessar e pregar, ou seja, de exercer plenamente seu ministério sacerdotal em numerosas dioceses. Recorreu ao papa Clemente XI, do qual recebeu uma bênção e o título de Missionário Apostólico, para continuar sua obra evangelizadora na própria França.

São Luís pregou 200 missões e retiros, sempre exaltando a devoção a Nossa Senhora como sendo o caminho mais rápido e seguro de ir a Jesus.

Fundou a Companhia de Maria, congregação de sacerdotes missionários; as Filhas da Sabedoria, freiras dedicadas à assistência aos doentes nos hospitais e à instrução de meninas pobres; e os Irmãos de São Gabriel, congregação de irmãos leigos voltados para o ensino.

Suas obras, Tratado da verdadeira devoção à Santíssima Virgem, O segredo de Maria, O segredo admirável do Santo Rosário são universalmente conhecidas e recomendadas pelo grande bem que fazem às almas.

São Luís morreu em Saint Laurent- sur-Sèvre, em 28 de abril de 1716, aos 43 anos de idade.

(Revista Arautos do Evangelho, Abril/2003, n. 16, p. 47).

Abaixo, um trecho do "Tratado da Devoção à Santíssima Virgem Maria", mais precisamente o famoso texto "De Maria Nunquam Satis" (de Maria nunca se fala o bastante).

"Todos os dias, dum extremo da terra ao outro, no mais alto dos céus, no mais profundo dos abismos, tudo prega, tudo exalta a incomparável Maria. Os nove coros de anjos, os homens de todas as idades, condições e religiões, os bons e os maus, os próprios demônios são obrigados, de bom ou mau grado, pela força da verdade, a proclamá-la bem-aventurada. Vibra nos céus, como diz São Boaventura, o clamor incessante dos anjos: Sancta, sancta, sancta Maria, Dei Genitrix et Virgo; e milhões e milhões de vezes, todos os dias, eles lhe dirigem a saudação angélica: Ave, Maria..., prosternando-se diante dela e pedindo-lhe a graça de honrá-los com suas ordens. E a todos se avantaja o príncipe da corte celeste, São Miguel, que é o mais zeloso em render-lhe e procurar toda sorte de homenagens, sempre atento, para ter a honra de, à sua palavra, prestar um serviço a algum de seus servidores.

Toda a terra está cheia de sua glória, particularmente entre os cristãos, que a tomam como padroeira e protetora em muitos países, províncias, dioceses e cidades. Inúmeras catedrais são consagradas sob a invocação do seu nome. Igreja alguma se encontra sem um altar em sua honra; não há região ou país que não possua alguma de suas imagens milagrosas, junto das quais todos os males são curados e se obtêm todos os seus bens. Quantas confrarias e congregações erigidas em sua honra! Quantos institutos e ordens religiosas abrigados sob seu nome e proteção! Quantos irmãos e irmãs de todas as confrarias, e quantos religiosos e religiosas a entoar os seus louvores, a anunciar as suas maravilhas! Não há criancinha que, balbuciando a Ave-Maria, não a louve; mesmo os pecadores, os mais empedernidos, conservam sempre uma centelha de confiança em Maria. Dos próprios demônios no inferno, não há um que não a respeite, embora temendo.

Depois disto é preciso dizer, em verdade, com os santos: De Maria nunquam satis... Ainda não se louvou, exaltou, honrou, amou e serviu suficientemente a Maria, pois muito mais louvor, respeito, amor e serviço ela merece.

É preciso dizer, ainda, com o Espírito Santo: Omnis gloria eius filiae Regis ab intus – Toda a glória da Filha do Rei está no interior (Sl 44, 14), como se toda a glória exterior, que lhe dão, a porfia, o céu e a terra, nada fosse em comparação daquela que ela recebe no interior, da parte do Criador, e que desconhecem as fracas criaturas, incapazes de penetrar o segredo dos segredos do Rei.

Devemos, portanto, exclamar com o apóstolo: Nec oculus vidit, nec auris audivit, nec in cor hominis ascendit (1 Cor 2, 9) – os olhos não viram, o ouvido não ouviu, nem o coração do homem compreendeu as belezas, as grandezas e excelências de Maria, o milagre dos milagres da graça, da natureza e da glória. Se quiserdes compreender a Mãe – diz um santo – compreendei o Filho. Ela é uma digna Mãe de Deus: Hic taceat omnis língua – Toda língua aqui emudeça.

Meu coração ditou tudo o que acabo de escrever com especial alegria, para demonstrar que Maria Santíssima tem sido, até aqui, desconhecida, e que é esta uma das razões por que Jesus Cristo não é conhecido como deve ser. Quando, portanto, e é certo, o conhecimento e o reino de Jesus Cristo tomarem o mundo, será como uma conseqüência necessária do conhecimento e do reino da Santíssima Virgem Maria. Ela o deu ao mundo a primeira vez, e também, da segunda, o fará resplandecer."

São Luis Maria Grignon de Montfort, rogai por nós.

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