sábado, 16 de abril de 2011

O Senhor está no meu lado, como forte guerreiro

I Leitura: Jeremias (Jr 20, 10-13)

Confissões de Jeremias

10Eu ouvi as injúrias de tantos homens e os vi espalhando o medo em redor: "Denunciai-o, denunciemo-lo". Todos os amigos observam minhas falhas: "Talvez ele cometa um engano e nós poderemos apanhá-lo e desforrar-nos dele".

11Mas o Senhor está ao meu lado, como forte guerreiro; por isso, os que me perseguem cairão vencidos. Por não terem tido êxito, eles se cobrirão de vergonha. Eterna infâmia, que nunca se apaga! 12Ó Senhor dos exércitos, que provas o homem justo e vês os sentimentos do coração, rogo-te me faças ver tua vingança sobre eles; pois eu te declarei a minha causa.

13Cantai ao Senhor, louvai ao Senhor, pois ele salvou a vida de um pobre homem das mãos dos maus. Palavra do Senhor.

Comentando a I Leitura

O Senhor está no meu lado, como forte guerreiro

Em meio aos ataques injustos dos inimigos (versículo 10), Jeremias nutre uma fé vitoriosa (versículos de 11 a 13) e experimenta que Deus "está com ele", é um "Deus forte", que vê, "sonda os rins e o coração"; vale a pena deixar-se seduzir por ele, "confiar-lhe a própria causa". Deus, o "destemido", sustenta seu profeta enquanto os adversários, com as armas da vileza, procuram tirar-lhe a tenra de sob os pés e cavar-lhe a sepultura. É um sistema antigo denunciar os que causam incômodo e criar para si a consciência de viver retamente, de pertencer à categoria dos "bons". Só que a bondade de Deus é muito diferente: não consiste em colocar-se na classe dos "bons", mas em lutar em favor de quem é marginalizado, excomungado, condenado. O salmo 17, por sua vez, descreve a paixão e furor com que Deus combate contra os inimigos para salvar o inocente perseguido. A bondade de Deus não pode ser aprisionada em nenhuma categoria, nem é monopólio de nenhuma classe ou casta. Habitualmente, ela permanece dentro do curso dos acontecimentos; contudo, quem é pobre, abandonado, calcado por todos, constatará seu poder e eficácia. [MISSAL COTIDIANO. ©Paulus, 1997]


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