segunda-feira, 18 de abril de 2011

O mandamento do amor.


Evangelho: Marcos (Mc 12, 28b-34)

O mandamento do amor.

Naquele tempo, 28bum escriba aproximou-se de Jesus e perguntou: "Qual é o primeiro de todos os mandamentos?" 29Jesus respondeu: "O primeiro é este: Ouve, ó Israel! O Senhor nosso Deus é o único Senhor. 30Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e com toda a tua força! 31O segundo mandamento é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo! Não existe outro mandamento maior do que estes".

32O mestre da lei disse a Jesus: "Muito bem, mestre! Na verdade, é como disseste: Ele é o único Deus e não existe outro além dele. 33Amá-lo de todo o coração, de toda a mente e com toda a força, e amar o próximo como a si mesmo é melhor do que todos os holocaustos e sacrifícios". 34Jesus viu que ele tinha respondido com inteligência e disse: "Tu não estás longe do reino de Deus". E ninguém mais tinha coragem de fazer perguntas a Jesus. Palavra da Salvação!

Leituras paralelas: Mt 22,34-40; Lc 10,25-28; Jo 13,33-35


Comentário do Evangelho

Onde centrar nossa vida

A pergunta pelo primeiro dos mandamentos comporta uma preocupação: onde a vida humana deve centrar-se? A resposta a este problema é fundamental para a vida do discípulo. Mas não basta responder teoricamente. É mister que discípulo tome consciência onde efetivamente sua vida está centrada. O engano, aqui, pode ser fatal!

A resposta de Jesus ao mestre da Lei aponta para os dois eixos vertebradores da vida do discípulo: Deus e o próximo. Considerando bem, ambos os eixos se exigem mutuamente, a ponto de um levar ao outro, e a ausência de um provocar a ausência do outro.

Quem está centrado em Deus, está necessariamente aberto ao amor e à solidariedade, está sempre pronto para lutar pela justiça, não suportando ver o próximo ser vilipendiado. Sobretudo, torna-se um lutador incansável pela causa do Reino, ansiando por vê-lo acontecer em sua própria vida e na de seus semelhantes.

Por outro lado, tem sua vida centrada no próximo quem é capaz de superar o egoísmo e romper as amarras das paixões, quem se esforça para se libertar da tirania do pecado, tornando-se livre para Deus. Em outras palavras, quem tem Deus no coração.

Todos os demais eixos são espúrios e devem ser rejeitados pelo discípulo do Reino. Basta considerar o modo de proceder de quem não ama a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. São pessoas desumanizadas e desumanizadoras. [O EVANGELHO NOSSO DE CADA DIA, Jaldemir Vitório, ©Paulinas]



Parábola do bom Samaritano
Lucas 10,29-37

Levantou-se um doutor da lei e, para pô-lo à prova, perguntou: Mestre, que devo fazer para possuir a vida eterna?

Disse-lhe Jesus: Que está escrito na lei? Como é que lês?

Respondeu ele: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e de todo o teu pensamento (Dt 6,5); e a teu próximo como a ti mesmo (Lv 19,18).

Falou-lhe Jesus: Respondeste bem; faze isto e viverás.

Mas ele, querendo justificar-se, perguntou a Jesus: E quem é o meu próximo?

Jesus então contou: Um homem descia de Jerusalém a Jericó, e caiu nas mãos de ladrões, que o despojaram; e depois de o terem maltratado com muitos ferimentos, retiraram-se, deixando-o meio morto.

Por acaso desceu pelo mesmo caminho um sacerdote, viu-o e passou adiante.

Igualmente um levita, chegando àquele lugar, viu-o e passou também adiante.

Mas um samaritano que viajava, chegando àquele lugar, viu-o e moveu-se de compaixão.

Aproximando-se, atou-lhe as feridas, deitando nelas azeite e vinho; colocou-o sobre a sua própria montaria e levou-o a uma hospedaria e tratou dele.

No dia seguinte, tirou dois denários e deu-os ao hospedeiro, dizendo-lhe: Trata dele e, quanto gastares a mais, na volta to pagarei.

Qual destes três parece ter sido o próximo daquele que caiu nas mãos dos ladrões?

Respondeu o doutor: Aquele que usou de misericórdia para com ele. Então Jesus lhe disse: Vai, e faze tu o mesmo.


QUEM É O MEU PRÓXIMO? Lc 10,25-37

Postado por: Padre Bantu Mendonça K. Sayla

outubro 6th, 2008

Uma das mais conhecidas parábolas de Jesus foi contada em resposta a um encontro que ele teve com um doutor da lei. Alguém que estudara completamente a lei de Deus e estava preparado para discutir seus pormenores. Em outras palavras, não era suficiente recitar a lei de Deus, mas vivê-la de maneira a agradar a Deus! Para isso, a pessoa tem que colocar em ação o que a lei de Deus requer, sendo a essência desta o amor: amar a Deus de todo o coração, de toda a alma, com todas as forças e de todo o entendimento, e ao próximo como a si mesmo.

Esta parábola descreve a bondade e o amor que nosso Salvador tem para com o homem caído e infeliz. Nós éramos como esse pobre, aflito viajante. Satanás, nosso inimigo, havia nos assaltado, despojado, ferido. Estávamos por natureza mais que semimortos em nossos delitos e pecados; completamente incapazes de nos salvar, pois não tínhamos forças. A lei de Moisés, como o sacerdote e o levita, não tem compaixão de nós, não nos oferece alívio, passa ao largo, não tendo piedade nem poder para nos ajudar. Mas eis que veio o abençoado Jesus, o Bom Samaritano. Ele teve compaixão de nós; Ele cuidou das nossas feridas; Ele derramou sobre elas não azeite e vinho, mas o Seu próprio sangue.

As pessoas que se relacionaram com o homem ferido podem ser classificadas em três grupos, de acordo com a sua filosofia de vida: Assaltantes ( Salteadores ), os indiferentes ( o sacerdote e Levita) e os misericordiosos ( o bom Samaritano).

Muitos são os que vivem na cobina, assaltando e tirando vidas, procurando ampliando cada vez mais o que têm acusta do sangue dos outros: o que é meu, é meu; e o que é seu, será meu, se eu conseguir tomar de você. E então arranjam mil e uma maneira de o conseguirem. Essa é a filosofia de muita gente. Milhões vivem uma vida de egoísmo e ganância.

Vivemos num mundo de indiferenças, onde se diz: o que é meu, é meu; e o que é seu continuará a ser seu, se você puder defendê-lo. Essa é a filosofia de alguns religiosos que são indiferentes à dor e ao sofrimento alheios.

Mas Jesus nos ensina e prova o contrário através do bom samaritano: O que é seu, é seu; e o que é meu será seu, se você precisar. O meu vinho, o meu azeite, o meu animal, o meu dinheiro, a minha energia e o meu tempo serão seus, se você precisar. As oportunidades de ajudar aos outros geralmente são inesperadas e inconvenientes.

Qual tem sido a nossa filosofia de vida? A dos assaltantes, a do sacerdote e do levita, ou a do bom samaritano? O que caracteriza o nosso relacionamento com o próximo? A cobiça, a indiferença ou o amor?

A narração de Jesus ensina que viver agora, e sempre, como povo de Deus, significa demonstrar compaixão, mesmo quando nos incomoda, mesmo quando isso faça nossa vida impura, mesmo quando desafia nossa compreensão tradicional e, até mesmo, quando nos custa algo pessoalmente. Isso é o que Jesus nos está dizendo: Vá e faça o mesmo.

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